segunda-feira, 15 de março de 2021

OS MINISTROS EVANGÉLICOS E O ALCOOLISMO

OS MINISTROS EVANGÉLICOS E O ALCOOLISMO

 

Os ministros, líderes e obreiros evangélicos em geral e a tendência e tentação do alcoolismo e a embriaguez.

 

Ressalto aqui que me defino como um abstêmio não faço uso de qualquer bebida alcoólica, inclusive o vinho fermentado em qualquer graduação alcoólica, em qualquer lugar e por qualquer justificativa ou pretexto de ordem social, terapêutica ou religiosa. Só uso o suco de uva não fermentado que é vendido em qualquer supermercado.

 

Textos bíblicos para interagir nesta postagem.

Isaías 5.11,22. Isaías 28.1-7. Oséias 4.11. Efésios 5.18.

 

Porque aconteceu a embriaguez de Noé. Gênesis 9.21.

Lembramos que no contexto desta passagem bíblica temos  informações que Noé plantou vinhas, que colhia as uvas frescas e fazia o vinho não fermentado (tipo suco de uva) e que um dia ele deixou, por esquecimento, um desses vasos de barro, lacrado, bem tampado; ele nunca tinha visto isso e nem experimentado daquela bebida,  ao tomá-la pensou que era a mesma que ele tinha costume de tomar, assim também todos da sua família,  achou o gosto estranho, porém continuou a beber daquela bebida fermentada sem saber que já estava fermentada, só achava o gosto, o sabor bem diferente, quando se deu conta já tinha acontecido tudo o que não podia acontecer. Ficou embriagado, tirou suas roupas, dormiu no relento e o escândalo já tinha acontecido no outro dia.

No caso de uvas frescas que se faz o vinho não fermentado, é o que, no original, sempre se faz menção do uso para não se embriagar e até tratar do estômago como Paulo remendou a Timóteo. Na Santa Ceia instituída pelo Senhor Jesus, o vinho era não fermentado. Em Caná da Galiléia Jesus transformou a água em vinho fresco de uva, não fermentado.

 

Vamos à história da embriaguez de Noé.

No Antigo Testamento (Gênesis 9.21) Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida (fermentada) a ponto de se embriagar. Diz a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Não voltou para casa como de costume. Momentos depois seu filho Cam foi procurá-lo e o encontrou “tendo à mostra as suas vergonhas”, ou seja, estava nú, sem roupas e estirado no chão dormindo.

Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez.

Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.

 

Nadabe, Abiú, os Sacerdotes e as Bebidas Alcoólicas.

 

Levítico 10.1-11.

Nadabe e Abiú ,filhos de Arão, morrem diante do Senhor.

 

10.1 E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. 

2 Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor. 

3 E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.

4 E Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. 

5 Então, chegaram e levaram-nos nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito. 

6 E Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu. 

7 Nem saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o azeite da unção do Senhor. E fizeram conforme a palavra de Moisés.

8 E falou o Senhor a Arão, dizendo: 

9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, 

10 para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, 

11 e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés.

 

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o Senhor, sem que tivessem sido autorizados. Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu. Morreram perante o Senhor. Moisés então disse a Arão:

 

"Foi isto que o Senhor disse: ‘Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei’ ".

 

Arão, porém, ficou em silêncio.

 

Então Moisés chamou Misael e Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e lhes disse: "Venham cá; tirem os seus primos da frente do santuário e levem-nos para fora do acampamento". Eles foram e os puxaram pelas túnicas, para fora do acampamento, conforme Moisés tinha ordenado.

 

Então Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: "Não andem descabelados, nem rasguem as roupas em sinal de luto, senão vocês morrerão e a ira do Senhor cairá sobre toda a comunidade. Mas os seus parentes, e toda a nação de Israel, poderão chorar por aqueles que o Senhor destruiu pelo fogo. Não saiam da entrada da Tenda do Encontro, senão vocês morrerão, porquanto o óleo da unção do Senhor está sobre vocês". E eles fizeram conforme Moisés tinha ordenado.

 

Depois o Senhor disse a Arão: "Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. É um decreto perpétuo para as suas gerações. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu por meio de Moisés".

 

Então Moisés disse a Arão e aos seus filhos que ficaram vivos, Eleazar e Itamar: "Peguem a oferta de cereal que sobrou das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo, e comam-na sem fermento junto ao altar, pois é santíssima. Comam-na em lugar sagrado, porquanto é a porção que lhes cabe por decreto, a você e a seus filhos, das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo; pois assim me foi ordenado. O peito ritualmente movido e a coxa ofertada, você, seus filhos e suas filhas poderão comer num lugar cerimonialmente puro; foi dado a você e a seus filhos como porção das ofertas de comunhão dos israelitas. A coxa ofertada e o peito ritualmente movido devem ser trazidos junto com as porções de gordura das ofertas preparadas no fogo, para serem movidos perante o Senhor como gesto ritual de apresentação. Esta será a porção por decreto perpétuo para você e seus descendentes, conforme o Senhor tinha ordenado".

 

Quando Moisés procurou por toda parte o bode da oferta pelo pecado e soube que já fora queimado, irou-se contra Eleazar e Itamar, os filhos de Arão que ficaram vivos, e perguntou:

"Por que vocês não comeram a carne da oferta pelo pecado no Lugar Santo? É santíssima; foi-lhes dada para retirar a culpa da comunidade e fazer propiciação por ela perante o Senhor. Como o sangue do animal não foi levado para dentro do Lugar Santo, vocês deviam tê-lo comido no Lugar Santo, conforme ordenei".

 

Arão respondeu a Moisés: "Hoje eles ofereceram o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto perante o Senhor; mesmo assim coisas como essas aconteceram comigo. Será que teria agradado ao Senhor se eu tivesse comido a oferta pelo pecado hoje?” Quando Moisés ouviu isso, ficou satisfeito.

 

Bebidas alcoólicas na visão da igreja moderna.

É claro que a visão muda de acordo com cada religião e a partir da interpretação que é feita sobre a bíblia. Entretanto, de modo geral, o corpo humano é visto como obra do Criador. Tendo isso como ponto de partida, fica fácil entender que qualquer coisa que prejudique o funcionamento do nosso organismo não é bom para o conforto espiritual. Isso inclui qualquer tipo de vício, estando o álcool incluso.

Contudo, algumas correntes são mais flexíveis e não condenam de forma veemente o consumo de bebida alcóolica. A recomendação é a de que isso seja feito de forma moderada, sempre evitando os excessos, não se embriagando e muito menos usando isso como o objetivo. Um bom exemplo disso são aqueles convites que chegam em forma de “vamos sair para beber alguma coisa”.

Se você tem dúvidas a respeito de qual é a visão da sua Igreja nessa relação entre bebida alcóolica e religião, o mais adequado é que procure o líder da sua comunidade e esclareça a questão direto com sua denominação. Assim, consegue-se entender melhor e evitar qualquer tipo de conflito espiritual.

 

Beber bebidas alcoólicas é pecado?

A ideia desse artigo não é discutir textos bíblicos, tomando como base as religiões cristãs, a maioria aqui no Brasil, que permitem o uso não abusivo de bebidas alcoólicas. Algumas permitem o uso social de bebidas alcoólicas e outras proíbem essa prática. É possível encontrar diversas passagens bíblicas sobre o consumo de vinho nos tempos antigos, principalmente nas festividades e o uso constante nos palácios.

 

Isso pode parecer para muitos que beber não é pecado, desde que a prática seja adotada com autocontrole e de forma comedida. Por outro lado, a embriaguez e o vício, considerados excessos, são sim considerados transgressões do ponto de vista religioso.

Então, como saber se estou dentro da conduta esperada que não me cause condenação na minha consciência?

Como dissemos, o mais prudente é conversar com seus líderes da igreja  para que possam esclarecer com a autoridade eclesiástica de sua confiança o que a Bíblia diz sobre esse comportamento, mesmo que moderado ou social.

Mas existem dicas e práticas de bom-senso que nos ajudam no exame de consciência. 

 

O que podemos te ajudar nessa interpretação é responder algumas perguntas como:

 

1. Eu consigo parar quando quiser? Se a resposta for não, você saberá que se trata de um vício;

 

2. Quando eu bebo tenho posturas vergonhosas?

 

3.  Meu comportamento depois de consumir bebidas alcoólicas é perigoso para a minha vida e a de outras pessoas?

 

4.  O consumo de álcool tem começado a trazer danos para a minha saúde?

 

5. O gasto com bebidas alcóolicas tem prejudicado as minhas finanças?

 

6.  Beber é algo que traz problemas para a minha consciência?

 

As respostas vão fazer você entender se precisa rever as suas atitudes ou se elas estão dentro do que se espera de uma pessoa religiosa e que respeita a palavra de Deus e a doutrina de sua Igreja.

Se você quer mesmo parar, seja por questões de saúde, por tranquilidade espiritual, alguma promessa, ou porque a sua denominação não permite, saiba que Deus se agrada daqueles que são fiéis obedientes à sua palavra, pois o uso de bebidas alcoólicas é abominável ao Senhor.

Existem bebidas, vinhos e cervejas, sem álcool. Elas têm o mesmo sabor, porém com o grande benefício (aparente benefício?) de não levarem à embriaguez e muito menos de trazer esse conflito com a religião.

 

Quais os benefícios para o corpo ao parar de beber.

Ao parar de consumir bebidas alcóolicas, você poderá colher bons frutos no que diz respeito à sua saúde e ao funcionamento do seu organismo, mais aproximação com seus familiares, mais sobriedade em suas ações e decisões.  Nos próximos tópicos listamos mais dos principais benefícios que você pode notar ao deixar de fazer uso de bebidas alcoólicas, mas vai ser uma grande ajuda para evitar doenças decorrentes do consumo de bebidas alcóolicas.

 

Há uma série de condições que podem surgir em decorrência do consumo frequente de álcool. Entre elas, estão:

Doenças gastrointestinais como gastrite e úlcera; Cirrose hepática; Hepatite alcóolica; problemas cardíacos; distúrbios do sono; pancreatite; câncer.

Estes já são uns bons motivos para se manter bem distante do alcoolismo.

 

Motivos para um verdadeiro Cristão não tomar bebidas alcoólicas.

Motivos de ordem bíblica, social e espiritual  do porquê um cristão evangélico deve ser abstêmio ou porquê não deve beber vinho, cerveja, cachaça, aguardente, vodka ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica mesmo que de baixo teor alcoólico e de forma social ou moderada.

 

1º Motivo: Antecedentes Bíblicos.

A bebida alcoólica foi o motivo da queda de muitos servos de Deus levando-os ao fracasso na vida pessoal, familiar e ministerial. Noé depois de se embriagar com vinho portou-se de forma inconveniente, censurável e imprudentemente amaldiçoou um dos filhos (Leia Gênesis 9.20-25). Ló embriagado manteve relações sexuais com as próprias filhas (Leia Gênesis 19.29-38). Não há um único texto na Bíblia que apresente alguém como exemplo ou incentivo para o uso de bebidas alcoólicas

 

2º Motivo: Consagração a Deus.

Para que alguém pudesse ser consagrado para Deus ou fizesse o “voto de nazireu” era necessário que se abstivesse completamente de toda bebida forte ou embriagante demonstrando ser uma pessoa especial, consagrada e separada para o serviço a Deus (Leia Números 6.1-4).

 

3º Motivo: Excelência Ministerial.

Para ser sacerdote na antiga aliança o escolhido tinha que se abster de vinho e de toda bebida fermentada por toda a vida enquanto estivesse ministrando ao povo de Deus. O vinho fermentado não podia estar presente em nenhum ato de sacrifício ou de adoração a Deus. O consumo de bebida com álcool tornava o sacerdote desqualificado para ministrar diante de Deus, da família e da congregação. O ministério é coisa santa. É obra excelente. É missão nobre. (Leia Levítico 10.8-11).

 

4º Motivo: Carnalidade.

Conforme Provérbios 20.1 a bebida forte (aguardentes, destilados e fermentados etílicos como o vinho e a cerveja) torna aquele que bebe imprudente, insensato e inconveniente. Por trás de um gole de bebida alcoólica vem o escárnio, a ociosidade, a brincadeira indecente, a agressividade e a frieza espiritual. Os crentes em tempos de consagração e intimidade com Deus não costumam se sentir atraídos pelas rodas de bebidas que o salmista diz no Salmo 1 de roda de escarnecedores. Quando isto acontece, o que está acontecendo na verdade é geralmente uma crise de decadência espiritual. Bebida e sabedoria não andam no mesmo caminho. Bebedice é obra da carne e não do Espírito. (Leia Gálatas 5.19-21). No céu só há lugar para os que antes eram bebedores mas se arrependeram e foram libertos.

 

5º Motivo: Decência.

Conforme Provérbios 23.29-35 aquele que bebe vinho fermentado perde o domínio próprio, a capacidade de julgar com retidão, o discernimento de valores e a postura social de decência. O vinho torna-se letal como o veneno da serpente. O seu consumidor entra na esfera das alucinações e fantasias O vício do alcoolismo, assim como todas as drogas ilícitas, está geralmente associado a outros males e pecados: violência, abandono da família, imoralidade sexual, fofoca, maledicência, palavras torpes e perda de interesse pelos valores espirituais e morais. O vinho gera dependência e leva a pessoa a buscar bebida mais forte, por mais tempo e com mais parceiros.

 

6º Motivo: Dependência.

A bebida alcoólica gera dependência química e psicológica, assim como tantas outras drogas ilícitas, e estabelece um processo de destruição do corpo, que no caso do crente, é o templo do Espírito Santo. (Leia I Coríntios 3.16,17).

 

7º Motivo: Exemplo.

Sabemos que os filhos pequenos tendem a imitar os pais. Um pai ou uma mãe que bebe na presença dos filhos (ou um discipulador na presença dos discípulos) está dizendo para a criança (ou para o discípulo) pela aprendizagem do exemplo que o que ele está fazendo é moralmente correto, socialmente justificável e espiritualmente aceitável e assim procedendo tornam-se motivo de escândalo aos novos crentes e impedimento aos que poderiam ser alcançados pela pregação do Evangelho (Leia 2 Coríntios 6.3,4a). Geralmente encontramos na cadeia do alcoolismo filhos de pais alcoólatras dependentes química e espiritualmente numa clara evidência que o alcoolismo estabelece também uma cadeia por ação de demônios do vício de beber.

 

8º Motivo: Decadência.

O vício do alcoolismo representa uma terrível chaga de ordem social. Por mais que haja uma condescendência social para com o consumo de bebidas o seu efeito é devastador e contribui para a decadência moral e social. Muitos pastores e líderes evangélicos dizem que bebem “apenas socialmente” e ainda dizem que o Apóstolo Paulo recomendou que fizéssemos de tudo para ganhar uma alma, porque uma alma vale mais que o mundo inteiro. O alcoolismo que começa com pequenas doses no ambiente entre amigos e tidas como comportamento social normal termina se tornando uma doença terminal levando à morte milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Quantas esposas e filhos agredidos porque o pai, o marido, etc, chegou alcoolizado em casa? Quantos acidentes deixando pessoas mutiladas, porque alguém que dirigia o veículo estava alcoolizado? Quantas brigas e até mortes ocasionadas pelo consumo de bebidas fortes das mais diversas? Quantas oportunidades jogadas fora? Quantos leitos hospitalares, manicômios e presídios superlotados pela ação de vítimas do alcoolismo? A Igreja foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo, ou seja, uma referência dos padrões e valores de Deus para o mundo e não para ser uma extensão do mundo. Vivemos no mundo, mas não somos do mundo. (Leia Mateus 5.16).

 

9º Motivo: Pretexto.

O fraco e tendente  argumento de que Jesus bebia vinho com os pecadores (Leia Mateus 11.19) e que transformou água em vinho numa festa de casamento (Leia João 2.1-11) ou que Paulo recomendou a Timóteo que tomasse um pouco de vinho pelas suas constantes enfermidades no estômago (Leia I Timóteo 5.23) legitima o consumo de bebidas alcoólicas é tendencioso, oportunista e ignora pelo menos alguns princípios: 1. A Bíblia não se contradiz. A regra bíblica no AT é de reprovação ao consumo do vinho fermentado e não diz no NT que o vinho era fermentado. A palavra grega para vinho em ambos os casos (com fermentação ou sem fermentação) é “oinos”. Vale a regra hermenêutica de que uma afirmação bíblica menor estará contida e sempre de acordo com uma afirmação bíblica maior.  2. Os rabinos e fariseus que eram radicalmente contra o consumo de vinho fermentado e que provavelmente estavam entre os convidados não reprovaram ou questionaram a atitude de Jesus. 3. Nos dias de Cristo o consumo de vinho fermentado era social e religiosamente não recomendado. 4. É interessante notar que o texto traz uma acusação dos oposicionistas do ministério de Cristo e não uma declaração afirmativa. 5. Se Paulo insiste com Timóteo para que tome um pouco de vinho pelas suas características terapêuticas e medicinais é porque o próprio Timóteo não tinha o hábito de ingerir vinho e isto não acontecia com ele que era um ministro respeitado pela sociedade e prls igreja.  Nas citações bíblicas relacionadas a finalidade da citação do vinho foi para manifestar a divindade de Cristo e Sua humanidade através do seu poder e da identificação com os pecadores. Os fariseus, independentemente da questão moral, questionavam Jesus até pelo fato de andar ou se assentar ao lado de um pecador. Os escribas também disseram que Jesus estava possesso por um demônio chamado de Belzebu (Leia Marcos 3.22) e nós sabemos que esta acusação não tinha qualquer fundamento de verdade. O certo é que devemos evitar toda e qualquer aparência do mal.

 

10º Motivo: Consciência.

Apesar de reconhecer os benefícios do consumo moderado do vinho, geralmente apontados em pesquisas médicas, a mesma ciência comprova que os mesmos benefícios podem ser encontrados na uva com casca, no suco de uva e nos chás verde e preto. O vinho é benéfico para a saúde, mas o álcool é maléfico para a saúde, para a família, para a sociedade e para a vida espiritual. O vinho fermentado é alcoólico. O suco de uva é vinho sem álcool. De que lado você fica? A decisão de cada um deve ser de acordo com sua consciência e nível de conhecimento e temor a Deus. Cabe a cada um responder diante de Deus pelos seus atos no plano físico, moral e espiritual (Hebreus 4.13 e Leia Romanos 14.11-13). Aos que querem viver segundo o padrão de excelência estabelecido por Deus cabe obedecer a Ele pela sua Palavra e pelos ministros que Ele constituiu para ensinar o seu rebanho. (Leia Hebreus 13.17). Faça como os patriarcas, faça como os profetas, faça como os apóstolos,  faça como o próprio Senhor Jesus,  use o vinho não fermentado que é o suco de uva vendido em qualquer supermercado ou mercearia no Brasil. Esta é a bebida sem fermentação usada no mundo inteiro para a ministração da Santa Ceia do Senhor, como o próprio Senhor Jesus nos ensinou.

 

A pergunta que não quer calar: Pastores, líderes evangélicos e obreiros em geral podem embriagar-se?

Uma história interessante aconteceu quando ondas estranhas passaram por alguns círculos evangélicos no Brasil e em outros países. O pregador de uma das maiores igrejas “conectadas e totalmente digitalizadas” em franco crescimento, havia sido removido de seu posto. Depois de um processo prolongado, os outros líderes de sua igreja consideraram-no desqualificado para o ministério, citando, entre outros fatores mais gerais, 1 Timóteo 3.3 e seu uso exagerado de álcool.

Foi surpreendente para muitos, não apenas porque eles não o viam apenas como um pregador conhecido, mas porque nunca ouviram falar de um pastor sendo desclassificado por beber bebidas alcoólicas.  

Relatos trágicos como imoralidade sexual e má administração financeira tem sido muito comum, mas o uso excessivo de álcool não era ou passou a não ser nos últimos tempos, motivo para desqualificar e ou destituir qualquer líder evangélico de suas funções e vou mais além, nessas pesquisas vamos encontrar líderes evangélicos que fazem uso, as escondidas, de produtos do tabaco como por exemplo o cigarro e até de entorpecentes, infelizmente.

 

Será que se esqueceram das qualificações para o ministério? Vejamos algumas.

Das quinze qualificações para o pastor, líder e outras funções ministeriais em 1 Timóteo 3. 1–7, se recomenda que “não sejam dados ao vinho”, fermentado é claro. Pode ser que a geração anterior de evangélicos tenha transposto mais prontamente e se excedido neste particular, mas acredito piamente que a igreja das gerações passadas eram e foram muito mais conservadoras do que as de hoje que são declaradas, conhecidas e reconhecidas como conservadoras. Não porque essa geração fosse alheia aos perigos do álcool, mas porque, para muitos, tomar parte disso era quase impensável.

 

 

O legado da Lei Seca (Prohibition) havia resistido. Em grandes áreas, beber era desaprovado para todos os cristãos e especialmente para os pastores e líderes evangélicos.

 

O profeta Daniel nos deu um grande exemplo ao não se contaminar com as iguarias do Palácio real da Babilônia, dentre essas iguarias a principal era a grande quantidade de vinhos e bebidas alcoólicas de todos os tipos e que vinham de todas as partes do mundo conhecido de então e que eram servidos fartamente pelos reis daquela época para todos dentro dos seus palácios. Dn 1.

 

Sobre a abstinência nos tempos do século 19 até o sécul 21.

É claro que a abstinência não era assumida em todas as classes de associações evangélicas do passado, ou em todas as regiões, mas os vestígios dos movimentos de temperanças irregularidades do século dezenove continuaram a dominar muitos setores, assim como o é hoje. Há uma busca constante de se esconder os erros de quem deveriam dar e ser o exemplo dos fiéis, para os fiéis servos do Senhor Jesus e para com os de fora, principalmente. 

Uma reação tão aguda aos perigos e excessos do álcool (especialmente bebidas destiladas) nas gerações anteriores às nossas, sem dúvida criou seus próprios problemas, mas esses não são tipicamente os problemas que enfrentamos hoje. Pelo menos não nos círculos nos quais convivemos. 

Considerando que os evangélicos de uma era passada ou de nossos ancestrais podem ter se excedido em relação aos perigos do alcoolismo e necessitavam de lideres religiosos com mais compromisso com Deus, assim da mesma maneira nós nos encontramos hoje, na necessidade de líderes da igreja que não se tornem vítimas do mesmo conjunto de novas tentações que nossos rebanhos estão enfrentando, por isso nos é recomendado pelo Apóstolo Paulo que sejamos exemplo dos fiéis.

O novo chamado é para pastores e presbíteros firmes ​​e maduros o suficiente na fé para não apenas conhecerem suas liberdades em Cristo, mas também estarem prontos, em amor, a renunciar, por vezes, aos seus direitos para o bem dos outros. A maior dificuldade que vemos hoje para formação de lideres “líderes evangélicos de verdade”, se constitui no fato de que muitos não querem renunciar nada, muitos não querem abrir mão de nada da vida pregressa sem Cristo. Querem vir para o altar e viver do altar, mas não querem se sacrificar no altar para agradar a Deus.

 

Vinho para alegrar o coração ou vinho para tirar a alegria do Senhor Jesus do coração?

A lista de qualificações de Paulo para o cargo de pastores e líderes evangélicos, começa com sete características desejáveis ​​e, em seguida, dá quatro negativas, ou desqualificadoras, antes de terminar com três requisitos finais. “Não dado ao vinho” ( do grego mē paroinon, somente aqui e em Tito 1.7) é o primeiro dos quatro desqualificadores. Os diáconos, também, de acordo com 1Timóteo 3.8, não devem ser “dados a muito vinho”. Esses não são requisitos para a abstinência. “Não dado ao vinho” significa do vinho “fermentado ou cheio de mosto”, ou seja, fazer uso moderado do suco de uva, visto que o uso exagerado, até mesmo do suco de uva, pode causar gastrite ou desconforto gástrico; agora imaginem o estrago que faz no organismo o vinho fermentado que é totalmente prejudicial para o estômago e para todo o resto do corpo.

O Salmo 104.14–15 celebra os dons de Deus na criação, incluindo pão, azeite e “vinho, que alegra o coração do homem”. Provérbios 3.10 menciona “transbordarão de vinho os teus lagares” como uma bênção, não uma maldição, como uma promessa para aqueles que honram a Deus, não um mal. João Batista escolheu o estilo de vida do deserto com poucos alimentos e quase nada de água,  enquanto Jesus veio comendo e bebendo, e ambos eram sábios e justos. (Mt 11.18,19; Lc 7.33-35). Para o seu primeiro milagre, é muito claro, Jesus fez o vinho da água (e não o inverso), e Paulo instruiu seu protegido a “usar um pouco de vinho por causa do seu estômago e suas frequentes enfermidades”. (1Tm 5.23).

Aqueles que se levantam contra as antigas tentativas de a igreja ficar do lado dos anjos e contra o ensino de demônios só trás prejuízos espirituais para suas vidas e de seus ouvintes. (1Tm 4.1–5).

 

 

1 Pedro 4.3

3. Porque é bastante que, no tempo passado da vida, fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices(desejos da carne), glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 8 de março de 2021

EM DEFESA DA LITURGIA PENTECOSTAL

EM DEFESA DA LITURGIA PENTECOSTAL

 

Quero dar aqui apenas  a minha sugestão para a aplicação de uma liturgia pentecostal mais Cristocêntrica não entrando no mérito das religiões e ministérios liberais demais ou fanáticos e extremistas, sabendo que a igreja do Senhor Jesus na terra nunca se moderniza, porém sempre se atualiza no decorrer dos anos.


O genuíno e verdadeiro culto pentecostal tem uma liturgia conservadora que preserva os princípios fundamentais da fé cristã.


O culto é um dos principais elementos litúrgicos da fé evangélica. Mas ao longo do tempo, em virtude da pecaminosidade humana, e da busca pela satisfação própria, esse tem sofrido uma série de deturpações.

Hoje, estudaremos a respeito do genuíno culto pentecostal. Inicialmente, definiremos bíblica e teologicamente o que significa cultuar, em seguida, a fim de evitar o antropocentrismo no culto, destacaremos seu caráter Teocêntrico, e ao final, apontaremos os aspectos do genuíno culto pentecostal.

 

1. Definição do que é um culto evangélico.


O termo culto, tanto no hebraico quanto no grego, nos dão a idéia de serviço, por isso, na língua inglesa, quando alguém vai ao culto, usa o termo “service”.

Na língua portuguesa, a idéia de culto, infelizmente, costuma ser associada ao simples fato de frequentar e assistir a uma celebração religiosa, costumeiramente evangélica. 


Os dicionários definem “culto” como um “conjunto das práticas religiosas usadas para prestar homenagem ao divino; liturgia” No hebraico, as palavras para culto são as seguintes:

1) Sharath que significa, a princípio, “frequentar” algum lugar enquanto servo ou adorador e ocorre três vezes em Ex. 35.19; 39.1; 39.41;

2) Tsabha pode ser encontrada sete vezes, e é usada em conexão com os serviços executados no tabernáculo, seu sentido primário aponta para o ajuntamento para guerrear, dentre as referências bíblicas, destacamos: Nm. 4.30, 35, 39, 43, 8.24;

3) Yadh que significa literalmente “abrir a mão, indicar direção, ministrar com poder”, se encontra em 1 Cr. 6.31 e 29.5;

4) Abhidhah que significa negócio e trabalho: Ed. 6.18; e

5) Polchan, da raiz de adorar, ministrar: Ed: 7.19.

 

No Novo Testamento, os termos gregos para cultuar são os seguintes:

1) Douleuo, que significa, literalmente, ser escravo, estar atado a um serviço: Gl. 4.8; Ef. 6.7; I Tm. 6.2);

2) Latreia, cujo sentido é o de render uma homenagem religiosa, manejar o serviço para Deus, e adorar: Jo. 16.2; Rm. 9.4; 12.1 e serviço espiritual: Hb. 9.1,6; e

3) Leitourgia que significa desempenhar funções religiosas na adoração, ministração, dessa palavra vem o termo português liturgia, pode ser encontrada em Fp. 2.17,30. A palavra “culta”, comumente utilizada em português, veio do latim, cujo sentido também é o de “adoração ou homenagem que se presta a uma divindade”.

 
Na plena concepção cristã, o culto é uma disposição humana integral para adorar o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, que se revelou em Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne.


2. O principal objetivo do culto evangélico Cristão é cultuar ao Senhor.


O culto cristão deve ser direcionado ao Senhor Deus criador dos céus e da terra, somente Ele é digno de toda honra, glória e louvor, (Sl. 29.2; 96.9). Em virtude da natureza pecaminosa do ser humano, este tem uma tendência à egolatria, isto é, à adoração de si mesmo. A sociedade moderna escolheu os seus deuses, e a eles presta o seu culto, dentre os quais destacamos: o dinheiro, o corpo e as celebridades.

Mamom (que é o dinheiro e as riquezas terrenas), tem sido amplamente adorado, o próprio Senhor Jesus destacou o perigo do culto ao dinheiro, comumente conhecido entre nós por Mercado da fé. (Lc. 16.13).

A cultura e adoração do corpo, bem como o fisiculturismo, como consequência do materialismo científico, tem enfatizado unicamente o bem-estar físico, em detrimento do espiritual. Evidentemente, o corpo é templo e morada do Espírito Santo (1 Co. 6.19), mas não pode ser objeto de culto, mesmo o conceito de saúde precisa estender-se à dimensão espiritual, pois o exercício físico tem algum proveito, mas a piedade e a caridade servem muito mais para expressar gratidão e adoração a Deus. (1 Tm. 4.8).

Ao invés de adorar a Deus, muitos atualmente elegeram seus ícones para se debruçarem diante deles. O culto às celebridades também é praticado no contexto evangélico, há quem adore mais aos adoradores do que a Deus, aos pregadores da Palavra que o Deus da Palavra. Influenciadas pela modernidade, muitas igrejas valorizam demasiadamente a aparência do culto, ao invés de centrar-se no principal, a adoração a Deus. (Sl. 95.6). Em Jo. 4.23-24, ao responder à indagação da mulher samaritana sobre o lugar certo de cultuar, Jesus afirma que é Deus quem busca os adoradores, e que somente estão aptos à adoração os que o fazem em espírito e em verdade, porque Deus é Espírito, por isso, deva ser adorado como tal, em conformidade com a revelação de Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. (Jo. 14.6). Portanto, mais importante do que o lugar, é a disposição espiritual, a reverência, redenção e amor a Deus que é o centro das atenções e da adoração.

Muitos cultos supostamente evangélicos atualmente servem apenas para cumprir um mero ritual, as pessoas se reúnem pelos motivos mais diversos, exceto pelo principal: a adoração ao Pai em espírito e verdade, conforme Jesus ensinou.



3. Um culto tem que ser genuinamente e verdadeiramente pentecostal para que seja aceito por Deus.


A respeito da estrutura do culto, a partir de 1 Co.12.40, sabemos que tudo deve acontecer com decência e ordem, para a edificação do Corpo de Cristo. (1 Co. 14.26), e que esse culto deve ser racional, (Rm. 12.1). Na igreja primitiva, por não disporem de templos, os primeiros crentes se reuniam nas casas, (At. 3.1; 4.23,24), onde oravam e adoravam ao Senhor, oferecendo contribuições voluntárias para a obra de Deus, (1 Co. 16.2; 2 Co. 9.7; Fp. 4.18).

Nesses encontros, havia espaço para a leitura de textos bíblicos, (At. 2.42; 17.11) e cânticos de adoração ao Senhor Deus. (Ef. 5.18-21).

A liturgia pentecostal se baseia nesses elementos do culto neotestamentário, com algumas adaptações regionais. Os cultos costumam ter a oração inicial, leitura Bíblica devocional (um Salmo) louvor congregacional (cantados por todos que estão reunidos), esses hinos geralmente são da Harpa Cristã, que é o hinário oficial das Assembléias de Deus, hinos avulsos cantados pelos conjuntos e corais da igreja, leitura bíblica oficial do culto direcionada para evangelismo, libertação, curas e milagres. Sempre são feitas orações após a leitura, são feitas apresentação dos visitantes, são cantados hinos avulsos apresentados por irmãos e irmãs da igreja local e ou cantores convidados, durante um dos hinos os dízimos e ofertas são arrecadados, depois vem à pregação e exposição bíblica (doutrina ou instrução ou direcionada para curas, libertação, etc). Ao final de um culto sempre faz-se o apelo aos visitantes para que aceitem a Jesus como seu único e suficiente Salvador de suas vidas, e conclui-se o culto com uma oração final pelos neoconversos e de acordo com o propósito do direcionamento  dado pelo pastor da igreja para a finalização do culto.

 

Embora essa ordem seja comumente observada, o contexto pentecostal sempre foi marcado pelas operações sobrenaturais do Espírito Santo. Ao longo do culto pessoas podem profetizar, falar línguas (contanto que haja quem interprete), orar pela cura das doenças e enfermidades das pessoas. A condução do culto deve ser submetida à direção do Espírito Santo, que, através da exposição bíblica e da manifestação dos dons, edifica a igreja de Cristo.


A tradição é importante, portanto, a ordem litúrgica do culto pentecostal deve ser observada, afinal, conforme orienta Paulo, tudo deve acontecer com decência e ordem. Não podemos esquecer que o culto genuinamente pentecostal é obra do Espírito Santo, que, por meio da exposição das Escrituras e manifestações sobrenaturais, opera maravilhosamente na igreja para o que for útil. Devemos também destacar que o culto na igreja é apenas uma extensão do culto que tributamos a Deus, a todo instante, em todos os lugares, experimentando a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, em cada momento da vida cristã, (Rm. 12.1,2), entendemos que o verdadeiro culto começa antes de chegarmos à igreja, começa no momento que nós nos predispomos em irmos à igreja, ainda em casa.

 

4.  Explicando literalmente como deve ser o culto.

Um culto pentecostal deve ser: Sincero; Solene; Com objetivo; Organizado; Progressivo; Com Muita Alegria espiritual.

 

Quais são os principais componentes de um culto?

O Apostolo Paulo diz: “quando vos ajuntais, cada um tem salmos, hinos,  doutrinas, revelação, línguas estranhas, interpretação. Faça-se tudo para edificação”. 1 Co.14.26-40.

 

O culto pentecostal deve seguir os moldes bíblicos. Levando-se em conta a tradição pentecostal, cada culto (no nosso caso das Assembléias de Deus) deve ter os seguintes ingredientes:

 

Abertura com uma oração e leitura de um dos Salmos; Louvor congregacional com hinos da Harpa Cristã como o 243 de abertura de um culto, seguido de dois outros hinos também da harpa Cristã; Oração com propósitos ou pedidos feitos na horas pelos participantes do culto; Apresentação dos visitantes; Louvores através de cantores, conjuntos corais, banda de musica, etc. ressalte-se que os louvores devem ser verdadeiros, (1 Co 16.42; 2 Cr 5.12-14); Testemunhos rápidos para não tomar o horário do pregador; Oferta; Leitura e Pregação da Palavra de Deus; Convite às pessoas para aceitarem Cristo como Salvador (este momento deve ser revestido de sabedoria de Deus, para não tornar o apelo um ato de atropelamento ou de decepção para os visitantes) de preferência com musica suave e apropriada, lembre-se que tudo na vida espiritual não é por força e nem por violência, mas pelo Espírito Santo de Deus; Oração final, seguida das benções apostólicas que deve ser ministrada pelo Pastor Presidente e ou outra pessoa por ele designado e que sempre recaia a designação em Pastores, Evangelistas ou Presbíteros.

 

5.  Quais são os tipos de cultos.

 

Nas Igrejas pentecostais nós adotamos os seguintes cultos. Culto Evangelístico; Culto de Doutrina; Culto das Senhoras; Culto de Oração; Culto de Mocidade; Culto das Crianças; Culto de treinamento; Culto de Celebração da Santa Ceia; Culto de Ação de Graça que seja de Colação de grau; de Aniversários em geral; de Noivado; de Celebração de Casamento; de Bodas de prata ou de ouro; de Despedida de obreiro; Lançamento de pedra fundamental; de Inauguração de Igrejas, e ainda o culto solene denominado de: Culto Funeral e também o Culto Ecumênico.

 

6.  Quanto à padronização dos cultos.

 

Em nossos dias praticamente não existem mais padronização de cultos. Quando chegamos a uma cidade, nossa preocupação é em sabermos quais são os dias que têm cultos e que tipo de culto são celebrados naquela igreja.

 

As orações de joelho ao chegar à Igreja estão dando lugar às orações sentadas, em que muitos crentes granfinos apenas oram depois de sentados abaixam a cabeça e fazem as suas orações relâmpagos. Mas o que faz a igreja crescer é a constante oração de joelhos feita por um remanescente da igreja que sabem o segredo de obter grandes vitórias na vida, outros não são tão fiéis e levam a vida espiritual mais na frieza e na mornidão espiritual como diz uma música secular “deixo a vida me levar”.

 

As saudações de “A Paz do Senhor” têm muitos crentes e até mesmo pastores cerrando os dentes e diante dos incrédulos  produz: um “Passi..ô” irmão, enquanto que devemos ter todo prazer em dizer “A paz do Senhor” com alegria e singeleza de coração.

 

7.  O que é um culto evangelístico?

 

Neste culto é enfatizado que a evangelização é a mais importante tarefa da Igreja aqui na terra. Geralmente este culto é dedicado aos domingos à noite e todos os crentes devem se esforçar para levar a Igreja pessoas ainda não conversas para que cumpra se nela o que diz a Palavra de Deus, que a fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus, e assim, creiam no que a bíblia diz e possam aceitar a Jesus Cristo como Salvador de sua alma. Este culto geralmente é conduzido pelo Pastor da Igreja e ou por alguém por ele autorizado e sempre deve recair em quem tiver notório saber eclesiástico, pois se trata de um culto onde muitas pessoas de formação superior são atraídas para a sua participação, sabemos de antemão que quem está a dirigi o culto é o Espírito Santo, no entanto, quem tiver na condução do mesmo saiba manejar bem a Palavra da verdade para que o Espírito Santo possa operar tanto o seu querer quanto o seu efetuar.

 

Neste culto devem prevalecer os hinos e louvores avulsos voltados para o evangelismo.

Bom seria se usássemos os hinos adotando o seguinte principio:

Prelúdio, cantar um hino inicial antes da abertura oficial do culto, que consiste em levar a Igreja e os visitantes para a esfera espiritual, em tom suave de forma que não venha interferir na oração dos irmãos ao chegarem à igreja.

Após iniciado o culto com oração seguir cantando os hinos padrão das Assembléias de Deus, o hino 243 da Harpa Cristã, que servirá de interlúdio seguido de outros dois hinos também da harpa cristã e após estes dando-se preferência os tocados pela Banda de Musica, Coral etc, cantores previamente selecionados, que desfrutem de comunhão com o Espírito Santo de Deus e configure dedicação com zelo e profissionalismo.

Quanto a pregação não deve haver mais de uma mensagem, e de no máximo 30 minutos, se ultrapassar que seja na virtude do Espírito, e sempre encerrando a mensagem com o grande convite para as almas aceitarem ao Senhor Jesus Cristo como Salvador.

Concluído o culto deve-se fazer a oração final por todos os que aceitaram a Jesus e encerrando com a oração da fé pelos enfermos e doentes, pelos necessitados e desviados para voltarem para a casa do Senhor. Também adotar o poslúdio, ou seja: hino cantado na mesma forma do prelúdio que consiste em levar a igreja e os visitantes para a esfera espiritual, em tom suave de forma que não venha interferir no ato dos cumprimentos dos irmãos e na saudação no Senhor.

 

Observação importante: no ato da leitura da Palavra de Deus, instrua aos porteiros para não permitir que entre ou saia qualquer pessoa, pois este ato deve ser reverenciado, momento em que será lido a bendita Palavra de Deus, ao mesmo tempo todos devem está de pé em atitude de reverência ao Senhor.  (Não como ato de religiosidade, mas como reverência e respeito a Palavra de Deus.).

 

 

8.  O que é  um culto de oração de acordo com a liturgia pentecostal.

 

Neste culto como aprendi era restrito aos crentes, não se admitindo pessoas não conversas. O cuidado na direção dos cultos de oração é um imperativo. É neste culto onde temos a oportunidade de gozarmos da gloriosa presença de Jesus bem como da manifestação dos seus dons. Caso admitir-mos pessoas não conversas, deixamos em muitos casos de recebermos as bênçãos oriundas do trono da graça. Pois somos inibidos pela presença dos não conversos e para não produzirmos escândalos. Seguindo assim, a orientação do Apostolo Paulo. É no culto de oração onde temos a liberdade de falarmos com Deus, expondo de forma clara nossos agradecimentos e fazendo também nossas reivindicações. É neste culto que oramos pela Pátria, Pelo Estado, Pelo Município onde moramos, pelas famílias, pelo bem da cidade, onde apresentamos as autoridades aos cuidados de Deus. É o culto onde com mais frequência os crentes são batizados no espírito Santo e recebem dons os mais variados na forma neotestamentários conforme 1 Co 12.

Trata-se de um culto solene, pessoal, vez que no culto de oração falamos com Deus a respeito do nosso ser, do nosso estado de comunhão com Ele.

 
Quem estiver à frente, na direção, deste culto deverá ter o espírito de discernimento, para julgar as profecias, revelações, etc, que porventura alguém queira proferir na Igreja, conforme 1 Co 14.29. Nada no culto é superior à ministração da palavra de Deus, nada deve interromper essa ministração. O apostolo Paulo enfatiza com muita precisão as seguintes assertivas: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Façam-se tudo para edificação. E se alguém falar língua estranha faça-se por dois, ou quando muito por três, e por sua vez, e haja interprete. Mas, se não houver interprete, esteja calado na Igreja e fale consigo mesmo e com Deus. Esta mesma forma serve para os profetas, um depois dos outros; que todos aprendam, e todos sejam consolados. Porque Deus não é Deus de confusão senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. Não existe profecia ou revelação que seja maior do que a palavra de Deus.

Devemos ter o cuidado para evitarmos a desordem no culto de oração, sob pretexto de não entristecer alguém. O dirigente do culto de oração tem responsabilidade diante de Deus e da Igreja.

 

Já existiram momentos que pessoas se intitulavam de profetas para tentarem criar normas na igreja, e esta não é a finalidade das profecias. A profecia é para: “Edificação, exortação e consolação”. Não podemos aceitar que alguém se deixe usar narrando casos já conhecidos do profeta. Como acima narrado, Porque Deus não é Deus de confusão senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

 

Outro fato que devem ser conhecido das igrejas é a existência de Decibelímetro, aparelho utilizado para medir a capacidade dos sons, e os que ultrapassarem 90 decibéis, poderá ser aplicado as penalidades que vai de multas, confiscação dos aparelhos e até fechamento do estabelecimento que seja: comercio, carros de sons, igrejas etc.

 

9.  Culto de Doutrina ou de Ensino: O que é doutrina?

 

Doutrina, nas Igrejas Evangélicas, é ensinar de forma dogmática, isto é, ensinamento que é fixado na igreja como norma padrão de conduta para todos os que professam a fé em Cristo Jesus Nosso Senhor.

 

 A Igreja Evangélica no Brasil tem adotado como doutrinas principais as que dizem respeito:

Sobre Deus, sobre a Bíblia, sobre o nascimento de Jesus, sobre o pecado, sobre a salvação, sobre o batismo nas águas, sobre o batismo com o Espírito Santo,  sobre a segunda vinda de Jesus, sobre as dádivas, sobre dízimos e ofertas, sobre o juízo vindouro, sobre a vida eterna.

        

Nos cultos de doutrinas como os demais cultos é iniciado às 19.30 horas, com oração, seguido cantando o hino padrão 243 da harpa cristã, após mais dois outros hinos da Harpa Cristã de preferência que corresponda à mensagem. É importante ressaltarmos que nos cultos de doutrinas não há necessidade de atuação dos corais e ou banda de musica. O principal objetivo do culto é o ensino consistente da palavra de Deus. Outro fator importante a ser observado que os cultos de doutrinas devem ser dirigidos sempre pelo Pastor Presidente e ou dirigente de congregação, não deve ser dado para outro ministrar neste culto, sob pena de proliferar divergências doutrinarias quanto aos princípios e aos bons costumes da igreja.

Ressalte que, o ensinamento deve girar em torno das doutrinas acima citadas e nunca envolver questões pessoais ou política. Nos cultos de doutrina devemos ensinar aos crentes a assumirem uma conduta honesta, fiel, santa e pura em toda maneira de viver.

A melhor forma que temos de passar tais ensinamentos aos outros é tendo uma vida de ilibada conduta diante de Deus e dos homens demonstrando o caráter Cristão de uma verdadeira conversão a Cristo. Existe uma regra que nos orienta que todo o doutrinador deve viver aquilo que ele ensina.

Importante ainda lembrar que culto de doutrina não é momento de desabafo, atacando e chicoteando sobre pretensa idéia de doutrinador durão. Doutrinar é ensinar como Jesus ensinou. Tal como Ele disse: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Vamos, pois dedicarmos este culto para a Gloria de Deus.

 

10. Liturgia do culto ou cerimônia de batismo nas águas.

 

O que devemos ministrar sobre o batismo nas águas. O que é o batismo nas águas.

 

O batismo nas águas simboliza o começo de vida espiritual abundante e cheia do Espírito Santo de Deus.

Trata-se de uma declaração publica de nossa identificação com Jesus, em sua morte e ressurreição, que tornou possível a nova vida que temos nEle. (Rm 6: 1-4), portanto celebrado nos moldes de Mat. 28:19, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;

 

1 Pedro 3:20-21

20 os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água,

21 que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, “batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo;

 

Romanos 6:3-14

3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

5 Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;

6 sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.

7 Porque aquele que está morto está justificado do pecado.

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;

9 sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;

13 nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

 

Em face do acima narrado, devemos entender que o batismo não é como “Constantino” Imperador Romano pensava, que ao ser batizado estava livre do pecado e poderia fazer o que quiser pelo resto da vida, sem ter que prestar contas a Deus.

O Batismo não tem caráter de nos limpar dos pecados e sim, como testemunho da nossa fé.

O Novo Testamento mostra claramente ser o sangue de Jesus Cristo, e não as águas do batismo, que nos purifica e perdoa. Mediante o sangue de Jesus é  que somos justificados. (Rm. 5.9), nossa consciência é purificada. (Hb 9.14) e somos redimidos. (1 Pe 1.19).

 

Referente ao batismo nas águas vale conhecer a verdadeira doutrina da Bíblia sobre o assunto:

 

Quem ordenou o batismo nas águas?

– O batismo nas águas foi ordenado por Jesus. (Mt. 28.19; Mc. 16.16).

– Os discípulos saiam e pregavam por toda parte, batizando os novos convertidos em cumprimento à ordem recebida. (Mc 16.20;At. 2.41; 8.12; 10.47);

- È uma ordem divina para ser cumprida. (Sl.119.4);

A falta de obediência significa a rejeição do conselho de Deus. (Lc 7.29,30)

Para cumprir com toda Justiça. (Mt.3.15).

 

Quem pode ser batizado?

- os que se arrependeram. (Mt. 2.38);

– os que de bom grado receberam a palavra de Deus.  (At. 2.41; 8.12);

– os que nasceram de novo. (Jo 3.3);

– os que crêem em Jesus Cristo de coração.  (Mc 16.16; At. 8.12,37; 16.33,34);

– os que já são verdadeiros discípulos. (At. 19.1-6).

 

Como devem ser batizado?

– os candidatos devem ser imerso de corpo inteiro nas águas;

– o batismo do Eunuco: Desceram a água, tanto Felipe como o Eunuco, que o batizou. (At. 8.38);

 – o batismo de Jesus: “saiu logo da água”. (Mt. 3.16);

– batizava-se em Enom, porque ali havia muitas águas. (Jo 3.23);

 - o batismo deve ser feito “em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. (Mt. 28.19).

 

Verdades sobre o batismo.

– ninguém é batizado para ser salvo.

– são batizados os que já são salvos.

– o batismo significa sepultamento.

- A palavra sepultamento sugere morte;

- Depois de batizados somos considerados como mortos para o mundo. (Gl. 2.20);

- O batismo revela publicamente que mortos para o mundo vivemos agora uma vida nova para Cristo.  (2 Co 5.17; Ef. 2.1)

 

O verdadeiro significado do Batismo nas águas.

– Significa que já não vivemos mais para o mundo. (Cl.3.3; Gl.2.20);

– Significa que agora vivemos em novidade de vida. (Rm.6.5; Cl.2.12);

– Significa que estamos confessando nossa fé em Jesus Cristo. (Gl.3.27);

– Significa que obedecemos a Cristo. (Lc.3.21; 1 Pe.3.21).

 

O batismo nas águas é o caminho de bênção.

 

– O batismo nas águas agrada a Deus. (Mt.3.16,17);

– É bom agradar a Deus. (Rm.14.18; 2 Co. 5.9);

– O batismo dá ênfase à santificação. (Gl.3.27);

- O batismo nos torna membro da Igreja do Senhor Jesus Cristo oficialmente. (At. 2.41,42,47).

 

Quem podem ser candidatos ao batismo.

 

– Quem já está salvo. (23 Co. 5.20);

– Que tenha profunda experiência com Cristo. (Jo.3.3-5);

– Que esteja ciente da sã doutrina. (Cl. 3.16);

– Que dê bom testemunho: no lar, na sociedade, no trabalho e na Igreja do Senhor Jesus.  ( 1 Co. 10.32);

 

Diante do exposto, passamos a narrar os moldes cerimoniais frequentemente adotados antes e no ato batismal:

 

Após a conversão, com prova irrefutável da regeneração, segue-se para o ato batismal, que é precedido dos esclarecimentos necessários em que o candidato ao batismo se compromete em adotar como regra de sua conduta e fé normativa para sua vida, a Bíblia Sagrada, a infalível palavra de Deus.

Seguido da Leitura do Estatuto da Igreja (que não é obrigatório), em que também o candidato ao Batismo deverá concordar com o mencionado Estatuto, para após, informado de seu compromisso com Deus através de sua palavra e do Estatuto da Igreja ser submetido ao batismo. Geralmente é feito um curso simples sobre o batismo nas águas para os novos convertidos.

 

O ato batismal em si. 

 

Na margem do Rio, córrego, lagoa, ou tanque batismal, conforme for as condições, o oficiante do batismo determinará que os candidatos se vistam de vestes apropriadas para o batismo (geralmente são usadas capas brancas), e se pronunciará dando ciência aos presentes do ato, lendo a Palavra de Deus em leitura própria para o ato, seguido de oração. Em ato continuo se cantará hinos próprios para o batismo, como sugestão oferecemos os  hinos 129, 447, 470, 389 da harpa cristã, entre outros, e enquanto se canta os hinos o oficiante entrará às águas e em seguida convidará os candidatos a adentrarem também nas águas, sendo colocadas as mulheres de um lado e os homens do outro e o oficiante ficará ao centro, então após outra oração começará a questionar em voz alta aos candidatos:

 

A confissão feita na hora do batismo, é feita pelo oficiante aos que vão ser batizados individualmente.

 

- Meu irmão (ã) você está convicto de sua fé?

O candidato pronunciará em voz alta (sim).

 

- Você crê que a Bíblia Sagrada é a infalível Palavra de Deus, e que só através dela temos conhecimento de Deus e de sua soberana vontade e se compromete a viver para Ele durante toda a sua vida?

O candidato pronunciará em voz alta (sim).

 

-Você se compromete diante de Deus e destas testemunhas a observar a genuína Palavra de Deus e os Estatutos da Igreja?

O candidato pronunciará em voz alta (sim).

 

O oficiante então declara em voz alta:

“Diante de suas declarações eu tomo como testemunhas as pessoas presentes, eu te batizo nos moldes como foi ensinado por Jesus e pelo mesmo modo também que Jesus Cristo foi batizado por João Batista nas águas do rio Jordão: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Então se colocará as mãos entrelaçadas sobre o peito (mãos superpostas), a mão esquerda na nuca do batizando e a mão direita por cima das mãos do batizando que  então se submergirá nas águas. Este ato deverá ser oficiado a todos de igual modo. Concluído o batismo ainda dentro das águas oficiará outra oração, abençoando a todos e impetrando as bênçãos apostólicas:

“Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Grande amor de Deus Nosso Pai e a doce Comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês, amem”.

Concluído o batismo cada qual seguirá aos seus lares, para a noite estarem no culto onde deverão ser apresentados os novos membros a Igreja.

 

 

11. Liturgia de apresentação de novos membros à igreja.

 

No ato de apresentação o Pastor convidará os novos membros a frente e pedirá aos novos membros que perante a Igreja, declarem que concordam com o Estatuto da Igreja:

pedirá a Igreja que os recebais no Senhor como membro do corpo de Cristo por terem preenchidos os requisitos Bíblicos e por terem concordado com os Estatutos e regimentos internos da Igreja.

Logo Após os mesmos serão cumprimentados, de forma afetuosa. Este ato servirá tanto para os membros que foram conquistados, trabalhado e batizado pela Igreja quanto aos que imigraram de outras denominações e ou ordem da mesma fé, que apresentarem Cartas de Mudança ou Transferência.


Está é a forma da entrada do novo membro no corpo de Cristo “a Igreja”, e sua respectiva habilitação para participarem da Santa Ceia do Senhor.

 

 

12.  Liturgia da Santa Ceia do Senhor. Culto de Celebração da Santa Ceia

 

 A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo por ocasião de sua ultima refeição de Páscoa, na companhia dos discípulos, apenas horas antes de ser crucificado. (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-26). Para nós, a Ceia do Senhor tomou o lugar da Páscoa do Antigo Testamento, “porque Cristo nossa páscoa, foi crucificado por nós”.

 

 O significado da Santa Ceia.

 

É uma comemoração: “fazei isto em memória de mim”. (1 Co. 11.24);

É um testemunho Cristão. (1 Co.11.27-32);

É uma afirmação da dispensação da graça: “Este cálice é o novo testamento do meu sangue”. (1 Co.11.25)

É uma festa da comunhão dos salvos com seu salvador. (At.2.42);

É uma celebração profética da volta de Jesus. (1 Co.11.26).

 

Sobre o Pão. O significado do pão.

 

O pão significa que Jesus Cristo foi moído por nós. (Is.53.5).

Ele nasceu em Belém (que significa casa do pão); Ele é o pão vivo que desceu do céu. (Jo.6.51).

 

Sobre o vinho. O significado do vinho.

Seu sangue foi derramado por muitos. (Mc. 14.24);

O Sangue de Jesus é que nos justifica.  (Rm.5.8,9);

O Sangue de Jesus é o que nos purifica de todo pecado.  (1 Jo 1.7; Ap.1.5; 22.14);

O Sangue de Jesus é que nos garante a segurança da salvação.  (Ex.12.13).

 

A Santa Ceia do Senhor Jesus é:

Profética. (1 Co. 11.26); Exortativa. (1 Co.11.28); Memorial. (1 Co. 11.24); Edificante. (1 Co. 5.7).

 

- O pão simboliza o corpo de Cristo Jesus. (Mt. 26.26).     

- A Santa Ceia do Senhor e como um alimento espiritual.

- A carne de Cristo é símbolo de alimento espiritual necessário para o homem. (Jo. 6.53-56);

- As palavras de Jesus Cristo são alimento vivificante para nossos corações. (Jo.6.63);

- A vontade de Deus é alimento. (Jo. 4.32-34;

- Jesus é o pão da vida. (Jo. 6.48).

- A Santa Ceia do Senhor é como um Memorial:

- Faze-nos lembrar da morte de Cristo. (1 Co.11.26);

- Faze-nos lembrar que Cristo morreu por nossos pecados. (1 Co. 15.3);

- Ajuda-nos a seguir o exemplo de Jesus na morte para o pecado. (Rm. 6.10; 1 Pe.2.21);

- Torna-nos dignos de nosso Senhor. (1 Co. 11.27-29);

- Nos desperta para o arrebatamento (1 Co.11.26).

 

Então a Santa Ceia do Senhor Jesus é também:

 

- Um ato comemorativo da morte de Cristo. (1Co. 11.24; Mc.14.22-24);

- Um ato de fortificação espiritual. (Rm. 3.24-25);

- Um ato de comunhão entre os crentes. (1 Co. 10.17; At. 2.42);

- Um ato de esperança. (1 Co.11.26; Mt.26.26).

 

Quem poderá participar da Santa Ceia do Senhor?

- A Santa Ceia do Senhor, é para os salvos, que estejam em condições de participar da mesa do Senhor. (1 Co.10.21,31; 11.27,28);

- Os batizados nas águas e que são membros efetivos da Igreja;

- Os que deram testemunhos que estão mortos para o mundo e o pecado, no batismo. (Gl.2.20);

- Tomam agora o pão e o cálice, publicamente proclamando sua nova vida em Cristo Jesus. (2 Co.5.17).

        

Sete Mensagens reveladas pela Santa Ceia;

 

- Mensagem da encarnação de Cristo. (Jo.1.14);

- Mensagem da redenção do homem. (Ef.1.7);

- Mensagem da reconciliação com Deus. (Cl.1.20;Ef.2.13);

- Mensagem do cordeiro substituto. (Gn.22.7; Jo.1.29);

- Mensagem da edificação cristã. (Mc.14.22-24);

- Mensagem da exortação à santidade. (1 Co.11.28);

- Mensagem do arrebatamento da Igreja. (1Co.11.26).

 

Como já exposto, a celebração da Santa Ceia tem caráter de um memorial que representa a mais sublime festa de comunhão da igreja aqui na terra. Com outro caráter importante, o ato é “Profético” porque devemos celebrar até que Cristo volte. É um ato muito sublime e quem o celebra deve ter o pleno conhecimento bíblico para não se perder entre as diversas linhas que não tem nada a ver com o ato desta comunhão, razão pela qual deve ser ministrado pelo Pastor Presidente da Igreja e ou por outro devidamente qualificado e previamente designado pelo Pastor.

 

13.  A liturgia da Santa Ceia do Senhor Jesus.

 

Como todos os demais cultos devem ter inicio às 19.30 horas; deve se iniciar com a leitura de um dos Salmos, com oração, três cânticos de hinos da harpa Cristã e como sugestão temos os seguintes hinos: 29; 39; 53; 301; 328; a leitura apropriada, a mais usada é 1 Co 11. 23-26, seguida de oração, explanação da palavra de Deus, levando os crentes a procederem as introspectivas, isto é, a fazer o autoexame de consciência, estendendo a todos a oportunidade de se alguém tiver alguma coisa que perturbe a mente e o coração sejam libertos por uma oração em que todos oram pedindo perdão pelos pecados ainda aqueles que escapam a percepção do ser humano. Após a oração o oficiante convidará a cercarem a mesa com os elementos a serem consagrados, os diáconos, os presbíteros evangelistas e pastores. Após pedirá que lavem as mãos. Os obreiros após lavarem as mãos não poderão levar a mãos ao bolso, passas as mãos no rosto, tocar no microfone, vez que irá proceder à partilha do pão.

O ministrante repetirá a leitura da palavra de Deus em 1 Co. 11.24 que diz:

 

24 e, tendo dado graças, o partiu: então o oficiante pegará a vasilha contendo o pão e levantando pedirá que um dos obreiros presentes faça a oração apresentando o pão que a partir daquele momento terá lugar simbólico do corpo de Cristo bem como abençoe a igreja que será alimentada com a esperança do seu retorno. (A volta de Jesus).

 

Após a oração, pedirá aos membros que estivem em comunhão com a igreja a se colocarem de pé para assim ter uma melhor identificação e então se determinará que os diáconos distribuam a todos de igual forma o pão, neste momento é oportuno cantar um dos hinos alusivo a Ceia ou hino avulso pertinente com o ato, feito a distribuição o restante do pão deverá retornar para o oficiante. Que em ato continuo perguntará se entre os membros em comunhão ficou alguém sem receber o pão, existindo alguém um dos diáconos levará o pão aquele membro. Após toda a igreja terem recebido o oficiante pegará a vasilha com o restante dos pães e de um a um dos obreiros ele distribuirá e por ultimo ele escolhe um dos obreiros para proceder à entrega para o oficiante. Concluído a distribuição o oficiante dirá estas palavras, e tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Seguido da frase podemos cear irmãos. Após ingerir o pão terá um momento de adoração, em ato seguido o oficiante lerá a segunda parte alusiva a Santa Ceia:

 A leitura Bíblica para se servir o cálice é  1 Coríntios 11.25.

25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

 

Então o oficiante pegará a vasilha contendo o vinho, os cálices individuais,  e levantando pedirá que um dos obreiros presentes faça a oração apresentando o vinho que a partir daquele momento terá lugar simbólico do Sangue de Cristo vertido por nós na cruz do calvário. É bom lembrar que o sangue de Cristo é o preço da nossa redenção. Bem como abençoe a igreja que participará deste segundo elemento.

O procedimento na distribuição do vinho difere do Pão, pois neste ato ao passo que se vai distribuindo o vinho os irmãos já podem tomar o vinho, e seguido de alguém que vai recolhendo os copos vazios.

Depois de concluída a distribuição dos elementos o ministro oficiante conclamará a Igreja que se faça uma oração de agradecimento a Deus pelo privilegio alcançado de mais uma vez participar da comunhão dos santos.

 

Dou aqui um parecer de nossa vivência pessoal de mais de quarenta anos de pastorado:

Não é recomendável que se faça outra coisa nos momentos de celebração da Santa Ceia do Senhor. Neste culto as outras atividades, tais como tirar oferta, falar em dízimos, e ou de ordem doutrinaria, etc, devem ser feitas antes do momento solene da Santa Ceia do Senhor. Devemos conservar os bons momentos de comunhão com Deus durante a celebração da Santa Ceia para, com oração e adoração plena ao Senhor Jesus Cristo que é merecedor de toda honra, toda a glória e todo louvor.

 

É importante ressaltarmos que não procedemos com a Santa Ceia como os católicos que acreditam tratarem de um processo de consubstanciação e de transubstanciação, isto é, o corpo de Jesus Cristo literalmente aqui e agora. Nós sabemos e pregamos como Jesus Cristo e os apóstolos nos ensinaram  que o pão e o vinho representam simbolicamente o corpo e o sangue de Jesus e que estes elementos são e permanecem sendo pão e vinho, apenas representam simbolicamente o corpo e o sangue de Jesus. Enquanto que na Igreja católica ao servir a comunhão com um único elemento feito de farinha de trigo e água, a hóstia, é ensinado que aquilo é e contém o corpo e sangue de Jesus.

Nós crentes em Jesus, temos a sabedoria de Deus de entendermos que o ato da ministração da Santa Ceia do Senhor, apesar de sublime, é ao mesmo tempo simbólico. O que nós distribuímos na Santa Ceia do Senhor é Pão, produto do trigo e o suco de uva extraído da Uva. Uma vez que o corpo de Cristo aqui na terra não é o pão que distribuímos na Santa Ceia e sim a Igreja.

 

Devemos ter muito cuidado para não transformarmos este ato tão sublime em idolatria. Sabe-se por noticias que existem líderes religiosos, evangélicos, que após a celebração da Santa Ceia dão um fim duvidoso para com a sobra dos elementos e  usam até do expediente de enterrar o material que sobrou. Isso prova vergonhosamente que ainda não entenderam que o que é sagrado é o que foi usado no momento solene. Naquele momento os elementos da Santa Ceia do Senhor foram consagrados para aquele fim.

Passou aquele momento o pão que era pão continua sendo pão e o vinho, suco de uva que era vinho suco de uva continua sendo vinho suco de uva.

Um fato curioso que acontece depois da celebração da Santa Ceia do Senhor, depois da oração final, é que as crianças veem correndo até a mesa que estão as sobras do pão e suco do suco de uva e pedem para comer e beber o que sobrou. Você negaria ou aproveitaria o momento para ensinar para as crianças sobre o ato solene que ali foi realizado dando-lhes aquelas sobras? Pense nisso. Normalmente eu mando distribuir para as crianças e peço para alguém lhes incentivar sobre o batismo nas águas.

 

 

14.  Culto da Sociedade das Senhoras ou da União Feminina.

 

Este Culto como os demais se reveste de uma sublime notoriedade, vez que envolve o papel da mulher nas questões eclesiástica.

Uma Igreja sem o Departamento de Sociedade das Senhoras, sem o Circulo de Oração. Pode-se dizer que se trata de uma igreja falida. O Departamento de Sociedade de Senhora nas Igrejas evangélica tem sido a forma mais primitiva contra a discriminação da mulher. Os evangélicos têm noticias das atividades das mulheres no ministério de Jesus e também no ministério apostólico, a exemplo de “Dorcas”, dentre outras. No Antigo Testamento também se fez presente mulheres que se destacaram tal como: Débora, Ester etc. Quando ouvimos falar que as mulheres conseguiram seu reconhecimento constitucional e hoje desempenham os mais variados e altos cargos na hierarquia moderna secular, também o são na Igreja. Nós evangélicos podemos com muita ênfase subirmos ao pódio de termos saído à frente em favor das mulheres. Creio que no nosso ministério tenha saído também na frente na elaboração do Estatuto de uma Igreja, e ter colocado um ministério profícuo desde a área diaconal até a pastoral e missões para as mulheres. Como os demais cultos, este, apesar de ser dirigido por mulher não podemos aceitar que os machões fiquem em casa e desprezem este culto com a pretensa prerrogativa que se tratar de culto das mulheres. Quando o Pastor da igreja, evangelista, presbítero, diácono, ou seja, a presença masculina está no culto as mulheres sentem isso como forma de apoio e se sentem mais segura e tranquilas. A ausência pastoral nos cultos de sociedade das senhoras cria uma desmotivação e consequentemente empolga as falácias hipócritas dos desprovidos e despreparados obreiros de causa própria em detrimento de um departamento que tem amparo em toda a Bíblia Sagrada. Quanto ao ritual, deve se observar as mesmas regras dos demais cultos. É meu dever chamar a atenção dos obreiros para estar presentes nos cultos de sociedade das senhoras ou união feminina.

a)   Por suas fragilidades emocionais;

b)   Pelo dever que temos como adoradores;

c)   Para evitarmos como já frisado, as falácias dos hipócritas;

d)   E para empolgarmos no sublime ministério da disseminação da palavra de Deus, do louvor e dá adoração através do ministério feminino.

 

15.  Culto de Mocidade: Porque um culto de Jovens?

 

Este questionamento é oportuno e temos a resposta, os jovens são os futuros Pastores, pregadores, missionários cantores em fim, terão a responsabilidade de no futuro darem prosseguimentos a obra de Deus, além do mais é o modo de se interagirem e se empolgarem a participar dos diversos departamentos da igreja.

Outro fator importante é a capacidade de absorverem com facilidade os ensinos e a de transmitirem aos demais jovens a mensagem de Cristo.

 
Quanto a liturgia não foge em nada dos demais cultos. À hora do inicio deverá ser a mesma isto é, às 19.30 horas e duração até as 21.00 horas, quando a forma terá seus modos nos termos jovens. No entanto precisa de um acompanhamento pastoral para não exceder no ritmo, no som elevado, e não transportarem para dentro da igreja as músicas hibridas, mescladas de letra sacra e musica profana.

Sabemos que os cânticos são de extrema importância no contexto do culto, visto que, quando entoados como louvor verdadeiro, movem o coração de Deus, fazendo com que sua gloria se manifeste no meio do povo. (2 Cr 5.12-14).

O Pastor deve ensinar os músicos sobre a sublimidade do louvor, sua importância e os cuidados que a Bíblia preceitua, vez que o verdadeiro louvor abre caminho para a penetração da mensagem, traz inspiração para profecias, afasta o inimigo, liberta o oprimido e faz a gloria de Deus descer no local da verdadeira adoração.

Diante do exposto, temos na juventude a participação importantíssima. Tenha no teu ministério a participação jovem e terá o crescimento da igreja. Desprezar este ministério é o mesmo que desprezar a arte do crescimento eclesiástico.

 

16.  Culto das Crianças: só alegria.

 

O Culto das crianças não pode ser visto com a mesma visão litúrgica dos adultos, porem com maneiras próprias visando à educação e a formação da personalidade.

 

O ensino como deveres das igrejas, tem que ser iniciado ao pé da mesa, isso se traduz no mais robusto e cristalino ensino para uma geração bem sucedida, veja o que nos ensina o manual dos cristãos, a bíblia Sagrada, sobre o ensino infantil: 

 

“Tu as inculcarás á teus filhos e delas falaras assentada a tua casa, andando pelo caminho, deitando-te e levantando-te”. (Dt. 6:7).

 

O mais ilustre dos sábios referindo-se aos deveres dos pais quanto ao ensino dos filhos arremata dizendo:

 

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. (Pv. 2:26).

 

No mesmo principio o Profeta Isaias, inspirado por Deus ressalta a instrução no temor do Senhor dizendo:

“Os vivos, os vivos estes te louvarão como eu hoje faço; o pai aos filhos fará notória a sua felicidade. (Is 38:19).

 

Esta felicidade consiste quando atendemos aos apelos instruídos pela Bíblia sagrada, fonte infalível dos mais altos valores éticos e morais, vez que nos leva a um sentimento fraterno onde o ser humano é visto não como estranho e sim como irmãos e originários de uma mesma fonte, “Deus”.

 

Fora da dimensão espiritual, onde Deus é governo e Senhor não existe amor, compreensão, perdão, renuncia e respeito. Pois a única fonte do verdadeiro amor é Deus. 1 Coríntios 13.

 

Ai vem à recomendação do sábio Salomão:

 

 “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. (Pv. 2:26).

 

O filho que adquire a personalidade no temor do Senhor quando ainda criança, adquire a maior herança que um pai pode deixar. Pois é a única herança que dará como lucro cem vezes nesta terra e por fim a vida eterna. (Mt 19:29).

 

As crianças até os sete anos de idade estão na fase da formação do caráter. Caso se consiga imprimir na mente de uma criança a palavra de Deus, teremos então no futuro um homem temente a Deus e guardião da sua Palavra. Aí questionamos: existe justificativa maior para a existência do culto das crianças? Se atentarmos para a Escola Bíblica Dominical, somos informados que a mesma foi criada com o fim de alcançar as crianças e transmitir-lhes um conceito de Deus que é o maior valor moral que podemos conquistar. O que difere dos demais cultos é a forma pedagógica, porque precisamos de pessoas altamente capacitadas para conduzir as crianças de forma que as mensagens infantis os empolguem a ficarem atentos e ao mesmo tempo a questionarem e serem participativos.

Hoje com os recursos audiovisual que temos a disposição (dependendo da capacidade financeira da igreja) podemos encomendar as mais diversas historias infantis para o professor, disponíveis nas livrarias evangélicas, que por sua vez dispõe de todo o material pedagógico necessário para um bom culto infantil.

 

17.  Culto de treinamento para iniciantes no ministério da palavra.

 

Nestes cultos que aprendemos a dizer que Jesus é bom. Aprendemos a dominar o microfone e ao mesmo tempo perder o medo de apresentar diante do publico.

Continuamos precisando deste culto. Além de ensinar a arte de falar em publico, não foge o principio da adoração, pois Jesus tem nos falado pela sua palavra que, onde tiver dois ou três reunidos no seu nome, ai estará no meio deles. No culto de treinamento se descobre os talentos de quem canta e quem serão os futuros pregadores. Quanto ao ritual litúrgico não foge o modelo padrão.

 

18.  Liturgia de inauguração de templos.

 

Este culto como os demais cultos deve ser iniciado com oração.

Em ato seguido o Pastor Presidente do campo fará um breve pronunciamento fazendo alusão ao ato e em seguida se cantará o Hino Nacional Brasileiro, enquanto se cantam o hino, as Bandeiras que estão previamente preparadas para serem hasteadas serão ao passo que se cantam, lentamente serão hasteadas. Após o hasteamento das bandeiras, e concluído o hino nacional o Pastor presidente convidará uma das autoridades presentes que seja (Juiz, Promotor, Prefeito, Deputado, senador, governador) e seus auxiliares direto tais como: Pastor adjunto, evangelista e os presbíteros presentes para o segundo ato “o desatar da fita lacre da porta principal”.

 

Rompido o Lacre poderá ser dada uma salva de palmas, e todos entrarão ao templo. Já dento do templo o Pastor Presidente convidará os Pastores e demais auxiliares diretos para o púlpito. As demais autoridades convidadas se colocarão assentos em um local de honra, nunca no púlpito, vez que o púlpito é local facultativo dos pastores e só poderá ser utilizados por homens ungidos.

Em ato seguido o Pastor Presidente dirigindo-se a nave da igreja dirá: Graças à prosperidade com que o Senhor nos abençoou e tendo concluído a construção deste templo de adoração sua bendita graça e seu eterno poder, estamos hoje reunidos perante sua santa presença para inaugurar e dedicar este santuário a fim de usá-lo para gloria do nome de Jesus.

Neste templo será elevado ao Todo Poderoso o incentivo ao louvor, e serão observadas as ordenanças sagradas da casa de Deus. Aqui brilhará a gloria de Deus, para guiar os peregrinos na noite da vida. Até que alcance a luz eterna da pátria celestial. Os crentes encontrarão aqui um porto seguro onde poderão descansar quando estiverem sob os açoites dos grandes vendavais.

 

Ministrante: Dedicamos este templo àquele de quem procede toda boa dádiva e todo dom perfeito, Deus nosso Pai, para honra de Jesus Cristo, seu filho, nosso Senhor e Salvador e para louvor do Espírito Santo, o Conselheiro, fonte de luz e vida.

 

Igreja: “Dedicamos este templo a Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo.

 

Ministro: Dedicamos este templo à pregação do evangelho, para que os pecadores se arrependem e para que os crentes sejam edificados no conhecimento espiritual da verdade e em todas as esferas da vida.

 

Igreja: “Dedicamos este templo a pregação do evangelho”.

 

Ministro: “Dedicamos este templo para adoração a Deus com cânticos e orações, para o ministério da Palavra de Deus e para o santo cumprimento das ordenanças.

 

Igreja: Dedicamos este templo pra gloria de Deus.

 

Ministro: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e tomando todos vocês presentes como testemunhas, declaro este templo separado de todo uso ímpio e profano e consagrado a adoração no serviço do Reino de Deus todo poderoso, aquém seja a honra e gloria e a majestade, o domínio e o poder pelos séculos dos séculos amem. 


5. Palavras de como começou.

6. Testemunho que lembre o inicio.

 

Textos Bíblicos sugeridos:

 

Salmo 132.

8 Levanta-te, Senhor, no teu repouso, tu e a arca da tua força.

9 Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e alegrem-se os teus santos.

10 Por amor de Davi, teu servo, não faças virar o rosto do teu ungido.

 

Salmo 100

1 Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra.

2 Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele com canto.

3 Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.

4 Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.

5 Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.

 

Salmo 122.

 1 Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!

2 Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém.

3 Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida,

4 aonde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho de Israel, para darem 90graças ao nome do Senhor,

5 pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi.

6 Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam.

7 Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios.

8 Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: haja paz em ti!

9 Por causa da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.

 

2Cr. 5.13,14.

13 e quando eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor, e quando levantavam eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos, para bendizerem ao SENHOR, porque era bom, porque a sua benignidade durava para sempre, então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor;

14 e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque ia glória do Senhor encheu a Casa de Deus.

 

 

19.  Liturgia dos cultos de ações de graças.

 

Inúmeras são as razões de um culto de ação de graça. Nós encontramos sustentação na Bíblia Sagrada porque a mesma diz:

 

Salmo 100:

1 Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra.

2 Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto.

3 Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.

4 Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.

5 Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.

 

Salmo 100.2 Apresentai-vos a Ele com cânticos .

 

O cântico individual e congregacional devem ser dirigidos antes de tudo ao Senhor. (v. 1).

Deve ser executado com alegria e plena consciência da sua presença. Nos cânticos, relembramos que Deus nos criou e redimiu e que agora somos o seu povo e que Ele é o nosso Pastor. (v. 3). Cantamos o seu amor, fidelidade e verdade, que durarão para sempre. (v. 5; Ef 5.19).

19 falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. O oficiante de um culto de ação de graça precisa conhecer e ter certas habilidades, em razão dos diferentes momentos, locais, motivos etc. Recomendamos que cada líder se cercasse de acervo que o habilite aos vários tipos de culto de ação de graças tais como:

a.   Colação de grau;

b.   Aniversario de 15 anos;

c.   Bodas de prata ou de ouro:

d.   Lançamento de pedra fundamental de Igreja;

 

Cultos solenes, tais como: Noivado; Celebração de casamento. Despedida de obreiro. Etc.

 

 

20. Liturgia sobre um culto fúnebre.

 

Instruções aos ministros e cuidados preliminares.

Ao receber a noticia da morte de um membro ou congregado da Igreja, o Pastor deverá ir imediatamente ao lar do falecido para se colocar a disposição e consolo espiritual aos familiares.

 

Que por sua vez averiguará de forma discreta aos planos da família para o sepultamento e prestará sua ajuda em tudo o que estiver ao seu alcance.

 

Tais como: Transporte do corpo do IML. (Instituto Medico Legal) ao lar da família ou onde a família indicar.

Acompanhamento dos familiares na escolha da funerária e aquisição de urnas;

Avisar parentes sob o falecimento do membro;

Avisar os membros da igreja.

Junto ao Cartório providenciar Certidão de Óbito;

Junto a Prefeitura, solicitar Guia de Sepultamento;

Junto ao Cemitério providenciar junto ao coveiro o tipo e forma do sepultamento conforme o poder aquisitivo dos familiares;

Providenciar assentos para os visitantes;

Junto à família, colocar pessoas idôneas e capazes para cuidar da casa, pois os familiares neste momento nem sempre tem o cuidado dos pertences no lar e em muitos casos se sabe que pessoas inescrupulosas usam de aproveitar este momento de tristeza para subtrair (roubar) a família enlutada.

 

Cerimonial de um funeral.

 

É recomendável que se use um fundo musical apropriado, pois a musica aplaca a tristeza dando assim um consolo mensurável e terno.

 

Sugestão de Oração:

Ao ser dado ordem pelos familiares que se proceda a cerimônia, o ministro, reconhecendo a soberania de Deus, pedirá que Ele abençoe o culto que está sendo celebrado, e de igual forma console os familiares do irmão(ã), (citar o nome do falecido(a)).

 

Leitura de uma passagem bíblica de adoração.

Damos a seguir sugestões para as mais apropriadas:

 

Salmo 90

1 Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.

2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.

3 Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Volvei, filhos dos homens.

4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.

5 Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada;

6 de madrugada, cresce e floresce; à tarde, corta-se e seca.

7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.

8 Diante de ti puseste as nossas iniqüidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.

9 Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro.

10 A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.

11 Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido?

12 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.

13 Volta-te para nós, Senhor; até quando? E aplaca-te para com os teus servos.

14 Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.

15 Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.

16 Apareça da tua obra aos teus servos, e a tua glória, sobre seus filhos.

17 E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.

 

(2 Tm 4.7,8)

 

7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

 

(2 Co 5.1-8).

 

1 Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.

2 E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;

3 se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.

4 Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.

5 Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.

6 Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor

7 (Porque andamos por fé e não por vista.).

8 Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor.

  

João 11.25,26.

 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

26 e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?

João 14.1,2

1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.

 

Estes foram alguns de muitos outros textos apropriados para se lê em um culto fúnebre.

 

Hinos apropriados para um culto fúnebre.

 

Harpa cristã:

2; 4; 26; 36; 37; 187; 202; 214, 271; 332; 371.

 

No cemitério, entrega do corpo a terra.

 

Estando o féretro colocado sobre a abertura do sepulcro, o ministro espargirá sobre ele um punhado de pétala de rosas, enquanto diz:

 

“por ter sido da vontade de Deus Todo poderoso, em sua infinita providencia, separar deste mundo a alma de nosso (a) falecido (a) irmão (irmã), (citar o nome) nós entregamos o seu corpo a terra. Terra a terra. cinza a cinza, pó ao pó. Mas nós esperamos a ressurreição universal do ultimo dia, quando a Igreja de Cristo será arrebatada, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, na segunda vinda do Senhor, cheio de poder e majestade. A terra e o mar entregarão seus mortos, e os corpos corruptíveis dos que dormiram neles serão transformados e tornados semelhantes ao glorioso corpo de Cristo conforme a poderosa obra pela qual ele pode sujeitar a si todas as coisas”.

 

A Benção Pastoral de despedida do féretro.

 

“Bem aventurado os mortos que morrem no Senhor de agora em diante. Diz o Espírito: “sim, eles descansarão das suas fadigas”.

 

A graça do Senhor Jesus Cristo, o grande amor de Deus, a comunhão e consolação do Espírito Santo sejam com todos vocês. Amem.

 

As igrejas evangélicas em geral teem muitas outras atividades além destas enumeradas. O trabalho é constante para melhor servir à população. Não citamos acima o grande e profícuo trabalho social e assistencial que a maioria das igrejas evangélicas, por menores que sejam, prestam à sociedade.

Também este modelo acima não configura uma exigência absoluta de que as reuniões e cultos terão que observar criteriosamente cada passo. Pelo contrário, a obra de Deus tem sua dinâmica orientada pelo Espírito Santo de Deus em tudo o que fazemos e realizamos. Deus é o dono da obra. Quando alguma coisa não Lhe agrada, Ele muda a direção e coloca outros que vão valorizar o poder e a unção de Deus para atender ao povo que clama à Ele por socorro, em especial ao pobre e necessitado, aos quais, Deus tem sempre sua mão amiga estendida à eles para lhes ajudar.

 

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.