segunda-feira, 19 de julho de 2021

O ROCK É DO HOMEM, DE DEUS OU DO DIABO

O ROCK É DO HOMEM, DE DEUS OU DO DIABO?

 

Afinal de contas, O Rock é do Homem, é de Deus ou do Diabo?

 

O conjunto “evangélico” Petra cantou numa de suas músicas: ”God gave Rock and Roll to you”. (Deus deu o Rock and Roll para você); Raul Seixas cantou numa de suas músicas: “O Diabo é o pai do rock”. Certo crente já argumentou: “O Homem é o pai do rock…”.

 

Ao analisarmos o rock à luz da Bíblia vejamos cinco conceitos fundamentais para identificar o que é de Deus e o que não agrada a Deus:

Primeiro conceito: Quem ama os valores do mundo é descrente. ( 1 Jo. 2:15).

Segundo conceito: O crente não pertence a si próprio, mas a Deus. (1Cor. 6:19).

Terceiro conceito: O mundo e a sua cultura está sob a influência direta do maligno. (1 Jo. 5:19).

Quarto conceito: O crente deve influenciar o mundo e não ser influenciado por ele. (1 Jo. 4:4)

Quinto conceito: Os padrões dos devassos, depravados e demonistas devem ser rejeitados pelos crentes. (Rom 1:18-32).

 

1. O rock é a música da adoração ao Diabo.

É sabido que a grande maioria dos conjuntos musicais roqueiros, estão envolvidos diretamente com o demonismo e o ocultismo. Porque esta aproximação tão íntima?

Vejamos exemplos de fatos e declarações:

Alice Cooper : “Em uma sessão espírita, o espírito prometeu-me fama e o domínio mundial através do rock”.

Grupo AC/DC : “…vou levar-te ao inferno…Satanás vai te pegar…”.

Jimmy Pace : Guitarrista e declarado adorador de Satanás. Dono da maior rede de livrarias de ocultismo da Inglaterra.

Mick Jagger : Produziu o filme: “Invocação ao meu irmão demônio”.

Ozzy Osbourne : “Minha transa com o demônio é teatral”.

Em 1985, a repórter Glória Maria da Rede Globo, entrevistou um jovem participante do Rock in Rio, perguntando sobre o significado do sinal dos metaleiros (mão encolhida exceto os dedos mínimo e polegar). A resposta veio direta: “É o sinal de Satanás, nosso pai!” A repórter assustada replicou: “E Deus?”. Ao que prontamente foi respondido: “O rock é nosso deus, ele nos dá saúde alegria, energia”.

 

2. O rock é a música da imoralidade sexual.

Não é segredo para ninguém que o sexo promíscuo é o tema principal do rock.

Vejamos os fatos e depoimentos:

Debbie Harry: Este roqueiro do grupo Blondie declarou: “Rock`n Roll é tudo sexo, cem por cento”.

Janis Joplin: Envolvida com drogas, lésbica e sofrendo de gonorréia (uma doença sexualmente transmissível), morreu na 6ª tentativa de suicídio.

Grupo KISS: “Nós somos homossexuais”.

Cazuza: “Transo. Com homem, com mulher, não tem o menor problema”.

Frank Zappa: “A música Rock é sexo. O ritmo grande encaixa-se com os ritmos do corpo”.

“Os Beatles disseram que podiam levar uma moça a fazer o que eles queriam após 10 minutos (de show)“.

Não é difícil notar esta realidade e disposição na fisionomia das moças nas platéias. São gritos histéricos, desmaios, falta de pudor e nudez.

Uma triste promiscuidade e rebaixamento da dignidade da mulher, tudo fruto da exposição à música do Diabo. Porque este profundo desequilíbrio emocional e sexual? Veja a declaração de um criminoso: “Eu podia fazer qualquer coisa enquanto ouvia a música rock na minha mente. Ela fez tudo fácil”. Sem as barreiras da consciência e da moral, o pecado inflamado pelo Diabo corre mais solto. O rock age como uma possessão demoníaca.

3. O rock é a música da dependência química: É uma droga. Age como uma droga na mente dos adolescentes e jovens.

O corpo humano é uma usina química. Os neurônios se comunicam através de descargas elétricas e descargas químicas.

Neurologistas ficam assombrados com a complexidade do cérebro. Pois bem, pesquisas feitas com viciados na música rock (qualquer que seja o rock) revelam que durante a exposição ao som, as vítimas lançam involuntariamente na corrente sanguínea, substâncias que também são encontradas nas drogas! Um roqueiro que também era viciado em drogas, chamado Frank Zappa com propriedade declarou: “Você pode receber o mesmo efeito da música rock do que das drogas…”.

Bob Lear do grupo “Grateful Dead” viciado em rock disse: “Esqueça as drogas, podemos começar a fazer você voar com a música somente”.   

4. O rock não é aceito por Deus na adoração.

No Velho Testamento encontramos a primeira manifestação do rock na história em Amós 5:23 : “Afasta de mim o estrépito dos teus cântico, por que não ouvirei as melodias das tuas violas”.

As iniquidades do povo de Israel e o cinismo dos líderes levou a uma frieza espiritual sem precedentes em Israel. Esta frieza provocava a hipocrisia do povo, que abandonou o Senhor para imitar as culturas abomináveis e idólatras. A sensibilidade espiritual já não existia. A palavra de Deus foi esquecida.

Mesmo assim o povo queria cultuar a Deus segundo as suas próprias vaidades carnais usando uma música vulgar imitada do paganismo, que foi classificada pelo Senhor como ESTRÉPITO. Esta palavra no hebraico é “hamown” e significa tumulto, barulho, desordem, bagunça, alta intensidade de baderna.

Será que existe alguma semelhança com a música rock? Claro que sim! Quando não existe espiritualidade, a qual produz contrição, quietude, meditação, ordem, a imitação satânica da superficialidade entra em cena. É o estrépito, a dança, o rebolado, os pulos, as gritarias, as palmas, as baterias, as percussões, os decibéis, as coreografias, as aeróbicas, as adrenalinas, o “louvor quente em exaltação da carne, do corpo".

Há algum tempo atrás, certo “crente renovado” comentou com desdém se referindo à Igrejas tradicionais: “Ah, você é daquela igreja fria…”? Referia-se ao fato de se cantar o Cantor Cristão, sem bateria, sem palmas, sem estrépito, que são os verdadeiro cânticos espirituais. Não me refiro às palmas, baterias, e outros instrumentos para denegri-los mas porque todos os instrumentos musicais podem e devem ser usados com reverência e adoração dedicadas ao único Deus. Agora parece que estamos começando a “esquentar”… dizem alguns quando os ritmos são acelerados e estimulam a carne à realização de gestos de danças infernais dos terreiros de umbanda e quimbanda do baixo espiritismo e da magia negra. Até na igreja contemporânea a baderna já entrou nos encontros de Adoração patrocinado pela apostasia da Aliança Mundial de Igrejas.

 

A posição dos verdadeiros adoradores não mudou. Deus busca verdadeiros adoradores que o adorem em Espírito e em verdade. João 4.23.

 

Pregadores, Igrejas e Pais Devem se Posicionar Contra a Música de Satanás na Igreja do Senhor.

Pais, líderes e pastores que permitem os jovens, crianças, adolescentes e crentes em geral, a se exporem à música do inferno na igreja, estão sendo coniventes e omissos, contribuindo para uma rebelião contra Deus e contra o testemunho cristão. Os péssimos exemplos no mundo “gospel” estão aí. Este é certamente um passo para a perda de controle do comportamento saudável e queda na imoralidade. Pregadores e igrejas que são coniventes, esperando alcançar mais jovens e não ofendê-los, estão na verdade lutando contra Deus e semeando uma apostasia sem retorno.

No embalo da apostasia atual, Satanás vendeu uma palavra macia para enganar os ingênuos. É a música “contemporânea”. Nos levantemos pela verdade e pelo direito, não importando o preço! Acreditamos que o jovem crente genuíno, quando ensinado sobre a verdade, vai rejeitar a música rock.

Ele vai querer tocar, ouvir e cantar a música de Deus. Cristãos informados e sérios não vão querer se identificar com o lixo musical do mundo que é próprio dos ímpios, drogados, cultuadores de demônios, adúlteros e fornicários. É tudo isso que o rock prega e simboliza.

A música não é neutra. Ela por si só tem uma mensagem. A música rock, se originou no paganismo vudu e na feitiçaria oriundas das religiões demonistas da África. Suas repetições e manifestações rítmicas são as mesmas. O rock excita a carne, o sexo ilícito e o culto aos demônios. A música de Deus ao contrário, alimenta o espírito, eleva a alma e é aceita por Deus.

Rejeitemos o rock e expulsemos das nossas igrejas a sua parafernália instrumental, com baterias atípicas e bateristas que adoram o rock e são instrumentos do diabo, baixo eletrônico, guitarra e aparatos afins, lançando-os de volta para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: o mundo ímpio.

Lembramos aqui que todos os instrumentos citados acima podem ser uma benção se dignamente tocados, com decência, com ordem e tudo para louvor e glórias a Deus.

Os amantes dos ritmos satânicos usam estes mesmos instrumentos para adoração a Satanás com ritmos modernos geralmente identificados com o rock e outros ritmos gerados nos terreiros de candomblé, de macumba, de feitiçarias, de demonismo, que ao usar os púlpitos das igrejas evangélicas o fazem na intenção de tirar a juventude da presença de Deus.

“Sabe porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te: (2 Tim. 3:1-5).

“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as…”. (Ef.5:11). “…para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa…”. ( Fil 2:15).

Não Sirvam o Pão da Vida no Prato de Satanás. A capacidade de discernir entre o que é reto e o que não o é, podemos possuí-la unicamente pela confiança individual em Deus. Cada um deve aprender por si mesmo com auxílio do Espírito Santo, mediante a Sua Palavra, como adorar somente a Deus em espírito e em verdade. A nossa capacidade de raciocinar foi-nos dada para que a usássemos para o nosso bem espiritual e Deus quer que assim seja exercitada para nossa intimidade e plena comunhão com Deus.

 

A corrupção da música sacra nas igrejas evangélicas do Brasil.

A oração e o ministério da Palavra foram praticamente substituídos hoje pelo cântico nas igrejas. O ministério da Palavra a que me refiro é a pregação e  o ensino da Palavra. Os neopentecostais e os “renovados” ensinam que “a mais elevada forma de oração é o louvor”. Isso é  falsificação da doutrina. Como resultado, as antigas vigílias de oração da Assembleia de Deus foram transformadas em “vigílias de louvor”, que no final das contas nem é vigília e nem louvor, no sentido estrito destes termos. Qual é a procedência dessas músicas? A maioria esmagadora vem dos neopentecostais (alheios à doutrina bíblica). Também vêm do movimentos espúrios que, entre outras coisas, são unicistas; dos mórmons, que são heréticos; dos carismáticos, que são “joio no meio do trigo”, e dos ensinos de demônios que no fundo são movimentos hereges e que são exímios torcedores da Palavra de Deus. A corrupção da música sacra em nosso meio ocorre por não haver seleção, critérios de aceitação e nem aferição com a Palavra de Deus, como fizeram os bereanos em Atos 17.11, “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”.

Vejamos as manifestações dessa corrução:

a) Corrupção na letra das canções: A letra, via de regra, não tem Bíblia nem mensagem para a alma. Também não tem métrica, e a letra é geralmente péssima.

b) Corrupção na melodia da canção: Não tem sequência melódica, frase musical e tema musical. São idênticas às melodias do mundo, sem nada de solene.

c) Corrupção no ritmo da canção: Ritmo irreverente, puramente secular, coisa que o mundo faz muito melhor do que a igreja quando esta o copia. Ritmo ou cadência é o movimento interativo dos sons.

d) Corrupção no andamento da canção: Andamento é a rapidez da execução dos sons na música. O andamento nessas músicas, via de regra, não tem nada de espiritual, nem solene, nem sacro.

e) Os autores dessas músicas: Devem ser adeptos desse evangelho frouxo que hoje surge por toda parte, que fala em “liberdade” quando eles mesmos são escravos, como diz a Bíblia em 2 Pedro 2.19. Se esses autores fossem realmente homens e mulheres de Deus vivendo e andando no seu temor, jamais fariam tantos desvios nas músicas que produzem.

f) O efeito dessas músicas: São espiritualmente negativas. Seu efeito é nulo. São músicas que, cantadas, tocadas e recitadas, não elevam a alma a Deus, não predispõem o espírito a adorar a Deus, não inspiram, não preparam espiritualmente o ambiente à manifestação divina, não levam o povo salvo a glorificar a Deus “em espírito e em verdade”.

 

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

QUEM JESUS VIRÁ BUSCAR NO ARREBATAMENTO

PARA QUEM JESUS VIRÁ? Você seria capaz de dizer "Ora vem Senhor Jesus"! 

Todos os crentes vão subir no arrebatamento? 

Todos os Cristãos vão ou serão arrebatados?

 

Para quem Jesus virá? Quem Jesus virá buscar no arrebatamento? 

 

01) As passagens a seguir demonstram para quem Jesus virá; é claro que é comparativamente ou em figura daquilo que está no livro do profeta Daniel. Veja Daniel 2.44; Mateus 25.31-46 e Apocalipse 19.11-15.   

Os que serão arrebatados por ocasião da Segunda Vinda de Cristo a este mundo são apenas os que estão vivendo em comunhão com Deus, os selados por Deus. Aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados e subirão, juntamente com os vivos justos, nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares:

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. (1 Tessalonicenses 4:16, 17).

 

Depois Jesus virá visivelmente, quando todo olho o verá, no final da segunda fase da grande tribulação para estabelecer seu reino milenial na terra. Na visão da estátua do sonho de Nabucodonosor, nos registros bíblicos do profeta Daniel, o reino babilônico seria seguido por um reino inferior, representado pelo peito e braço de prata, já que o próprio rei Nabucodonosor, representava a cabeça de ouro, império neobabilônico 605-539 a.C.

Esse império começou a desintegrar-se com a sua morte, seguido pelo império medo-persa fundado por Ciro, 539 A.C; um terceiro reino, simbolizado pelo ventre e coxas de cobre da estátua, representava o império grego fundado por Alexandre Magno, 330 a.C.

O quarto reino representava o império Romano, que teve início cerca de 70 a.C., dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera, no entanto veio a fragmentar-se, sendo alguns fragmentos desse império, fortes e de longa duração; outras foram frágeis, e outras se fragmentaram seguidamente; mas, virá um reino que não será jamais abalado e nem destruído, o reino milenial de Cristo, o qual não pode ser comparado com os reinos terrenos, porque estes são ingratos e opressores, traidores e covardes para com os seus contemporâneos, porém, virá o Rei Jesus, para estabelecer o seu reino milenial e quando Ele vier, virá para reinar mil anos de paz na terra; seu reino será um reino de amor;

Jesus virá com grande esplendor e glória; o fiel e verdadeiro virá montado em um cavalo branco para julgar e pelejar com justiça; seus olhos serão como chamas de fogo, na sua cabeça muitos diademas; suas vestes salpicadas de sangue e com Ele um grande exército em cavalos brancos, vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca sairá uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e Ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira de Deus Todo Poderoso; portanto, se constitui a volta de Jesus, também, para julgar e reinar.

 

02) Atos 1.6; Rm 8.39; Jl3. 1,20; Am 9.14,15; Mq 5.2,3; Ag 2.7 Nos diz que Jesus virá com uma missão tão importante quanto à de sua primeira fase da segunda vinda, mas dessa vez virá principalmente para salvar o Israel de Deus das garras do Anticristo.     

Jesus virá para restaurar o reino de Israel; a carta de Paulo aos Romanos menciona no capítulo 8 versículo 39, que o grande  amor de Deus em Cristo Jesus e a sua graça manifestada, darão oportunidade, para que se alguém fracassou na vida espiritual e foi negligente na comunhão com Deus, mesmo assim, terá a oportunidade de reconciliação e é o que se espera de Israel. Diz o profeta Joel: Jesus virá para remover o cativeiro de Judá e de Jerusalém, pois Judá será habitada para sempre e Jerusalém de geração em geração, Joel 3.20.

Diz o profeta Amós 9.14,15 acerca de uma terra transformada e gloriosa onde, o povo de Deus poderá continuamente plantar e colher ao mesmo tempo. A terra será abundantemente produtiva, e as bênçãos divinas jamais hão de terminar. Israel será finalmente restaurada ao Senhor, que nunca mais o abandonará. Os israelitas permanecerão seguros na sua terra porque de lá estará, Jesus, governando no seu reino milenial, todas as nações.

O profeta Miquéias também fala desse tempo de restauração de Israel, do sofrimento, morte, ressurreição de Jesus, em cujos fatos estava toda a esperança de Israel e de todas as nações, completa o profeta Ageu que Jesus virá como o desejado de todas as nações e encherá a sua casa de glória.

 

03) Daniel 7.20-27; 8.23-25; 9.26-27; 2Ts 2.3-8; Ap 19.21. A justiça do justo prevalecerá.

 

Os reinos lutarão contra os santos do Altíssimo, lutarão entre si e o mais forte dos reinos sairá vencedor, proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo, pois serão entregues por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, mas o juízo se estabelecerá; e o reino e o domínio, e a majestade dos Reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo, o reino será um reino eterno; e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, se levantará um reino feroz de cara tipificando o anticristo, e será entendido em adivinhações. Fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder, e destruirá maravilhosamente segundo o olhar das nações e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os fortes e o povo santo. Pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; no seu coração se enganará e por causa da tranquilidade destruirá muitos e se levantará contra o Príncipe dos Príncipes, mas sem mão, será quebrado.

Jesus virá para livrar a Israel e derrotar o anticristo. A apostasia virá a se manifestar no homem do pecado, o filho da perdição, para enganar aos escolhidos. O filho da perdição se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; e de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. A atividade secreta dos poderes malignos que já se manifesta no "mistério da injustiça"; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda. E completa João o vidente de Patmos nos capítulos 19 a 21 de Apocalipse: O grande brado de vitória de um cavaleiro, Jesus, montado no cavalo branco e tem as inscrições do seu caráter que é Fiel e Verdadeiro; Ele derrotará o Anticristo e o prenderá por mil anos e estabelecerá seu reino milenial para governar a terra a partir da cidade de Jerusalém. 

Fará acontecer também a derrota final e completa de satanás e seus anjos. Estabelecerá o juízo final que é o juízo do grande trono branco, onde também acontecerá a condenação final e eterna para os perdidos e o gozo eterno para os salvos. Será regozijo eterno da igreja. Criará o novo céu e a nova terra para as moradas eternas dos salvos. Criará a nova Jerusalém, a cidade celestial.      

 

04) João 14.1-3; Mc 13.26,27; Fp 3.20-21. Jesus conduzirá pessoalmente a sua noiva, a igreja, para as moradas eternas.  

 

Jesus virá para conduzir os seus para as moradas eternas que Ele foi preparar. João 14.1-6, Marcos afirma Mc 13.26,27, e, então verão o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória. E Ele enviará os seus anjos e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.

E conclui Paulo aos Filipenses 3.20-21: “Mas a nossa cidade está nos céus donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

O JULGAMENTO DOS CRENTES AQUI NA TERRA E DOS JUSTOS NO CÉU

O JULGAMENTO DOS CRENTES AQUI NA TERRA E DOS JUSTOS NO CÉU.

 

O julgamento dos crentes aqui na terra na visão e no ensino do Apóstolo Paulo.

Que tipo de crentes serão submetidos a julgamentos aqui na terra?

 

1. 1 Coríntios 3.1-23  Todos terão que dar conta de sua mordomia. Todos terão que prestar contas de suas obras aqui na terra, as quais estarão patentes aos olhos de todos.

Fica bem claro neste capítulo trata-se da igreja aqui na terra, mas tudo que fizermos aqui na terra será passível de julgamento nos céus também no juízo final

 

 

a)  O espírito mundano que causa dissensões na igreja é o tema de 1 Coríntios 3; acompanhe atentamente o desenrolar desse assunto e como isso acontece e observe em sua volta e veja com que frequência isto está acontecendo nas igrejas de nossos dias da pós-modernidade.

 

1 Coríntios 3.1-9

1 E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo.

2 Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis;

3 porquanto ainda sois carnais; pois, havendo entre vós invejas e contendas, não sois porventura carnais, e não estais andando segundo os homens?

4 Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; não sois apenas homens?

5 Pois, que é Apolo, e que é Paulo, senão ministros pelos quais crestes, e isso conforme o que o Senhor concedeu a cada um?

6 Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

7 De modo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.

8 Ora, uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.

9 Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.

 

b)  Estes próximos versículos de 1 Coríntios 3.10-17 tratam da responsabilidade pessoal dos pregadores. Será que todos os pregadores da palavra de Deus vão subir, vão ser arrebatados ou não?     

 

1 Coríntios 3.10-17

10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.

11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,

13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.

14 Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão.

15 Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo.

16 Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?

17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque sagrado é o santuário de Deus, que sois vós.

 

c) Aqui em 1Coríntios 3.18-23 temos a afirmação categórica de Paulo: ...vós sois de Cristo... e nos dá uma clara demonstração de quem na verdade são de Cristo. Ele não deixa nenhuma dúvida.

 

18 Ninguém engane a si mesmo; se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio.

19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia;

20 e outra vez: O Senhor conhece as cogitações dos sábios, que são vãs.

21 Portanto ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;

22 seja Paulo, ou Apolo, ou Chefas; seja o mundo, ou a vida, ou a morte; sejam as coisas presentes, ou as vindouras, tudo é vosso,

23 e vós de Cristo, e Cristo de Deus.

 

 

d.   Como será o julgamento dos justos e dos ímpios no juízo final.

 

O julgamento dos justos para ser efetuado no Tribunal de Cristo: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, bem ou mal”. 2 Co 5.10.

 

O julgamento dos ímpios será no juízo final.

 

Apocalipse 20:11-15.



“11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. (Ap 20:11-15).

 As ocorrências após o arrebatamento da igreja terão impacto na vida de todos os seres viventes que passaram por esta terra, porém, nesta postagem discorreremos sobre o julgamento dos santos, como será, e como serão vistas as nossas obras no juízo do grande trono branco ou Juízo Final depois do milênio.


e. O julgamento dos Santos no Tribunal de Cristo


Os crentes salvos, chamados de santos, que forem arrebatados serão julgados, todos comparecerão no tribunal de Cristo, não importando se morreram em Cristo antes do arrebatamento da igreja ou se foram, ou serão transformados num abrir e fechar de olhos no momento do arrebatamento. O tribunal de Cristo não é um tribunal de acusações ou de condenações mas de distribuição de galardões aos que forem salvos.  (Jo 5.22; Rm 14.12; 1 Cor 3.12-15; 2 Co 5.10; 2 Tm 4.8), os textos comprovam que, no entanto, os crentes que morreram antes do arrebatamento ressuscitarão primeiro e também estarão presente nesse julgamento. (1 Co 15.50-55; 1 Ts 4.16,17).


f. Como será esse julgamento.


Os crentes serão julgados conforme as suas obras, elas serão avaliadas pelo Justo Juiz, Jesus Cristo e cada um receberá a justa recompensa. (Ec 12.14; Mt 5.22; 12.36,37; Mc 4.22; Rm 2.5-11; 1 Co 4.5; 2 Co 5.10; Ef 6.8; Cl 3.23-25). Nesse julgamento, sem exceção, serão julgados todos os crentes fiéis e todos receberão  galardões. (Mt 5.11,12; 25.14-23; Lc 19.12-19; 22.28-30; Gl 6.8-10; 1 Co 3.12-14; 9.25-27; 13.3; Ef 6.8; 2 Tm 4.8; Hb 6.10; 1 Pe 5.4; Ap 2.7,11,17,26-28; 3.4,5,12,21), com a salvação garantida pela graça (Ef 2.8,9), os crentes não serão condenados, continuarão salvos recebendo recompensas e galardões pelo que fizeram.

 

Nós sabemos, pela Palavra de Deus, que depois que o cristão for arrebatado, ele será trazido à presença de Cristo, o qual estará assentado no Seu Tribunal, conhecido como “Berna” ( no grego), para ser examinado e recompensado, de acordo com suas obras. Este não é um tribunal como o Tribunal de Pilatos, mas é semelhante à junta examinadora nos Jogos Olímpicos Gregos, ao qual o vencedor vinha para receber o seu prêmio.

Os galardões que serão dados no Tribunal de Cristo são chamados de “coroas.” A significância do termo reside no fato de que coroas são símbolos de realeza, e os santos vão reinar com Cristo. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (1 Co 6:2). “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. (Ap 20:6). As posições de honra para os crentes no reino vindouro serão determinadas pela fidelidade, consagração e comunhão com Ele e devoção a Seu serviço, que demonstram na sua vida aqui na terra.

 

g.   As coroas terão cinco tipos diferentes.

 

1. A coroa da vida.

Para o salvo que aguenta firmemente as provações, sem enfraquecer nem desanimar - Tiago 1:12 “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam”.(Tg1:12).


Ap. 2:10 nos diz: “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. (Ap 2:10).

 

2. A coroa da justiça.

Para o salvo que tem coragem e valor no lutar pela fé-doutrina (e anela pela volta do Senhor). 2 Tim 4:7-8 “7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4:7-8).

 

3. A coroa de gozo ou de alegria ou de felicidade.

Para o salvo ganhador de almas para Cristo - 1 Ts 2:19 “Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?” (1 Ts 2:19.

 

4. A coroa de glória.

Para os salvos edificam a igreja e alimentam o rebanho de Deus.- 1 Pedro 5:3-4 “3 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória”. (1 Pe 5:3-4).

 

5. O prêmio da coroa incorruptível.

Para os salvos que completam até o fim e vencem a corrida que Deus lhes designou e eles tão bem aceitaram 1 Cor. 9:25 “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível”. (1 Co 9:25).

A principal  das coroas é a da vida, a coroa da vida eterna com Deus. (Ec 12.14; Mt 5.9; 1 Co 2.13-15; 2 Co 5.10; Cl 3.25; 1 Jo 2.28).

 

h. O que será julgado.


Nesse julgamento tudo será revelado:
(a) Os segredos (Mc 4.22; Rm 2.16); (b) O caráter (Rm 2.5-11); (c) As palavras (Mt 12.36,37); (c) As boas obras (Ef 6.8); (d) Atitudes (Mt 5.22); (e) Nossos ensejos e desejos (1 Co 4,5); (f) Falta de amor (Cl 3.23; 4.1); (g) Obras ministeriais (1 Co 3.13). Todos serão julgados de maneira que vai ficar bem caracterizado o que fizeram, quem cometeu agravo receberá o agravo que fizer ou que tenha feito. (Cl 3.25; Ec 12.14; 1 Co 3.15; 2 Co 5.10). Também quem praticar as boas obras, o amor ao próximo e a fidelidade devidas a Deus serão recompensados. (Ef 6.8).


i. Como serão vistas as nossas obras.


Conforme o Apóstolo Paulo nos diz, os materiais que representam as nossas obras, dividem-se em duas classes. (1 Co 3.12,13).

Primeira classe (a) ouro (b) prata (c) pedras preciosas, materiais de grandes valores e indestrutíveis ao fogo.

Segunda classe de materiais que não suportam o fogo: (a) madeira, (b) feno e (c) palha. Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, o fogo provavelmente, significa “salvo por um triz”.

Os crentes nesse julgamento embora salvos, alguns sofram perdas ou danos, os crentes descuidados nesta vida são os mais vulneráveis a essas perdas “(1) sentimento e vergonha na vinda de Cristo (2 Tm 2.15; 1 Jo 2.28); (2) perda do trabalho que fez para Deus (vv. 12-15); (3) perda de glória e honra diante de Deus (Rm 2.7); (4) perda de oportunidade de servir e de autoridade no céu (Mt 25.14-30); (5) posição inferior no céu (Mt 5.19;19.30); (6) perda de galardão (vv. 14,15); (7) retribuição por injustiça cometida contra o próximo (Cl 3.24,25).” Por ser algo tão sério esse julgamento deve ser levado em consideração pelos crentes, por envolver perdas e ganhos. (1 Co 3.15; 2 Jo 8). Enquanto alguns perdem, outros ganham a aprovação divina. (Mt 25.21); tarefas e autoridade (Mt 25.14-30); posição (Mt 5.19; 19.30); recompensa (1 Co 3.12-14; Fp 3.14; 2 Tm 4.8); e honra (Rm 2.10; 1 Pe 1.7).


Na expectativa desse julgamento todos os crentes devem procurar aprimorar ainda mais o temor ao Senhor e o viver cristão nesse mundo. (1 Co 5.11; Fp 2.12; 1 Pe 1.17).

Devemos levar a sério (1 Pe 4.5,7), se esforçar para naquele dia não ter perdas ou danos. Os crentes que viverem como ímpios certamente nem serão arrebatados. (Mt 25. 1-13). Perdas e danos só teremos aqui na terra. Todos os que viverem piamente sob, debaixo, da potente mão de Deus, serão galardoados e por fim alcançarão e terão a vida eterna.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

A MENSAGEM SOTERIOLÓGICA DO PROFETA EZEQUIEL

A MENSAGEM SOTERIOLÓGICA DO PROFETA EZEQUIEL

 

O que é Soteriologia?

 

A Soteriologia é basicamente a doutrina da salvação.

Isto significa que a Soteriologia é a área da Teologia que estuda a salvação em todos os seus aspectos. A palavra “Soteriologia” vem dos termos gregos “soteria”, “salvação” ou “livramento”; e logos, “palavra”. O termo “Soteriologia” começou a ser utilizado no século 19.

Há subdivisões dentro da Soteriologia que abordam a salvação em seus diferentes aspectos, tais como: um plano eterno de obra remidora de Deus; a expiação no sangue de Cristo; a operação da graça divina; o estado do homem em relação ao pecado; a obra do Espírito Santo; e o destino final do homem.

Existem muitas teorias com diferentes visões sobre vários pontos dentro da Soteriologia. O objetivo desta postagem é ser bem simples e de fácil entendimento.

Portanto, priorizamos os pontos mais importantes sobre a Soteriologia bíblica apontada pelo profeta Ezequiel.

 

Significado de Ezequiel 47 versículo por versículo. 


Ezequiel 47

47.1  O indivíduo mencionado é o homem do versículo 3 (Ez 40.3;46.19).

47.2-6  Mil côvados são aproximadamente 600 metros, outros dizem que é 500 metros. (Ez 40.3-5). Quatro vezes o homem fez uso do cordel de medição para marcar as distâncias ao longo da corrente de águas, que se aprofundava progressivamente dos tornozelos para os joelhos, depois para a cintura e, por fim, a uma profundidade tão grande que só podia ser vencida a nado. As águas fluíam na direção leste a partir do lado sul do templo.

47.7-12  As águas se transformariam num rio de cura e em fonte de vida abundante para tudo e todos, representando a salvação para a humanidade através da abundante graça de Deus. (Gn 2.8-10; Zc 14.8;Jo 4.13,14;10.10; Ap 22.1,2). Elas fluíam pela região árida e rochosa entre Jerusalém e o mar Morto ou seja, a Arabá ou região oriental e para o sul, ao longo do vale do Jordão, até o mar Morto. Quando alcançassem o mar (Morto), este se tornaria potável e capaz de sustentar vida para que pescadores pudessem pescar ali: sararão as águas. Essa é uma descrição surpreendente, pois o mar Morto é a porção de água com maior concentração salina no mundo (aproximadamente 37%) e atualmente não pode sustentar a vida de nenhuma espécie de animal aquático. Também é o ponto com altitude mais baixa no planeta, pois a superfície da água está a 500 m abaixo do nível do mar, e o mar atinge 500 m de profundidade.

 

A água viva que Deus forneceria tinha poder imensurável para renovar, restaurar e ressuscitar a vida. Esse mar, que estava morto, iria borbulhar com vida em todas as suas margens desde En-Gedi até En-Eglaim. Grande quantidade e variedade de vegetação, perpetuamente produtiva, resultaria desse rio cujas águas saem do santuário. (v. 1). Veja João 7.37-39 para observar o uso que Jesus fez da ilustração de águas vivas que Ele concede aos que creem nele.

47.13  A tribo sacerdotal de Levi já havia recebido um território especial. (Ez 45.l-8;48.8-14). A tribo de José foi dividida em duas para substituir Levi e manter o total de 12 tribos.

47.14  A igualdade na herança é destacada. A expressão “sobre ela levantei a mão” remete a Ezequiel 20.5 e 36.28 (Gn 12.7;15.7,18-21;17.8). A natureza unilateral e incondicional da aliança abraâmica é sugerida; essa herança é uma dádiva concedida mediante a graça divina, ou seja, o povo de Deus não fez nem poderia fazer nada para merecê-la.

47.15-17  O limite norte da terra se estendia do mar Mediterrâneo, o mar Grande, até a fronteira norte de Damasco. As outras localidades não são conhecidas. Damasco era a capital de Harã (atual Síria). Hamate supostamente ficava ao norte de Damasco, a cerca de metade da distância até Carquemis. Acredita-se que Zedade se localizava a leste de Hamate e Hazer-Enom (o extremo oriental dessa fronteira).

Haurã aparentemente era uma região israelita a leste do rio Jordão e a norte de Gileade.

47.18  A fronteira oriental ia da região de Damasco para o sudoeste até Haurã e ao longo do rio Jordão (Nm 34.10-12). O mar do oriente é o mar Morto.

47.19  A fronteira sul seguia pela margem oriental do mar Morto até Tamar (uma cidade a sudoeste), e dali até as águas da contenda de Cades (Nm 20.13,24;27.14), junto ao ribeiro (do Egito, o Wadi el-Arish), e então até o mar Mediterrâneo (Nm 34.3-5; 1 Rs 8.65). Esse limite ia desde o mar Morto, seguindo pelo sudoeste, ao longo do Neguebe, até o riacho do Egito, um leito de rio a oeste do Sinai.

47.20  A fronteira ocidental seguia ao longo da costa do mar Grande (Mediterrâneo) para o norte até um ponto diretamente a oeste de Hamate. (Nm 34-6; Ap 21.1).

47.21-23  O tratamento do estrangeiro nessa terra deveria ser considerado. Os gentios que se casassem e se estabelecessem nas comunidades judaicas deviam ser aceitos como israelitas nativos, qualificados para partilhar da herança territorial da tribo que escolhessem (Lv 19.34; Is 56.1-8).

 

A mensagem Soteriológica do profeta Ezequiel.

A explicação Soteriológica do plano de Deus para salvar a humanidade. A Soteriologia é a matéria da Teologia que trata da doutrina da salvação.

 

Ezequiel 18.21-23 e 30-32

Deus, pelo profeta Ezequiel no cap. 18, nos mostra que cada pessoa que peca é pessoalmente responsável pelos seus atos. Sofre ele mesmo as consequências de seus próprios pecados. O povo de Israel, na época do profeta Ezequiel, acreditava no provérbio: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos estão embotados”. Consideram-se justos diante de homens e de Deus. O que sofriam e o que por Deus lhes era imposto, isto, diziam, nos sobrevém por causa da culpa de nossos pais. Consideravam-se inocentes de toda culpa e julgavam injusto o procedimento de Deus para com eles.

Isto ainda hoje é assim entre os homens. A nossa tendência natural é achar sempre a culpa nos outros. Deus, porém, quer um coração contrito que vê a sua própria culpa e que se arrepende. Por esta razão também Jeremias (31.29 e 32.18) combate a falsa interpretação de Ex.20:5. Deus visita a maldade dos pais nos filhos somente no caso de estes seguirem aos seus pais na mesma iniquidade.

A alma que pecar, esta morrerá. Isto mostra o profeta, descrevendo o injusto. Mas o justo que o profeta retrata, este viverá, não porque os pais deste tenham sido justos ou pecadores, mas sim porque ele foi o que foi.

v.21: “Mas se o ímpio (perverso) se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar (observar) todos os meus estatutos (todas as minhas leis) e fizer (exercer) retidão (o reto) e justiça, certamente viverá (“viver” viverá) e não morrerá (não será morto).”

Neste versículo o profeta anuncia a graça de Deus, a quem? Ao pecador que se arrepende. O mesmo ímpio, perverso, que foi descrito em versículos anteriores, este mesmo é salvo da graça de Deus, se ele “se converter de todos os seus pecados que cometeu”. Deus em sua misericórdia não levará em conta os seus pecados anteriores.

Estes estão lavados. Deus somente exige um coração contrito e arrependido que agora, em nova vida, guarde todos os seus estatutos e faça retidão e justiça, que agora pratique atos de justiça e viva de acordo com a vontade de Deus. Deus para tanto lhe concederá forças.

Antes, vivendo o homem em pecado, havia somente uma sentença e esta sentença é irredutível, e sentença do justo Deus: “A alma que pecar morrerá!” Agora a sentença já não é mais ditada por dura lei. Deus a passa para seu doce Evangelho, que, por amor a seu Filho, é dom gratuito a todos os homens. Agora o profeta diz: “Certamente viverá e não morrerá!” Isto equivale a um juramento de Deus. É uma promessa segura que chama o pecador ao arrependimento, dando-lhe nova vida ao se arrepender.

v.22 “Todas suas transgressões (nenhum dos pecados) que cometeu não lhe serão lembradas (de todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele); pela justiça que praticou viverá”.

Deus não tem prazer na morte do ímpio, do perverso. A vontade de Deus é que todos se salvem (1 Tm 2.4), que todos vivam, que todos se arrependam. Deus criou os homens justos e sem pecado. Queria que escolhessem o bem e vivessem para sempre com ele em bem-aventurança. Mas os homens escolheram o outro caminho, desobedeceram a Deus e caíram em pecado, e pecado significa morte. Os homens estavam condenados. Diante da justiça divina não poderia haver outra sentença. Deus, no entanto, em seu infinito amor para com os homens, não querendo que eles morressem, lhes enviou o seu Filho para salvá-los do pecado e da morte.

A maioria dos homens, no entanto, não quer saber de salvação e rejeita a graciosa mão de Deus. A verdade fundamental de toda Palavra inspirada, dada por Deus aos homens para salvação é mostrar o amor de Deus para com os homens e sua prontidão em aceitar de volta o pecador perdido que reconhece a sua falta e que se arrepende. Deus não pode desejar a morte do homem, de nenhum homem, também não do mais perverso, pois todos eram perversos.

v.23 “Porventura (acaso) tenho eu prazer  na morte do perverso? diz o Senhor Deus; não desejo eu antes que ele se converta dos seus caminhos e viva?”

Este versículo expressa esta verdade consoladora vigorosamente por meio de uma pergunta retórica que contém a resposta em si mesma. Continua perguntando mais uma vez: “não desejo eu antes que ele se converta dos seus caminhos e viva?” Este é o mais profundo desejo de Deus expresso em toda a Bíblia, e quem o diz é o próprio Senhor Deus!

Ezequiel em 18.32 e 33.11 repete: “Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim que o ímpio se converta e viva.” Este é o plano de Deus desde a eternidade. Quão consolador é este capítulo 18 para o crente por sempre de novo o profeta anunciar a graça de Deus.

v.30(b) “Convertei-vos e desviai-vos (voltai e convertei-vos) de todas as vossas transgressões e (para que) não vos sirva a transgressão (iniquidade) de tropeço (pedra de tropeço)”.

O profeta mostra que também aquele que se converteu, deve cuidar para permanecer agora na nova vida e não cair novamente em pecados, pois sua sorte então seria pior do que antes. O ímpio que se converte e fica no caminho reto, todo aquele que permanecer na justiça, viverá. Deus virá para julgar cada um conforme o seu caminho, não conforme o caminho, a vida, de seus antepassados ou amigos; ele mesmo é responsável por seus atos. No v. 30, o profeta mais uma vez conclama ao arrependimento: “converter e voltar”, deixar de ir numa direção, mudar completamente o rumo da vida. Temos aqui duas vezes o mesmo verbo shûb: converter-se, voltar, desviar-se. Devemos afastar-nos de todas as iniquidades e transgressões. São formas do imperativo. Querem impelir o que se acha desviado para o arrependimento. Pois permanecer no pecado é fatal; então só haverá morte. Mas esta não está de acordo com o desejo de Deus. O que o homem necessita é um novo coração e um novo espírito que, como vemos no mesmo profeta em 11:19, é dom de Deus: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro neles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei coração de carne!”

O homem deve aceitar este dom divino e não endurecer o seu coração, rejeitando-o. “Para que a iniquidade não seja a vossa ruína.” A transgressão sem arrependimento só pode causar morte. “Tropeço” ou “pedra de tropeço” é aquilo que faz com que o homem não chegue à vida.

v.31 “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que pecastes, e criai em vós um novo coração e um novo espírito, pois (e) por que quereis morrer (por que morrereis), ó casa de Israel?”

O profeta repete o que disse no versículo anterior com mais força e ênfase. “Lançar” implica em força, violência. Só com energia, só com o auxilio de Deus pode o homem lançar de si as transgressões. Deus quer ajudar ao pecador. Se este não rejeitar o Evangelho, terá forças para lançar de si os pecados. Deus os tirará dele. Não é o homem que aniquila os seus pecados. Ele só pode arrepender-se, pedir perdão e confiar em seu Salvador, e todos os seus pecados estarão perdoados como vemos já no v.22.

“E criai em vós um novo coração e um novo espírito.” Se o homem se arrepende e aceita a Jesus, terá um novo coração e um novo espírito. É Deus quem lhe confere isto (Cl 11.19 e Sl 51.10 sgs). Assim o arrependido, aquele que se converteu, que lançou de si as suas transgressões, terá uma nova vida, a vida que podemos pedir de Deus em oração e a qual ele operará em nós pelo seu Espírito Santo.

“Pois porque quereis morrer, ó casa de Israel?” Novamente o profeta faz uma pergunta retórica. Se o povo não se arrepende é porque o mesmo quer morrer. Deus certamente não deseja a sua morte. Isto nos afirma mais uma vez.

v.32 “Porque não tenho prazer na morte do que morre (do que deve morrer; de ninguém), diz o Senhor Deus. Por isso (portanto): convertei-vos e vivei (e vivereis)!”

Deus não tem prazer na morte daquele que não se converteu e assim é um que morre, um que deve morrer, isto, porque rejeitou ele mesmo a vida. E isto quem diz não é o profeta, mas sim “o Senhor Deus”. “Portanto”, por isso “convertei-vos e vivei!”

 

Converter-se é viver em novidade de vida.

No momento em que alguém é um neo- converso, ele possui a nova vida que Deus lhe deu e que ninguém dele a poderá tirar, a não ser ele mesmo, desprezando-a.

Que grandiosa mensagem de arrependimento e de abundante graça constitui este capítulo do profeta Ezequiel!

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.