segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O QUE SOBROU DA REFORMA PROTESTANTE

O QUE SOBROU DA REFORMA PROTESTANTE

Alguns reformadores e seus mais preciosos feitos em favor da reforma protestante. Os principais reformadores e o seu impacto na fé cristã.

1. Martinho Lutero (1483-1546). 2. João Calvino (1509-1564). 3. Ulrico Zuínglio (1484-1531). 4. John Knox (1514 – 1572). 5. Jon Huss (1369 – 1415).

Destacamos abaixo estes e mais alguns reformadores e suas obras em favor da reforma protestante.

John Knox: Reformador da Escócia. Preso por pregar em um acampamento em prol da Reforma. Foi ordenado Capelão Real. Pregou várias vezes para o rei. Foi aluno de João Calvino. Fundou a igreja Presbiteriana Escocesa.

Martinho Lutero: Pregou a autoridade das Escrituras acima da tradição. Condenou a cobrança de indulgências. Pregou a justificação somente pela fé. Elaborou e divulgou 95 teses que combatiam erros doutrinários Católicos. As cinco solas. Destacou a Soli Deo Gloria.

Guilherme Farel: Excelente pregador suíço. Zeloso pelo avanço do evangelho. Insistiu para que Calvino ficasse em Genebra. Celebrou O casamento de João Calvino. Braço direito de João Calvino.

João Calvino: Estudou Direito e Literatura, Que foram essenciais para suas obras. Estruturou a religião Cristã em suas Institutas. Foi pastor, professor, escritor e estadista. Escreveu comentários de quase todos os livros bíblicos, tratados e cartas a reformadores e autoridades.

Úlrico Zuinglio: Zuínglio foi o líder inicial da reforma. Protestou contra o jejum da quaresma e o celibato clerical, implantou a reforma protestante em Zurique na Suíça, foi morto em combate na Batalha de Keppel. Independentemente de Martinho Lutero, que era doctor biblicus, Zuínglio chegou a conclusões semelhantes pelo estudo das escrituras do ponto de vista de um erudito humanista. Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas.

Hoje o modernismo teológico exerce uma influência contrária aos princípios e bases da reforma e modificou toda a estrutura do cristianismo reformado.

Já não temos mais motivos para comemorar a reforma protestante de Martinho Lutero e de outros inspirados reformadores.

Será que temos alguns motivos para comemorar a reforma de Martinho Lutero? Os tempos são outros e a nossa realidade de hoje nos leva a grandes desafios, mas as “cinco solas” defendendo a nossa contextualização de fé, está viva e ativa.

O Dia da Reforma Protestante é comemorado no dia 31 de Outubro de todos os anos.

O Dia da Reforma Protestante é celebrado pelos Luteranos e outras igrejas cristãs que tiveram como origem, mesmo que distante, a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, no dia 31 de Outubro de 1517.
Em 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”. A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja.
Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada “a igreja”, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus Cristo e da Bíblia, Lutero se tornou o reformador de uma igreja corrupta. O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos lideres religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

A igreja reformada está sempre se atualizando dentro do contexto do original da reforma, mas para ser verdadeira não deve se contaminar com o modernismo teológico que vem se distanciando da verdade.

A verdadeira Igreja neotestamentária não se moderniza mas sempre se atualiza sob a direção do Espírito Santo.

Depois de mais de quinhentos anos da reforma, a pergunta que fazemos é: “ Vamos celebrar ou vamos gritar por socorro e orar para termos uma nova reforma”?

O que pesa mais e o quê é mais urgente? Temos razões para celebrar ou razões para clamar por uma nova reforma? Estes são desafios constantes da igreja no decorrer dos anos.

É só darmos uma olhada em  que se transformaram as 5 solas da reforma defendidas por Martinho Lutero.

Primeiro: Deturparam a Sola Gratia, que é o fato de crermos que o ser humano é salvo somente pela graça e não pelas obras.

A igreja evangélica moderna virou um restaurante com um cardápio rico de ofertas  que servem para todos os gostos, onde pagamos e podemos comer o que queremos e o quanto queremos. São igrejas evangélicas de todos os tipos e para todos os sabores, ao sabor de tudo aquilo que cada um pode pagar. Aquela história bíblica que diz “de graça recebestes, de graça dai",  já não existe mais. A igreja missionária de fato que fazia a obra por amor, acabou. Tudo hoje tem seu valor. Para a “igreja mercantil” deste século, só se consegue alguma coisa com Deus se os semideuses da terra interceder por seus escravos religiosos que pagam altos valores financeiros para ficarem mais ricos. É a loteria da fé.

A igreja moderna, com raras exceções, ensina a ter fé na fé de líderes evangélicos que não são nada mais que mercadores de milagres e mercenários da fé  em Deus ou nos "semi deuses" de plantão que prometem de tudo para convencer aos seus fiéis que eles têm mais poder do que os outros pregadores. Segundo estes tais “profetas milagreiros”  "você pode operar seu milagre" exigindo de Deus ou "prensando Deus na parede" e o milagre acontecerá. Estamos contaminados com os ensinos da confissão da fé positiva, do humanismo, do mentorismo, do coltismo, do ocultismo e todos os tipos de líderes que oferecem de tudo, menos a salvação, de graça e pela graça, em Jesus Cristo pela fé, como Jesus ensinou em Mateus 11.28-30.

Pregam que devemos exigir de Deus nossos direitos, que nunca existiram, nós somos meras e frágeis criaturas. Jesus ensinou a orarmos "se for da tua vontade"; os adeptos da confissão da fé positiva dizem que orar assim demonstra falta de fé.

Segundo. Deturparam a Sola Scriptura.
A igreja moderna prega sobre a bíblia, mas não prega a bíblia , se informa sobre a bíblia mas não analisa a bíblia. Nossos cultos estão sobrecarregados com uma liturgia pesada onde não há tempo para pregar a bíblia  apenas informar sobre ela. Quanta diferença daquilo que o reformador Calvino ensinou com o que os pastores da atualidade pregam.

Vejamos algumas distorções que são bem visíveis hoje daquilo que é o essencial para o Cristão aprender e viver neste tempo da graça.

Calvino pregou 46 sermões em tessalonicenses; 186 em Coríntios; 159 em Jó; 200 em Deuteronômio; 353 em Isaías; 127 em Genesis, dentre tantos outros. Devemos analisar tudo aquilo que estamos pregando.

Terceiro. Deturpação do Solus Christus. Precisamos entender que Cristo não é um acréscimo à fé, Ele é a pedra angular da esquina que sustenta toda a nossa fé.
Ele e somente Ele é suficiente para nós.
O Cristo da reforma é suficiente devido Sua obra, devido a tudo que Ele é, e s tudo que representa. Ele é Senhor e Salvador daqueles que nEle crê. Jesus Cristo não é mais o Senhor e Salvador para muitos pregadores, apenas um fantoche nas mãos deles para gerar rendas, fazendas e riquezas para sí e para sua prole.

Temos a oportunidade de não apenas celebrar, mas de clamar por mudanças, é preciso acabar com o mercado do evangelho e da fé, o evangelho é negociado por elementos sem caráter, portanto é preciso acabar com os shows de determinados líderes evangélicos e voltar aos cultos de oração e pregar que Jesus Cristo é quem salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a sua igreja. É preciso voltar a nos alegrar por termos nos nossos púlpitos "servos do Senhor", e não, "ilustres sábios e entendidos adivinhadores e aproveitadores da fé alheia". Que Deus continue reformando a igreja que um dia no passado já foi reformada e que se esqueceu dos princípios basilares do Cristianismo e que os reformadores do passado dedicaram suas vidas e até com sacrifício próprio para trazer sempre viva a ação do Espírito Santo para aqueles que o buscam.

Quarto. Deturparam também o Sola Fide.

Transformaram o poder da fé de Hebreus 11.1 e textos correlatos da Bíblia em glórias para os homens e seus suntuosos templos e para os nomes de suas igrejas; as pessoas tem que ter fé no pregador, tem que ter fé no nome da igreja, é um verdadeiro comércio da fé. Uma verdadeira venda de indulgências da era moderna do evangelho da pós modernidade. Deus tenha misericórdia de sua igreja lavada e remida no sangue de Cordeiro. Deus tenha misericórdia dos crentes verdadeiros que ainda preservam o verdadeiro evangelho e estão esperando, pela fé, Jesus Cristo voltar para arrebatar a sua noiva, a igreja.

Quinto. Deturparam o Soli Deo Glória.

A glória devida a Deus não é mais para Deus,  mas para os líderes religiosos, pregadores e cantores gospel, que não respeitam mais os púlpitos, não têm mais a reverência exigida e devida pelo ambiente, não tem mais o respeito pelo público e nem pela casa de Deus que é o templo.

Fazem uso indevido da Bíblia, com relação ao templo, e transformam a casa de Deus, os instrumentos consagrados ao Senhor, os objetos necessários para o bom funcionamento do culto, como também transformam os locais separados para o culto ao Senhor em danceterias, com tudo de extravagâncias e coisas inapropriadas que ao local não convém, pintam com a cor das trevas, colocam luzes de efeitos especiais como nos carnavais. Deus não é honrado mais nestes lugares, a glória já não é mais de Deus.

Ao estudarmos sobre a glória de Deus, a Bíblia admite que este assunto de infinito valor teve sua ação poderosa na criação. Brilhou, assim como era. A glória de Deus é o resplendor da sua santidade, a irradiação do seu valor infinito. E quando ela flui, é vista como bela e grandiosa. Ela tem tanto a qualidade de ser infinita quanto a magnitude do Deus de infinito poder de ação. Desta forma, podemos definir a glória de Deus como a beleza e a grandeza da sua multiforme perfeição. O homem natural não entende isso e não compreende o alcance da glória de Deus porque o ser humano é limitado em sua essência desde a criação.

A graça de Deus é a “multiforme perfeição”, porque a Bíblia diz que todos os aspectos específicos do ser de Deus contêm glória. Por exemplo, lemos sobre a “gloriosa graça” (Efésios 1:6) e “a glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1:9). O próprio Deus é glorioso, pois Ele é a perfeita união de todas as suas multiformes e gloriosas perfeições.

A Bíblia também fala da glória de Deus antes de ser revelada na criação. Por exemplo, Jesus orou: “e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo”, (João 17:5). Portanto a glória de Deus é o esplendor externo da beleza intrínseca e grandeza da sua multiforme perfeição.

Os reformadores antes e depois de Martinho Lutero.

Outros nomes foram muito importantes na reforma: João Calvino, Filipe Melanchton, Ulrich Zuínglio, Martim Bucer, Menno Simons, John Knox e tantos outros, inclusive pré reformadores como John Huss e Wycliffe. Os movimentos de santidade da Grã-Bretanha no Séc. XVIII com Jonh Wesley que “sentiu seu coração estranhamente aquecido”, seguido do movimento pentecostal no inicio do Século 20, com o batismo no Espírito Santo e resgate dos dons espirituais, línguas e profecias são ainda desdobramentos da reforma, em aspectos não contemplados no Sec. XVI. A reforma do ponto de vista religioso permitiu que a igreja resgatasse as verdades do evangelho e voltasse ao seu eixo de funcionamento, voltando à coluna da verdade.

Como a história não é linear, mas pendular e cíclica, algumas questões ficam apenas para reflexão.

Não estaríamos hoje precisando de uma reforma na igreja protestante? Não existem práticas do catolicismo medieval presentes hoje de diferentes formas na igreja protestante que ferem “os solas”?

Quais aspectos ainda carecem de reforma? Teríamos hoje homens com a coragem e tenacidade dos reformadores do século XVI? Deus levante essa geração que tem muitos desafios pela frente diante das teologias modernas e modernistas.

As Teologias modernas nas igrejas evangélicas e seus desafios.  

A Teologia da prosperidade se tornou um dos maiores desafios da igreja moderna. Ela leva em seu bojo a pecha de desbancar a igreja espiritual que era para ser uma igreja da prosperidade em primeiro lugar.

Há uma convocação “santa” para o que é chamado neopentecostalismo, apesar de muito criticado em função da ênfase no repasse do dízimo pelos fiéis à igreja, não é uniforme em relação a isso. Se uma determinada denominação defende a teologia da prosperidade (financeira, familiar, de saúde etc.) e enfatiza a questão do dízimo, outras, com número similar de fiéis, “é mais cuidadosa em relação ao dízimo”, além de ser mais horizontalizada em sua estrutura, afirmou. “No entanto, ambas são conservadoras em relação a pautas como o aborto, drogas e homossexualismo”, por isso a ligação é forte das igrejas, dos líderes religiosos evangélicos com a política e os políticos; esta ligação é tão forte que chega a convencer e corromper os fiéis. 

Destaca-se que esta diversidade das igrejas só prejudica as mesmas e seus fiéis, “Se alguém não está contente com sua igreja, pode abrir outra do lado”, é o que dizem. Comenta-se ainda que dos 62 milhões de evangélicos do país, 15 milhões integram igrejas que a maioria das pessoas nunca ouviu falar delas e que possuem apenas de um a três templos.

É possível alcançar uma nova Reforma das doutrinas bíblicas para igreja nos nossos dias?

Depois de passados mais de 500 anos, muitas pessoas se perguntam se é possível uma nova Reforma Protestante. Essa questão surge da constatação da realidade lamentável em que se encontra grande parte das comunidades protestantes atualmente. Todavia, é claro que uma reforma como a que ocorreu no século 16 não será mais possível.

Como vimos, uma série de fatores num ambiente histórico específico convergiram para o fenômeno da Reforma Protestante. Obviamente isso nunca mais se repetirá. Além do mais, quando a Reforma aconteceu só havia na visão dos reformadores uma única igreja que precisava ser reformada, era a que eles pertenciam e que se distanciou tanto da verdade.

Já na atualidade, temos milhares de igrejas que se distanciaram em menor e maior grau das Escrituras. Isso significa que embora uma Reforma Protestante como a que teve lugar no século XVI não seja mais possível de se realizar, a verdade é que a igreja continua clamando por reforma, continua clamando a Deus por um novo avivamento semelhante ao que aconteceu na rua Azuza nos Estados Unidos nos primeiros anos do século passado.

Independentemente da época, Satanás sempre levanta seus agentes para tentar distorcer e manipular a Palavra de Deus. Então os verdadeiros cristãos, os verdadeiros adoradores que adoram a Deus em espírito e em verdade continuam adorando a Deus por tudo, todos os dias. Diariamente somos apresentados diante de novos desafios em que é preciso defender a causa do Evangelho.

Por esse motivo a frase do teólogo reformado Gisbertus Voetius (1589-1676) é tão pertinente: “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, que significa: “A Igreja é Reformada e está sempre se reformando”.

Apesar de também ser muito distorcida por grupos de pseudo cristãos, essa frase indica a necessidade constante de a Igreja estar preocupada em se parecer mais e mais com Cristo e em sempre se aproximar das Escrituras como seu alvo principal. A Igreja deve manter em mente que a Palavra de Deus jamais muda.

É por isso que o grande destaque da reforma não foram as 95 Teses de Lutero, ou os 67 Artigos de Zuínglio, nem mesmo as Institutas de Calvino. O grande destaque da Reforma Protestante foi e sempre será a Bíblia, a Palavra de Deus que continua viva e eficaz em todos os séculos e épocas.

Quando falamos em Reforma, sempre lembramos mais dos nomes como Lutero, Calvino e Armínio. E, com certeza, estes são uns dos principais nomes que deram o “pontapé inicial” da revolução eclesiástica de transformação e de volta aos princípios básicos da fé cristã naquela época e em nossos dias.

Um personagem que não se destaca muito no meio reformado e que muitas vezes é mal compreendido, que foi tratado como herege após a sua morte, mas até hoje sua vida, teologia e pensamento influenciam toda a igreja cristã é o teólogo holandês Jacó Armínio, por isso o citamos junto com os reformadores. (1560-1609).

Jacó Armínio é lembrado nos anais da história da igreja como o controverso pastor e teólogo holandês que escreveu inúmeras obras, acumulando três grandes volumes, defendendo uma forma evangélica de sinergismo (crença na cooperação divino-humana na salvação) contra o monergismo (crença de que Deus é a realidade totalmente determinante na salvação, que exclui a participação humana).

Essa visão monergista foi ensinada por João Calvino e seus seguidores, e está registrada no livro do mesmo chamado As Institutas.
A importância de Armínio para a Reforma é inegável, mesmo que fosse contra os ensinos dos líderes de sua época. Vamos enumerar apenas dois fatores que mostram sua importância:
Em primeiro lugar, toda a igreja cristã em sua época estava focada na doutrina da predestinação absoluta, ou, dupla predestinação. Muitos teólogos, com seus posicionamentos doutrinários, davam a entender que Deus, o autor de todas as coisas, também é o autor do pecado. Enalteciam a soberania de Deus, mas degradavam outros atributos, como seu amor e justiça.

Em segundo lugar, Armínio resgatou as doutrinas sinergistas ensinadas pelos primeiros pais da igreja antes de Agostinho. Teólogos como Irineu, Ambrósio, Tertuliano, entre outros, tinham Deus como autor da salvação pela graça, havendo uma cooperação humana.

Inicialmente, o próprio Agostinho, ensinou o sinergismo evangélico, e foi este mesmo pai da igreja que trouxe o conceito da “graça preveniente”, usado posteriormente por Armínio. Esta graça, para Armínio, era a capacitação inicial da salvação, dando ao homem o poder de receber de Deus todo o plano que Ele já havia estabelecido. Armínio nunca exaltou o livre arbítrio humano, mas exaltava a graça como fator inicial, cooperante e efetivo na salvação. Como ele mesmo disse: "Nenhum homem crê em Cristo a menos que tenha sido previamente disposto e preparado pela graça preveniente”.
É incontestável a importância e a participação de Armínio na Reforma. Numa época em que o caráter de Deus era maculado, fazendo com que o Deus Santo se tornasse o autor do pecado, Armínio resgatou as doutrinas primárias da igreja, cristalizando a visão do Deus das Escrituras, como o Deus: Amoroso, Justo e Soberano sobre todas as coisas.

Os reformadores não descobriram novas doutrinas, mas apenas redescobriram as verdades imutáveis das Escrituras que tinham sido escondidas pelo entulho das tradições religiosas e humanas da igreja oficial de Roma. Isso significa que o verdadeiro agente reformador da igreja não foi nenhum desses nomes, mas o próprio Espírito Santo de Deus.

A Igreja genuína continua em reforma porque ela é Templo do Espírito Santo, e jamais deixará que tradições ou mesmo inovações e pensamentos relativistas e subjetivos soterrem a verdade do Evangelho. A Reforma Protestante do século 16 faz o cristão se lembrar da necessidade de não se dobrar ao pecado e da importância de se retornar às Escrituras quantas vezes forem necessárias.

O Salmo 125: 1,2 nos diz o seguinte:

1.  Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

 2. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo, desde agora e para sempre.
Aqueles que confiam no Senhor serão arrebatados e deixarão esta terra. Estaremos com Cristo Jesus na glória celestial junto ao nosso Deus e pai. Glórias a Ele para sempre e eternamente. Amém.

Deus abençoe você e sua família.



Pr. Waldir Pedro de Souza.

 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

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