terça-feira, 22 de maio de 2018

O RÉU PARTE II

O RÉU PARTE II

As nulidades no julgamento de Cristo

Um dos processos de acusação e condenação mais fraudulentos e mais rápidos da história da humanidade foi o de Jesus Cristo.

Jesus passou por um julgamento penal como RÉU nas leis de seu tempo, todavia, de acordo com a Bíblia, as leis antigas e alguns historiadores, o processo foi viciado de nulidades.

Autoridades contemporâneas de Cristo, que crime esse Réu cometeu? Qual a acusação que pesou sobre Ele?

No campo da religião, a acusação principal era a de blasfêmia, lêdo engano, Ele não blasfemou contra Deus; do lado político, era a de rebelião, outro engano proposital da acusação que dizia:

"não ter o devido temor e respeito ao Nome de Deus em seu coração, mas, tendo sido movido e seduzido pela instigação de Belzebu, ter proclamado, falsa e repetidamente, nessa cidade e em outros locais, ter autoridade e poderes que não possuía; blasfemara contra o Nome de Deus e profanara o Templo; alterara, subvertera e transformara sua constituição; tentara levantar uma insurreição por meio de várias declarações e ações contra o Templo e contra o senhor tetrarca, o soberano governante temporal" de Roma em Jerusalém.

Todavia, Jesus em momento algum cometeu os crimes que lhe imputavam de blasfêmia. Em nenhum momento!

Foram as afirmações de Jesus, de Ele ser o Cristo e de que todos veriam o Filho do Homem sentado à direta de Deus o Todo Poderoso, que provocou a decisão da blasfêmia contra Ele, conforme o evangelista Mateus relata. (25:59-65).

Porém, segundo a lei judaica a segunda afirmação não caracterizaria a blasfêmia, pois não equivale a uma negação do princípio fundamental do monoteísmo, que não admitia outro ser divino além de Deus. Estar sentado ao lado de Deus é a afirmação de uma posição privilegiada, não se trata de afronta à unicidade de Deus. Nada havia, portanto, de tipificação criminal nas palavras de Jesus.

Mesmo quando o Sacerdote que dirigia o julgamento, Caifás, perguntou para Jesus se ele era filho de Deus, para tentar caracterizar a blasfêmia, Jesus responde que quem estava dizendo isso era o próprio Sacerdote.

“Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Todo Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu". (Mateus 26:62-64).

Nesse momento, para o Sumo Sacerdote e os demais julgadores, Jesus confessou o crime de blasfêmia.

"Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam". (Mateus 26:65-67).

Mas não foi apenas a blasfêmia, Jesus também foi acusado de profanar o sábado e ser um falso profeta.

Todavia, para condenar à morte, além de passar por um julgamento religioso, perante o Sinédrio, ele teria que passar por um julgamento político perante o Governador Romano Pôncio Pilatos, visto que Roma dominava a região de Jerusalém e impunha seu Direito.

Mas, não havia, no Direito Romano, essas acusações religiosas. Então como fazer? Outra acusação deveria ser feita e qual foi, nobres autoridades?

"Mas aos membros do Sinédrio era necessário o envolvimento de Pilatos, seja porque eles não tinham o poder de mandar Jesus à morte, seja porque para eles o aval da autoridade romana fosse essencial por motivos de política interna por causa do temor de uma rebelião em ocasião da Páscoa.

A aliança com a força romana era indispensável em ambos os casos. Portanto, para este fim, era necessário uma acusação diferente, que deslocasse o assunto do plano Teológico religioso para um plano politico que seria mais relevante para os Romanos. Assim, Jesus foi acusado de ter instigado o povo à revolta incitando-o a não pagar tributos a Cesar, e de ter-se, Ele mesmo, proclamado rei: era um crime contra o Império Romano e sua autoridade máxima.

Então, no plano do Direito Romano, Jesus foi acusado de incitar o povo, a não pagar Impostos a César, declarar-se Rei e seduzir o povo.

Todavia, no dia do julgamento político, nem o próprio Pilatos estava convencido da culpabilidade de Jesus Cristo.

A audiência começou e o Governador Romano indagou a Caifás, a maior autoridade dos Judeus naquela corte jurisdicional.

“Então Pilatos saiu e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?” João 18:29.

E sem nenhum fato concreto apenas: “Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos”. João 18: 30.

Pilatos retrucou:

"Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei." (dos Judeus e não a Romana). João 18: 30.

Porém os judeus queriam a morte de Jesus e como pela Lei judaica isso não seria possível, eles necessitavam do Direito Romano para completarem o seu intento assassino e responderam:

 “A nós não nos é lícito matar pessoa alguma." João 18:31. Viram como eles estavam preparados para eliminar de qualquer jeito o Senhor Jesus ? Eles  disseram que não era lícito para eles matarem pessoa alguma, mas queriam a pena de morte para Jesus através de Pilatos.

Pilatos interpela Jesus:

"Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?

Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram outros de mim?

Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

Disse-lhe Pilatos: O que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum". (João 18:33-38).

Eu vou repetir, respeitáveis acusadores. Pilatos disse aos Judeus: “Não acho nEle crime  algum”.

Porém, a massa de Judeus influenciada pelos seus líderes e sacerdotes queriam a morte de Jesus a qualquer custo e Pilatos tenta um último artifício para tentar impedi-la: propõem à multidão o privilegium paschale (anistia por ocasião de uma grande festa).

“Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus? Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador. João 18:39,40”.

Então Pilatos, mais uma vez, tenta soltar Jesus, visto que não viu nenhum crime, todavia a pressão das pessoas que lá estavam presentes o forçou a ter um comportamento contrário.

"Então Pilatos saiu outra vez para fora, e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago, para que saibais que não acho nele crime algum. Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e roupa de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem. Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: 

Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele.

Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus. E Pilatos, quando ouviu esta palavra, mais atemorizado ficou. E entrou outra vez na audiência, e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem. Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César". (João 19:4-12).

Até que Pilatos toma uma decisão em sua última atitude:

“Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Mateus 27:24.

Pilatos lavou as mãos sobre a condenação de Jesus Cristo.

Ora, caros amigos, da análise do caso em foco percebem-se diversas ilegalidades.

Há vício na acusação.

Bastam abrir Deuteronômio 19 e verão que: Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato.

E quais foram as duas testemunhas que estabeleceram o fato? Não teve. A única testemunha foi Judas Iscariotes, a qual foi ainda por cima corrompida por conta de 30 moedas! 30 míseras moedas de prata! Mas percebam: ele não chegou nem testemunhar fato algum, apenas agiu para entregar seu então líder!

A verdade é que bem no período da páscoa, os principais príncipes dos sacerdotes, e os escribas, andavam procurando como matariam o Rei dos Judeus sem causar alvoroço, visto que Jesus havia se tornado um inimigo “do Estado”. E foi então que entrou o satanás em Judas, e esse propôs como o entregaria: ele diria aos soldados onde Jesus se encontrava e ao chegar lá beijaria o seu líder, indicando aos soldados quem era o Rei dos Judeus.

“E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?” (Lucas 22:48).

Senão bastasse tudo isso. O próprio Judas se arrepende do que fez e entrega as moedas para os Sacerdotes, confessando que tinha entregado um homem inocente.

“Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” (Matheus. 27.1:4).

Como manter um julgamento sem nenhuma prova de crime cometido, agravado pelo fato que a única pessoa que testemunhou, confessou que errou ao acusar um homem inocente?

Além disso, para satisfazer os critérios da lei, os próprios julgadores procuraram falsos testemunhos contra Jesus para configurar o fato e para que a lei fosse supostamente respeitada:

“Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte”. (Mateus 26:59).

“E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam”. (Marcos 14:55).

E depois de não achar uma testemunha sequer, infringindo diretamente a lei vigente, “o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte”. (Marcos 14:59-64).

Excelentíssimos sacerdotes e políticos , qual a prova de algum crime foi cometido? Em que momento Jesus pode se defender? Quem o defendeu? Onde estavam as testemunhas de defesa? Onde estavam as testemunhas de acusação? A lei foi jogada ao relento? Qual era a acusação que Jesus sofria? Blasfêmia? Mas isso foi comprovado? Ou o julgamento foi armado? Ele foi indiciado? Teve procedimento formal nos termos do direito romano? Jesus pode apelar da decisão?

“Jesus Cristo foi preso sem culpa, acusado sem indícios, julgado sem testemunhas legais, apenado com um veredito errado, e, por fim, entregue à mercê da boa vontade de um Juiz, no caso o governador Pilatos”.

O próprio Pilatos tinha entendido o motivo da condenação:

“Porque sabia que por inveja o haviam entregado”. Mateus 27:18.

Rui Barbosa, um dos maiores juristas do Brasil no passado recente,  analisou o caso e apontou diversas ilegalidades, as quais são sinteticamente apresentadas e complementadas por outras (A imprensa, Rio, 31 de março de 1899, em Obras Seletas de Rui Barbosa, vol. VIII, Casa de Rui Barbosa, Rio, 1957, págs. 67-71):

1. O acusado tinha jus ao julgamento coletivo, e sem pluralidade nos depoimentos criminadores não poderia haver condenação.

2. A ilegalidade do julgamento noturno, que o direito judaico não admitia nem nos litígios civis, agrava-se então com o escândalo das testemunhas falsas, aliciadas pelo próprio juiz.

3. Não foi dado direito de defesa a Jesus. Ele em nenhum momento pode se defender ou ser defendido.

4. Já havia um plano prévio para condenar Jesus pelo próprio Conselho, não à toa que pagaram a Judas 30 moedas de prata.

5. “De acordo com a Lei Oral Hebraica (Halaká), Jesus não poderia ter sido julgado nem executado durante o Pessach (Páscoa), a mais importante festa judaica”.

6. “Nas palavras de André Santos Moraes “Jesus foi preso sem acusação nem denúncia formal. Foi prisioneiro sem saber ao menos do que o acusavam e na calada da noite”.

7. “Não houve qualquer indiciamento criminal formal antes da detenção de Jesus.

Nenhuma ordem foi emitida por qualquer autoridade competente, esta falta passou por cima do código criminal romano, também.

Não houve protocolo de acusação formal no Sinédrio. Na casa de Caifás, os procedimentos não tiveram uma descrição para Jesus de uma acusação formal, qualquer indiciamento criminal, do que ele era acusado”.

8. “Da sentença, não coube sequer a appelatio para o órgão superior”.

A oração de Jesus na cruz já quase sem vida foi esta:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. (Lucas, 23).

Por todo o exposto nesta nossa meditação,  cremos que você também há de convir comigo que Jesus foi condenado injustamente.

Ele passou por todo esse sofrimento em nosso lugar. Nós é que merecíamos aquela condenação. Foi por amor que Jesus morreu. Foi para nos salvar. O profeta Isaías fala de todo esse sofrimento e porque Jesus sofreu. Isaías 53.

Ao terceiro dia Jesus ressuscitou e vive e reina para sempre. Ele voltará para arrebatar sua igreja fiel e verdadeira que persevera na Sua palavra.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.



domingo, 20 de maio de 2018

O RÉU PARTE I

O RÉU PARTE I

O que significam os termos indiciado, denunciado e réu?

A partir de notícias e outras fontes de informação, as pessoas convivem com uma série de termos jurídicos que precisam ser bem explicados para não causar confusão.

No noticiário policial, por exemplo, são comuns palavras como indiciado, denunciado e réu. Elas estão relacionadas, nessa mesma ordem, às etapas que vão desde a investigação até o julgamento de determinada pessoa, conforme o Código de Processo Penal brasileiro.

Uma pessoa investigada passa à condição de indiciada, por exemplo, quando o inquérito policial aponta um ou mais indícios de que ela cometeu determinado crime. O indiciamento é formalizado pelo delegado de polícia, com base em evidências colhidas em depoimentos, laudos periciais e escutas telefônicas, entre outros instrumentos de investigação que poderão ser através de quebra de sigilos da pessoa. 

Em seguida, quando o inquérito é concluído, a autoridade policial o encaminha ao Ministério Público, que, por sua vez, passa a analisar se há ou não provas contra o indiciado. Se considerar que há provas, o Ministério Público, por meio do promotor de Justiça, apresenta denúncia à Justiça. 

Quando o Judiciário aceita a denúncia formulada pelo Ministério Público, o denunciado passa à condição de réu e começa a responder a processo judicial.

Nessa nova fase, ele tem salvaguardadas todas as garantias de quem é acusado e processado por um suposto crime, principalmente o direito de defesa. Sem o processo penal e suas garantias constitucionais, o indiciado e o denunciado não teriam como se defender das acusações.

O réu, após responder a processo, pode ser absolvido ou condenado a cumprir pena.

Conforme o Código Penal, a pena pode ser privativa de liberdade, ou seja, de prisão ou restritiva de direitos, como, por exemplo, a prestação de serviços comunitários ou multa e prisão domiciliar. 

Desde os tempos antigos, tribunais têm servido para resolver diferenças e contendas entre pessoas e para determinar a culpa ou inocência de pessoas acusadas de crimes.

Nas Escrituras, a figura do julgamento de pessoas em tribunais aparece frequentemente para mostrar como Deus trata dos seus conflitos com suas criaturas humanas.

Um exemplo fascinante desse tema do julgamento em um tribunal foi apresentado pelo profeta Miqueias para avisar o povo de Judá das consequências da sua persistente rebeldia contra o Senhor. No pequeno livro desse profeta, escrito aproximadamente 700 anos a.C., Deus está visto em vários papéis diferentes no contexto do julgamento.

Deus como testemunha de acusação. A primeira palavra do Senhor nesse livro o posiciona como testemunha: “Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o SENHOR Deus testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo”. (Miqueias 1:2).

Deus observa tudo que o homem faz. Ele ouve as promessas feitas entre homens (Gênesis 31:50; Juízes 11:10) e age como testemunha quando fazemos os votos do casamento (Malaquias 2:14). 

No seu papel de testemunha, Ele inocenta o justo (1 Samuel 12:3-6; 1 Tessalonicenses 2:5) e denuncia os culpados. (Apocalipse 3:14-17).

Deus como promotor de justiça. No mesmo livro de Miqueias, Deus assume o papel de promotor de justiça, chamando o povo a se defender quando julgado por seus crimes: “Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz. Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo”. (Miqueias 6:1-2). 

O santo caráter de Deus significa que sempre ficará oposto aos malfeitores: “Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Como falais falsidade e tendes visões mentirosas, por isso, eu sou contra vós outros, diz o SENHOR Deus”(Ezequiel 13:8).
Deus como réu? Deus é perfeito, santo e absolutamente sem pecado, mas os homens nem sempre reconhecem esses fatos.

Algumas pessoas se acham mais sábias e justas do que o próprio Senhor, e ousam levantar acusações contra seu Criador. Em algumas situações, Deus assume a posição de réu para dar oportunidade para o homem explicar suas acusações. Depois de abrir a sessão judicial no papel de promotor, Deus troca os lados e permite a oportunidade para acusações contra Ele: “Povo meu, que te tenho feito? E com que te enfadei? Responde-me!”. (Miqueias 6:3). 

Mas antes de imaginar que poderíamos entrar num tribunal e discutir com Deus como iguais, devemos nos lembrar da grande diferença entre Criador e criatura, conforme o desafio que ele mesmo lançou: “Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim argui a Deus que responda”. (Jó 40:2).

Ainda no livro do profeta Malaquias, em todo o livro há da parte de Deus a benevolência com o povo que dizia e perguntava frequentemente para Deus: em que temos te roubado? 

Deus como juiz. O Senhor pode assumir outros papeis para ensinar os homens sobre os perigos dos seus crimes, mas sua principal posição no tribunal está no lugar do juiz: “Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar”. (Salmo 9:7).

Em Miqueias, o Senhor julga entre nações (Miqueias 4:3). Ele recusa inocentar os desonestos e violentos. (Miqueias 6:11-12).

No Novo Testamento, Jesus recebe autoridade para julgar. (João 5:27-30).

Paulo explica que seu julgamento é individual:

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tivermos feito por meio do corpo”. (2 Coríntios 5:10).

O Senhor continua sendo o justo juiz, mas ele oferece clemência por meio do seu Filho Amado o Senhor Jesus. (Romanos 3:26). 

Embora a justa recompensa do nosso pecado seja a morte (Romanos 6:23), Jesus pagou o preço dos nossos pecados e nos oferece a vida. (Efésios 2:1-10). 

Como nosso Advogado, ele intercede por nós.(Romanos 8:34; 1 João 2:1-2). 

O grande amor que ele demonstrou para conosco nos dá condições de sentir confiança e esperança, mesmo quando julgados.(1 João 4:14-17). 

O medo de comparecer diante do Juiz pode ser substituído pela esperançosa gratidão de encontrar o nosso Senhor e Salvador:

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.(Hebreus 4:16).

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 





sexta-feira, 18 de maio de 2018

COMO CURAR DOENÇAS EMOCIONAIS

COMO CURAR DOENÇAS EMOCIONAIS 


Um renomado pastor escreveu uma matéria falando sobre como é possível curar doenças emocionais através da Bíblia.

Através da Bíblia que é a Palavra de Deus, conseguimos encontrar a causa desses problemas e não apenas tratar os efeitos como é feito pela medicina com medicação tarja preta na maioria das vezes.

Ele indica principalmente a leitura Bíblica e a oração que podem ajudar as pessoas a colocar pra fora suas emoções, frustrações e feridas da alma.

O que as pessoas com doenças na alma precisam saber é que a maioria dessas enfermidades não deveria ser tratada com remédios químicos, mas sim com a Palavra de Deus e com a ‘terapia da oração’ e fica claro que mesmo tratando da parte espiritual, deve procurar ajuda na medicina natural e tradicional.

Deus nos criou e nos conhece e entende mais do que qualquer um o nosso íntimo e o que está nos prejudicando por dentro.

Ao procurarmos ajuda na leitura da Bíblia, devemos lembrar que a Palavra de Deus penetra até entre a divisão da alma e do espírito chegando a um lugar no coração do homem que ninguém é capaz de alcançar “A Palavra de Deus nos estimula à análise introspectiva. Quando você começar a mergulhar dentro de si mesmo, descobrirá a causa que o está levando a esse estado de coisas, e encontrará a solução”.

As doenças da alma mais comum nos dias de hoje, são: depressão, síndrome do pânico, angústia, baixa autoestima, transtornos de humor, fobias e outras. Quem sofre com algumas dessas enfermidades precisa encontrar a raiz do problema para poder encontrar a solução que trará a cura.

É, na maioria das vezes, necessária a ajuda de um terapeuta; alguém formado em psicologia, psiquiatria, psicanálise, entre outros, preparado para conduzir a pessoa  em uma análise profunda sobre o assunto. E por meio do processo da análise médica começará a desenhar-se a cura mesmo que esteja em estágio avançado. É preciso que as pessoas com estes sintomas procurem auxílio médico urgente,  porque o último estágio que essas doenças podem chegar é muito ruim e chama-se demência .

Mas os dois tratamentos, profissional médico e espiritual, devem caminhar juntos, por isto ele indica que a leitura das Sagradas Escrituras e a oração não sejam descartadas enquanto passar pelo tratamento com um profissional capacitado para esses casos.

Quando alguém dobra os seus joelhos para orar, para falar com Deus , que é onisciente, onipotente e onipresente sobre o que está te incomodando, machucando, ferindo e fala com Deus o que está dentro da sua alma, será tocado imediatamente pelo processo da cura iniciado dentro do seu coração e dentro da sua mente, interferindo no seu psiquê. 

O Senhor tem poder para curar depressão, angústia, tristeza, traumas, e resgatar a autoestima e ajudar-nos a ter uma autoimagem positiva de nós mesmos. A sua cura brotará repentinamente dependendo do seu empenho em buscá-la 

As doenças emocionais são as dores e reações físicas vindas da mente. 

Não é de hoje que a ciência busca explicações psíquicas para as doenças, e já comprovou que muitos sintomas do corpo nascem de dores da alma. 

A maior dificuldade é aceitar que as vezes a doença não possui um agente físico para atestar os sintomas.

Quando a mente sofre, o organismo como um todo pode ficar predisposto a desenvolver doenças, o corpo padece.

Sabemos que as emoções não são apenas elementos imateriais, mas têm correspondência bioquímica. Dessa forma, após um período irrigando o corpo com certos elementos negativos acontece a reação da alma no centro das emoções e vai gerar doenças e dores na alma. 

Ao descobrir que um ou mais sintomas estão contribuindo para o desequilíbrio e desordem emocional, não será nada fácil para a pessoa conviver com esse ou mais problemas. 

Primeiro porque a medicina, de maneira geral, trabalha com dados concretos em suas avaliações. Buscam-se viroses, bactérias, disfunções orgânicas e demais provas para averiguar o problema. Quando nada é encontrado, normalmente a doença é descaracterizada e às vezes abandonada ou desconsiderada como a causa principal, o que, na maioria das vezes prejudicaria em muito um diagnóstico preciso. 

Portanto é necessário ir em busca de profissionais que entendam o ser humano em sua integralidade, e não privilegiem o corpo em detrimento da mente.

Há uma grande chance de cura das doenças emocionais segundo a Bíblia. E não podemos desprezar essa que sugerimos abaixo, que é a melhor das receitas,  sem desprezar a outras.

A cura por intermédio da Palavra de Deus

A maioria das doenças da alma não deveria ser tratada só com remédios químicos, mas sim com a Palavra de Deus também. Como Ele nos criou, conhece-nos e entende-nos mais do que qualquer psicanalista ou psicólogo. 

A Palavra de Deus penetra na divisão da alma e do espírito (Hb 4.12) e abre os nossos olhos quanto aos pecados que podem causar doenças espirituais (1 Co 6.9-11), ou situações de acusação, bullying, desrespeito,  desacato, entre outros fatores.

Daí nós somos convidados a mergulhar na palavra de Deus. Recomendo a leitura dos Salmos 103, 91, 46, 40, 138, 32, 51. 

Você vai se surpreender e entender o quanto é bom meditar na palavra de Deus e vai continuar descobrindo o quanto Jesus te ama.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 






quarta-feira, 16 de maio de 2018

A DEPRESSÃO É ANTIGA E ATUAL

A DEPRESSÃO É ANTIGA E ATUAL


A depressão e seus sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento:

Considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes.

A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente; um portador dessa doença, por exemplo, revelou sofrer demais com o problema após as Olimpíadas de 2012, quando ganhou seis de suas 28 medalhas olímpicas. Hoje, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade, embora seja mais frequente entre mulheres e exige avaliação e tratamento com um profissional da área.  

O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.

Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imunológico e o aumento de processos inflamatórios. 

Por essas e outras razões a depressão já figura como um fator de risco para a população em geral e aumenta potencialmente as consequências de risco como no aumento das doenças cardiovasculares.
Você pode não perceber, mas existem dezenas de pessoas que estão desesperadas, feridas, e sozinhas lutando contra a depressão.

Podemos até não estar cientes da estrada escura em que caminhamos com relação à essa doença.

Às vezes observamos que as pessoas que estão à nossa volta, do nosso convívio familiar ou social, estão com os sintomas da depressão mas muitas vezes não tomamos nenhuma atitude, nenhuma providência. Talvez nós estamos muito ocupados, muito preocupado conosco mesmo que nem percebemos que o comportamento das pessoas ao nosso redor está muito diferente do normal.

Para ser honesto conosco mesmo e com muitos de nossos dias, nós é que podemos ser essas pessoas em depressão, nos sentindo os desesperados, os feridos, os solitários da vida. Estamos apenas precisando de alguém para se importar conosco e nos alertar para o que está ocorrendo.

Embora a Bíblia não use a palavra “depressão” exceto em algumas traduções e versos de novas traduções e interpretações dos seus originais, é muitas vezes referenciada por outras palavras semelhantes, como “deprimido”, “de coração partido”, “problemático”, “miserável”, “desesperado”, e  até em “luto”, entre outros.

Ao longo da Palavra de Deus há uma série de histórias sobre homens piedosos, influentes e mulheres de fé, que se esforçaram e lutaram em momentos sombrios de desesperança e depressão. 

Muitos de nós podemos nos encontrar lutando também nos dias hoje. Mas não temos de ficar preso a essas situações negativas da vida. Há uma esperança. Há uma saída. Jesus nos ama e quer nos ajudar a vencer esses e outros obstáculos hodiernos.

Meditemos em fatos de histórias reais da Bíblia. Homens e mulheres de Deus que deixaram nos anais da história fatos importantes de suas vidas para lembrar-nos que nós não estamos sozinhos em nossa luta contra a depressão; deixaram-nos muitos exemplos de como superar essas e outras situações. 

Do rei Davi: Davi estava perturbado e lutou em profundo desespero.

Em muitos dos Salmos, ele escreve sobre sua angústia, a solidão, o medo do inimigo, seu coração gritando contra o pecado e a culpa. Vemos também o seu enorme pesar na perda de seus filhos, em 2 Samuel 12:15-23 e 18:33. 

Em outros lugares, a honestidade de Davi com suas próprias fraquezas dá esperança para nós que lutamos hoje:

Pois já as minhas iniquidades ultrapassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças. Salmos 38:4.

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. Salmos 42:11.

Do profeta Elias: Elias estava desanimado, cansado, e com medo.

Após grandes vitórias espirituais sobre os profetas de Baal, este poderoso homem de Deus correu para salvar sua vida, longe das ameaças de Jezabel. E lá no deserto, ele se sentou e orou, sentindo derrotado e desgastado:

Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 1 Reis 19:4.

Do profeta Jonas: Jonas ficou irritado e queria fugir.

Após Deus chamar Jonas para ir a Nínive para pregar ao povo, ele fugiu tão longe quanto podia. E depois de uma tempestade no mar, sendo engolido por um peixe gigante, e depois sendo salvo e dado uma segunda chance, ele obedeceu.

Ele pregou a mensagem de Deus para o povo de Nínive. A misericórdia de Deus estendeu a mão para todas as pessoas que se viraram para Ele. Mas, em vez de alegria, Jonas ficou bravo:

Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver. Jonas 4:3.

E mesmo depois que Deus estendeu a mão para Jonas, novamente com grande compaixão, ele respondeu: “E ele disse: Faço bem que me revolte até à morte.” Jonas 4:9.

De Jó. Jó sofreu com a grande perda de seus 10 filhos, com a perca e a devastação de toda a sua riqueza material, a doença física, aparentemente mortal que se abateu sobre ele e os maus conselhos de seus amigos e de sua esposa para que blasfemasse contra Deus. 

Este homem justo de Deus perdeu literalmente tudo. A Bíblia diz que ele era homem sincero, honesto, justo, temente a Deus e que se desviava do mal. Tão grande era o seu sofrimento e tragédia que mesmo a sua própria esposa disse: “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.” Jó 2:9.

Embora Jó mantivesse sua fidelidade a Deus durante toda a sua vida, ele ainda lutava profundamente através das trincheiras da dor:
Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei? Jó 3:11.

Nunca estive tranquilo, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação. Jó 3:26.

A minha alma tem tédio da minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei na amargura da minha alma. Jó 10:1.

No livro de Jó capítulo 42.10 em diante encontramos o resultados de sua perseverança diante de Deus. 

De Moisés: Moisés entristeceu-se e conturbou-se por causa do pecado de seu povo.

Em seus sentimentos e abatimentos por causa da raiva e traição de seu próprio povo contra Deus, Moisés, como líder, estava prestes a desistir. Ele veio de sua experiência na montanha com Deus, com os mandamentos na mão, apenas para descobrir que os israelitas estavam em caos completo e em pecado de idolatria adorando o bezerro de ouro, que é abominação contra o Senhor Deus. Seu coração clamou a Deus porque ele se sentiu desesperado vendo o povo desviado daquilo que Deus havia ordenado e mesmo assim ainda achou forças e orou a Deus em favor do povo dizendo:

Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Êxodo 32:32.

Do profeta Jeremias: Jeremias lutou com grande solidão, sentimentos de derrota, e insegurança.
Também conhecido como o profeta chorão, Jeremias sofria de constante rejeição pelas pessoas que amava. Deus o havia chamado para pregar e ainda o proibiu de se casar e ter filhos. Ele vivia sozinho, ele ministrou sozinho, ele era pobre, ridicularizado e rejeitado por seu povo.

Em meio a isso, ele mostrou grande fé e força espiritual, e ainda assim vemos também a sua honestidade enquanto lutava com desespero e uma grande sensação de fracasso:

Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz. Jeremias 20:14.

Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha? Jeremias 20:18.

Do Senhor Jesus. Mesmo o próprio Senhor Jesus estava profundamente angustiado sobre o que estava para acontecer com dele.

Ele sabia o que estava por vir. Ele sabia que Deus o havia chamado para uma jornada de grande sofrimento, ele sabia o que devia acontecer para que nós pudéssemos viver verdadeiramente livres.

Nosso Salvador e Senhor estava disposto a pagar o preço em nosso nome, mas não foi um caminho fácil. Isaías profetizou que Cristo seria “um homem de dores, e experimentado no sofrimento.” Isaías 53:3.

Podemos ter a certeza que tudo o que enfrentamos aqui neste mundo, Jesus entende; nossas fraquezas, nosso sofrimento, nossos maiores momentos de tentação e de desespero, etc, porque Ele também sofreu e padeceu tudo o que sofremos, mas sem pecado.

No jardim do Getsêmani durante a noite, Jesus orou sozinho clamando a Seu Pai, pedindo-lhe que se tivesse outra forma ou outra maneira de cumprir Sua missão, que assim Deus o fizesse, mas por fim declarou ao Pai: “faça-se, cumpra-se a tua vontade e não a minha”. 

E disse aos seus discípulos: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. Marcos 14:34-36.

A Bíblia diz que tão grande era sua angústia e sua agonia que Ele suava “gotas de sangue.” Lucas 22:44.

O que é verdade sobre todas estas histórias e muitos outras é esta: Deus estava com eles. Próximo deles. Bem perto deles.
Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. Salmos 34:18.

A maior verdade é esta, temos um Salvador que compreende nossa dor, que sabe sobre todas as fraquezas e mágoas, e estende a mão com compaixão e esperança sobre nossas vidas para nos socorrer diariamente. 

Jesus é tudo em nossas vidas. Ele é o médico dos médicos para curar até aquilo que os médicos da terra dizem que não tem cura. Ele é o nosso Redentor onipotente. Ele é quem restaura nossa sorte e é o restaurador e renovador de nossas esperanças. Ele é nosso amigo fiel.

Ele não nos deixará perder o tempo do sofrimento que enfrentamos, mas vai usá-lo, de alguma forma, para trazer-nos um novo propósito e através das nossas experiências seremos capacitados para ajudar os outros a serem fortes na fé também e sermos todos mais que vencedores em Cristo Jesus. 

A depressão já é considerada uma doença comum que afeta muitas pessoas, muita gente pelo mundo afora em nossos dias. No entanto, as estatísticas dizem-nos que apenas cerca de um terço das pessoas que estão deprimidas realmente recebem tratamento. Quanto mais cedo se procura o tratamento médico, mais há probabilidade e chances de cura. Muitos não procuram tratamento achando que não estão doentes e enquanto isso a doença mais se agrava e se aprofunda.

Isso é lamentável, uma vez que a maioria daqueles que procuram tratamento relatam sentir-se melhor dentro de poucas semanas. É também sabido que a depressão está associada à causa de mais de dois terços de suicídios relatados anualmente. A depressão é a doença psicológica que mais tem feito vítimas nos últimos tempos. 

Hoje temos muitos recursos. Procure ajuda médica, procure ajuda espiritual, temos hoje tratamentos médicos eficientes. A ajuda está disponível, procure-a enquanto é tempo. Não tente esconder sua dor e seu sofrimento; você não deve lutar sozinho(a) e não deve lutar por conta própria. Fale com um amigo ou conselheiro, um médico, para se orientar e tratar.

Procure tratamento profissional e cuidados médicos. Deus sempre nos dá uma saída,  porque para Deus nada é impossível. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 14 de maio de 2018

TIPOS DE MÃES SEGUNDO A BÍBLIA

TIPOS DE MÃES SEGUNDO A BÍBLIA 

A dádiva de ser mãe. 

“Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom senso.” (1Timóteo 2:15).

Ser Mãe é a expressão do Amor de Deus. Ser mãe é uma dádiva de Deus. Ser mãe é receber de Deus um sublime dom. (Gerar filhos para a posteridade da família).

Ser mãe é receber um singelo dom. (Pois não existe outra forma de gerar o homem a não ser do ventre de uma mãe).

Ser mãe é receber um perpétuo dom. (Ela concebe um ser que nasce para ser eterno, que nunca morrerá).

Dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o ser humano que Ele criou.

Por 289 vezes a palavra “mãe” ou “mães” aparece na Bíblia. Lendo-as, notamos que o princípio segundo o qual as mães devem ser honradas (Êxodo 20.12), junto com os pais, é repetido várias vezes, no Antigo e no Novo Testamento.

Elas devem ser honradas por serem mães, mesmo que seus conselhos ou práticas não devem ser seguidos. Temos na Bíblia histórias de mães magníficas e outras nem tanto. Devemos logo afirmar que, embora haja uma imensa influência delas sobre os seus filhos, elas não são responsáveis pelas escolhas que eles fazem.

A MISSÃO DE SER MÃE

“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de ser mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava à mulher de uma de suas funções mais importante na vida, a de gerar filhos. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2).

Ser mãe é mais ou menos assim: muitas noites acordadas, cansaços físicos, renúncias, ingratidões, uma tarefa difícil, árdua. Porém é extremamente gratificante para a mãe ver o filho que ela amamentou crescido, criado, formado, bem encaminhado na vida.

É honroso para a mãe ver em seus filhos suas próprias virtudes. É alentador para a mãe ser reconhecida por seus filhos como aquela que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis, educando, corrigindo, formando, protegendo, consolando, animando.

Todo e qualquer investimento, afim de que seja próspero tem que ter uma boa mão de que o cuida. Assim é a mãe, para que seu filho seja prospero durante sua vida.

As várias funções da Mãe:

Gerar (conceber). Alimentar. Consolar. Dar amor. Proteção. Educar. (ensinar, edificar, exortar, corrigir, repreender). “Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele”. Pv 22:6.

 “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagrada letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo”. II Tm 3:14,15.

Não vamos mencionar aqui as mães desse mundo moderno que teem a dupla função de trabalhar em casa e trabalhar fora de casa. Hoje em dia é muito comum isso acontecer por vários fatores.   


AS VÁRIAS MÃES DA BÍBLIA

1. Estamos hoje homenageando as mães, um tributo necessário àquelas que podem ser consideradas mães de verdade! Sabemos que muitas mulheres não são dignas de serem chamadas de mães, pois abortam seus filhos, ou assassinam filhos, jogam-nos na lata de lixo. Há também mães que impõem sobre seus filhos torturas, castigos extremos, sofrimento, abandono, etc., sem falar naquelas que desonram seus filhos pelo comportamento pecaminoso que exercem, quando descambam para a prostituição, drogas.

2. Porém a grande maioria das mulheres, honram de fato a posição de mães que ocupam. Fazem de tudo para que seus filhos possam vir a ter vidas honradas na sociedade em que vivem. Muitas delas dão até mesmo a própria vida pelos seus filhos, fazendo de tudo para que possam crescer e ocupar espaços de destaque no mundo em que vivemos. Há exemplos de mães que, até mesmo, passaram privações, fome, para que seus filhos se formassem numa faculdade.

Nas Escrituras Sagradas  encontramos vários exemplos de mães, os quais queremos trazer nesta matéria.

Alguns exemplos negativos e positivos de mães dentro da Bíblia que é a palavra de Deus. 

A – EXEMPLOS NEGATIVOS:

I – AGAR, A MÃE DISPLICENTE

Gn 21.13-18, “13 Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente. 14 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou pão e um odre de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba. 15 Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela o menino debaixo de um dos arbustos 16 e, afastando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou. 17 Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. 18 Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo”.

1.. Agar vem do hebraico “rgh”, Hagar, significado “vôo”.

2. Notem que Agar, mesmo sabendo da parte de Deus, que Ismael seria pai de muitas nações, abandonou o seu filho achando que o menino ia morrer. Foi incrédula e displicente! Parece que Agar era de fato era “avoada”, conforme nos indica seu nome.


II – REBECA, A MÃE PARCIAL

Gn 25.28, “Isaque amava a Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó”.

1. Nome “Rebeca” – Hebraico “hqbr” – Ribqah – significado “amarrar firme”, “corda com laçada para amarrar animais pequenos”.

2. Todos nós sabemos da trama familiar montada por Rebeca, motivando e incentivando Jacó a enganar seu irmão Esaú, e que em virtude desta trama recebeu a bênção da primogenitura de seu pai Isaque, em lugar de seu irmão.

Tal posição de Rebeca motivou uma intriga familiar muito séria – ódio e ameaça de assassinato. De seu nome podemos deduzir que ela apenas “se amarrou” apenas Jacó, quando de fato era mãe também de Esaú.

B – EXEMPLOS POSITIVOS:

I – EVA, A MÃE DE TODA HUMANIDADE

Gn 3.20, “E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos”.
A palavra “Eva” – “hwx” – Chavvah – significa “vida”, “vivendo”.

A primeira mulher recebeu este nome por ser a mãe de todos os seres humanos. Como seu próprio nome indica, Eva deu origem ao processo de “vida” dos seres humanos a partir dela, recebendo o privilégio de ser chamada a “mãe de toda a humanidade”.

II- SARA, A MÃE SÍMBOLO DE FÉ

Hb 11.11-12, “11 Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. 12 Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar”.

Nome “Sara” – Hebraico “hr s” – Sarah – significado “nobre”, “magnífica”, “princesa”.

Sara é um exemplo de fé para todas as mães, uma vez que mesmo sendo impossível gerar um filho pela sua idade avançada, creu nas promessas divinas e Deus a tornou fértil. Assim ela gerou Isaque, que seria o continuador da descendência de Abraão. Vemos nela de fato uma “princesa da fé”, podendo ser exemplo para todas as mães. Sua fé é inigualável e deve ser copiada por todas as mães.

III – JOQUEBEDE, A MÃE “AMA DE CRIAÇÃO” DE SEU PRÓPRIO FILHO

Êx 2.1-9, “1 Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. 2 E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. 3 Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio. 4 A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder. 5 Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. 6 Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus. 7 Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança? 8 Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. 9 Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou”.

Nome “Joquebede”, Hebraico “dbkwy” – Yowkebed – significado “Javé é a glória”.

Sabemos que Joquebede foi a ama de seu próprio filho, Moisés. Quando a criança, para escapar da morte, foi colocada sobre o leito do rio e apanhada pela filha de Faraó, Joquebede foi chamada para ser-lhe “ama de criação”.

Isto aconteceu porque Joquebede colocou Miriã, sua filha mais velha, para vigiar a criança que deslizava no leito do rio. Foi Miriã que ofereceu à filha de Faraó, os serviços de sua mãe como “babá”, o que foi aceito pela princesa. De fato seu nome indica que Joquebede foi uma promotora da “glória” de Javé.

IV – ANA, A MÃE SUPLICANTE

1 Sm 1.10-18, “10 levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente. 11 E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. 12 Demorando-se ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, 13 porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada 14 e lhe disse: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho! 15 Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR. 16 Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora. 17 Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.18 E disse ela: Ache a tua serva mercê diante de ti. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste”.
O nome “Ana”, Hebraico “hnx” – Channah, significado “graça”.

Ana foi a mãe de um dos maiores sacerdotes-profetas do Velho Testamento, o profeta Samuel. 

Porém, sabemos as dificuldades que ela enfrentou devido à sua esterilidade, que a motivou a “chorar” na presença de Deus, junto ao templo. Vimos que até mesmo o sacerdote Eli a teve por embriagada. Em seu pedido suplicante, ela ofereceu seu filho para o serviço de Deus, cumprindo seu voto mais adiante.
Note que em sua súplica, Ana achou “graça” diante do Senhor.

V- RISPA, A MÃE MODELO

Mãe amorosa, não abandonou seus filhos nem quando morreram; passando aproximadamente seis meses enxotando as aves de rapina para que não comessem os corpos de seus dois filhos expostos na terra. Foi honrada por rei Davi, enterrando seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel. (2 Sm. 21:8-14).

Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos? Uma tristeza.

Rispa, foi uma mãe virtuosa que entendeu e aceitou a missão de ser mãe. Uma mãe verdadeiramente convertida aos seus filhos. (Malaquias 4:6).

Mesmo em face ao sofrimento, e morte, não abandonou seus filhos nem de dia e noite ficava perto de seus corpos não deixando as aves devorar seus corpos.

Quantas mães já desistiram de seus filhos deixando que as aves das drogas, dos traficantes, prostituições, más companhias, os pecados diversos, filmes e revistas pornográficas, namoros fornicares, namorados dormirem na casa.

Enxote essas aves de seus filhos, mande embora, mas não perca seus filhos.

VI – MARIA, A MÃE AGRACIADA E SOFREDORA.

Lc 1.30-33, “30 Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”.

Lc 2.34-35, “34 Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição 35 (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”.

1. Nome “Maria” – Grego – “Maria” – Maria; Hebraico – “Myrm” – Miryam – significado “rebelião”.

2. Maria hospedou em seu ventre o Filho de Deus, o Deus Encarnado, para depois vê-lo ser sacrificado em prol dos pecados humanos, 1 Co 15.3, “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras”. Certamente Maria, agonizou junto à cruz de seu filho. Talvez, esta mulher de Deus, seja a única das mães citadas, cujo nome não faz juz ao seu significado, uma vez que jamais foi “rebelde”. A vida de Maria se resume no seguinte ato de obediência: “Cumpra-se em mim segundo a sua palavra”, Lc 1.38.

AS BÊNCÃOS DA MÃE VIRTUOSA

Será sempre lembrada em suas virtudes . Não será esquecida nem quando morrer. Será sempre amada. Seu caráter estará evidente em seus filhos e na sua posteridade. Deus a honrará como honrou a Rispa.

O amor de Deus representado simbolicamente pelo amor de mãe: “ Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que se compadece do filho do seu ventre? Mas ainda que essa viesse esquecer-se dele, eu, todavia , não me esqueceria de ti”. Is 49:14,15.

“Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho… Todavia eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para com eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer”. Os 11:1,3,4.

Deus abençoe cada dia as mães. Para que compreendendo a sua missão na terra, nunca desfaleça, nunca desista, nunca desanime, pois estará plantando uma semente, regando com amor, paciência e oração.

HISTÓRIA DO DIA DAS MÃES SEGUNDO A TRADIÇÃO SECULAR

História do Dia das Mães

Origens da comemoração na Grécia, Roma, Inglaterra, Estados Unidos, significados, oficialização da data, tradição da entrega de presentes, comercialização desta data comemorativa.

No Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Vamos entender um pouco mais sobre a história do Dia das Mães.

História do Dia das Mães

Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens à deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem  homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias (entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele,  mãe dos deuses.

Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.

Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”.  Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.

Nos Estados Unidos, a ideia de criar uma data em homenagem às mães foi proposta, em 1904, por Anna Jarvis. A ideia de Anna era criar uma data em homenagem a sua mãe que havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana. Seus pedidos e sua campanha deram certo e a data foi oficializada, em 1914, pelo Congresso Norte-Americano. A lei, que declarou o Dia das Mães como festa nacional,  foi aprovada pelo presidente Woodrow Wilson. Após esta iniciativa, muitos outros países seguiram o exemplo e incluíram a data no calendário. 

Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. A essência da data estava sendo esquecida e o foco passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas e pelo marketing, com objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estava se perdendo. Ela tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.