segunda-feira, 21 de junho de 2021

A SOBERBA E A QUEDA DO REI SAUL

A SOBERBA E A QUEDA DO REI SAUL

 

A escolha e consagração, pelo profeta Samuel, de Saul como rei de Israel, o primeiro rei de Israel.

 

1 Samuel 10.1,24.

 

1.   Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?

24. Então, disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor tem elegido? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei.

 

Saul foi o primeiro rei de Israel. Seu reinado foi marcado por sua soberba, extremada ambição e sua arrogância.

 

A arrogante e vergonhosa ambição do rei Saul.

Faremos aqui no início desta postagem uma reflexão daquilo que o sábio Salomão nos informa sobre a soberba e sobre a arrogância do ser humano.

 

“Eu, a Sabedoria, moro com a prudência e disponho de conhecimento e de conselhos. O temor do Senhor consiste em odiar o mal. Eu odeio a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca que fala coisas perversas”. (Provérbios 8:12-13).

 

A Sabedoria personificada nos primeiros capítulos de Provérbios é direta e convicta. Saul desprezou essa dádiva de Deus. Ela, a sabedoria, convida os seres humanos a participarem dos seus benefícios, abandonando os caminhos da insensatez que levam à condenação. Ela fala do conhecimento que vem de Deus e da longa experiência de observar as consequências das escolhas humanas.

Como a maioria dos provérbios nesse livro foram compostos duas gerações depois do início do Reino de Israel, é provável que o autor pensou sobre as atitudes destrutivas do primeiro rei daquele povo.

Quando o povo de Israel pediu um rei, Deus escolheu Saul, da tribo de Benjamim. No mesmo homem, acharam-se características que agradavam ao povo, um homem bonito, alto e forte com uma aparência de realeza e, ao mesmo tempo, uma qualidade fundamental para servir a Deus: a humildade. Quando Samuel, o profeta de Deus que ungiu Saul, conheceu esse jovem, o rapaz sentiu-se indigno de tal posição:

“Por acaso não sou eu um Benjamita, da menor das tribos de Israel? E não é a minha família a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, então, você me fala com tais palavras”? (1 Samuel 9:21).

Samuel se referiu a essa humildade inicial quando Saul passou a ter atitudes erradas: “Samuel continuou: Não é verdade que, mesmo sendo pequeno aos seus próprios olhos, você foi colocado por cabeça das tribos de Israel? O Senhor o ungiu como rei sobre Israel”. (1 Samuel 15:17).

 

A ambição arrogante de Saul se manifestou de várias maneiras.

1) Ele não fez o que Deus mandou. Os dois pecados mais conhecidos desse rei foram registrados em 1 Samuel, capítulos 13 e 15. Saul fez um sacrifício não autorizado, se elevando à posição de sacerdote, e recusou executar o castigo decretado por Deus contra os Amalequitas.

2) Ele agiu contra os decretos de Deus para tentar estabelecer sua dinastia. Quando Deus escolheu Davi para ser o próximo rei de Israel, Saul tentou matar o jovem para frustrar os planos do Senhor.

3) Ele não se humilhou depois de ser repreendido. Saul até admitiu que pecou, mas se mostrou mais interessado em ser honrado diante do povo do que em restaurar sua comunhão com Deus. (1 Samuel 15:24,25,30).

 

"A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda". Pv.16:18.


Com essas palavras inspiradoras Salomão dá um xeque-mate no nosso orgulho muitas vezes escondido sobre a couraça da nossa reputação. É difícil acreditar que se é orgulhoso, mas muitas vezes se é e não se assume. Dizem que os humildes geralmente não sabem que o são, penso que o mesmo pode se aplicar aos orgulhosos.


Viver numa sociedade onde o orgulho é caracterizado como um sentimento medíocre e ao mesmo tempo valorizado na nossa cultura, ainda que de forma velada, como uma característica de pessoas fortes e bem sucedidas é outro ponto que favorece tanto o desenvolvimento do orgulho, quanto o hábito de escondê-lo por debaixo de palavras insinceras.

Reconhecer o orgulho que habita em nossos corações enganosos é uma tarefa árdua e penosa. Não temos o hábito de perscrutar o nosso interior em busca de encontrar a hipocrisia inerente ao ser humano na sociedade atual. É preferível à nossa consciência deixar o hipócrita velado, escondido em falsas crenças e ações desprovidas de um significado mais profundo. Não é fácil reconhecer que se é altivo, afinal, ninguém quer assumir que acredita ser superior aos outros na presença das pessoas em questão.



Somente em certas circunstâncias é que deixamos o espírito de altivez se mostrar sem dó nem piedade. Geralmente ocorre em momentos regados pela raiva e pela decepção. E o pior é que a hipocrisia do orgulho é muitas vezes disfarçada como um combate à injustiça. Como se o nosso sentimento de injustiça justificasse nossa atitude de nos acharmos melhor que os outros. Pura hipocrisia.


Por isso o sábio pontuou bem que a soberba precede a ruína e a altivez a queda. São sentimentos que nos deixam cegos em meio ao que está evidente e ainda mascaram as nossas ações como algo digno em nossos enganosos corações. Deixam aflorar o hipócrita que residia no nosso interior antes de aceitarmos a Cristo e nos lançam numa série de atitudes inconsistentes e desapontantes ao nosso Deus. Por isso a ruína anda ao derredor dos orgulhosos. Deus nos ajude a sermos humildes.

 

Saul foi por muitos anos inimigo de Davi.

Depois da conversa de Davi com Saul, surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo. Daquele dia em diante, Saul manteve Davi consigo e não o deixou voltar à casa de seu pai. E Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, pois se tornara o melhor amigo de Davi. Jônatas tirou o manto que estava vestindo e deu-o a Davi, junto com sua túnica, e até sua espada, seu arco e seu cinturão.

 

Tudo que Saul lhe ordenava fazer, Davi fazia com tanta habilidade que Saul lhe deu um posto elevado no exército. Isto agradou a todo o povo, bem como aos conselheiros de Saul.

 

Quando os soldados voltavam para casa, depois de Davi ter matado o filisteu, as mulheres saíram de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul com cânticos e danças, com tamborins, com músicas alegres e instrumentos de três cordas. Enquanto dançavam, as mulheres cantavam:

 

"Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares”. (Em outras traduções diz: dez milhares).

 

1 Samuel, 18.6-9

 

6. Sucedeu, porém, que, vindo eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e em danças, com adufes, com alegria e com instrumentos de música.

7. E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares.

8. Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?

9. E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.

 

A reação de Saul diante da manifestação do povo elogiando Davi.

Saul ficou muito irritado, com esse refrão e, aborrecido disse: "Atribuíram a Davi dezenas de milhares, mas a mim apenas milhares. O que mais lhe falta senão o reino? " Daí em diante Saul olhava com inveja para Davi.

 

No dia seguinte, um espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul e ele entrou em transe profético em sua casa, enquanto Davi tocava harpa, como costumava fazer. Saul estava com uma lança na mão e a atirou, dizendo: "Encravarei Davi na parede". Mas Davi desviou-se duas vezes.

 

Saul tinha medo de Davi porque o Senhor o havia abandonado e agora estava com Davi. Então afastou Davi de sua presença e deu-lhe o comando de uma tropa de mil soldados, e Davi a conduzia em suas campanhas. Ele tinha êxito em tudo o que fazia, pois o Senhor estava com ele. Quando Saul como ele tinha habilidade, teve muito medo dele. Todo Israel e Judá, porém, gostava de Davi, pois ele os conduzia em suas batalhas.

 

Saul disse a Davi: "Aqui está a minha filha mais velha, Merabe. Eu a darei em casamento a você; apenas sirva-me com bravura e lute as batalhas do Senhor". Pois Saul pensou: "Não o matarei. Deixo isso para os filisteus”.

 

Mas Davi disse a Saul: "Quem sou eu, e o que é minha família ou o clã de meu pai em Israel para que eu me torne genro do rei? " Por isso, quando chegou a época de Merabe, a filha de Saul, ser dada em casamento a Davi, ela foi dada a Adriel, de Meolá.

 

Mical, a outra filha de Saul, gostava de Davi. Quando disseram isto a Saul, ele ficou contente e pensou: "Eu a darei a ele, para que lhe sirva de armadilha, fazendo-o cair nas mãos dos filisteus". Então Saul disse a Davi: "Hoje você tem uma segunda oportunidade de tornar-se meu genro".

 

Então Saul ordenou aos seus conselheiros que falassem em particular com Davi, dizendo: "O rei está satisfeito com você, e todos os seus conselheiros o estimam. Torne-se, agora, seu genro".

 

Quando falaram com Davi, ele disse: "Vocês acham que tornar-se genro do rei é fácil? Sou homem pobre e sem recursos".

 

Quando os conselheiros de Saul lhe contaram o que Davi tinha dito, Saul ordenou que dissessem a Davi: "O rei não quer outro preço pela noiva além de cem prepúcios de filisteus, para vingar-se de seus inimigos". O plano de Saul era que Davi fosse morto pelos filisteus.

 

Quando os conselheiros falaram novamente com Davi, ele gostou da idéia de tornar-se genro do rei. Por isso, antes de terminar o prazo estipulado, Davi e seus soldados saíram e mataram duzentos filisteus. Ele trouxe os prepúcios e apresentou-os ao rei para que se tornasse seu genro. Então Saul lhe deu em casamento sua filha Mical.

 

Quando Saul viu claramente que o Senhor estava com Davi e que sua filha Mical o amava, temeu-o ainda mais e continuou seu inimigo pelo resto de sua vida.

 

Os comandantes filisteus continuaram saindo para a batalha, e, todas as vezes que o faziam, Davi tinha mais habilidade do que os outros oficiais de Saul, e ele tornou-se ainda mais famoso.

 

A tentativa de assassinato de Saul contra Davi durou 9 (nove) longos anos.


Aconteceu na mesa do jantar. Um pai tentou matar seu próprio filho. O  pai estava irado com seu filho porque mantinha amizade com alguém   que ele absolutamente odiava. A discussão começou e, antes de terminar, o pai enfurecido tentou matar seu próprio filho.
   
Você provavelmente leu sobre isto. Não foi num jornal, mas na Bíblia. O pai foi Saul, Jônatas foi seu filho, e o amigo de Jônatas foi Davi. Por muito tempo a amizade entre Saul e Davi estava deteriorando. Saul tinha ciúmes e inveja de Davi. A situação estava complicada porque já tinha sido dito a Saul que seu reinado estava chegando ao fim. Enquanto contemplava sua própria perda de poder, ele sentia-se perseguido pelo canto do povo louvando Davi. Frustrado, irado, culpado e deprimido, Saul ficou amargurado.
   
Finalmente, o conflito chegou ao ponto em que Davi decidiu "sumir" por uns tempos. Quando o tempo do festival chegou, Davi não apareceu no jantar. Saul não disse nada no primeiro dia, mas no segundo em que Davi estava ausente, Saul interrogou seu filho a respeito do paradeiro de Davi. Rapidamente tornou-se patente que Davi tinha saído com aprovação e assistência de Jônatas.

  
Algo mais tornou-se aparente. Aos olhos de Saul, seu próprio filho estava manifestando mais respeito e lealdade a seu amigo do que a seu pai. Já era bastante ruim que Deus tivesse rejeitado o rei; era doloroso que o povo estivesse rejeitando o rei; mas agora, seu próprio filho estava, aparentemente, rejeitando-o. Mais uma vez, era Davi quem estava incomodando a vida deste monarca decadente.
   
A ira de Saul acendeu-se contra Jônatas. Foram trocadas palavras duras. Então aconteceu. "Saul arremessou sua lança contra Jônatas para matá-lo". (1 Samuel 20:33). O que levaria um homem a se tornar irracional em seu pensamento para que tentasse matar seu próprio filho? Amargura.

 

A obsessão de Saul contra Davi tinha-o tornado louco.

  
A amargura ainda está destruindo indivíduos, famílias e igrejas. Pais amargurados ainda estão arremessando lanças contra seus próprios filhos. Irmãos amargurados ainda estão assassinando uns aos outros.

Frequentemente, não é o abuso físico mas emocional que fere uma pessoa por toda a vida, ou mesmo destrói sua vida. Ore a Deus para que ele queira ajudar-nos a arrancar todas as raízes de amargura de nossos corações, antes que, amargurados, lancemos uma lança e acertemos o alvo.

 

O ciúme de Saul para com Davi.

Saul teve atitudes degradantes e reprováveis quanto à pessoa de Davi, de tal forma que fez dele um ser abominável por tantas perseguições a Davi no intuito de tirar-lhe  a vida.

Depois de Davi ter matado Golias, Abner, chefe do exército de Israel, o levou a Saul. Este se agradou de Davi. Fez dele chefe no exército e o levou à casa do rei.

Mais tarde, voltando o exército da luta contra os filisteus, as mulheres cantaram: ‘Saul matou milhares, mas Davi matou dezenas de milhares.’ Saul ficou com ciúme, porque isso dava mais glória a Davi do que a Saul. Mas o filho de Saul, Jônatas não ficou com ciúmes. Ele amava muito a Davi, e este também o amava. Os dois prometeram ser sempre amigos.

Davi tocava bem a harpa e Saul gostava de sua música. Certo dia, o ciúme de Saul o induziu a fazer algo horrível. Enquanto Davi tocava harpa, Saul atirou contra ele sua lança, dizendo: ‘Vou espetar Davi na parede!’ Mas Davi se esquivou. Mais tarde, Saul tentou outra vez atingir Davi com a lança. Davi percebeu, assim, que tinha de ter cuidado.

Lembra-se da promessa feita por Saul? Disse que daria sua filha em casamento ao homem que matasse Golias. Saul, finalmente, disse a Davi que podia levar sua filha Mical em troca por matar primeiro 100 filisteus. Imagine só! Saul esperava realmente que os filisteus matassem Davi. Mas não o fizeram, e Saul teve de dar sua filha como esposa a Davi.

Um dia, Saul disse a Jônatas e a todos os seus servos que queria matar Davi. Jônatas disse ao pai: ‘Não faça mal a Davi. Ele nunca lhe fez nenhum mal. Ao contrário, tudo o que fez foi de ajuda para você. Arriscou a vida para matar Golias, e você se alegrou com isso.’

Saul prometeu então não ferir Davi. Davi retornou e serviu a Saul, assim como antes. Certo dia, porém, enquanto Davi tocava, Saul atirou novamente a lança contra ele. Davi se esquivou e a lança atingiu a parede. Foi a terceira vez! Davi sabia então que tinha de fugir.

À noite, Davi foi para a sua casa. Mas Saul mandou homens para matá-lo. Mical soube disso. Assim, ela disse a Davi: ‘Se não fugir agora, amanhã será morto.’ Naquela noite, Mical ajudou Davi a escapar pela janela. Por sete anos, Davi teve de se esconder em diversos lugares, para que Saul não o achasse. 1 Samuel 18:1-30; 19.1-18.

 

O trágico fim de um rei desobediente a Deus e o suicídio do rei Saul.

 

E aconteceu que, em combate com os filisteus, os israelitas foram postos em fuga, e muitos caíram mortos no monte Gilboa. Os filisteus perseguiram Saul e seus filhos, e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. O combate foi se tornando cada vez mais violento em torno de Saul, até que os flecheiros o alcançaram e o feriram gravemente.

 

Então Saul ordenou ao seu escudeiro:

 

"Tire sua espada e mate-me com ela, senão sofrerei a vergonha de cair nas mãos desses incircuncisos".

 

1 Samuel 31.4

4. Então, disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me atravessem, e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de armas não quis, porque temia muito; então, Saul tomou a espada e se lançou sobre ela.

 

Mas o seu escudeiro estava apavorado e não quis fazê-lo. Saul, então, apanhou a própria espada e jogou-se sobre ela. Quando o escudeiro viu que Saul estava morto, jogou-se também sobre sua espada e morreu. Dessa maneira Saul e seus três filhos morreram, e, assim, toda a descendência real.

 

Quando os israelitas que habitavam no vale viram que o exército tinha fugido e que Saul e seus filhos estavam mortos, fugiram abandonando suas cidades. Depois os filisteus foram ocupá-las.

 

No dia seguinte, quando os filisteus foram saquear os mortos, encontraram Saul e seus filhos caídos no monte Gilboa. Cortaram a cabeça de Saul, pegaram suas armas e enviaram mensageiros por toda a terra dos filisteus proclamando a notícia entre os seus ídolos e o seu povo. Expuseram suas armas num dos templos dos seus deuses e penduraram sua cabeça no templo de Dagom.

 

Quando os habitantes de Jabes-Gileade ficaram sabendo o que os filisteus haviam feito com Saul, os mais corajosos dentre eles foram e apanharam os corpos de Saul e de seus filhos e os levaram a Jabes. Lá sepultaram seus ossos sob a Grande Árvore, e jejuaram por sete dias.

Saul morreu porque foi infiel ao Senhor; não guardou a palavra do Senhor e chegou a consultar uma médiun em busca de orientação, em vez de consultar o Senhor. Por isso o Senhor o entregou à morte e deu o reino a Davi, filho de Jessé.

 

As Escrituras frisam seis maus exemplos, suas falhas e sua desobediência a Deus.

 

1.  Ele ofereceu um sacrifício sem autorização (1 Samuel 13). No segundo ano do seu reinado, Saul se preparou para uma batalha contra os filisteus, os principais inimigos de Israel na época. Saul, como rei, tinha grandes responsabilidades nos aspectos civis e militares, mas não era o líder espiritual da nação. Em termos simples, Saul não tinha autorização divina para oferecer sacrifícios a Deus. Mas, ansioso para buscar a ajuda de Deus antes de entrar no campo de batalha, ele se precipitou e ofereceu um sacrifício sem autorização. Esse grave erro de presunção foi o começo do fim para o primeiro rei de Israel.

 

2.   Não cumpriu a tarefa em uma outra batalha (1 Samuel 15). Deus usava nações para castigar outras por sua rebeldia contra o Senhor.

Ele deu para Saul a responsabilidade de destruir os Amalequitas por sua desobediência, mas o rei não executou totalmente sua tarefa. Achou melhor trazer sacrifícios para Deus, mas este não se agradou com essa decisão. Os sacrifícios serviam para pedir perdão a Deus, mas o Senhor prefere obediência, e não sacrifícios. (1 Samuel 15:22).

 

3.     Ele foi covarde (1 Samuel 17). A história de Davi e Golias demonstra a fé do jovem que se tornaria o segundo rei de Israel. Mas, Davi venceu o gigante porque Saul, um guerreiro mais forte e muito mas experiente, não tinha coragem para enfrentar o filisteu.

 

4.  Lutou contra o adversário errado (1 Samuel 18-27). Era o papel de Saul conduzir uma nação unida contra seus inimigos externos. Mas, por causa do seu egoísmo, ele se tornou contra Davi, um servo de Deus escolhido para ajudar a nação. Esses conflitos internos enfraqueceram a nação.

 

5.   Buscou orientações da fonte errada (1 Samuel 28). Depois de se afastar do Senhor vivo, Saul ficou tão desesperado que buscou orientações de um homem morto. Não adiantou nada, pois ele e seus filhos morreram no dia seguinte.

 

6.  Saul tinha condições para ser um excelente rei sobre Israel, mas faltou uma característica essencial: respeito para com Deus e Sua vontade. Para sermos bem-sucedidos diante de Deus precisamos cultivar a atitude que faltou em Saul: respeito e temor a Deus.

 A última Ceia do rei Saul foi junto com uma feiticeira. O rei, deixou de ouvir a voz de Deus, procurou a bruxa e matou profetas. Foi a última noite do Rei, que se jogou sobre a espada em uma batalha contra os Filisteus. Quando a voz profética é silenciada, a nação corre perigo.


Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

segunda-feira, 14 de junho de 2021

QUATRO LEPROSOS LIVRAM UMA CIDADE DE MORRER DE FOME

QUATRO LEPROSOS LIVRAM UMA CIDADE DE MORRER DE FOME.

 

2 Reis Capítulos 7-9. Palavra do Senhor através do profeta Elizeu.

 

Eliseu respondeu: "Ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Senhor: Amanhã, por volta desta hora, na porta de Samaria, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada serão vendidas por uma peça de prata".

 

O oficial, em cujo braço o rei estava se apoiando, disse ao homem de Deus: "Ainda que o Senhor abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer”?

 

Mas Eliseu advertiu: "Você o verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma”.

 

Havia quatro leprosos junto à porta da cidade. Eles disseram uns aos outros: "Por que ficar aqui esperando a morte? Se resolvermos entrar na cidade, morreremos de fome, mas se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos, pois, ao acampamento dos arameus para nos render. Se eles nos pouparem, viveremos; se nos matarem, morreremos".

 

Ao anoitecer, eles foram ao acampamento dos arameus. Quando chegaram às imediações do acampamento, não havia ninguém ali, pois o Senhor tinha feito os arameus ouvirem o ruído de um grande exército com cavalos e carros de guerra, de modo que disseram uns aos outros: "Ouçam, o rei de Israel contratou os reis dos hititas e dos egípcios para nos atacar! " Então, para salvar suas vidas, fugiram ao anoitecer, abandonando tendas, cavalos e jumentos, deixando o acampamento como estava.

 

Tendo chegado às imediações do acampamento os leprosos entraram numa das tendas. Comeram e beberam; pegaram prata, ouro e roupas e saíram para esconder tudo. Depois voltaram e entraram noutra tenda, pegaram o que quiseram e esconderam isso também.

 

Então disseram uns aos outros: "Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados. Se esperarmos até o amanhecer, seremos castigados. Vamos imediatamente contar tudo no palácio do rei".

 

Então foram e chamaram as sentinelas da porta da cidade e lhes contaram: "Entramos no acampamento arameu, e não vimos nem ouvimos ninguém. Havia apenas cavalos e jumentos amarrados, e tendas abandonadas". As sentinelas da porta proclamaram a notícia, e ela foi anunciada dentro do palácio.

 

O rei se levantou de noite e disse aos seus conselheiros: "Eu lhes explicarei o que os arameus planejaram. Como sabem que estamos passando fome, deixaram o acampamento e se esconderam no campo, pensando: ‘Com certeza eles sairão, e então os pegaremos vivos e entraremos na cidade’ ".

 

Um de seus conselheiros respondeu: "Manda que alguns homens apanhem cinco dos cavalos que restam na cidade. O destino desses homens será o mesmo de todos os israelitas que ficarem, sim, como toda esta multidão condenada. Por isso vamos enviá-los para descobrir o que aconteceu".

 

Assim que prepararam dois carros de guerra com seus cavalos, o rei os enviou atrás do exército arameu, ordenando aos condutores: "Vão e descubram o que aconteceu". Eles seguiram as pegadas do exército até o Jordão e encontraram todo o caminho cheio de roupas e armas que os arameus haviam deixado para trás enquanto fugiam.

Os mensageiros voltaram e relataram tudo ao rei. Então o povo saiu e saqueou o acampamento dos arameus. Assim, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada passaram a ser vendidas por uma peça de prata, conforme o Senhor tinha dito.

 

Ora, o rei havia posto o oficial em cujo braço tinha se apoiado como encarregado da porta da cidade, mas quando o povo saiu, atropelou-o junto à porta, e ele morreu, conforme o homem de Deus havia predito quando o rei foi à sua casa. Aconteceu conforme o homem de Deus dissera ao rei: "Amanhã, por volta desta hora, na porta de Samaria, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada serão vendidas por uma peça de prata".

 

O oficial tinha contestado o homem de Deus perguntando: "Ainda que o Senhor abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer? " O homem de Deus havia respondido: "Você verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma! " E foi exatamente isso que lhe aconteceu, pois o povo o pisoteou junto à porta da cidade, e ele morreu.

 

Você crê que Jesus faz milagres em tempo de crise, de doenças incuráveis e de pandemia?

 A história de quatro leprosos que livraram da morte pela fome, registrada em 2 Reis 7, nos sugere grandes realidades dos nossos dias de mortalidade pela contaminação do Covid-19 e da fome que já bate na porta de milhões de brasileiros.


Vejam a história e os acontecimentos daquela época e daquela situação degradante que Israel passava.

 

Quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?


Se dissermos: entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão somente morreremos.

Levantaram-se ao anoitecer para se dirigirem ao arraial dos siros; e, tendo chegado à entrada do arraial, eis que não havia lá ninguém.

 

Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e de cavalos e o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos Heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Pelo que se levantaram, e, fugindo ao anoitecer, deixaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvar a sua vida. (2 Reis 7.3-7).

 

Este tempo estranho e de grande perplexidade que estamos vivendo no Brasil e no mundo, devido à pandemia protagonizada pela crise do novo Coronavírus, é uma realidade sem precedentes na história recente da humanidade.

Conforme temos acompanhado, a crise tem afetado de forma avassaladora todos os setores da sociedade: economia, relações sociais, saúde, governos, igrejas, etc.

Um clima de profunda incerteza e ansiedade tem tomando conta de todos nós, notadamente diante da realidade catastrófica que estamos vivendo, com um exponencial número de mortes.

No livro de 2 Reis 7.1-15, nós nos deparamos com uma história de grande calamidade e miséria vivida por Israel, que muito nos ensina a superar as dificuldades que hoje enfrentamos. O ano era aproximadamente 850 a.C. Jorão era o líder maior de Israel e, seguindo os passos de seus pais, Acabe e Jezabel, seu governo foi marcado por ações à margem dos critérios de Deus.

Foi um tempo avassalador causado pelo cerco imposto pelos assírios. Esse sítio estrangeiro teve como consequências fome e improdutividade (v. 25), devido à falta de condições de o povo sair ao campo para plantar, colher e abastecer suas casas, o que gerou forte elevação do custo de vida. A cidade estava presa, em “quarentena”, gerando não só uma profunda estagnação econômica e social, como uma trágica situação de miséria absoluta – basta conferir o episódio de canibalismo estarrecedor das duas mulheres famintas (v. 28 e 29).

A cidade sitiada sofreu ainda outro agravante: a alma da liderança da nação foi severamente atacada, pois caíram no pessimismo, na dor e na amargura profunda por não mais saberem qual estratégia adotar para salvar a nação da profunda adversidade. (v. 27,33).

 

O texto nos dá conta de que o caminho a ser percorrido até a solução da crise pode nos surpreender. Deus é criativo e nos ensina a pensar “fora da caixa”. Sua forma de agir foi admirável e veio de onde não se esperava. A resposta não veio do rei e seus oficiais. Também não surgiu da classe privilegiada nem do povo encurralado. De forma irônica e absurda, o segredo estava com os fragilizados e discriminados quatro leprosos (v.3), os quais se encontravam à porta da cidade de Samaria. Como discerniu sabiamente o apóstolo Paulo em 1Coríntios 1.27 a 28, na versão ARA, a mensagem diz: “Não é obvio que Deus, deliberadamente, escolheu homens e mulheres que a sociedade despreza, explora e abusa? Não é óbvio que ele escolheu gente do tipo “zé-ninguém” para desmascarar as pretensões vãs dos que se julgam importantes?”.

Diante da situação de medo e miséria, os leprosos revelaram quatro segredos que mudaram o rumo de suas vidas e salvaram todo o povo de uma tragédia histórica. E quanto a nós? O que podemos aprender com eles para enfrentarmos este tempo de crise e perplexidade local e mundial no qual estamos vivendo? Qual a resposta a ser dada diante dessa realidade tão estranha e perturbadora?

 

1. Em primeiro lugar o segredo foi a coragem para vencer suas limitações e medos (v.3). Foi por isso que os leprosos não permitiram que suas condições de fraquezas e debilidades os impedissem de prosseguir em busca de sobrevivência e de dias melhores. Tiveram coragem de encarar a solidão, a estigmatização, a culpa, a segregação e a impotência. Estavam confiantes na graça de Deus para alcançarem o livramento e serem vitoriosos. Entenderam que era preciso se mostrar fortes e esperançosos em tempo de perplexidade e medo. Como bem nos ensina o livro de Provérbios: “Se te mostras fraco no dia da tua angústia, pouco será a tua força” (Provérbios 24.10).

Desta forma, eles não caíram no laço do pessimismo, nem do derrotismo, nem da autocomiseração e, mesmo que fosse propício, tampouco da murmuração.

Eles se portaram com ousadia, em nome de Deus, e caminharam firmes na busca de seus propósitos e anseios.

Neste tempo de pandemia, é possível que o medo esteja nos dominando. Isso nos leva a refletir, sobretudo, acerca da realidade de nossas limitações enquanto seres humanos. Ela nos faz lembrar que não temos o controle das coisas e que, por isso, devemos confiar em um Deus que é poderoso para nos guardar em meio aos desafios que estamos enfrentando. Assim, o que nos cabe, faremos, como cumprir a quarentena e ter os cuidados com a higiene, mas, acima de tudo, devemos depender da graça e da misericórdia de Deus.

 

2. Em segundo lugar, tiveram ânimo para agir em favor da sustentação de suas vidas (v.4). A pandemia de Covid-19 trouxe novas formas de vermos e pensarmos a vida. Todos nós estamos sendo desafiados a usar a criatividade para nos reinventarmos. Na verdade, crises e adversidades se colocam sempre como excelentes oportunidades para a busca de novos caminhos. Os quatro leprosos estavam animados para agirem firmemente contra a indiferença, apatia, indolência e morbidez. Se tivessem de morrer, morreriam lutando, agindo. Assim pensaram. Certamente, a pior derrota é a derrota sem luta. Não devemos nos intimidar diante dos desafios da vida. É preciso enfrentar os problemas e adversidades com animada ação. A única maneira de enfrentar as tragédias é com ânimo para lutar. Saia da zona de conforto e seja proativo! Aja com firmeza pela sua família! Lute com coragem pelos seus propósitos! Nunca permita que as dificuldades apaguem a chama da alegria e da esperança em seu coração. Em tempos de perplexidade como o que estamos vivendo, tenhamos ânimo para agir com confiança, pois Deus providenciará o livramento que precisamos.

 

3. Em terceiro lugar outro segredo é que tiveram esperança para crer em dias melhores (v.4). A esperança é o que dá sentido à existência humana. Sem ela, perdemos o ânimo, a alegria da vida e a expectativa de um futuro melhor. O texto nos dá conta de que os quatro leprosos não tinham mais nada a perder. Afirmaram: “Se entrarmos na cidade, há fome na cidade e morreremos. Se ficarmos sentados, morreremos. Vamos ao arraial dos siros, se nos deixarem viver, viveremos, se nos matarem, apenas morreremos” (v.4). Portanto, não pensaram em outra alternativa senão a de avançar, pois ainda existia esperança. Não tinham mais nada a perder. Não tinham nada mais a que se apegar (bens, status, posição, etc). Somente aqueles que têm a capacidade de se desprenderem, de se desapegarem é que se tornarão capazes de arriscar e seguir com esperança lutando por dias melhores. É gente que consegue romper com o comodismo, com a preguiça, com a desambição, e, com coragem, aventuram-se. As perplexidades e vicissitudes da vida podem ser uma mola propulsora para nos levar a novas e ricas experiências, que podem ser um divisor de águas em nossa existência. Assim como os leprosos, nesse tempo de crise, precisamos seguir com esperança, assumindo riscos, buscando dias melhores, crendo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. (Romanos 8.28).

 

4. Em quarto lugar, finalmente, aproveitaram, de forma urgente, a oportunidade da vida (v. 4,5). Os quatro leprosos disseram: “Vamos, pois, agora…” (v. 4b). “Levantaram-se ao anoitecer” (v. 5). O texto revela que eles não esperaram o dia amanhecer, o que era o mais natural. Entretanto, havia um sentido de urgência, de celeridade, de ação imediata. Entenderam que não poderiam perder tempo, pois aquela era a hora oportuna, o tempo estratégico para agirem. Era o tempo apropriado, favorável de Deus se manifestar. O dia “D” de Deus em suas vidas. A realidade enfrentada pelos leprosos era de perplexidade, de aguda calamidade e dor, entretanto era também o tempo oportuno de Deus agir com poder e graça. Admirável e criativamente, o tempo de Deus operar pode vir na hora mais difícil, fora do nosso controle. No momento de caos e descontrole, Deus se manifesta realizando o milagre. Ele intervém, transformando as tragédias e ressignificando as nossas vidas. Estamos vivendo tempos difíceis, a pandemia do Coronavírus tem afetado terrivelmente a sociedade. Muitas famílias têm perdido seus entes queridos; muitos têm tido perdas financeiras significativas; o desemprego bate à porta. Esta é a hora, o momento de Deus intervir, transformando a tragédia e a dor em vitória e júbilo. Este é o momento oportuno de Deus manifestar Sua graça, poder e misericórdia. É o tempo de Deus fazer coisas novas em nosso meio.

Quando os quatro leprosos responderam com coragem, ânimo, esperança e sentido de urgência àquele tempo de crise e perplexidade, Deus interveio proporcionando livramento e dignidade a todos. O texto diz que “os inimigos fugiram ao anoitecer” (v.7), exatamente quando os quatro leprosos “levantaram ao anoitecer” (v.5). Foi uma ação conjunta, sincronizada, simultânea. Quando os fracos leprosos levantaram com coragem, ânimo, esperança e senso de urgência em nome de Deus, Ele se levantou adiante deles. Deus afastou de forma criativa e poderosa seus inimigos (v.6,7). Louvado seja o nome do Senhor!

Hoje também é dia de livramento e reestruturação em sua vida e família! Deus está encorajando você a se levantar, a se reerguer e, com ânimo e esperança, vencer seus medos, ansiedades, pensamentos negativos, complexos de inferioridade, desesperança, acomodação e abatimento.

Aproprie-se da força que vem do alto, pois: “O nosso socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”. (Salmos 121); “Ele é o seu refúgio em tempo de aflição e adversidade”. (Salmos 46). Diga em alto e bom som: “Porque o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. (2 Coríntios 12.9-10). “Diga o fraco, eu sou forte” (Joel 3.10). Afirme para você mesmo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4.13).

Quando você declara com fé, coragem e esperança, Deus intervém simultaneamente. É muito mais que uma confissão positiva; é uma afirmação de fé. É um compromisso de fé em Deus. O livramento alcançado foi tão marcante que os quatro leprosos foram generosos, partilharam com os outros o que receberam. Disseram: “este dia é dia de boas-novas…” (v.9a), “vamos e o anunciemos à casa do rei”. (v.9b).

Assim também acontecerá na vida de todos aqueles que diante das adversidades e da atual crise que estamos enfrentando, frente aos desafios do Coronavírus, aprendamos a responder com coragem, ânimo e esperança.

Temos que ser capazes de compartilhar os benefícios das vitórias alcançadas, das lutas quase perdidas,  transformando a realidade da perplexidade, da dor e do medo, em experiência de vida e realizações em proveito próprio e para os outros também em nome de Jesus.

 Será que nas nossas cidades e no campo em todo o Brasil não tenha pessoas bondosas para estender a mão e socorrer os que estão passando fome? Se for para esperar o socorro dos políticos e dos governos pode até vir alguma coisa, mas a fome não espera; na história bíblica acima nós vimos que a fome chegou até no Palácio do rei. Vamos todos socorrer nossos compatriotas brasileiros. Vamos estender a mão amiga para os necessitados. 


Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

TENHA O TEMOR DE DEUS E PREGUE O EVANGELHO COM SABEDORIA

TENHA  O TEMOR DE DEUS E PREGUE O EVANGELHO COM SABEDORIA

 

Teme a Deus e pregue o evangelho com unção e sabedoria. Peça ao Espírito Santo de Deus que te capacite para você ser um verdadeiro servo testemunha viva da transformação que o evangelho faz na vida das pessoas.  

“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os Seus Mandamentos; porque isto é dever de todo homem”. (Eclesiastes 12: 13).

 

O livro de Eclesiastes foi escrito pelo rei Salomão, filho de Davi. Salomão pediu a Deus sabedoria para governar seu povo e, Deus acrescentou em sua vida, além da sabedoria, riquezas e glórias. Houve um dia, que ele se apartou da sabedoria e se entregou à loucura. Salomão buscou  felicidade em fontes erradas.

Primeiro, procurou a felicidade no álcool. 

Segundo, entregou-se à bebedeira. Pensou que a felicidade estava no fundo de uma garrafa.

Terceiro, correu atrás das riquezas. Conseguiu muitas fortunas, mas o dinheiro não pôde satisfazer os anseios da sua alma.

Quarto, ainda procurou a felicidade no sexo. Relacionou-se com centenas de mulheres. Mas todas essas aventuras só lhe trouxeram mais frustração na lama do pecado.

Quinto, finalmente, procurou a felicidade no sucesso. Tornou-se muito famoso. Seu sucesso era colossal.

Mas nada disso aplacou sua fome de felicidade. Até que se voltou para Deus e descobriu que o verdadeiro sentido da vida é: Temêr a Deus e fazer a Sua vontade que é um privilégio e não um peso.

 

O evangelismo que não é o evangelismo de João 8.32, não é o evangelho da salvação.

“E conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. João 8.32.

 

Motivos desprezíveis que se dizem ser o “verdadeiro evangelho”. Quem teme a Deus prega o genuíno evangelho e não uma aparência do evangelho.  

 

1 Proselitismo não é evangelismo.

2 Shows de cantores evangélicos não são evangelismo.

3 Entretenimentos e passeios turísticos não são evangelismo.

4 Defender placa denominacional não é evangelismo.

5 Pregar achismos não  é evangelismo.

6 Pregar prosperidade não é evangelismo.

7 Apresentar teses teológicas profundas não é evangelismo (o evangelho é simples).

8 Promover eventos apenas não significa evangelismo.

9 Eventos de natureza política não são evangelismo.

10 Passeatas com vistas a certas causas não significa evangelismo, ainda que coerentes.

11 Falar de religião não quer dizer evangelismo.

12 Contar causos ou piadas não é evangelismo.

13 Curtidas na internet não quer dizer evangelismo.

14 Entregar folhetos ou outros materiais promocionais não quer dizer evangelismo se não for material evangelístico direcionado.

15 Coagir sob ameaças e pressões as pessoas não é evangelismo (o evangelho é uma mensagem espontânea).

16 Pregar sem viver o que prega não é evangelismo (aliás, isso depõe contra o evangelho).

17 Debates intermináveis com vistas apenas a discussões infrutíferas não é evangelismo (quem convence o pecador do pecado não somos nós, é  o Espírito Santo).

18 Falar de atualidades e fatos do dia-dia não é evangelismo se Jesus não for o assunto principal.

19 Orar sem agir não é evangelismo (a oração e a prática evangelística andam juntas).

20 Ser um conferencista não significa ser um evangelista (evangelista prega o evangelho).

21 Cargos eclesiásticos não significam evangelismo, se os tais signatários destes cargos  não evangelizarem com amor.

22 Ter muitos seguidores nas redes sociais não significam evangelismo se você não falar de Jesus.

23 Filantropia não quer dizer evangelismo (muitos ajudam o próximo e sequer crêem em Deus).

24 Ter um grande número de amigos não quer dizer evangelismo se você não falar de Jesus pra eles.

25 Frequentar a igreja todos os dias não torna você um evangelista, mas um religioso (evangelismo é para além das quatro paredes do templo).

 

Essas são algumas, dentre tantas outras práticas que, embora algumas sejam até louváveis mas não são evangelismo.

Evangelismo é quando se fala da obra redentora de Jesus Cristo pela humanidade, nada mais além nem aquém disso!

Portanto ide e pregai o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo.  Marcos 16.15.  

Então vamos pregar o evangelho que é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que n’Ele crer. Romanos 1.16.


Pregue a Palavra de Deus mesmo que seja sem palavras. Às vezes com a boca fechada, mas com uma vida de intimidade e comunhão com o Espírito Santo, você prega mais com o seu testemunho pessoal do que, aos gritos nos púlpitos das igrejas e em outros locais de grandes concentrações e aglomerações de pessoas, dizendo milhões de palavras e palavrões de efeito emocional somente para massagear o seu egolatrismo e egocentrismo.

 

Muitos cristãos estão se acovardando, sob a alegação de que ter uma boa conduta é muito mais importante do que a pregação do Evangelho. Alguns dizem, inclusive, que a pregação é secundária e se valem da seguinte frase: “Pregue o Evangelho e, se necessário, use palavras”. Isso com toda certeza não vai funcionar. Pregar o evangelho é pregar usando a Bíblia que é a sublime Palavra de Deus.

 

Enquanto muitos cristãos estão adotando uma postura passiva, a de não pregar o Evangelho, para não “ofender” as pessoas, outras religiões não apenas pregam um falso evangelho, como também atacam o Evangelho da verdade. Portanto, a frase citada é contraditória; não está de acordo com o exemplo deixado pelo Senhor Jesus e os apóstolos. O Mestre dos mestres, a despeito de sua conduta exemplar, tinha como missão principal anunciar o Evangelho do Reino.

Convém que todos tenhamos bom testemunho dos que estão de fora. (1 Timóteo 3.7;  Mateus 5.14-16). 

Entretanto, nada substitui a pregação do Evangelho, que é o poder de Deus. A Palavra de Deus deve ser anunciada em tempo e fora de tempo.  

Nossa conduta é apenas um acessório; as Escrituras é que são a Viva e Eficaz Palavra do Senhor nosso Deus.  ( Hebreus 4.12).

 

A mensagem de Paulo é sobre a verdadeira Glória, sobre o verdadeiro Poder da Palavra de Deus. E o Evangelho, que muitas pessoas acham vergonhoso pregar, na verdade é o motivo de Paulo não se envergonhar, e o motivo é simples: O Evangelho é o poder de Deus para Salvação de todo o que n’Ele crer. 

 

Como os Romanos poderiam pensar que o Evangelho é puro poder de Deus? Jo.3.16,17.

 

Implicações do Evangelho.

 

A afirmação de que o Evangelho é poder de Deus para salvar, traz algumas implicações que precisamos analisar para melhor compreensão dela.

“Se o Evangelho é poder de Deus para salvar, é para salvar de quê?”

Será que havia a crença entre os Romanos que eles precisavam ser salvos? Eles tinham noção da sua situação diante de Deus? Será que Eles acreditavam na existência de um Deus único? Eu penso que não, ou se tinham, há tinham de forma não tão clara ou correta.

O que tinham de conhecimento de Deus (além da revelação geral falada no próprio livro de Romanos alguns versículos posteriores) era por influencia dos Judeus dispersos.

Só que, quando Paulo diz que o Evangelho é poder de Deus para salvar, ele tem em mente que toda a humanidade está perdida, está morta em pecados e delitos cometidos contra Deus. Que estão cegos, endurecidos, e pensam sobre si mesmos como sábios. Mas na verdade estão debaixo da Ira de Deus e caminhando para condenação eterna e por isso precisam do Evangelho para salvação.

 

Evangelho e os Judeus.

E Paulo vai além à sua explicação, que até os próprios Judeus estão perdidos sem o Evangelho. Não importava a Lei, a herança da promessa, ou o Templo e os sacrifícios da velha aliança. Sem o Evangelho de Cristo não haveria salvação para eles. Pois não é possível salvação pelas obras da Lei, por mais que o sistema dos judeus fosse legalista, era impossível para eles cumprir toda a Lei.

“No decorrer da carta de Romanos, Paulo vai dizer que todos, absolutamente todos pecaram e estão condenados”.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Romanos 3.23.

Então, para entender que o Evangelho é o poder de Deus para salvação, é preciso entender o estado que todo ser humano se encontra, perdido e condenado por seus pecados. E neste ponto que o Cristianismo difere de todas as demais religiões.

As outras religiões insistem em dizer que no fundo o homem é bom. Que no fundo do coração existe uma bondade e que a sua salvação está dentro dele. Assim, o homem precisa apenas olhar para dentro de si e ouvir o coração. Vemos sempre essa mensagem em livros e filmes. A ideia é que o homem é bom, assim se alguém comete atos malignos, são simplesmente cometidos por influências externas.

Assim, não existe mais a consciência de pecado, e tudo passa a ser devido a cultura e a sociedade. Se alguém rouba, é porque a sociedade o “marginalizou”, ou se há um estupro é porque existe uma cultura do estupro, e assim por diante. E nunca é porque o que comete o ato é um pecador, um criminoso.

Segundo os Cristãos nominais “A culpa não é de quem comete crimes, sendo todos vítimas sociais. São simplesmente uma sociedade que não admite pecado”.

 

E qual a solução que as religiões apresentam para as pessoas? Faça o bem que está dentro de você, faça boas obras que você será salvo, pague promessas que você consegue.

 Doutrinas presentes no espiritismo, que ensina que você precisa fazer boas obras para pagar seus erros em outras vidas e ter outra vida melhor na reencarnação, ou no Catolicismo Romano, em que você precisa de obras e fé para ser salvo.

 

O Evangelho e o Cristianismo.

E o Cristianismo? Ele começa dizendo que todo o homem é pecador e mal, que sua natureza é má e pecaminosa. E que apesar de sermos assim, Deus nos salva com sua Graça. Sendo a Graça um favor imerecido.

Não há nada em nós que justifique Deus nos salvar, sendo totalmente o contrário disso, se Deus salva pecadores, salva pelo que há nEle, e não em nós. A sua Graça é derramada em pessoas que não merecem e sabem disso.

O Evangelho é a boa notícia que Deus traz aos homens. A salvação de pecadores que estavam anteriormente condenados ao inferno, condenados a sofrer a Ira de Deus. E Deus em seu amor escolheu justificar pecadores entregando o Único Homem justo que viveu sobre a Terra, condenando–O a receber toda a Ira de Deus.

“Deus transforma o que todo ser humano julga como fraqueza: Um Homem morrer sozinho, se sentindo abandonado na cruz, em poder para Salvação”.

 

E o que Paulo ensina sobre Salvação? Qual o contexto de Salvação na carta aos Romanos? Do que o Evangelho nos salva?

O Evangelho nos salva da culpa do pecado e nos reconcilia com Deus;

O Evangelho nos salva do poder do pecado aqui nesse mundo, e nós aprendemos a largar os nossos pecados e a subjugar nossas inclinações ao mal, podendo amar ao próximo verdadeiramente;

O Evangelho nos livra da presença do pecado, porque um dia Cristo voltará e nos dará um corpo glorificado onde o pecado vai ser definitivamente extinto.

“É uma salvação completa, não somente da culpa, mas também do poder e da presença do pecado. É assim que Deus salva pecadores, não é de nenhuma outra maneira”.

 

O Evangelho é a manifestação do poder de Deus

Os crentes buscam o poder de Deus. Já vi e participei de muitos cultos da busca do poder de Deus. Mas o que é o poder de Deus? É nos fazer prosperar? É nos dar bens? É nos dar riquezas? Nos livrar das doenças? Deus pode fazer todas essas coisas, mas isso para Deus não é nada.

“O poder de Deus é, através do seu Evangelho, regenerar homens mortos em pecados e delitos”.

O cristianismo não é uma religião formal, é uma experiência libertadora do poder de Deus. É sentir a manifestação do poder do Evangelho de Deus que penetra até o mais profundo daquele que nEle crer.  Não é um ritualismo, é uma experiência poderosa que transforma a sua vida. Quem é alcançado verdadeiramente pelo Evangelho não pode ser o mesmo.

“Não se iluda, fora do Evangelho de Jesus Cristo não há salvação”.

 

Evangelho é o poder de Deus mediante a Fé.

O Evangelho é o poder de Deus para salvar aquele que crer. Não é por mérito, não é por raça, não é por gênero, por idade, por condição social, nível educacional, não é por obras, não é por caridade ou bondade, mas é mediante a fé que a salvação alcança os pecadores.  Assim pela graça de Deus, todo aquele que crer recebe a salvação.

 

E o que é crer? O que é ter Fé? Qual o sentido da fé salvadora?

Primeiro não é somente acreditar racionalmente que Jesus é o Filho de Deus. Crer que Jesus existe até o diabo e os demônios creem. Então o que é a Fé Salvadora? É crer ao ponto de render-se a Jesus totalmente. Confiar completamente nEle e na Sua Obra Redentora no Calvário.

Um pecador alcançado verdadeiramente pelo poder do Evangelho reconhece que se Deus o mandar para o inferno é justo, pois é isso que cada um de nós merece por causa dos nossos pecados, e esse pecador clama a Deus que o salve porque não há nada de bom nele.

“Crer em Jesus de todo coração é crer ao ponto de se render totalmente a Ele”.

 

Evangelho e a Justiça de Deus.

Paulo diz que no Evangelho se descobre a justiça de Deus. Como assim? Esse é um ponto que precisamos buscar melhor compreensão. Se Deus é o Juiz de Toda a Terra, espera-se que Ele como um Juiz justo condene pecadores e absolva justos. Mas como alguém pode ser absolvido? Vimos que todos são pecadores, assim se Deus absolve alguém, Ele como juiz estará sendo injusto. Imagine se um juiz absolve um criminoso, culpado, réu confesso? Como você se sentiria em relação a esse juiz?

“Como Deus pode salvar pecadores? Se Ele é justo, Ele tem que condenar”.

Então como Deus pode salvar e ainda continuar sendo justo? A Resposta está exatamente no Evangelho: Deus mandou o seu Filho, que assumiu nossa natureza humana, e como representante dos pecadores, Deus fez cair sobre Ele todo o castigo que estava destinado a nós. Deus como justo, precisa condenar o pecador e Ele fez isso em Jesus.

E Jesus Cristo que era perfeito e sem pecado, o Único Justo morreu como um pecador. E Deus pega a justiça de Cristo que morreu como um pecador e transfere aos que creem na justiça de Cristo. O que é chamado de imputação. Deus imputa a justiça de Cristo em pecadores.

Na cruz do calvário Jesus levou a minha culpa, e eu, mediante a fé, recebo a sua justiça. Por isso não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.

E é isso que o Evangelho é. O Justo viverá pela fé. Não que alguém precise ser justo para receber a fé, mas o contrário o que tem fé em Cristo é justo diante de Deus. Aquele que foi tornado justo pelos méritos de Cristo viverá pela Fé. Quando Jesus voltar, porventura achará fé na terra?

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.