segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

DESTAQUES DA PRIMEIRA E DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO

DESTAQUES DA PRIMEIRA E DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO

 

Diferenças e destaques entre a primeira e segunda vinda de Cristo.

Seu nascimento entre os homens caracteriza sua primeira vinda para salvar a todos quantos o aceitem; Ele pagou o preço de seu sangue para nos salvar. A sua segunda vinda, será invisível, acontecerá antes da grande tribulação, Ele virá para arrebatar sua igreja; logo a seguir iniciar-se-á a grande tribulação será dividida em duas fases de três anos e meio cada uma. No final da grande tribulação, aí sim Jesus virá visivelmente, quando todo olho o verá. Apocalípse 1.7.

 

1) - João 1.29 – Jesus ao nascer entre os homens veio mostrar para a humanidade que perdão se alcança somente nEle e que Ele tira o pecado das vidas e dos corações que acreditarem na sua mensagem salvadora.

João 1.29 - Ele veio como "...O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

02) - Apocalipse 5.5 – Ele venceu a morte, Ele é a raiz de Davi, Ele vai abrir o livro da vida, Ele vive e reina para sempre. Ele virá para reinar sobre toda a terra. Todos poderão aceitá-lo antes do arrebatamento para serem salvos e terem seus nomes escritos no livro da vida.

Apocalipse 5.5 - “E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos”.

03) - Filipenses 2.7; 2Co 8.9 Jesus é rico para com todos e tem riquezas para todos; Ele se fez pobre para nos enriquecer.

 Filipenses.2.7 - Ele veio primeiro em forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; sendo rico, se fez pobre, para nos enriquecer.

2 Coríntios 8.9 - ...pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos.

04) - Lucas 21.27 – Sua vinda será com grande poder e grande glória. Fica bem claro nesta passagem que serão demonstrados claramente o Seu grande poder e sua grande glória. Ele virá numa nuvem, ou seja, o veículo que Jesus vai usar para buscar a sua igreja é uma nuvem.

Lucas 21.27 - E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.

05) - Mateus 16.21 – Nascido como homem na terra, foi morto mas a morte não o deteve. Na primeira vinda, padeceu, foi traído, foi morto, mas ressuscitou dos mortos. Na verdade Jesus foi assassinado. Foi um assassinato político-religioso e as multidões foram incentivadas a clamar pela morte de Jesus e mais ainda pelo clamor das multidões que pediram para soltar um bandido da época chamado barrabás.

Mateus 16.21 - Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.

06) - Mateus 16.27,28 – Quando Jesus voltar virá com grande poder e glória. Na primeira fase será para arrebatar e galardoar os que perseverarem nEle. Na segunda fase para vencer o anticristo, a besta e o falso profeta e estabelecer o seu reino milenial sobre a terra. 

Mateus 16.27,28 - Mas virá segunda vez: "Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os anjos; e, então dará a cada um segundo as suas obras". Ele virá para estabelecer o seu reino.

07) - Marcos 14.43-48 – Ele veio como homem e experimentou toda a maldade dos homens.

Na sua primeira vinda, Ele foi entregue aos seus algozes; o preço da traição que foi pago a um de seus apóstolos chamado de Judas Iscariotes foi de 30 moedas de prata; e logo em seguida os soldados saíram à sua procura com espadas e varapaus, para o prenderem, como se fosse um salteador; Judas ainda o beijou com um beijo de traição para entregá-lo aos seus executores.

Marcos 14.43-48 - 43 E logo, enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos doze, e com ele uma multidão com espadas e varapaus, vinda da parte dos principais sacerdotes, dos escribas e dos anciãos.

44 Ora, o que o traía lhes havia dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é o Cristo; prendei-o e levai-o com segurança.

45 E, logo que chegou, aproximando-se de Jesus, disse: Rabi! E o beijou.

46 Ao que eles lhes lançaram as mãos, e o prenderam.

47 Mas um dos que ali estavam, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha.

48 Disse-lhes Jesus: Saístes com espadas e varapaus para me prender, como a um salteador?

08) - Salmo 2.7 – Foi gerado como homem por obra e graça do Espírito Santo de Deus. Foi gerado na primeira vinda, no corpo de Maria, por obra e graça do Espírito Santo, como diz a Escritura. O Senhor o chamou de Filho e diz: "...Eu hoje te gerei".

09) - Marcos 15.17- Foi escarnecido. Fizeram pouco caso. Fizeram mau juízo. Zombaram dEle. Censuraram Jesus sem piedade. Ridicularizaram Jesus.

Marcos 15.17 - E, na sua primeira vinda, os homens escarneceram dEle:

Mas ao Filho de Deus: "Vestiram de púrpuras, e tecendo uma coroa de espinhos, lhe puseram na cabeça, para zombarem dEle como Filho do Homem”.

10) - 1Pedro 5.4 – Mas virá em sua segunda vinda como sumo Pastor para coroar os fiéis, os que creram nEle.

1Pedro 5.4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.

Na segunda fase de sua Segunda vinda virá como Juiz para julgar as nações, e como Sumo Pastor, para reinar para sempre com os seus. Repito, Jesus virá como Sumo Pastor, como sacerdote eterno e reunirá com os seus para sempre. Quem não creu será julgado por sua rejeição a quem poderia salvá-lo.

João 12.47,48 - E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.

 Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.

 

Jesus Cristo voltará para arrebatar a sua igreja e reinar em toda a terra em seu reino milenial.

Todos nós sabemos sobre a vida de Jesus na terra. Os primeiros capítulos do Novo Testamento narram que Ele foi concebido pelo Espírito e nasceu de Maria, noiva de José, em um estábulo na cidade de Belém. Ele cresceu, passou a Sua vida falando do amor de Deus às pessoas e, por fim, foi preso pelo Império Romano, julgado injustamente e condenado à morte de cruz.  E foi graças a este ato de amor que fomos libertos do pecado. Veja o que o profeta Isaías revelou sobre esse momento:

“Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas (pisaduras) fomos curados”. (Isaías 53:5)

Em seguida, Ele ressuscitou e voltou para o céu, deixando a nós o Seu Consolador, o Espírito Santo. Mas o retorno de Jesus à Terra será muito diferente. Da primeira vez, sua vinda passou despercebida pelas pessoas. Ninguém fazia ideia de que o salvador do mundo estava nascendo em um lugar simples, em meio aos animais do campo. Mas, quando Ele retornar, tudo vai ser muito diferente.

E é exatamente sobre essas diferenças entre a primeira e a segunda vinda de Jesus ao mundo que nós vamos ver como o mundo reagiu há 2000 anos atrás e como reagirá no dia em que a trombeta soar e o Senhor voltar para derrotar Satanás e assumir o Seu trono na Terra. Em Mateus 24, o próprio Senhor Jesus compartilha conosco alguns detalhes sobre a sua segunda vinda. Ele disse: 

"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. (Mateus 24:30,31).

Jesus voltará para enviar Satanás ao inferno e julgar todas as pessoas da Terra, vivas e mortas, e definir quem serão aqueles que passarão a eternidade ao Seu lado, na Nova Jerusalém, e quem será condenado a fazer companhia ao inimigo no lugar onde o choro e o ranger de dentes nunca acaba. E, por causa disso, a Bíblia diz que as pessoas irão chorar muito, porque não saberão o que irá acontecer com elas. Em Apocalipse 1, a Palavra de Deus diz:

“Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém”. (Apocalipse 1:7)

Jesus veio à Terra pela primeira vez há mais de 2000 anos atrás. E ninguém sabe a data exata do dia de Seu retorno. Nem Ele mesmo soube enquanto viveu por aqui como um ser humano. Veja o que Cristo disse aos Seus discípulos: "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”. (Mateus 24:36).

Isso mostra que não podemos saber a data exata de quando Jesus irá voltar. Porém, a Bíblia nos mostra algumas coisas que acontecerão quando ou antes desse dia chegar. Vamos ver 3 sinais declarados na Bíblia.

1º Sinal: Jesus voltará com poder e grande glória.

Em Sua primeira vinda, Jesus teve que suportar o desprezo e a desconfiança das pessoas, inclusive do Seu próprio povo. Embora Ele fosse o Filho de Deus, Ele permitiu que os homens O matassem, para que assim pudesse oferecer a salvação para o mundo. O profeta Isaías descreve sobre todo este sofrimento no capítulo 53. Mas, quando Cristo voltar, toda a zombaria vai acabar. Não haverá mais humilhação ou ofensas contra Ele.

Jesus veio pela primeira vez como o Cordeiro de Deus; e voltará como o Leão da Tribo de Judá. Dois mil anos atrás, os líderes religiosos gritaram com desprezo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele”. (Mateus 27:42).

Mas vai ser diferente da próxima vez. Chegará o dia em que o mundo inteiro verá Jesus como Ele realmente é. Quando isso acontecer, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Filipenses 2: 9-11).

2º Sinal: Toda a Terra testemunhará a Sua volta no final da grande tribulação.

Quando Jesus nasceu, apenas um grupo de simples pastores estavam lá para recebe-Lo na Terra. Não havia mais ninguém para render toda a honra e toda glória que o Filho de Deus merecia.

Mas quando Jesus voltar, será um espetáculo para toda a terra ver. Todas as pessoas, em todos os lugares, verão Jesus de uma vez. Ele voltará cheio de sua glória e majestade. Como o profeta Isaías disse, “A glória do Senhor será revelada, e, juntos, todos a verão. Pois é o Senhor quem fala". (Isaías 40:5).

E o apóstolo João nos revela em Apocalipse 19, com detalhes, como será a volta do Rei dos reis:

“Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos do céu o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. “Ele as governará com cetro de ferro”. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei Dos reis e  Senhor  dos  senhores”. (Ap. 19:11-16).

3º Sinal: Os dias antes da segunda vinda serão muito difíceis. A igreja passará pelos sofrimentos do início ou período do princípio das dores, próximo do arrebatamento da igreja, conforme Mateus 24.

A noite que marcou o nascimento do menino Jesus foi uma noite tranquila e calma como outras tantas. O céu estava limpo e as estrelas brilhavam no céu, contemplando a vinda daquEle que era Santo e que mudaria para sempre a história e o destino da humanidade. Tirando José, Maria e alguns pastores que estavam por perto, ninguém sabia o que havia acabado de acontecer naquele estábulo.

Porém, a segunda vinda de Cristo será bem diferente. O mundo estará cheio de tribulação, as pessoas estarão desesperadas e haverá dor e tristeza por todos os lados. A esperança e a fé praticamente não existirão e a única saída visível aos homens será a morte, mas nem ela virá. Veja o que Jesus profetizou sobre os dias que antecederão o Seu retorno:

“Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo”.

É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores. Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mateus 24:6-13).

E é nesse momento que os portões do céu irão se abrir e, assim como diz a Bíblia, o Filho do Homem virá como o relâmpago que sai do Oriente e se mostra no Ocidente. (Mateus 24:27).

Jesus veio ao mundo, foi obediente ao Pai em todos os momentos de Sua vida, resistiu às tentações da carne e entregou a própria vida para que você e eu fôssemos libertos do nosso terrível destino, que era a eternidade no inferno, com Satanás. Depois, Ele seguiu cumprindo as profecias do Antigo Testamento e ressuscitou ao terceiro dia e voltou para a presença do Pai.

Agora, estamos todos esperando pela Sua volta. E a pergunta que fica é: o que faremos com a nossa vida enquanto aguardamos pelo retorno de Cristo? Como está escrito no Livro de Tito, capítulo 2: devemos renunciar às paixões mundanas, vivendo o dia de hoje de forma sensata, justa e piedosa até que o momento em que Cristo se manifeste de forma gloriosa e nos leve para viver ao Seu lado por toda a eternidade. Maranata. Ora vem Senhor Jesus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

PRINCIPAIS VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PAULO

PRINCIPAIS VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PAULO

 

Quem era o apóstolo Paulo? Atos 9.1-31.

Paulo, também conhecido como Saulo de Tarso antes da sua conversão, (5-67) foi um apóstolo de Cristo, um dos maiores propagadores do cristianismo. Autor de treze epístolas do Novo Testamento. Antes de se converter ao Cristianismo era conhecido como Saulo e perseguia os discípulos de Jesus nos arredores de Jerusalém e cidades e províncias próximas.

Paulo, Apóstolo nasceu em Tarso, na Cilícia (hoje uma região da Turquia), no ano 5 da era cristã. A cidade de Tarso era um próspero centro mercantil e intelectual do mundo romano; toda aquela região era dominada pelo império romano. Augusto, Tibério e Calígula, foram os Césares do império romano contemporâneos de Jesus Cristo e do apóstolo Paulo.

Filho de uma família judaica da tribo de Benjamim, que gozavam dos privilégios da cidade romana, ao nascer, recebeu o nome de Saulo (do hebreu), que mais tarde alterou para Paulo (do latim), depois da conversão e do batismo.

Saulo passou os primeiros anos de vida em meio da comunidade judaica e frequentou a escola da sinagoga. Um antigo costume judeu era ensinar às crianças algum trabalho útil. Saulo tornou-se tecelão.

Ainda adolescente, foi enviado a Jerusalém, onde deveria familiarizar-se mais profundamente com a religião e a cultura hebraica, a cultura de seus antepassados e familiares. Em Jerusalém, estudou no templo de Salomão, reedificado e embelezado por Herodes Agripa, o governador da Palestina.

Membro da seita ortodoxa dos fariseus, como seu pai, durante cinco anos foi educado como discípulo de Gamaliel, rabino influente e de renome.

Além da Bíblia, Saulo estudou a Lei Oral, um conjunto de tradições que regulava todas as atividades da vida cotidiana. Saulo se preparava aos pés de Gamaliel, o mais excelente dos educadores das leis judaicas da época, para ser um rabino na mais ortodoxa das seitas judaicas.

No fim dos estudos retorna para Tarso. Alterna os trabalhos na sinagoga e a fabricação de tenda junto ao pai. Nessa época, ocorreram os grandes eventos do cristianismo. Desde 26, Jesus anunciava o Evangelho (entre 28 e 30 datam-se sua morte e ressurreição).

Quando Saulo chegou à Jerusalém, em 29, os discípulos de Jesus já eram mais de 5 mil. A maior parte dos judeus, inclusive Saulo, não acreditava, ainda, que aquele fosse o Messias. Tornou-se perseguidor das primeiras comunidades cristãs e participou do apedrejamento do apóstolo Estêvão.

 

Sua conversão ao Cristianismo foi marcante na história dos apóstolos.  

A caminho de Damasco, Saulo teve a visão de uma luz incandescente e ouviu a voz de Jesus que lhe indagava sobre as perseguições da parte dele contra os Cristãos. No mesmo instante ficou cego e durante três dias entregou-se às orações.

A mando de Jesus, Ananias, que era profeta, vai a seu encontro, confirma a conversão de Saulo e  prepara seu batismo, põe a mão em sua cabeça e no mesmo instante Saulo recobra a visão. Impressionado com o ocorrido, é batizado com o nome de Paulo e converte-se ao cristianismo.

Para reconstruir seus pensamentos, Paulo retira-se para o deserto da Arábia.

Realiza diversas expedições e viagens missionárias pregando o evangelho de Jesus Cristo.

Em 44, após pregar durante três anos, em Tarso, segue para Antioquia, capital da província da Síria, então a terceira cidade do império, logo após, segue para Roma e Alexandria. Nessa cidade tem início a missão entre os gentios. Foi nessa cidade que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados cristãos.

Entre 49 e 53, Paulo realiza sua segunda viagem missionária. Entre outras cidades, vai a Macedônia, Acaia, Filipos, Atenas e Corinto. Entre 50 e 52 permanece em Corinto durante dezoito meses e funda uma comunidade cristã formada por pessoas da camada mais modesta da população.

A primeira Carta aos Coríntios foi escrita em Éfeso, provavelmente em 56, com o objetivo de restabelecer a unidade, advertindo que o único líder era Cristo.

Em 58, em Jerusalém, foi acusado de haver pregado contra a Lei e além de ter introduzido um gentio, no templo. Preso é enviado para Roma, onde seria julgado por um tribunal de César, mas um naufrágio interrompe a viagem. Paulo consegue permissão para ficar em prisão domiciliar.

Até o ano de 62, Paulo escreveu suas epístolas, das quais treze conseguiram sobreviver: 1.ª e 2.ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1.ª e 2.ª Tessalonicenses, 1.ª e 2.ª Timóteo, Filemom e Hebreus.

Nas epístolas, Paulo trata da doutrina, da ética cristã e da organização da Igreja. (Na Bíblia, as Epístolas seguem-se aos Evangelhos e aos Atos dos Apóstolos).

Em 64, após o incêndio em Roma, que recaiu sobre os cristãos, Paulo, Apóstolo foi novamente preso e levado para os arredores de Roma quando, em 67, ele foi decapitado.

 

Por onde passaram os apóstolos em suas viagens missionárias, principalmente o apóstolo Paulo.

Gaza. Filipe pregou a respeito de Cristo e batizou um eunuco etíope a caminho de Gaza (At. 8:26–39).

Jerusalém. Todos os apóstolos participaram dos acontecimentos em Jerusalém.

Jope. Pedro recebeu uma visão de que Deus concedera o dom do arrependimento aos gentios. (At. 10; 11:5–18). Pedro levantou Tabita dos mortos. (At. 9:36–42).

Samaria. Filipe ministrou em Samaria, (At. 8:5–13), e Pedro e João posteriormente ensinaram a palavra de Deus em Samaria. (At. 8:14–25). Após terem eles conferido o dom do Espírito Santo, Simão, o mágico, tentou comprar deles esse dom. (At. 8:9–24).

Cesaréia. Neste local, depois que um anjo ministrou a um centurião chamado Cornélio, Pedro permitiu que ele fosse batizado. (At. 10). Aqui, Paulo fez a sua defesa perante Agripa (At. 25–26).

Damasco. Jesus apareceu a Saulo. (At. 9:1–7). Depois que Ananias restaurou a visão de Saulo, este foi batizado e iniciou o seu ministério. (At. 9:10–27).

Antioquia. (na Síria). Aqui, os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez. (At. 11:26). Ágabo profetizou fome. (At. 11:27–28). Grande dissensão surgiu em Antioquia concernente à circuncisão. (At. 14:26–28; 15:1–9). Em Antioquia, Paulo iniciou a sua segunda viagem missionária, com Silas, Barnabé e Judas Barsabás. (At. 15:22, 30, 35).

Tarso. Cidade natal de Paulo; ele foi enviado para lá pelos líderes da Igreja para proteger a vida dele. (At. 9:29–30).

Chipre. Após terem sido perseguidos, alguns dos santos fugiram para esta ilha. (At. 11:19). Paulo passou por Chipre em sua primeira viagem missionária. (At. 13:4–5), como o fizeram posteriormente Barnabé e Marcos. (At. 15:39).

Pafos. Paulo amaldiçoou aqui um feiticeiro. (At. 13:6–11).

Derbe. Paulo e Barnabé pregaram o evangelho nesta cidade. (At. 14:6–7, 20–21).

Listra. Após Paulo ter curado um paralítico, ele e Barnabé foram aclamados como deuses. Paulo foi apedrejado e dado como morto, mas reviveu e continuou a pregar. (At. 14:6–21). Lar de Timóteo. (At. 16:1–3).

Icônio. Em sua primeira missão, Paulo e Barnabé pregaram aqui e foram ameaçados de apedrejamento. (At. 13:51–14:7).

Laodicéia e Colossos. É um dos ramos da Igreja que Paulo visitou e do qual recebeu cartas. (Col. 4:16). É também uma das sete cidades relacionadas no livro de Apocalipse (as outras são: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Filadélfia; Apoc. 1:11). Colossos está a 18 quilômetros a leste de Laodiceia. Paulo escreveu aos santos que viviam ali.

Antioquia. (da Pisídia). Em sua primeira viagem, Paulo e Barnabé ensinaram aos judeus que Cristo veio da semente de Davi. Paulo anunciou o evangelho a Israel, e depois aos gentios. Paulo e Barnabé foram perseguidos e expulsos. (At. 13:14–50).

Mileto. Enquanto estava ali, em sua terceira missão, Paulo advertiu os líderes da Igreja de que “lôbos cruéis” entrariam no rebanho. (At. 20:29–31).

Patmos. (Ilha de Patmos). João era prisioneiro nesta ilha quando ele teve as visões atualmente contidas no livro de Apocalipse (Apoc. 1:9).

Éfeso. Apolo pregou ali com muito poder de Deus. (At. 18:24–28). Paulo, em sua terceira missão, ensinou em Éfeso durante dois anos, tendo convertido muitas pessoas. (At. 19:10, 18). Ele conferiu a muitos o dom do Espírito Santo pela imposição das suas mãos. (At. 19:1–7) Realizou muitos milagres, inclusive a expulsão de espíritos malignos. (At. 19:8–21). Os adoradores de Diana provocaram um tumulto contra Paulo. (At. 19:22–41). Parte do livro de Apocalipse foi dirigido à Igreja de Éfeso. (Apoc. 1:11).

Trôade. Enquanto Paulo esteve nesta cidade, em sua segunda viagem missionária, teve a visão de um homem da Macedônia pedindo ajuda. (At. 16:9–12). Durante a sua estada ali em sua terceira missão, Paulo levantou Êutico dos mortos. (At. 20:6–12).

Filipos. Paulo, Silas e Timóteo converteram uma mulher chamada Lídia, expulsaram um espírito maligno e foram açoitados. (At. 16:11–23). Eles receberam ajuda divina para escapar da prisão. (At. 16:23–26).

Atenas. Durante sua segunda missão em Atenas, Paulo pregou na Colina de Marte (Areópago) a respeito do “deus desconhecido”. (At. 17:22–34).

Corinto. Paulo foi para Corinto em sua segunda missão, onde se hospedou com Áquila e Priscila. Ele pregou o evangelho e batizou muitas pessoas. (At. 18:1–18). De Corinto, Paulo escreveu a sua epístola aos romanos.

Tessalônica. Paulo pregou em Tessalônica durante a sua segunda viagem missionária. Seu grupo missionário partiu para Beréia, depois que os judeus ameaçaram a sua segurança (At. 17:1–10).

Beréia.  Paulo, Silas e Timóteo encontraram nobres almas para ensinar durante a segunda viagem missionária de Paulo. Os judeus de Tessalônica os seguiram e perseguiram. (At. 17:10–13).

Macedônia. Paulo ensinou ali durante a sua segunda e terceira viagem. (At. 16:9–40; 19:21). Paulo elogiou a generosidade dos santos Macedônios, que fizeram uma coleta para ele e para os santos pobres de Jerusalém. (Rm.15:26; 2 Co.8:1–5; 11:9).

Malta. O barco de Paulo naufragou nesta ilha a caminho de Roma. (At. 26:32; 27:1, 41–44). Ele escapou ileso após ser picado por uma serpente e curou muitos que estavam enfermos em Malta. (At. 28:1–9).

Roma. Paulo pregou ali por dois anos enquanto estava em prisão domiciliar (At. 28:16–31). Ele também escreveu epístolas, ou cartas, aos efésios, filipenses e colossenses, e a Timóteo e Filemom, enquanto esteve prisioneiro em Roma. Pedro escreveu a sua primeira epístola da “Babilônia,” que era provavelmente Roma, logo depois das perseguições de Nero aos cristãos em 64 d.C. Acredita-se que Pedro e Paulo tenham sido mortos ali.

 

Mais igrejas fundadas e ou visitadas pelo Apóstolo Paulo e outros apóstolos que peregrinam por aquela região juntos com o  apóstolo Paulo.

Paulo foi um missionário muito ativo; graças a ele a mensagem de Cristo se difundiu para além da Palestina, chegando até o centro do império romano. O seu apostolado se concentrava principalmente entre os judeus que viviam na diáspora, fora do território de Israel. Chegava nas cidades e se reunia nas sinagogas e ali anunciava as Boas Novas de grande alegria.

Muitas pessoas se convertiam e começavam uma comunidade cristã nas cidades por onde o apóstolo passava. Em outros lugares, ao invés disso, não teve sucesso e teve que escapar para não ser morto.

As comunidades fundadas por Paulo podem ser enumeradas acompanhando suas viagens, conforme são contadas por Lucas em Atos dos Apóstolos. É claro que nem todas as cidades acolheram de forma entusiasmada a sua pregação e sobre outras não temos nenhuma notícia. As comunidades mais importantes são aquelas as quais dirigiu cartas, como por exemplo Corinto, Éfeso, Tessalônica, Felipe, (carta aos Filipenses).

Entre as cidades mencionadas, por ordem cronológica, podemos citar:

Primeira viagem missionária: Antioquia da Síria, Chipre, Salamina, Pafos, Perge, Panfília, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra, Derbe.

Segunda viagem missionária: Ptolemaida, Tiro, Sidom, Tarso (sua cidade natal), Trôade, Neápolis. Felipe, Cesaréia de Filipe, Tessalônica, Beréia, Atenas, Corinto, Éfeso.

Terceira viagem missionária: (passou por muitas cidades já visitadas anteriormente): Derbe, Listra, Icônio, Antioquia da Psídia, Éfeso, Ason, Neápolis, Filipo, Antípolis, Corinto, Atenas, Beréia, Tessalônica, Mileto, Pátara, Tiro, Cesareia, Jerusalém.

 

Viagem como prisioneiro: Ilha de Malta e Roma. É importante ressaltar que até nesta viagem como prisioneiro o apóstolo Paulo ganhou muitos para o Reino de Deus, curou enfermos, instruiu os seus discípulos e organizou as igrejas através de suas cartas. 

Em todas essas cidades, vilas ou vilarejos o Apóstolo Paulo sempre se utilizava das Sinagogas ou outros meios e situações que Deus preparava para que o evangelho do Senhor Jesus que é boas novas de grande alegria,  fosse anunciado. Lembremos o seguinte: em qualquer lugar onde Deus nos colocar ou onde Deus nos permitir estar, vamos evangelizar. 

Assim dizia o Apóstolo Paulo  em 1 Coríntios 9.16 - "Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho".

Nesta passagem Paulo fala de seu próprio trabalho, e o que ele agora é capaz de fazer depois de aceitar o evangelho de Jesus Cristo. Evangelizava não por iniciativa própria, pois se assim fizesse teria um salário, mas tudo fez em nome de Jesus, pregando Seu evangelho gratuitamente, chegando ao ponto de não usar dos direitos que a pregação do evangelho lhe conferia de viver do evangelho.

As viagens missionárias do apóstolo Paulo nos estimulam a continuar no mesmo objetivo de pregar o evangelho até os confins do mundo como o Senhor Jesus determinou. Atos 13.1 a 14.28; Atos 15.36 a 18.23; Atos 18.23 a 21.14.

Antes de subir aos Céus, Jesus reuniu seus discípulos a fim de lhes passar determinadas instruções. Esse momento costuma ser denominado de Grande Comissão e se encontra registrado ao final dos quatro evangelhos e no início de Atos. Seguindo as instruções do Senhor, os discípulos deveriam fazer discípulos (Mt. 28.19) em todas as etnias (Mc. 16.15), pregar sobre a Sua morte e ressurreição (Lc. 24.46), partir como enviados de Cristo (Jo. 20.21) e depender sempre do poder do Espírito do Santo para testemunhar do evangelho. (At. 1.8). O Apóstolo Paulo levou a sério a ordem do Senhor e, em três viagens missionárias, foi poderosamente usado pelo Espírito Santo na expansão do evangelho.

 

1.  Detalhes e prioridades da primeira viagem missionária do apóstolo Paulo.

A primeira viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 13.1 a 14.28. Essa foi uma missão para os gentios e o Apóstolo partiu de Antioquia. Do Porto da Selêucia, ele seguiu juntamente com seus companheiros. A partir de Salamina viajaram toda a extensão da ilha, pregando inicialmente nas sinagogas dos Judeus. Durante essa viagem Paulo teve contato com o Proconsul Sergio Paulo. Seguindo viagem, aportou em Perge na Panfília. Naquela ocasião Barnabé era o líder, Paulo o pregador, e João Marcos, primo de Barnabé, um auxiliar. Ao deixar Chipre, cidade de Barnabé, Paulo assumiu a liderança e Marcos os abandonou, retornando para Jerusalém. (At. 13.13).

Paulo e Barnabé seguiram rumo ao norte, em direção da província da Galácia. Ele visitaram Antioquia (da Psídia), Icônio, Listra e Derbe.

Em Antioquia Paulo pregou na sinagoga, discorrendo sobre a história de Israel e o cumprimento das promessas de Deus a respeito da vinda do Salvador, Jesus. A ênfase do Apóstolo foi posta sobre o perdão dos pecados e da justificação por meio da fé em Cristo. (At. 13.38-39).

Esses temas seriam enfatizados na Epístola aos Gálatas, escrita durante essa primeira viagem, na qual se opõe veemente à doutrina judaizante (Gl. 1.1-9). Enquanto se encontravam em Icônio, o Senhor realizou muitos sinais e maravilhas pelas mãos dos apóstolos (At. 14.3; Gl. 3.5). Em Listra, cidade em que Zeus e Hermes eram adorados (At. 14.11,12), Paulo curou um homem aleijado desde o ventre da mãe e isso fez com que as pessoas da cidade quisessem adorar a ele e Barnabé como deuses. Mesmo assim, judeus vieram de Antioquia e Icônio a fim de persegui-los, e por fim, apedrejaram a Paulo.

Milagrosamente Ele se levantou após o apedrejamento e seguiu no dia seguinte juntamente com Barnabé para a cidade de Derbe. Ao retornar para Antioquia, Paulo passa, então, a ser como o Apóstolo do evangelho da incircuncisão. (At. 15.22-26; Gl. 2.7).

 

2. Detalhes e prioridades da segunda viagem missionária do apóstolo Paulo.

A segunda viagem missionária de Paulo se encontra registrada em Atos. 15.36 a 18.22.

Essa pretendia ser uma viagem para visitar as cidades nas quais o evangelho de Cristo havia sido pregado (At. 15.36). Antes da partida ocorreu um desentendimento entre Paulo e Barnabé, por causa do interesse de João Marcos de acompanhá-los, e isso acabou por separá-los, então, Paulo decidiu seguir com Silas em direção a Síria e Cilicia, com a benção da igreja (At. 15.40), iniciando pela Galácia. O interesse central de Paulo estava na Macedônia e em Acaia. Paulo tomou também consigo seu filho na fé, Timóteo, quando passavam por Listra (At. 16.3). Em resposta a uma visão (At. 16.9,10), os missionários embarcaram para a Macedônia (At. 16.6-10), dando iniciou a evangelização em solo europeu. Na Macedônica, três cidades foram escolhidas como pontos centrais para a evangelização: Filipos (At. 16.12-40), Tessalônica (At. 17.1-9) e Beréia (At. 17.10-14), e em Acaia, duas cidades foram visitadas: Atenas (At. 17.15-34) e Corinto (At. 18.1-18). Em Filipos Paulo encontrou pessoas tementes a Deus (At. 16.12) e Lídia, uma adoradora do Senhor (At. 16.14). Esse gentios foram os primeiros a responderem ao evangelho de Cristo e a serem salvos (At. 16.31-34).

Nessa cidade os mensageiros do Senhor sofreram perseguição e foram postos na prisão, onde oravam e louvavam ao Senhor, e, após intervenção divina, o carcereiro e sua família se converteram ao Senhor (At. 16.20,21).

Após ser liberado da prisão, Paulo apelou para sua cidadania romana, algo que poderia ter prevenido que ele fosse açoitado (At. 16.22-24). Tessalônica era a capital da província da Macedônia e naquele lugar Paulo começou a pregar na sinagoga, confrontando os ouvintes à luz das Escrituras (At. 17.2). Os missionários acabaram sendo acusados de sedição contra o império romano, por apregoarem outro rei, Jesus (At. 17.7). Por causa disso, eles tiveram que fugir da cidade e seguiram para Beréia, onde permaneceram por pouco tempo, atentando, que naquela cidade, havia nobreza, pois os ouvintes eram criteriosos no exame das Escrituras (At. 17.10-15). Em seguida Paulo entrou na província de Acaia, em uma das suas mais importantes cidades, Atenas, famosa pela quantidade de ídolos, causando incômodo ao Apóstolo (At. 17.16). Em Atenas ele tanto pregou nas sinagogas quanto nos lugares públicos, onde encontrou os filósofos Epicureus e Estoicos, que consideraram Paulo não mais do que um falastrão (At. 17.18).

Em Atenas Paulo pregou sobre o Deus Desconhecido dos atenienses, e falou a respeito de Jesus e da ressurreição. Em oposição ao pensamento filosófico, Ele expôs a doutrina de um Deus pessoal e vivo que criou o mundo e que o sustenta e que um dia haverá de julgá-lo, portanto, argumentou o Apóstolos, todos devem se arrepender (At. 17.22-34).

Após sair de Atenas Paulo seguiu para Corinto onde permaneceu por um ano e meio. Na cidade Paulo foi hospedado por um casal, Áquila e Priscila, companheiros de fé e profissão, também fabricantes de tendas (Rm. 16.3-5). Em Corinto Paulo foi acusado pelos judeus de adorar a Deus de modo contrário à Lei, resultando na sua apresentação, perante Gálio, no tribunal (At. 18.15-17). Após uma rápida visita a Éfeso, Paulo seguiu viagem, prometendo retornar se essa fosse à vontade do Senhor, e logo retornou para Antioquia (At. 18.19-21). Durante essa segunda viagem missionária Paulo escreveu duas cartas: 1 e 2 Epístolas aos Tessalonicenses.

 

3.  Detalhes e prioridades da terceira viagem missionária do apóstolo Paulo.  

A terceira viagem missionária de Paulo se encontra registrada em Atos 18.23 a 21.14. O Apóstolo segue mais uma vez em direção a região da Galácia e da Frigia. Em seguida, segue rumo a Ásia, para sua principal cidade, Éfeso. Nesse local ele permaneceu por aproximadamente dois a três anos, sua estada mais longa em um mesmo lugar (At. 19.8-10; 20.31). Lucas testemunha que durante a permanência de Paulo na cidade, todos que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus quanto gregos (At. 19.10) e que a palavra de Deus prevalecia poderosamente (At. 19.20). Após deixar Éfeso, Paulo seguiu rumo a Trôade (2 Co. 2.12-13), depois para a Macedônia e Grécia, onde passou três meses (At. 20.3).

Enquanto se encontrava em Corinto, escreveu sua Epístola aos Romanos. Quando retornava de Filipos e Trôade, passou por Mileto e encontrou-se com os presbíteros da igreja de Éfeso, (At. 20.17-35) com o objetivo de reafirmar seu ministério perante eles, e encarregá-los de responsabilidades pastorais, advertindo-os também quanto ao perigo das heresias que viriam após a sua partida (At. 20.28-31). Desejoso de ir a Jerusalém, para Festa de Pentecoste (At. 20.16), Paulo partiu em direção a Tiro e Cesaréia (At. 21.3-6; 8-16), onde foi advertido a respeito dos perigos que sobreviriam sobre ele. Mesmo assim, seguiu para Jerusalém (At. 21.13), levando consigo a coleta dos irmãos para os necessitados. (1 Co.16.1-4; 2 Co. 8-9; Rm.15.25-27).

Enquanto era recebido por Tiago e os anciãos da igreja, alguns judeus da Ásia, que estavam presentes em Jerusalém, para celebrar a Festa de Pentecoste, acusaram Paulo de profanar a área do templo (At. 21.27-36), o que resultou em sua prisão pelo capitão romano da cidade. Nessa viagem missionária, além da Epístola aos Romanos, Paulo escreveu 1 e 2 Coríntios.

As viagens missionárias de Paulo revelam seu profundo amor a Jesus Cristo, bem como a seriedade que esse atribuía à obra evangelizadora. Ele tinha profunda convicção do seu chamado para levar o evangelho às nações (Gl. 1. 15,16; Rm. 1.1; 1 Co. 1.1).

Ele não se envergonhava do evangelho, pois reconhecia neste o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer (Rm. 1.16). O Apóstolo dos gentios não temia oposição e muito menos adversidades, pois estava ciente da responsabilidade que recaia sobre os seus ombros (1 Co. 9.16). O teor da mensagem missionária paulina era, repetidamente, Jesus Cristo, o Ressuscitado (1 Co. 1.30; 2 Co. 4.5). A dedicação de Paulo à obra missionária era tão intensa que o fazia afirmar que ele não mais vivia, mas Cristo vivia nele (Gl. 2.20), e que para ele o viver era Cristo e o morrer era lucro. (Fp. 1.20). Paulo a nada temia, e como muitos missionários espalhados pelo mundo atualmente, pelo quais devemos orar e contribuir, testemunhava de Jesus, a fim de que o Senhor fosse manifestado na vida dele, (2 Co. 4.10,11).

Que, como o apóstolo Paulo e destemidos missionários, sejamos também capazes de, pelo Espírito Santo, afirmar: “ai de mim se não pregar o evangelho”.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

DEPOIS DE MARTINHO LUTERO

DEPOIS DE MARTINHO LUTERO

 

A grande transformação do Cristianismo depois de Martinho Lutero.

 

Quem foi Martinho Lutero?

Martinus Luter ou Martin Luther (1483 -1546), nasceu em Eisleben, na Alemanha, e foi considerado o principal líder da Reforma Protestante. Ele teve uma infância coberta de mitos religiosos, com histórias de demônios e bruxas.

Na adolescência, ao 16 anos, ingressou na Universidade de Erfurt para estudar Artes, Leis, Línguas e Filosofia. A pedido do seu pai, com 18 anos Lutero ingressou no curso de Direito, contudo em 1505 decidiu entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt e seguiu a vida religiosa.

Em 1509, Martinho graduou-se em bacharel em Estudos Bíblicos e em 1512 obteve o título de doutor em Teologia, mesmo ano que foi eleito cônego do convento de Wittenberg. Os anos seguintes foram dedicados ao ensino religioso e amadurecimento da sua doutrina de “justificação pela fé”.

Lutero mostrava-se contrário à venda de indulgências e nos anos de 1516 e 1517 proferiu três sermões em oposição a tais práticas. Em um dos discursos disse:

"É audacioso assegurar que o Papa possa livrar almas do purgatório. Se ele pode fazer isso, então ele é cruel em não livrá-las todas”.

 

A Reforma Protestante e suas consequências.

O estopim da Reforma Protestante aconteceu em 1517, quando Martinho Lutero se deparou com o dominicano Tetzel que vendia indulgências em Wittnberg. Em resposta, no dia 31 de outubro, escreveu 95 teses que criticavam a Igreja Católica e o Papa da época, fixando-os na porta da Catedral de Wittenberg.

Em 1520, Martinho Lutero recebeu uma “Bula Papal”, que ordenava que se retratasse ou seria excomungado. Em resposta, ele, juntamente com estudantes e professores da Universidade de Wittenberg, queimaram a Bula em praça pública.

 

Será que o mundo Cristão precisa de uma nova reforma?  

A nova reforma é uma necessidade  da igreja  nestes tempos de modernidade. A igreja conservadora e remanescente dos tempos de Martinho Lutero, clama hoje: Maranata, ora vem Senhor Jesus. Chega de indulgências modernas. Chega de comércio da fé. Chega de igrejas e líderes que são vendedores de salvação e de milagres. Chega de cultura e teologia do cessacionismo, chega de mercadores de milagres falsos, chega de falsos profetas, chega de libertinagem em nome da liberdade, chega de falsidade ideológica em nome de uma religião que mais se parece com clubes de diversão e de jogos de azar, chega de falta de regras no evangelho. O evangelho tem regras bem definidas para o comportamento do ser humano e seu relacionamento com a sociedade.

Os estudiosos das profecias não apresentam um consenso quanto a todos os detalhes dos acontecimentos futuros. Mas o resumo a seguir representa adequadamente a sequência de acontecimentos visualizada por muitos desses estudiosos:

1. O arrebatamento da Igreja. (1 Co 15:51-58; 1 Ts 4:13-18). Pode ocorrer a qualquer momento;

2. O líder das dez nações Européias faz um acordo de sete anos com Israel  (Dn 9:26, 27);

3. Depois de três anos e meio, rompe o acordo. (Dn 9:27);

4. Muda-se para Jerusalém e coloca sua imagem no templo. (2 Ts 2:3, 4; Ap 13);

5. O Anticristo começa a controlar o mundo e exige a adoração e obediência de todos. Nesse período de 7 (sete) anos Deus envia uma grande tribulação sobre a Terra. (Mt 24:21); Depois do arrebatamento da igreja haverá um tempo de aparente paz de três anos e meio mas os últimos três anos e meio serão terríveis para o povo de Israel principalmente, porque o Anticristo vai se declarar que ele é Deus, se assentará no seu trono, que ele mesmo estabelecerá, no templo em Jerusalém e exigirá que Israel o adore como Deus.

6. As nações ajuntam-se no Armagedom para lutar contra o anticristo e Israel, mas vêem o sinal da vinda de Cristo e se unem para lutar contra ele. (Zc 12; Ap 13:13, 14; 19:11);

7. Jesus volta à Terra, derrota seus inimigos, é recebido pelos judeus e estabelece seu reino milenial na Terra. (Ap 19:11; Zc 12:7-13:1). Reina sobre a Terra por mil anos. (Ap 20:1-5).

 

As profecias não têm por objetivo entreter os curiosos, mas encorajar os consagrados.

Jesus dentro deste assunto, apresenta três admoestações práticas, usando três ilustrações: a figueira, Noé e o ladrão que vem no meio da noite.

Mateus 24:36 deixa claro que ninguém sabe o dia nem a hora da vinda do Senhor.

No entanto, podemos estar atentos para seus movimentos, a fim de não sermos pegos de surpresa. Todo Cristão de verdade tem que ter em mente que suas prioridades na vida estão umbilicalmente ligados aos termos da seguintes palavras: Maranata. Ora vem Senhor Jesus!

Dentre as obrigações religiosas do mundo moderno está a de fazer parte do Ecumenismo, que tem desviado o propósito principal do Cristianismo conservador e quer acabar com a igreja verdadeira. Nestes tempos de modernidade temos visto grandes desvios dos propósitos do Cristianismo pelos líderes das igrejas.

Aqui nasce a preocupação de que, isoladas umas das outras, nossas igrejas possam entrar na corrente geral, influenciadas por agentes deste grande mal que é o Ecumenismo. Ele não é uma novidade, mas vem sendo introduzido lentamente e suas estratégias adaptadas às novas situações encontradas através dos anos. Isto pode fazer com que não o reconheçamos. É como um menino, que cresceu longe de nós, e por isso não o reconhecemos ao vê-lo tempos depois, por sua aparência mudada.

O significado do termo “Ecumênico” ou “ Ecumenismo” é curioso e importante para que saibamos com o quê estamos lidando. Segundo os dicionários “ecumênico” é “mundial, geral ou universal”, tendo sua raiz etimológica no grego oikoumene, termo este que é traduzido na Bíblia (ARC) por “mundo”, expressando todo o “universo de pessoas conhecido” ou o “conjunto de todas as coisas existentes”. (veja Mt. 24.14; Lc. 4.5 e At. 17.31).

A origem do Ecumenismo no meio das igrejas evangélicas e outras religiões pelo mundo afora.

Sem dúvida, espiritualmente falando, a origem e a promoção do ecumenismo reside em Satanás, o “pai da mentira”, pois o ecumenismo depende da mentira para existir. Mas, quem está sendo usado para introduzi-lo e difundi-lo no mundo? Quem são os mordomos de Satanás que cuidam de seus interesses com relação a esse assunto?

Para chegarmos à resposta a isto, precisamos antes desmitificar a ideia de que existe mais de um tipo de ecumenismo, ou o lado “bom” e o lado “ruim”. Ele é único, e é todo ruim. Ele não nasceu com este nome e é difícil datar seu nascimento. No entanto, fica claro, historicamente, que desde a Grande Reforma Protestante de 1517, não faltaram episódios que demonstrassem interesses em uma aproximação entre o catolicismo e seus dissidentes diretos (anglicanismo, luteranismo e ortodoxos).

Entre os evangélicos, em 1846 surgiu em Londres um movimento chamado Aliança Evangélica. Já em 1908 várias igrejas protestantes tentaram uma aproximação em torno de uma organização com fins sociais, abrindo mão de posições doutrinarias. Organizaram, então, o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América. Com o clima sombrio que antecedia a primeira Guerra Mundial, esta organização uniu-se a igrejas protestantes europeias, fundando assim, em agosto de 1914, a Aliança Mundial para Promover a Amizade Internacional através das igrejas.

Após a primeira Guerra mundial, em 1919, esta organização interdenominacional voltou a se reunir e mudou seu nome para Confederação Mundial Cristã de Vida e Ação. Já em 1937, quando voltaram a se reunir em Oxford, na Inglaterra, participavam dela a igreja anglicana e ortodoxa (católicos dissidentes). Um outro movimento surgido em 1910 na Escócia, chamado Fé e Constituição, que visava unidade doutrinaria, uniu-se em 1938 ao Vida e Ação, e em 1948 deram origem ao Concílio Mundial de Igrejas com sede em Amsterdã na Holanda.

Antes mesmo que se reunissem em sua III Assembleia em Nova Délhi na Índia (1961), ao observar a facilidade e rapidez com que se uniram igrejas em um ideal unicionista, o Vaticano adotou a ideia, e em junho de 1959 o papa João XXIII (1958–1963) na sua encíclica “Ad Petri Cathedram”, lançou as bases do movimento ecumênico, convidando todos os “irmãos separados” a unirem-se à “Igreja Mãe”. Durante seu reinado, o papa Paulo VI (1963-1978) visou amplamente este ideal, fortemente demonstrado no Concílio Ecumênico Vaticano II, em seu decreto “Unitatis Redintegratio“, cujo 1º capítulo intitula-se: “Os princípios Católicos do Ecumenismo”.

Assim, a partir da década de 1960, vimos o monstro ganhar nome. E o seu nome é ecumenismo (que como o termo católico, vindo do latim, quer dizer universal). Desde então, quem tomou as rédeas do movimento foi o Vaticano, o seu maior interessado, como “mãe de todas as prostituições”, contando ainda com a colaboração de muitas organizações, como o Concílio Mundial de igrejas e as Sociedades Bíblicas.

 

A razão de ser do Ecumenismo.

Uma igreja acostumada a prevalecer não pela razão, mas pela imposição de uma religião estatal, desde o tempo de Constantino em 313, nunca pode ver com bons olhos a perda da influência e de poder, o que a levou a terríveis perseguições como a “Santa Inquisição” na Idade Média (ou a “idade das trevas” como melhor lhe convém), onde quem não era Católico Apostólico Romano, não era cristão; quem não era cristão deveria ser morto; e ainda, quem os matasse, receberia recompensa em indulgências (perdão de pecados).

Após os horrores da II Guerra Mundial, era preciso uma outra reforma, não pela força, para conter a constante e grande perda de adeptos. Eram anos de forte impulso missionário por parte das igrejas evangélicas, e o próprio movimento Anabatista (ou Batista) retomava grande força após terem sido expulsos da Europa catolicizada, e revigorados na América do Norte, de onde partiam muitas missões.

O movimento unicionista tornou-se o melhor meio de enfraquecer e derrubar o inimigo ou trazer de volta para si os católicos, que por motivos não dogmáticos haviam se separado. Não se pode dizer que o movimento foi um sucesso completo, pois trouxe apenas parte dos resultados ambicionados. O enfraquecimento de algumas outras denominações tradicionais é um fato inquestionável, e a desaceleração da perda de adeptos também ocorreu.

O papa João Paulo II propiciou uma sequência ao Concílio Vaticano II com um excelente trabalho, a ponto de ser chamado por alguns como a resposta de Deus ao Vaticano II. Apesar de ser tido como extremamente conservador, ele permitiu uma abertura à liberdade de ação para o clero, de forma que a “multifacetada igreja una” possa atuar da maneira que mais se aproxima do povo, com grupos de linhas muito diferentes como os da Teologia da Libertação, os Católicos Carismáticos, os Tradicionais, os Conservadores e, pasmem senhores, os evangélicos “pentecostais”.

Com isto, consegue-se manter o católico tradicional, o católico que entende que a igreja precisa atuar mais nas áreas sociais e na política, e os que querem uma modernização da missa, chegando mais perto do que o povo tem buscado naqueles que mais tem proselitado o povo católico tradicionais e carismáticos, bem como os evangélicos conservadores e até os pentecostais e os neopentecostais.


Quais foram os métodos utilizados para atrair quase todas as religiões para esse fim.

Nos anos que se seguiram ao Concílio Ecumênico Vaticano II, o padre Aníbal Pereira Reis converteu-se ao evangelho, desvinculando-se definitivamente da igreja romana em 1965, e em exame criterioso e imparcial, sem influências externas, pessoalmente encontrou na Igreja Batista aquela que defendia e praticava os ensinamentos neotestamentários, e nela pediu batismo e serviu até o fim de seus dias. Porém, antes de abandonar a batina, este padre teve a oportunidade de ser “treinado” sobre como agir em suas relações com outras denominações e pode ver mudanças dentro das estratégias de trabalho da igreja, visando atender as diretrizes do Vaticano II. Num brado de alerta, o irmão Aníbal desnudou estas coisas em alguns de seus livros: O Ecumenismo; O Ecumenismo e os Batistas; e o Papa Escravizará os Cristãos? Vamos resumi-los como segue:

Antigamente o Vaticano muito investia em escolas, por serem elas formadoras de pensamentos e opiniões, podendo assim, influenciar fortemente a sociedade na base da formação de jovens. No entanto, a tendência mundial (e no Brasil não foi diferente) do Estado assumir o ensino, e ainda a consolidação dos meios de comunicação de massa (jornal, rádio e TV, e ultimamente e com maior frequência as redes sociais via internet) fizeram com que se investisse em emissoras de rádio e TV, e também em jornais e revistas, para ter acesso direto à sociedade e poder vender seu peixe.

A atitude de oposição e conflito com os evangélicos e seus líderes, antigamente uma regra, foi mudada por orientação de Roma. A partir do treinamento dado aos padres nos anos 60, a atitude passou a ser de afabilidade, para conquistar a simpatia do povo e do pastor. Com essa mudança, conseguiu-se confundir a cabeça de muitos. Afinal, o “seu padre” agora é “amigo” do pastor?!

Os clérigos foram também orientados a cativar especialmente os pastores, pessoas geralmente simples, prestigiando-os na sociedade, se possível, até com cargos em entidades sociais, para o que os padres poderiam indicá-los. Isto surtiria grandes efeitos, especialmente nas pequenas cidades do interior.

Com um terreno devidamente preparado, seria muito conveniente buscar ocasiões para trabalhos em conjunto na sociedade e, principalmente, com ajuntamentos de cunho religioso, o que configurou os cultos ecumênicos. Um detalhe que constava nas orientações e no treinamento é que, embora devesse dar-se a palavra a cada um dos líderes religiosos presentes, o representante católico se colocasse de forma a transparecer sua superioridade sobre os demais, como representante da “igreja mãe”.

A pregação da ideia de que todos os cristãos são irmãos, filhos de um mesmo Deus, e que apenas estavam alguns separados da igreja mãe (Católica Romana) por divergências a respeito de pontos de menos importância, deveria levar a intimidar aqueles que antes eram combativos. Tornou-se então, ultrapassado, fora de moda, resistir a um unicionismo (o outro nome do ecumenismo). Criou-se a ideia de que não se deve dividir, polarizar, separar, combater, contestar, mas sim, unir, ajuntar, misturar, acomodar, evitar os pontos de discórdia. “Tudo pelo amor", que mentira.

A tática ecumenista sabia que nem todos aceitariam facilmente e abertamente este ajuntamento. Mas existem bons disfarces e meio-termos que poderiam satisfazer, quebrando o gelo para passos maiores no futuro. Se, por exemplo, o batista não aceitasse uma atividade conjunta com o católico, talvez o presbiteriano o fizesse (já que “são muito parecidos”). Como o presbiteriano se mostrasse mais aberto ao diálogo ecumênico, com o tempo, por meio deste intermediário menos radical, alcançar-se-ia o objetivo final. As reuniões interdenominacionais são uma abertura que funciona como intermediação do Ecumenismo Pleno.

 

Os tipos de práticas Ecumênicas para enganar os incautos e gananciosos religiosos.

Basicamente encontramos dois tipos de prática:

Ampla, geral e irrestrita para todos os que aceitarem estas condições.     

Interdenominacional, que às vezes é restrita somente a um grupo como “tradicionais”, “fundamentalistas”, “pentecostais” e ou carismáticos”.

Mesmo que restrita a sua prática entre um destes grupos, ou mesmo entre os evangélicos em geral, entende-se que, quando se mistura povos de doutrinas diferentes, isto é uma “generalização” ou “universalização”, o que vem a ser, na sua base, o ecumenismo. Muitos pensam que, quando os evangélicos se reúnem, mostram sua força “contra” o catolicismo. Isto não é verdade, porque estão abrindo mão de suas posições doutrinárias, e embora se mostrem com pujança no tamanho, número e muitas vezes no “barulho”, mostram também fraqueza em conteúdo. Se abrem mão de suas crenças para se ajuntar entre si, até quando não abrirão mão delas para juntar-se ao Romanismo? Aliás, se o fazem com um, por que não com o outro ou os outros?

Os seminários, acampamentos, passeatas, congressos e cultos interdenominacionais, assim como os shows e consertos e os barzinhos e boates “Gospel” (evangélicos) grandemente contribuem para tais coisas.

Não se iluda: “interdenominacional” também quer dizer e é “Ecumenismo “.

 

Os perigos do Ecumenismo.

Ele é perigoso porque não é bíblico nem cristão. É afronta a Deus, Sua Palavra, Seu Filho e Sua Igreja e ao Espírito Santo também. Por isso não devemos entrar na onda e termos medo ou vergonha de sermos considerados sectaristas, ou separatistas, ou fundamentalistas.

O ecumenismo não é bíblico, pois não podemos concordar com as denominações sem discordar da Bíblia. É hipocrisia não dar importância às diferenças doutrinarias, ou dizer “ele crê errado, mas isso não tem importância. Está bem para mim desse jeito”, se sabemos que Deus não pensa assim. Se Ele o fizesse, não haveria necessidade da Bíblia e Deus aceitaria a todos de qualquer maneira (espírita, budista, macumbeiro, feiticeiro, católico, evangélico) e desta forma Cristo teria morrido em vão.

Se de qualquer jeito está bom, para que Cristo e para que Bíblia?

O Ecumenismo não é cristão, pois seu promotor não é cristão e seus parceiros também não o são. Ser Cristão é crer que “Só Jesus Cristo salva". Ele é o único Deus, Salvador, Senhor e criador de tudo e de todos. O Todo-Poderoso (Is. 43.11; At. 4.12; Rm. 3.24; Gl. 1.6-10; I Jo. 5.10-13 e 20).

Se o promotor do ecumenismo e seus parceiros creem na salvação por Jesus, mas com a necessidade de complementar com boas obras, complementados por sacramentos, auxílio de santos, então eles não creem em Cristo como único, suficiente e exclusivo Salvador; portanto não são Cristãos, são enganadores, são profanadores. Como partilhar um culto a Deus com um povo que nem confia nEle? O Ecumenismo não é Cristão!

O Ecumenismo é afronta a Deus, porque prega o ajuntamento igual de todas as pessoas e religiões diante de Deus, indistintamente de suas crenças e práticas.

Já que todos nós bem sabemos que dentro do chamado cristianismo há todo o tipo de crença, e “cristãos” que nada sabem e nada fazem do que Cristo ordenou, logo, podemos concluir, que isto seria afrontar a Deus, que quer e tem “um povo seu especial, zeloso de boas obras”. (Tt. 2.14) e “uma geração eleita, nação santa, um povo adquirido, comprado pelo sangue de Jesus para anunciar as Suas Virtudes”. (1 Pe. 2.9). O Ecumenismo afronta a Deus porque Deus não quer todo mundo de qualquer jeito, Ele quer o Seu povo comprado por Ele com seu próprio sangue, em santificação e (At. 20.28) separado para Ele.

O Ecumenismo é afronta à Palavra de Deus, porque, se doutrina não é importante, a Bíblia, que é a Palavra de Deus, cai em descrédito. Se doutrina não é importante, logo a Bíblia não é importante. Nossos irmãos no passado não pensavam assim. Os apóstolos, e muitos depois deles, foram presos, torturados e mortos porque insistiam em pregar a verdade, não parcialmente, mas total. Se tivessem cedido, hoje não teríamos mais nada do que chamamos Bíblia. Não se trata de meros detalhes, mas sim de pontos de suma importância que geram e justificam uma separação. (2  Co. 10.5; Jd. 3). Não é uma guerra ou um conflito entre pessoas e igrejas que pregamos, mas a separação entre o falso e o verdadeiro, o que vem de Deus e o que vem do homem ou pior: o que vem do diabo. Aliás, o apóstolo Pedro já disse: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”. (At. 5.29). O jeito de obedecer a Deus é guardar o que ele diz em sua palavra, e atender aos apelos ecumenistas é deixar isto de lado, portanto é obedecer aos homens. O Ecumenismo é afronta à Bíblia.

O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus, porque Ele perde a sua posição de Cabeça, de chefe, de dono, de governante e mandatário da Igreja  (Ef. 5.23; Cl. 1.18).

O Vaticano diz que a mãe de todas as igrejas e religiões cristãs é a Católica Romana, e que o seu cabeça, como chefe e detentor da prerrogativa da infalibilidade, é o Papa. Ele pode mudar até o que Jesus e seus apóstolos ensinaram, e como tem mudado.

O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus, também porque o depõe de sua posição de única fonte de salvação. Se uma igreja que crê e prega que só a fé em Cristo é que salva, misturar-se a outra que crê e prega que algo mais é necessário para completar, assegurar ou garantir a salvação, como poderão conciliar as duas posições? Só há duas alternativas: ou a Segunda reconhece a Cristo como o bastante pela Sua Graça (Jo 5.24 e 14.6; Ef. 2.8-9; Rm. 3.23-24; 1 Tm. 2.5-6) ou a primeira deixa esta verdade fundamental do evangelho de lado. O que você acha que vai acontecer neste caso? O Ecumenismo é uma afronta total ao Senhor Jesus.

O Ecumenismo é uma afronta à Igreja de Jesus Cristo, porque ela perde a sua identidade de anunciadora do Evangelho de Arrependimento e Fé, missão esta que Jesus destinou a ela na grande comissão, (Mt. 28.18-20), e de defensora da verdade como “coluna e firmeza” dela (1 Tm. 3.15). Jesus comprou e resgatou a Sua igreja do pecado com seu sangue, mas será que Ele comprou todas? Há igrejas geradas por homens rebeldes e insatisfeitos, que se desviaram da verdade, ou que protestaram contra sabe-se lá o que. A Igreja de Jesus Cristo pode ser reconhecida porque tem a “Sua Cara” como dizemos. Não é “protestante” e nem precisou se “renovar”, porque é a mesma com a mesma doutrina desde que Ele a gerou quando chamou seus primeiros discípulos e começou seu ministério na terra.

O Ecumenismo é uma afronta ao Espírito Santo, porque embora tanto se fale nEle neste meio, seu papel é inconcebível no meio do ecumenismo. Basta olharmos rapidamente para o discurso de Jesus aos seus discípulos, feito para explicar-lhes sobre a vinda do Espírito Santo e o que Ele faria na Igreja e no mundo. Este discurso encontra-se em João capítulos 16 e 17. Vamos ver algumas coisas:

O Espírito convence do pecado (v.8). Num encontro ecumênico, como o pecado pode ser combatido se o que é pecado para uns não é para outros? Uns têm seu santo de devoção, mas outros veem nisto a idolatria; uns praticam a poligamia, mas outros veem nisto adultério; uns creem que é pecado a mulher se vestir vulgarmente, mas outros nada veem nisto. O que ocorre então nos encontros ecumênicos é que o pecado não é atacado, pelo contrário, muitas vezes é incentivado e ignorado. Portanto, o Espírito Santo não vai convencer ninguém ali. O servo de Deus prega e o Espírito convence o pecador.

O Espírito guia em toda verdade (v.13). Num aglomerado de igrejas com doutrinas diferentes, onde cada um tem a sua verdade, é ilusão pensar que através de debates e convivência todos vão chegar à verdade divina. Na verdade, nos encontros ecumênicos já não se tenta fazer isto, pois isto os afastaria. Então fica cada um na sua própria mentira e tudo bem.

O Espírito não está lá, pois Ele está onde possa estar guiando os servos de Deus em toda verdade e não somente em algumas verdades.

Ainda no capítulo 14 do mesmo evangelho, quando Jesus prometeu a vinda do Seu Espírito Consolador, ele diz que o que O ama guarda e cumpre a Sua Palavra e que o mesmo Espírito os ensinaria, faria entender e faria lembrar de tudo o que Ele ensinou. (v. 21-26).

Mesmo que alguém queira restringir esta obra do Espirito Santo como dirigida somente aos apóstolos, não se pode negar que seria uma bobagem enviá-lo com esta finalidade, caso não fosse importante que a Igreja de Jesus Cristo guardasse tudo o que Ele ensinou.

Obviamente, no Ecumenismo não se pode falar de tudo que Jesus ensinou, pois isto causaria facção entre as partes. Os ecumenistas não se lembram, se é que algum dia aprenderam, o que o Senhor ensinou. Portanto, o Espírito não esta no meio deles, e se alguém que está lá tem o Espírito, logo entenderá que não é possível continuar com aquela farsa, e sairá de lá para servir fielmente ao Senhor. O Ecumenismo é uma afronta ao Espírito Santo.

O sincretismo religioso em discussão.

Em se tratando do panorama nacional, pode-se dizer que desde cedo, ao passo em que se construía uma sociedade genuinamente brasileira, um povo resultante de uma série de misturas étnicas, culturais e religiosas, a fé cristã (especificamente a católico romana) teve de duelar com crenças de diversas culturas, sendo que a principal delas e de maior evidência no Brasil é a cultura Judaico Cristã.

Conquanto a cristianização do Brasil tenha sido inicialmente agressiva, solapando a cultura e as crenças dos índios, e logo depois dos negros trazidos para trabalharem como escravos, não se pode falar em vencedor neste duelo. Basta olhar para o cenário religioso brasileiro para perceber a existência de dois tipos de catolicismo. O catolicismo clerical, teologicamente elaborado e dogmatizado, e o catolicismo popular, eivado de superstições e elementos originários dos cultos afroameríndios.

Sem dúvida, houve uma absorção dos elementos das crenças indígenas e africanas, fundindo-se com o catolicismo português, que já veio com sua parcela de sincretismo.

Para verificar tal afirmação, vale a pena dar atenção às celebrações religiosas dos povos do norte e nordeste, não que nas outras regiões também não ocorra o sincretismo, contudo nos Estados que compõem essas regiões nota-se mais fortemente a mistura religiosa gerada.

Na Umbanda, Cristo é Oxalá; Satanás é Exu; o santo católico São Jorge é Ogum; Iemanjá é “nossa senhora dos católicos, etc”. Todos compartilham o mesmo altar com uma série de divindades. Ao olhar fervoroso desses fieis, não há nenhuma incompatibilidade entre tais personagens.

Do lado evangélico, o seguimento que mais se abriu ao sincretismo foi o movimento neopentecostal. Propagando-se entre as camadas mais pobres da população, assim como o Catolicismo, absorveu certos elementos das religiões anteriormente seguidas pelos seus adeptos convertidos.

Manteve forte ênfase em operações miraculosas e crença na intervenção sobrenatural de Deus na vida dos fiéis. Por meio também dos próprios membros da comunidade de fé em buscar por revestimentos sobrenaturais, adoração e louvor com gestos extravagantes e incrível liberdade para gritar, pular e saltar nas reuniões da igreja, etc. Certamente, representa a manifestação mais latina do cristianismo, também chamado de Protestantismo Emocional.

Neste processo de sincretismo, um novo fenômeno tem ocorrido, e especialmente no seio evangélico. Se outrora havia a absorção de elementos de outras religiões, agora nota-se claramente uma retenção destes. O primeiro significava uma capitulação, uma rendição à força da cultura religiosa que o converso cultivara anteriormente; já a segunda refere-se a uma postura intencional visando angariar o maior número de fiéis atraindo-os por meio de códigos e símbolos já assimilados por estes em suas crenças precedentes.

O seguimento evangélico que hoje mais cresce no Brasil é chamado de neopentecostalismo, seguimento que, procurando adequar-se ao mundo globalizado e plural, até onde se pode perceber, tem decidido investir em uma gama de ingredientes encontrados nas esferas mais populares da espiritualidade latino-americana.

Amuletos, objetos sagrados, flores, água benzida, orada ou ungida, na terminologia neopentecostal, a concepção dualista do bem e do mal, e a elaboração de uma teologia superficial sem muitas implicações no âmbito social, mas que na dimensão individual funda-se na relação de troca com o divino. De forma que, contribuindo financeiramente com a Igreja, a bênção será concedida. Comparecendo sete sextas-feiras em determinadas campanhas, o sonho será realizado.

Tal direcionamento é tão notório que nem mesmo carece de exemplos. Uma olhada nos programas neopentecostais na mídia televisiva basta para se ter uma noção de como tem-se desenvolvido essa nova manifestação religiosa.

É curioso que os estudiosos ainda o considerem como sendo parte do cristianismo. Embora possam, de fato, ainda ser chamados de evangélicos, tem-se tornado incabível creditar a eles qualquer ligação essencial com o cristianismo verdadeiro, uma vez que as suas ênfases teológicas colidem em tudo aquilo defendido pelos reformadores.

As novas liturgias, em tons de encenações profundamente simbólicas e a mistificação de palavras, gestos e objetos, destoam por completo do caráter das igrejas que realmente pregam a verdade. Em outras palavras, a igreja primitiva posicionou-se radicalmente em relação a qualquer prática que supostamente oferecesse ao crente qualquer vantagem diante de Deus ou servisse de moeda de troca para fins de recebimento de bênçãos.

Com base na carta de Paulo aos Romanos, na qual o apóstolo declara que “o justo viverá pela fé”, seus sucessores defenderam que a salvação se dá por meio da fé, manifestada pela Graça de Deus, procedendo dela mesma todo e qualquer presente divino.

No que tange exclusivamente ao fenômeno religioso em questão e seu sincretismo, é importante ressaltar a visível rota de ruptura que o neopentecostalismo tem realizado em relação à sua raiz originária. Não fazendo juízo de valor bíblico neste ensaio, apenas sugiro atenção à direção tomada pelo neopentecostalismo. O surgimento de novas denominações desta linha, e sua formulação de uma estrutura teológica e organizacional completamente nova e constantemente mutante, certamente pode suscitar aos menos informados uma ideia confusa, até mesmo viciada, do que seja o cristianismo; sem contar, que não havendo um refortalecimento do cristianismo verdadeiro, corre-se o risco de que todo ele capitule à força atrativa e poderosa das igrejas neopentecostais.

 

As consequências da igreja envolver-se no sincretismo e ecumenismo.

Precisamos pensar seriamente e medir as consequências, o custo de nos deixarmos ser envolvidos e engolidos por este estratagema de Satanás. O que acontece quando uma igreja adere ao movimento ecumenista e ao sincretismo?

Somos colocados em igualdade com os demais, fazendo parecer que tudo é a mesma coisa, quando não é e não deve ser. Somos colocados como “mais uma igreja crente, evangélica”. Colocados como “cristãos separados da única e verdadeira igreja mãe: a Católica Apostólica Romana”. Não, não podemos deixar parecer isto, se sabemos que a Igreja de Cristo é a verdadeira Igreja de Jesus, identificada histórica e doutrinariamente com a igreja primitiva, sobre a qual as portas do inferno não prevalecem jamais, a qual prega o verdadeiro Evangelho da graça e tem em Jesus Cristo o seu único Senhor e Salvador

Perdemos a força evangelística, acomodando o nosso próprio povo à idéia de que toda essa gente que se diz cristã já é salva e nós não temos mais a necessidade ou tanta urgência de evangelizar, porque parece que, afinal, todo mundo é crente. Esta é a maior causa de nosso atual estado de acomodação. Satanás tem vencido esta batalha, enganando-nos e causando-nos este relaxamento. O crente verdadeiramente precisa ver que a grande maioria dos que se dizem cristãos ao nosso redor, precisam ainda ouvir o verdadeiro evangelho do arrependimento e fé na graça de Deus em Jesus Cristo.

Trazemos indiferença e confusão doutrinária para a Igreja, quando deveríamos promover a firmeza e zelo dela. Isto porque é em torno da fidelidade à doutrina, os ensinos de Jesus Cristo que a igreja é fortalecida, não em encontros sociais e espetáculos em aglomerações para ver os “grandes pastores, grandes pregadores, grandes cantores” que na verdade não são grandes coisíssima nenhuma, porque grande é o nosso Deus.

Uma Igreja que começa a se misturar com outras denominações acaba por não saber em que crer, e começa a confundir tudo o que diz a “multidão de vozes” com que Jesus ensinou. O ecumenismo traz confusão. É confusão de línguas diferentes, é uma vergonha, é uma falta de amor, é uma coisa terrível, ninguém entende ninguém. Lembra muito bem o episódio da Torre de Babel. Não se esqueça que Babel ou Babilônia quer dizer confusão.

A transformação da igreja, para melhor,  deve ser a tarefa primordial da igreja até Jesus voltar. 1 Tessalonicenses 5.1-28.

1.   Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;
2. porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.
3. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
5. porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
6. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.
7. Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam embebedam-se de noite.
8. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.
9. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
10. que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
11. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
12. E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
13. e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
14. Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos.
15. Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com todos.
16. Regozijai-vos sempre.
17. Orai sem cessar.
18. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19. Não extingais o Espírito.
20. Não desprezeis as profecias.
21. Examinai tudo. Retende o bem.
22. Abstende-vos de toda aparência do mal.
23. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
25. Irmãos, orai por nós.
26. Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
27. Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos.
28. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.