segunda-feira, 15 de julho de 2019

ANJOS EXISTEM OU NÃO

ANJOS EXISTEM OU NÃO?


Quem criou os anjos bons? Quem criou os anjos maus?

Então existem anjos bons e anjos maus?

Sim, vamos começar com o que a Bíblia diz sobre anjos bons. Eles existem sim. Os anjos são seres espirituais que servem a Deus e ajudam o povo de Deus. 

Eles fazem a vontade de Deus, transmitem mensagens e ajudam os crentes na batalha espiritual. Não devemos orar para anjos.

Que tipos de seres são os anjos?

Os anjos são espíritos criados por Deus (Hebreus 1:14). 

1.     Eles moram e atuam na dimensão espiritual de nosso mundo, que normalmente não conseguimos ver. 
2.    Em certas ocasiões, Deus permite que anjos apareçam a algumas pessoas, por um motivo especial. Alguns anjos na Bíblia apareceram com a aparência de um homem.

O que os anjos fazem?

Os anjos fazem várias coisas:

Louvam a Deus; estão na presença de Deus e louvam constantemente Sua glória. Salmos 148:1-2.

Transmitem mensagens de Deus. “Anjo” significa “mensageiro”; na Bíblia Deus enviou anjos para transmitir mensagens importantes a algumas pessoas. Lucas 2:8-11.

São guerreiros de Deus. Os anjos lutam contra os demônios e as forças aliadas ao diabo, ajudando o povo de Deus a resistir aos seus ataques. Apocalipse 12:7-8.

Ajudam e protegem os salvos. Os anjos ajudam a dar força ao crente nas lutas espirituais. Êxodo 23:20; Mateus 18:10.

Realizam milagres. Alguns anjos na Bíblia fizeram coisas milagrosas para ajudar certas pessoas. Atos dos Apóstolos 12:7-10.

Trazem castigos. Os anjos obedecem a Deus e executam o julgamento divino. Mateus 13:41-42.
Obedecem às ordens de Deus com relação aos que o temem, para os guardarem em todos os seus caminhos. Salmo 91.11

A Bíblia fala sobre anjo da guarda?

Anjo da guarda existe?

Não há base bíblica para acreditar em anjo da guarda. Deus envia anjos para ajudar mas não diz cada pessoa tem um anjo designado para lhe proteger ao longo de sua vida.

Sobre os anjos a Bíblia diz que:

Estão sujeitos a Deus e só obedecem a Ele, não a nós.

Anjos protegem os crentes em Jesus quando em perigo iminente e por ordem expressa de Deus. Hebreus 1:14.

A Bíblia não nos diz que temos um anjo da guarda. 

A Bíblia não nos diz que cada pessoa recebe um anjo da guarda ao nascer, apenas diz que existem anjos que nos ajudam por ordem de Deus. 

A Bíblia não diz que os anjos intercedem por nós junto de Deus. Só Jesus intercede junto ao Pai, (1 Timóteo 2:5), e o Espírito Santo intercede por nós até com gemidos inexprimíveis. Romanos 8.26-27.

Devemos ou podemos pedir ajuda aos anjos?
Não. Devemos pedir ajuda somente à Deus. 

Cristãos falecidos se tornam anjos? Não.

Na ressurreição seremos parecidos com anjos mas não iguais. Teremos um corpo glorificado como o que Jesus o recebeu ao ressuscitar dentre os mortos, se fazendo as primícias dos que dormem. Cabe aqui a aplicação do texto bíblico a seguir.

1 Coríntios 15:20-34

20 Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. 

21 Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 

22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. 

23 Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. 

24 Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força. 

25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. 

26 Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. 

27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas. 

28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

29 Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles, então, pelos mortos? 

30 Por que estamos nós também a toda hora em perigo? 

31 Eu protesto que cada dia morro gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus, nosso Senhor. 

32 Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos, que amanhã morreremos. 

33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 

34 Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.

Você sabe o que são Anjos,  querubind e Serafins?

O trabalho dos anjos normalmente nos passa despercebido mas é assim que deve ser. O poder e a autoridade aos anjos vem todo de Deus. Só Deus merece nosso louvor e nossas orações, assim como os anjos adoram a Deus vinte e quatro horas por dia nós também devemos fazer o possível e o impossível para adorar a Deus em espírito e em verdade por todo o tempo e o tempo todo. Dar importância a um anjo da guarda tira o foco de Deus, que é nosso verdadeiro protetor. (Colossenses 2:18).

A hierarquia dos Anjos é definida pela vontade de Deus. 

Então os anjos têm hierarquia? A Bíblia fala sobre quantos anjos existem?

A Bíblia não fala diretamente sobre hierarquias de anjos mas eles são bem organizados. De acordo com a informação da Bíblia, alguns anjos têm funções especializadas, são guerreiros, mensageiros, etc. Alguns anjos têm mais poder que outros e têm nomes diferentes como arcanjos, querubins e serafins.

O que são Querubins e Serafins ?

A Bíblia diz que existem muitos anjos. Eles formam exércitos muito grandes (Apocalipse 5:11). Mas apenas encontramos na Bíblia o nome de dois anjos: Gabriel e Miguel. 

Os anjos normalmente não chamam atenção para si. Tudo que fazem é para a glória de Deus.

Como devemos tratar os anjos?

Os anjos são servos de Deus, tal como todos que amam e seguem Jesus. Não devemos adorá-los, porque tudo que eles fazem vem de Deus. Os anjos não querem nossa adoração (Apocalipse 22:8-9).

Também não devemos orar para os anjos. Eles não intercedem por nós nem estão sujeitos a nós. Os anjos obedecem apenas às ordens de Deus. Por isso, devemos orar para Deus, pedindo Sua ajuda e proteção, e Ele enviará Seus anjos quando é necessário.

Se alguém recebe uma mensagem de um anjo, deve analisar essa mensagem à luz da Bíblia. (Gálatas 1:8). Apenas deve aceitar a mensagem se estiver de acordo com a Bíblia. 

As forças do diabo por vezes se disfarçam de anjos para nos enganar. (2 Coríntios 11:14-15).

Existem anjos caídos? Eles têm nomes? Quem são eles?

Sim, a Bíblia diz que anjos caídos existem mas não fala seus nomes. O único anjo caído com nome na Bíblia é Satanás. Os outros anjos caídos são os servos do diabo, que rejeitaram a Deus.

A Bíblia não diz se esses anjos caídos são a mesma coisa que os demônios mas são todos seres espirituais virados para o mal.

Os anjos, como os humanos, têm livre-arbítrio: podem fazer escolhas. Liderados pelo diabo, alguns anjos decidiram pecar e por isso foram expulsos da presença de Deus. Esses são os anjos caídos.

A Bíblia fala que Deus prendeu os anjos que pecaram. Agora eles esperam o Juízo Final, quando serão condenados à destruição, junto com o diabo (Mateus 25:41; 2 Pedro 2:4; Judas 1:6). Não podemos ter a certeza, mas se os anjos caídos são demônios, então ainda têm alguma influência sobre o mundo.

O Anjo decaído Lúcifer, Satanás ou Demônio, era a criatura angélica perfeita saída das mãos de Deus; foi-lhe dada uma reconhecida autoridade e superioridade sobre os outros anjos e, pensava ele, também, sobre tudo quanto Deus estava para criar. 

Todo plano da criação, com efeito estava orientada para Cristo. Daí a rebelião de Satanás, que queria continuar a ser o primeiro absoluto no centro da criação, ainda que em oposição aos desígnios que Deus estava para realizar. Nesta condição ele foi expulso do reino de Deus; houve uma grande batalha no céu . Miguel e seus anjos tiveram que combater o dragão. O dragão e seu anjos travaram combate, mas não prevaleceram. 

E já não ouve, não existiu mais lugar no céu para eles. 

Então foi precipitado o grande dragão, a primitiva serpente, chamado demônio e satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com eles o seus anjos. (Ap.12,7-9)

Por isso os seus esforços para dominar no mundo. (o mundo está sob o poder do maligno, 1Jo 5,19) e de sujeitar o homem ao seu serviço desde os nossos primeiros pais, querendo que lhe obedecem a ele, em oposição às ordens de Deus.

Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus e que inveja homem, os faz cair na morte, porque Deus ousou-nos chamar-nos de filhos e impregnados de sua imagem e semelhança. As escrituras vêem neste ser um anjo, uma criatura, destronado, chamado Satanás ou Diabo.

As escrituras falam de um pecado desses anjos. Esta queda consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radicalmente e irrevogavelmente a Deus e seu reino. Temos uma reflexão desta rebelião nas palavras do Tentador ditas aos nossos pais: “ vos sereis como deuses”. (Gn 3,5). 

O Diabo é” pecador desde o princípio”. (1 Jo 3,8), “ele é o pai da mentira”. (Jo 8,44).

O pai da mentira é o diabo. Jo.8.44. Mas será que o diabo existe mesmo?

Algo muito estranho aconteceu no céu. 

"Um terço dos anjos caiu com Lúcifer?"

Embora não haja um versículo que diga "um terço dos anjos caiu do céu", alguns versículos, quando juntos no contexto do assunto,  nos levam a essa conclusão. Algum tempo após a sua criação, e certamente depois do sexto dia, quando tudo foi declarado "muito bom" (Gênesis 1:31), Satanás se rebelou e foi expulso do céu.

"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!" (Isaías 14:12). 

Jesus disse: "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago", (Lucas 10:18), e no livro do Apocalipse, Satanás é visto como "uma estrela caída do céu na terra" (Apocalipse 9:1).

Também recebemos o relato de que um terço de "incontáveis hostes de anjos" (Hebreus 12:22) escolheu se rebelar com ele. 

João viu uma grande maravilha no céu: "... e eis um dragão, grande, vermelho... A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra… E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”. (Apocalipse 12:3-9).

Uma vez que Satanás é mencionado como uma estrela que caiu ou foi lançado para a terra, e 

Apocalipse 12:4 diz que um terço das estrelas foi expulsa com ele, então a conclusão é que as estrelas em Apocalipse 12 se referem a anjos caídos, ou seja, a um terço das hostes celestiais. 

Se o número de um terço for de fato exato, temos aí a garantia de que Dois terços dos anjos ainda estão do lado de Deus, e para os seguidores de Cristo, eles também estão do nosso lado.

O diabo existe? Quem é esse ser maléfico conhecido como diabo?

Sim, a Bíblia diz claramente que o diabo existe. O diabo é um ser criado por Deus mas que se rebelou contra Ele. O diabo quer nos destruir e tenta nos induzir ao pecado. No Juízo Final o diabo será destruído no lago de fogo.

O diabo é uma metáfora para o mal?

Não, o diabo não é apenas uma metáfora para o mal. O diabo é uma pessoa. A Bíblia diz que o diabo é um ser espiritual, como os anjos. Ele foi criado por Deus mas escolheu o mal. Por isso ele está debaixo da condenação de Deus. Agora o diabo luta contra Deus e tenta destruir Suas obras. (1 Pedro 5:8).

Então foi Deus quem criou o mal?

O diabo não é uma entidade abstrata, é um indivíduo com personalidade. A Bíblia nos mostra o diabo conversando com pessoas, cara a cara, ele fala na boca das pessoas possessas ou possuídas por ele. Ele tomou a forma de uma serpente para enganar Eva e pode se disfarçar como anjo de luz para enganar até os escolhidos de Deus. (2 Coríntios 11:14). O diabo vive na parte espiritual do mundo chamada de “hostes espirituais da maldade nos ares celestiais” ou seja no mundo em que vivemos, podendo entrar dentro de pessoas e influenciar suas ações. (Lucas 22:3).

O diabo é um “deus maléfico” ou é  a personificação de todo o mal?

Não, o diabo não é um deus. Ele gostaria de ser adorado como um deus mas é apenas um ser criado por Deus e que se rebelou contra Deus.

O diabo é forte mas não é todo-poderoso, é inteligente mas não sabe tudo. Ele apenas pode imitar (mal) as obras de Deus e realiza até “milagres e prodígios da mentira “.

A vinda de Cristo para arrebatar a sua igreja querida, à noiva do Cordeiro,  será precedida de manifestações do anticristo, que vai “operar, realizar” muitos sinais e prodígios da mentira. Vejam todo o texto bíblico abaixo para sua melhor compreensão. 

2 Tessalonicenses 2:1-17.

1  Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele, 

2 que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto. 

3 Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 

4 o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. 

5 Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 

6 E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; 

8 e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 

9 a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, 

10 e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 

11 E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, 

12 para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.

13 Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade, 

14 para o que, pelo nosso evangelho, vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. 

15 Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.

16 E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança, 

17 console o vosso coração e vos conforte em toda boa palavra e obra.

O diabo já foi derrotado por Deus. Quando Jesus morreu e ressuscitou, ele derrotou o poder do diabo (Hebreus 2:14-15). O diabo já sabe que perdeu. No fim dos tempos, ele será lançado no lago do fogo.

Porque será que Deus criou o diabo?

O diabo pode controlar as pessoas?

O diabo apenas pode controlar quem o deixa ter controlo de sua vida. Quem vive no pecado dá poder ao diabo na sua vida, dá legalidade aos demônios para interagir na vida da pessoa. (1 João 3:8). 

O diabo também pode enviar seus demônios para causar problemas. Mas o diabo não tem poder absoluto sobre as pessoas. Com Jesus, podemos ficar livres e libertos do poder do diabo e das trevas. 

O diabo trabalha principalmente por influência. Ele traz tentação e tenta convencer as pessoas a pecar. O diabo é enganador e é muito bom mentiroso, ele é o pai da mentira. (João 8:44). 

Ele, o diabo,  usa pequenas sutilezas para enganar e destruir a vida das pessoas.

O porque que Deus não destrói o diabo?

O diabo e o cristão: quem vence essa batalha?

Quem aceitou Jesus como seu salvador está livre do poder do pecado. O diabo já não tem direito sobre sua vida. Com a ajuda de Jesus, podemos resistir ao diabo e rejeitar sua influência (Tiago 4:7).

Será que um crente pode ser possuído por um demônio?

O diabo não gosta quando alguém aceita Jesus. Ele se enfurece e logo quer causar danos na vida da pessoa, mas agora libertos e protegidos pelo sangue de Jesus, os demônios não podem mais causar danos na vida da pessoa lavada e remida no sangue do Cordeiro. Por isso, é muito importante vestir a armadura de Deus para resistir aos seus ataques. (Efésios 6:11-12). 

Em Jesus podemos ter vitória total sobre o diabo.

Outros nomes pelos quais o diabo é conhecido na Bíblia.
Os nomes do diabo na Bíblia nos ajudam a entender melhor quem ele é. Diabo significa “acusador”. Ele acusa as pessoas, tentando levá-las ao inferno. 

Seus outros nomes são:

Satanás. Significa adversário; o diabo está contra nós. Jó 1:6.

Belzebu. Significa “rei das moscas”; o diabo é o rei das coisas desprezíveis. Mateus 12:24.

Belial. Significa “imprestável”. 2 Coríntios 6:15.

Destruidor. Em hebraico é Abadom e em grego é Apoliom. Apocalipse 9:11.

Maligno. Não há nada de bom no diabo, ele é maligno por natureza. Efésios 6:16.

Existe hierarquia no inferno?

No meio pentecostal, o mundo espiritual e a atuação dos anjos caídos é um tema muito recorrente. Expressões como “pisa na cabeça do inimigo”, “tá amarrado” e “queima, Jesus!” são muito usadas pelos fiéis e uma amostra de como a mensagem enfatiza “o outro lado”. Dentro desse contexto alguém deu uma opinião sobre a “hierarquia infernal”.

“Imaginamos que o reino do mal seja uma bagunça, sujo e desorganizado, mas não é assim. Mesmo consciente de que é um derrotado, Satanás é altamente organizado. 

O inferno existe e existe uma hierarquia infernal. O diabo comanda espíritos malignos organizados em vários grupos: principados e potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais, cada um com sua incumbência definida”.

Ainda notamos que “os principados exercem autoridade sobre outros grupos de demônios que, por sua vez, comandam outros hierarquicamente inferiores”, como por exemplo, “as potestades, que representam outro nível na hierarquia, inferior ao dos principados, mas também muito poderoso, que comanda milhares de demônios”.

A Bíblia ainda afirma que “os principados e potestades trabalham exclusivamente no mundo espiritual, para que o homem não veja a glória de Deus, não reconheça Jesus”, e os “príncipes das trevas atuam diretamente contra o Reino de Deus e contra a Igreja”. 

Mas a igreja é protegida por Deus para não sofrer danos maléficos e diabólicos. 

“As hostes espirituais da maldade nos ares celestiais são formadas por tropas, exércitos de demônios, que estão prontos para atacar a qualquer hora e em qualquer lugar onde a batalha for mais renhida. Essas entidades malignas são enviadas a todo instante contra pessoas, grupos ou nações.

Exercem autoridade também sobre os homens perdidos e sobre aqueles que rejeitam Jesus. 

O reino das trevas é tão organizado que não há divisão. Os demônios trabalham unidos. O próprio Senhor Jesus reconheceu isso em Mateus 12.25,26. Satanás é o príncipe deste século, e o mundo jaz no maligno”.

Percebemos ainda que o inimigo é tão terrível que pode transformar um simples fato em um caos na vida de qualquer pessoa, e alertamos aos fiéis lembrando que a limitação da capacidade de ação de satanás não significa que ele não possa por planos contra os cristãos em prática.

Mesmo não sendo todo-poderoso e nem onipresente e nem onipotente, ele tem alguns poderes. Quando caiu pela sua rebeldia, Lúcifer perdeu sua glória, mas não todo o seu poder. Então, fiquemos atento e permaneçamos firmes em Cristo, orando, lendo a Sua Palavra e sendo fiel à Sua vontade.


Por que a Bíblia não fala os nomes de anjos caídos?

A Bíblia não fala muito sobre anjos caídos porque essa informação não é útil. O foco da Bíblia é Deus e Sua relação com os homens, não os anjos. Os anjos caídos já foram derrotados por Deus.

Saber o nome de um anjo caído não nos vai ajudar a vencê-lo. O nome que realmente precisamos conhecer é o do Senhor Jesus Cristo, contra quem nenhuma força do mal pode resistir. (Filipenses 2:9-11). 

Esse é o principal motivo que precisamos saber alguma coisa sobre os anjos caídos.

A Bíblia nos avisa a não cair no pecado de cultuar anjos. (Colossenses 2:18). 

Os anjos, sejam bons ou maus, são seres criados por Deus, como você e eu. Não têm o poder de Deus e não devem ser adorados nem reverenciados. A Bíblia provavelmente não fala os nomes anjos caídos, bons ou maus, para não cairmos na tentação de os invocar ou adorar.

O que podemos dizer sobre a língua dos anjos?

A língua dos anjos é mencionada apenas uma vez na Bíblia, em 1 Coríntios 13:1. Essa passagem explica que o amor é mais importante do que falar muitas línguas conhecidas e ou desconhecidas. A língua dos anjos representa as línguas desconhecidas.

Os anjos têm uma linguagem  própria ou um idioma próprio?

Não sabemos. A Bíblia apenas mostra casos de anjos transmitindo mensagens em línguas que os seres humanos entendiam. Não há nenhuma referência sobre quantas línguas os anjos falam, nem se têm uma ou mais línguas  idiomas, próprias. 

O foco da Bíblia é o relacionamento entre os homens e Deus, não os anjos.

Na Bíblia os anjos falam para transmitir uma mensagem de Deus para certas pessoas, usando línguas conhecidas, ou para louvar a Deus. (Salmos 148:2). Não sabemos se os anjos têm uma língua especial para louvar a Deus.

Descubra aqui mais um pouco sobre os anjos.

Então o que Paulo queria dizer com a “língua dos anjos”?

Paulo estava explicando que o mais importante não é conhecer muitas línguas. O mais importante é ter como premissa o grande amor que Deus teve para conosco. Jo:3.16. 

As pessoas na igreja de Corinto valorizavam muito a inteligência e as manifestações de espiritualidade. Essas coisas não são erradas mas só têm valor quando amamos uns aos outros. (1 Coríntios 13:2-3). 

Os cristãos de Corinto não estavam mostrando amor de uns para com os outros, por isso o apóstolo Paulo escreveu o capítulo 13 de 1 Coríntios nos demonstrando o que é o verdadeiro amor. 

Nessa passagem, falar as “línguas dos homens” simboliza a empregabilidade da inteligência humana e a cultura secular de cada pessoa. Falar a “língua dos anjos” simboliza a espiritualidade, a ligação com o sobrenatural de Deus, à intimidade da pessoa com Deus. 

Quem tem o dom de falar em línguas fala a língua dos anjos?

Não há nenhuma referência na Bíblia ao dom de falar em línguas estar ligado à língua dos anjos. 

Por isso, não sabemos se falar em línguas estranhas é falar a língua dos anjos. Sabemos que é o fogo pentecostal derramado sobre os apóstolos no cenáculo do templo conforme Jesus lhes instruiu na sua ascensão aos céus. 

O que é falar em línguas? O que a Bíblia ensina sobre falar em línguas (seria a língua dos Anjos)?

Algumas pessoas com esse dom falam em línguas que outras pessoas entendem. Essas pessoas obviamente não estão falando a língua dos anjos. Outras pessoas falam em línguas que ninguém conhece. A Bíblia não diz que línguas são essas. 

Apenas diz que são mistérios, que só Deus entende. (1 Coríntios 14:2). Não diz que os anjos também o entendam.

A melhor forma de reagir ao trabalho dos anjos é dando graças a Deus como os anjos bons o fazem. Os anjos trabalham para dar glórias a Deus, não querem a glória para si porque sabem que esse mérito  não é seu como criaturas, mas de Deus que tudo criou. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 8 de julho de 2019

QUEM SÃO OS ANJOS E COMO SÃO DEFINIDOS NA BÍBLIA.

QUEM SÃO OS ANJOS E COMO SÃO DEFINIDOS NA BÍBLIA. 

Curiosidade: Existe a figura do “anjo ou arcanjo” “Rafael” na Bíblia evangélica? 

Trago informações importantes sobre este assunto nesta postagem e outras curiosidades sobre os anjos. 

A matéria que estuda sobre os anjos chama-se Angelologia.

A primeira coisa que devemos ser bem informados é que todos os anjos foram criados por Deus. Alguém pode questionar dizendo: mas é os anjos maus foi Deus que fez também?

Esclarecemos que todos os anjos quando foram criados por Deus eram anjos bons. Os maus se tornaram maus por seguirem os que causaram uma rebelião contra Deus nos céus. 

1.  A criação dos anjos. 

Os  anjos estão sujeitos ao governo de Deus. O importante  papel que têm desempenhado na história do homem,  torna-os merecedores de referência especial e de um estudo especial, pois, nas Escrituras Sagradas, sua existência é sempre considerada matéria pacífica desse sua criação. 

Desta forma estaremos nos ocupando em estudar a partir  do presente momento sobre os anjos, que são chamados de ministros de Deus. (Hb 1:14).

02. Definição do termo “Anjo".
     
A palavra portuguesa anjo possui origem no latim  angelus ,  que por sua vez deriva-se do grego angelos . No  idioma  hebraico, temos malak . Seu significado básico é “mensageiro” (para designar  a idéia de ofício de mensageiro). 

O grego clássico  emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No  AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes,  os  anjos aparecem  como seres celestiais, membros da corte de Yahweh,  que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores  (1Rs  19:5),  transmitem a vontade de  Deus  (Dn  8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus  (Nm  22:22), e celebram os louvores de Deus  (Jó  38:7;  Sl 148:2).

No NT, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos  aparecem como representativos do mundo celestial e  mensageiros  de  Deus. 

Funções semelhantes às do AT são atribuídas  a eles,  tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11;  Hb  1:6), são  espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11;  Hb  1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem  a vontade  dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos  (Mt  13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão  vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção  de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua  ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda. (At 1:11).

O  termo teológico apropriado para esse estudo que  ora iniciamos é Angelologia (do grego angelos , “anjo” e logia , “estudo”, “dissertação”).

Angelologia, se constitui, portanto, de doutrina  específica dentro do contexto daquilo que são denominados  de Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos.
Iniciaremos, portanto, pelo estudo da existência dos anjos.

03. Sua existência.   

Ao  iniciarmos nosso estudo de Angelologia, faz-se  necessário que assentemos biblicamente a verdade da existência  dos anjos.

A  existência dos anjos, conforme veremos a  partir  de agora,  é  claramente demonstrada pelo ensino, tanto  do  Antigo, quanto do Novo Testamentos.

a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento.

São inúmeros os textos do AT que comprovam a  realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que  se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó  1:6; 2:1;  Sl  68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17;  
Nos  textos acima vemos os anjos em suas funções  principais  de  servir e louvar a Yahweh, transmitir  as mensagens  de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e  também servir como guerreiros de Deus. 

b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento.
No  contexto do NT, os anjos não são apresentados  simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como  “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1:14). 

Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de  maneira inequívoca no NT. 

Vejamos por exemplo os textos a seguir: Mt  13:39;  13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo  1:51;  Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9.

04. Quem é o Arcanjo Miguel.

 Pretendemos  a  partir de agora estudar a  respeito  de cinco classes especiais de anjos, a começar por Miguel, o  Arcanjo.

No grego encontramos Michael, heb. mika’el. O nome  Miguel significa “quem é como El (Deus)?”.

A  tradição  sobre a existência de arcanjos  não  fazia parte  original da fé judaica. Assim, na literatura bíblica,  Miguel é introduzido em Dn 10:13,21 e 12:1 e reaparece no NT em  Jd 9 e Ap 12:7. Embora algumas literaturas tenham Gabriel como outro Arcanjo (totalizando sete na literatura apócrifa e pseudoepígrafa, onde  quatro  nomes  são revelados como Arcanjos:  Miguel,  Gabriel,  Rafael  e Uriel.

A Bíblia só revela a existência de um único Arcanjo,  Miguel. Isto é demonstrado pelo fato de que nas duas ocorrências da palavra grega archangelos , “arcanjo”, 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo aparece  ligado ao nome de Miguel.

O Miguel que se pode encontrar no NT, surge no AT  apenas no livro de Daniel. Tem responsabilidades especiais como campeão de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10:13,21), e ele comanda os exércitos  celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal  na última grande batalha. (Dn 12:1). 

Na literatura judaica recente, bem como nos apócrifos e pseudoepígrafos, o nome de Miguel é apresentado como guardião  militar  de Israel.

No NT, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. 

Em Jd 9, há  referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com  respeito ao  corpo de Moisés. Essa passagem é bastante polêmica. 

Orígenes acreditava  que isto estaria registrado num apócrifo  chamado  de “Assunção de Moisés”, mas a história não aparece nos textos existentes, porém incompletos, desta obra.

A literatura rabínica posterior  parece ter conhecimento desta história. O outro texto  em que  Miguel aparece, é Ap 12:7, que retoma o tema de Dn 12:1,  apresentando-se Miguel como sendo o vencedor do dragão  primordial, identificado como Satanás.

05. Os Serafins

O  termo hebraico é saraph. Quanto à origem exata  e  a significação desse termo, não existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva-se da raiz hebraica saraph , cujo significado é “queimar”, o que daria a idéia de que os Serafins  são anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode  significar “consumir com fogo”, mas também “rebrilhar” e “refletir”.

A única menção a esses seres celestiais nas páginas das Escrituras  Sagradas fica no livro de Isaías (Is 6). Os  serafins aparecem  associados com os Querubins na tarefa de  resguardar  o trono  divino.   

Os seres vistos por Isaías, (os Serafins), tinham aparência de forma  humana, muito   embora  possuíssem  seis asas cada um. (Is 6:2).

Estavam postos  acima  do trono  de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor. Uma dessas criaturas entoava um refrão que Isaías registra com suas palavras: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;  a terra inteira está cheia da Sua glória”.  (Is  6:3). 

Tão vigorosa era esta adoração, que é dito que o limiar do Templo divino se abalava e o santo lugar ficava cheio de fumaça.

Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías  os Serafins  constituíam uma ordem de seres  angelicais  responsáveis por certas funções de vigilância e adoração. No entanto, parecem ser criaturas morais distintas, e não apenas projeções da  imaginação  ou personificação de animais. Suas qualidades morais  eram empregadas exclusivamente no serviço de Deus.

06. Os Querubins.
     
No hebraico, temos o termo keruhbim, plural de kerub . No  grego cheroub que é uma palavra de etimologia incerta.

No  AT esses seres são apresentados como  simbólicos  e celestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência de  guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi creditada aos dois Querubins dourados, postos em  cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a  arca no santíssimo lugar. Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5), onde simbolicamente  protegiam os objetos guardados na arca, e proviam,  com  suas asas  estendidas, um pedestal visível para o trono  invisível  de Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1, para entender essa figura). 

No livro de  Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus,  que  continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Também foram bordados Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).

Tem sido objeto de críticas acirradas, o fato de que os povos  vizinhos de Israel possuíam criaturas  aladas  simbólicas.

Especialmente  os  Heteus popularizaram os grifos,  uma  criatura altamente complicada com corpo de leão, cabeça e asas de águia  e com a aparência geral semelhante à de uma esfinge. 

Por estes  motivos,  alguns críticos têm conjeturado que Israel tenha tomado esse  costume por empréstimo desses povos vizinhos.  No  entanto, fica bastante claro que a situação é inversa: os povos vizinhos é que deturparam a simbologia israelita, adaptando-a às suas  crendices.  Exemplo disto, é a conhecida “Epopéia de Gilgamesh”,  uma história babilônica do dilúvio, obviamente tomada por  empréstimo do relato bíblico.

07. O Anjo Gabriel.
     
O  vocábulo hebraico Gabriel significa “homem de  Deus” (heb.geber , “varão” e El, forma abreviada de Elohim , “Deus”).

No  AT,  Gabriel aparece apenas em Daniel, e  ali  como mensageiro  celestial  que surge na forma de um homem.  (Dn  8:16; 9:21). 

Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão  (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio profeta Daniel (Dn 9:22).

No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas  que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro  angelical  que anuncia grandes eventos como por exemplo o nascimento de João (Lc  1:11-20) e principalmente o de Jesus. (Lc 1:26-38).

Também é apresentado como aquele que “assiste diante de Deus” (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se  que Gabriel  é o portador das grandes mensagens divinas aos  homens.

Podemos concluir sobre as atividades principais desses anjos nominados e conhecidos por seus nomes dados por Deus dizendo que na Bíblia Gabriel é o “anjo mensageiro” e Miguel o “anjo guerreiro”.

08. O Anjo do Senhor
     
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que  por sua vez está estritamente relacionado com as  Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor.

Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em  Teofanias,  mas especificamente Teofanias onde as aparições de  Deus ou do próprio Senhor Jesus ou de Anjos enviados pelo Senhor,  se davam de forma humana. Lembrando que Deus só apareceu uma única vez, assim mesmo pelas costas, à Moisés. Quando Moisés viu tamanha glória resplandecente já estava à ponto de cair morto. 

A  expressão “Anjo do Senhor” ou sua variante “Anjo  de Deus”,  se encontram mais de cinquenta vezes no AT.  Portanto,  é necessário algumas considerações acerca desse personagem, que  se reveste de grande importância quando tratamos da possibilidade da encarnação desse ou desses seres angelicais em forma humana. 

A primeira aparição bíblica do “Anjo do Senhor”, foi no episódio  de  Agar, no deserto (Gn 16:7).  Outros  acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn  31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.

A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou  várias  tarefas semelhantes às dos anjos em geral. Às vezes,  Suas aparições eram simplesmente para trazer mensagens do Senhor Deus, como  por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em outras  aparições, Ele  fora enviado para suprir necessidades (1Rs 19:5-7)  ou  para proteger o povo de Deus de perigos (Êx 14:19; Dn 6:22).

Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram unânimes, entretanto, não há porque duvidar da  antiquíssima interpretação Cristã de que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações pre-encarnadas da segunda  pessoa da Trindade, ou seja, do Senhor Jesus o Filho unigênito do Pai.

Desejamos, portanto, apresentar a seguir três  argumentos  bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do  Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado.

Josué 5:14 Quando o Anjo do Senhor apareceu a  Josué, diz a Palavra do Senhor que ele “…se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo?”. Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (ou  melhor, o  Senhor  Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o  anjo  (caso fosse simplesmente “um anjo”) teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.

Jz 13:18 Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias  a respeito desta passagem, reputamos a mesma  como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o  Seu  nome, Ele responde: “…porque perguntas assim  pelo  meu nome, visto que é maravilhoso ?” Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e  ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.

A  terceira prova escriturística que queremos  apresentar é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo “o Anjo do Senhor” como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular “o” deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido  “um”. Alguns exemplos disto, são os textos de Lc  1:11;  At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros.

Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se  encontram com o artigo indefinido “um”, o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.

Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no  contexto do NT, contemporâneo ou posterior à  Encarnação,  as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).

Existe a figura do Anjo ou “Arcanjo” Rafael na Bíblia evangélica?

Existe na Bíblia Evangélica a figura do Anjo ou Arcanjo Rafael? Claro que não. Mas está sendo proclamado em várias correntes chamadas de neopentecostais que ele existe e é o que aparece como “anjo da cura" no livro do profeta Daniel. 

Ali no livro do profeta Daniel o que aparece é o arcanjo Miguel, único arcanjo mencionado em toda a Bíblia conhecida como Bíblia oficial dos evangélicos em todo o mundo. 

A figura do “arcanjo Rafael” aparece somente nos livros apócrifos e suas “estórias” contadas ali são duvidosas e portanto não são confiáveis.  

Deus só permitiu que fossem conhecidos pelo nome um Arcanjo de nome “Miguel” e um Anjo de nome “Gabriel “, sem contarmos com “Lúcifer” o anjo da perdição. 

Quero lembrar aqui que sempre apareceram anjos, por ordens de Deus, para socorrer e ajudar alguém ou algum povo ou alguma nação que esteja clamando por socorro, porém sem mencionar o nome de qualquer um  deles. 

Vejamos como, onde é quando aparece a figura do “arcanjo Rafael”.

Segundo tradições judaicas e alguns círculos do cristianismo que adotam a bíblia com os livros apócrifos, chamada no Brasil de bíblia dos católicos (principalmente a tradução Matos Soares), Rafael é um dos sete anjos que assistem na presença do Senhor. Por isso ele também seria chamado de “arcanjo Rafael”. Mas o anjo ou arcanjo Rafael não é citado na Bíblia hebraica, e nem no cânon sagrado que é a Bíblia com 66 livros, conhecida no Brasil como Bíblia dos Crentes. Por esse motivo a teologia reformada não aceita nenhuma doutrina sobre a existência de um anjo chamado Rafael.

Então Rafael não aparece na Bíblia verdadeira? Claro que não. Vejamos. 

Para responder a pergunta se um anjo chamado Rafael aparece ou não na Bíblia, é preciso considerar uma breve história da formação do cânon bíblico. A Bíblia cristã é formada pela Bíblia hebraica (que é o Antigo Testamento) e pelo Novo Testamento. Nem no Antigo Testamento hebraico e nem no Novo Testamento Cristão um anjo denominado como arcanjo Rafael é mencionado.

Então como surgiu a história desse “anjo ou arcanjo Rafael?

No período intertestamentário, ou interbíblico de 400 anos que o povo de Israel ficou sem profeta, compreendendo o tempo do último livro do velho testamento que é o do profeta Malaquias e início do novo testamento com o nascimento de João Batista,   muitas obras literárias judaicas foram escritas. 

Daí quando a Bíblia hebraica foi traduzida para o grego na chamada Septuaginta, alguns desses livros acabaram sendo incluídos nessa tradução.

A popularidade da Septuaginta foi muito grande por causa do domínio do idioma grego naquele tempo. Por isso nos dias da Igreja Primitiva a Septuaginta era muito utilizada pelos cristãos.

Quando o cânon da Bíblia Cristã foi oficializado pela Igreja, originalmente só foram contados na composição do Antigo Testamento aqueles livros que também foram reconhecidos pela tradição judaica como inspirados. Os livros apócrifos e os acréscimos apócrifos foram retirados do cânon sagrado, sendo rejeitados porque não foram reconhecidos como inspirados por Deus. 

Somente posteriormente algumas tradições cristãs católico romanas e ortodoxas, reconheceram certos livros que foram escritos no período intertestamentário como canônicos para serem inseridos na versão católica. 

Entre elas estão principalmente as tradições católica e ortodoxa. Os cristãos protestantes não aceitam esses livros como inspirados.

Vamos analisar mais sobre como a Bíblia surgiu.

É justamente num livro rejeitado como inspirado pela tradição judaica e pela Igreja Reformada que o anjo Rafael é citado. 

A obra em questão é o livro de Tobias, que é aceito pelas Igrejas Católica e Ortodoxa em seu cânon. Por isto católicos e ortodoxos sempre irão dizer que o anjo Rafael aparece na Bíblia; enquanto protestantes dirão que não.

 Além do livro de Tobias, o apócrifo apocalíptico judaico de Enoque também faz menção de Rafael como um arcanjo.

O que esses escritos falam sobre o anjo ou arcanjo Rafael?

No livro Apócrifo de Tobias o anjo Rafael toma a forma humana e se encontra com um homem hebreu chamado Tobias, cujo pai havia ficado cego, Rafael se apresenta pelo nome de Azarias e Tobias até desconfia de sua origem, mas o arcanjo Rafael lhe fornece uma suposta genealogia, dizendo que seu pai se chamava Ananias. (Tobias 5:15-19).

O livro diz que o anjo Rafael ajudou Tobias em seu caminho. No rio Tigre Tobias conseguiu pescar um peixe que havia lhe atacado. Então Rafael lhe ordenou que preservasse o coração, o fígado e o fel do peixe. Durante a viagem Tobias acabou ficando noivo de uma mulher chamada Sara, que na realidade era sua prima. Essa mulher era atormentada por um demônio que matava seus maridos na noite de núpcias.

Aconselhado pelo anjo Rafael, Tobias queimou o coração e o fígado do peixe na noite de núpcias para espantar o demônio para longe. Depois, quando ele voltou para casa, Tobias ungiu os olhos de seu pai com o fel do peixe e o homem foi curado (Tobias 6:7,8). O anjo Rafael desapareceu e Tobias não teve mais contato com ele.

Pasmem os senhores se uma estória dessas pode ser inspirada por Deus para estar no Cânon Sagrado. 

Continuemos. Já no apócrifo de Enoque, o arcanjo Rafael é citado ao lado de Gabriel, Miguel e Fanuel (também chamado de Uriel) como sendo um dos quatro maiores anjos (Enoque 9; 10; 40).

Depois ele também é citado como um dos sete principais anjos. Segundo esse livro, sua função seria presidir sobre os espíritos dos homens. (Enoque 20:3).

E então, vocês acham que mesmo que   existe um arcanjo Rafael ou não? Lembrando aqui que a figura do Arcanjo é chamado por esse pré nome por sua atividade funcional de ser “assistente junto ao trono de Deus”.

Aqui é bom saber que o conteúdo do livro de Enoque tem sérios problemas quando analisado à luz das Escrituras. Ele traz ideias completamente contraditórias com a Palavra de Deus.

Quanto ao livro de Tobias, ele também é um dos mais contestados pela teologia reformada por registrar informações que se chocam com as doutrinas bíblicas. O próprio comportamento de Rafael não é comparável ao comportamento de nenhum outro anjo de Deus citado em qualquer parte do Antigo ou do Novo Testamento. 

Mas esse livro é considerado útil apenas do ponto de vista histórico e cultural e por isso foi adicionado e aceito pela “tradição católico romana” em sua escritura sagrada, porque o Vaticano considera a “tradição da igreja” maior do que qualquer inspiração de Deus naquelas “estórias“.  

Com relação aos anjos, no cânon hebraico do Antigo Testamento e no cânon do Novo Testamento, os únicos anjos de Deus citados nominalmente são Miguel e Gabriel. 

Inclusive, Miguel é o único arcanjo mencionado em toda bíblia, que em nenhuma outra parte traz a palavra “arcanjo” no plural. 

Então antes de falarmos sobre um “arcanjo Rafael”, biblicamente nem mesmo sabemos se de fato existem outros arcanjos além de Miguel. 

 Tipos e ministério dos anjos.

Sabemos que realmente há um número muito grande de anjos. Assim como o anjo Gabriel e o arcanjo Miguel, provavelmente esses anjos também possuem nomes. O nome Rafael no hebraico significa “Deus cura”, daí seu nome estar ligado à muitas correntes teológicas, principalmente as neopentecostais e carismáticas.  

Além disso, de fato antigas tradições judaicas já falavam sobre um anjo chamado Rafael. 

Então não é impossível que realmente exista um anjo com esse nome. Mas não podemos afirmar isto e muito menos formar qualquer doutrina nesse sentido. Como foi dito, além de Gabriel e Miguel a Bíblia não informa o nome de nenhum outro anjo do Senhor.

Fica aqui bem esclarecido que o anjo, o “Arcanjo Miguel” que foi enviado por Deus para socorrer o profeta que estava tão debilitado e já à beira da morte,   vejam no capítulo 12 do livro do profeta Daniel, cumpriu sua missão renovando e revigorando as forças do profeta, lhe trazendo a resposta de Deus para suas orações. 

Existem outras “ficções teológicas” com o nome do  “arcanjo Rafael” como por exemplo a que liga a participação dele no tanque de Betesda, que uma vez por ano descia e agitava as águas e o primeiro que caísse ou entrasse naquele tanque era curado instantaneamente. 

Vejam essa história, que não tem nada a ver com o “anjo Rafael“, no evangelho de João capítulo 5.1-4.

João 5.1-15. Colocamos aqui até o versículo 15 para você compreender melhor a história. 

1 Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus.
2 Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta.
3 Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas.
4 De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.
5 Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos.
6 Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: "Você quer ser curado?"
7 Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim".
8 Então Jesus lhe disse: "Levante-se! Pegue a sua cama e ande".
9 Imediatamente o homem ficou curado, pegou a  cama e começou a andar. Isso aconteceu num sábado,
10 e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado: "Hoje é sábado, não é permitido a você carregar a cama".
11 Mas ele respondeu: "O homem que me curou me disse: 'Pegue a sua cama e ande' ".
12 Então lhe perguntaram: "Quem é esse homem que mandou você pegar a cama e andar?"
13 O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão.
14 Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: "Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você".
15 O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.

De qualquer forma, havia essa crença popular entre o povo de que de tempo em tempo descia um anjo (segundo outras crenças religiosas seria o Arcanjo Rafael), porque os doentes ficavam à espera junto do tanque para receber o milagre. 

Quer fosse verdade ou não, as pessoas acreditavam que podiam serem curadas em Betesda. Mas a existência ou não de um anjo em Betesda não é o foco principal da história e sim Jesus Cristo. 

A Bíblia diz que existem muitos anjos. Eles formam exércitos muito grandes (Apocalipse 5:11). Mas apenas encontramos na Bíblia o nome de dois anjos: Gabriel e Miguel. Os anjos normalmente não chamam a atenção para si. Tudo que fazem é para a glória de Deus.

Então como devemos tratar os anjos?

Os anjos são servos de Deus, tal como todos que amam e seguem Jesus. Não devemos adorá-los, porque tudo que eles fazem vem de Deus. Os anjos não querem nossa adoração. (Apocalipse 22:8-9).

Também não devemos orar para os anjos. 

Eles não intercedem por nós nem estão sujeitos a nós. Os anjos obedecem apenas às ordens de Deus. Por isso, devemos orar para Deus, pedindo Sua ajuda e proteção, e Ele enviará seus anjos quando for necessário.

O fato é que essa informação sobre se havia ou não um anjo que descia às águas do tanque de Betesda não é o foco principal da narrativa de João. O foco principal era apresentar mais um grande milagre de Jesus Cristo, que foi apresentado como o Senhor Todo Poderoso, capaz de curar doenças incuráveis e capaz de restaurar a esperança perdida de um homem que sofria há trinta e oito anos de uma paralisia (João 5:5) e que não tinha ninguém que o colocasse naquela água (João 5:7) e, portanto, não tinha esperanças de uma mudança positiva em sua vida. 

A viva esperança no Cristo ressurreto,  nosso Eterno Senhor e Salvador amado, é a única saída que pode realmente nos trazer resultados e nos curar.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


  

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ELIAS FEZ CAIR FOGO DO CÉU EM TRÊS OCASIÕES.

PELA FÉ EM DEUS ELIAS FEZ CAIR FOGO DO CÉU EM TRÊS OCASIÕES. 


A fé do profeta Elias chamou a atenção até mesmo do Senhor Jesus.

Leia toda a postagem que você vai descobrir que Elias pediu a Deus por três vezes em ocasiões diferentes para mandar fogo do céu e Deus o atendeu. 

Elias foi um profeta que literalmente não morreu. Sua intimidade com Deus era tamanha à ponto de Deus não permitir a sua morte física fazendo com que ele fosse arrebatado vivo.

Até Jesus admirava a fé daquele homem. Tanto, que o citava como exemplo (Mateus 11.10-14) ao falar de João Batista.

Mateus 11.1-19.

1.     E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.

2. E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos 

3.   a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro? 

4. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: 

5. Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

6. E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

7. E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? 

8. Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis. 

9. Mas, então, que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; 

10. porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.

11. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.

12. E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele. 

13. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

14. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

15. Quem tem ouvidos para ouvir ouça.

16. Mas a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, 

17. e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. 

18. Porquanto veio João, não comendo, nem bebendo, e dizem: Tem demônio. 

19. Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.

Outros, não sabendo ainda que Jesus era o Messias, o comparavam a ele.

E quem era “ele”? Seu nome era Elias.

O profeta Elias era o “profeta entre os profetas”. Vivia exclusivamente para servir a Deus. Era um profeta solitário que só aparecia no meio do povo ou nos palácios para condenar veementemente o pecado da idolatria e do sacrifício de crianças aos Deuses pagãos, dos destacamos Baal e Aserá.  

Elias em nome do Senhor Deus de Israel, ressuscitou um menino. (1 Reis 17.17-24).

Multiplicou o azeite e a farinha da viúva de Sarepta.  (1 Reis 17.8-16). 

Predisse o começo e o fim de uma grande seca. (1 Reis 17.1). 

O perverso rei Acabe juntamente com a rainha Jezabel sua esposa mandou procura-lo por todos os lados caçando-o como se fosse um animal. Fugindo deles, Elias foi alimentado por corvos que, ordenados por Deus, lhe levavam pão e carne por ordem Divina. (1 Reis 17.1-7). 

Desafiou profetas do falso deus Baal (e Aserá que segundo a tradição corrente dos seus adoradores seria sua esposa) no Monte Carmelo, matando 400 profetas de Baal e 450 de Aserá, que tanto enganaram o povo de Deus e matou os profetas de Deus. (1 Reis 18). 

Foi alimentado por anjos em uma longa caminhada de 40 dias. (1 Reis 19). 

Esses foram apenas alguns dos muitos feitos de um profeta que não dá nome a nenhum livro bíblico, mas era reconhecido por seus iguais de todas as eras como um profeta incomparável, pois fora arrebatado vivo.

Muitos de sua época o comparavam a Moisés.
E tinham razão, pois Elias, assim como seu antecessor que guiou os hebreus rumo à Terra Prometida, lutava constantemente contra a idolatria a falsos deuses e mostrava que o poder pertencia somente ao Deus Único.

O próprio Senhor Jesus, na ocasião da transfiguração no Monte Hermom, foi visto conversando com Moisés e Elias.

Elias, sob o poder de Deus, realizava milagres. Sua intimidade com Deus, uma das maiores da História, lhe permitia isso.

Os dias de Elias não foram fáceis. Viveu sob reinados tirânicos, idólatras, pérfidos e enganadores.  

Israel se curvou ao paganismo por causa do rei Acabe, que se casou com a maligna Jezabel, que pediu a cabeça dos profetas de Deus.

Elias lutava contra o pecado num período de crise econômica, social, moral e espiritual. 

Chegou a sentir total falta de esperança. Por se basear no sentimento, e não na certeza de que Deus era com ele, fraquejou, entrou em depressão. 

Parecia o fim, quis até morrer, pedindo a Deus que o levasse antes do tempo. (1 Reis 19.4). 

Só que Deus lhe mandou comida e água pelas mãos de um anjo para fortalece-lo porque sua jornada profética ainda era longa. 

Seu encontro com Deus numa caverna, em Horebe (1 Reis 19.12), o fez perceber que o Senhor nunca o abandonara, e ele se reanimou.

Sua vida foi cheia de mistérios  aconteceu milagres em meio aos grandes desafios. Recebeu grandes bênçãos em meio à grandes crises. 

Pregou e viveu a paz em meio ao caos. Levou as pessoas a Deus num dos períodos mais difíceis da história dos Hebreus. 

Tirou muitos da escravidão espiritual da religiosidade, sendo exemplo dos fiéis para as nações de sua convivência. 

Porém, o mais surpreendente ainda estava por vir. Ele experimentou aquilo que é considerado impossível aos homens, que é o fato de ser arrebatado vivo, sem passar pela triste experiência da morte. 

Elias não morreu.

Quando já tinha por certo que seu papel na terra tinha acabado, designou Eliseu como seu sucessor, pedindo a Deus que capacitasse o profeta Elizeu como seu sucessor. Quando a sucessão foi feita, cavalos e um carro de fogo desceram do céu, e, num redemoinho, Elias foi levado para cima. (2 Reis 2.9-11).

Viveu exclusivamente para que não o vissem, mas enxergassem a glória do Senhor Deus na vida deles.

Mostrou ao povo que, mesmo com o pecado alastrado na nação de Israel, a abundante graça do Senhor podia alcançar os pecadores que se arrependessem e O temessem.

Elias foi um profeta que os próprios profetas admiravam, tamanha a sua sintonia com Deus.

Elias foi um profeta que devemos ter como exemplo e referência. 

Sem lenha (oração) não há como o fogo pegar; quantos querem colocar lenha num altar destruído ou derrubado e cheio de cinzas (pecado); para Deus responder a oração temos que restaurar o altar e  tirar a cinza para o fogo pegar. 

Quantos querem ver arder a sua vida em brasas do fervor novamente mas não querem restaurar o altar da adoração a Deus em primeiro lugar. Mateus 6.33.

Deus vai mandar fogo do céu sobre sua vida; prepare os joelhos para se dobrar em reverência ao Senhor e veja as brasas vivas do altar queimar na igreja, na tua vida, no teu coração no teu ministério.

O Fogo arderá continuamente sobre o altar e não se apagará , você como sacerdote escolhido não deixe a chama apagar.


Elias demonstrou ser um homem de fé ao lançar o desafio contra os profetas de Baal, e além disso, convocando o povo para uma demonstração que revelaria quem era o mais poderoso: Yahweh (Deus) ou Baal o ídolo preferido da época, que o chamavam de deus.

E se Deus não mandar fogo?  poderia titubear Elias numa situação dessas? Claro que não. Elias sabia o que estava fazendo. 

Todos ali aprenderam às custas do estado que Baal era o deus que respondia com fogo!

Simbolizava as forças produtivas da natureza! Ainda mais, o desafio seria no monte Carmelo, onde haviam destruído um altar de sacrifícios ao Senhor, O Deus de Israel,  local onde o culto a Baal e Aserá era mais forte. 

Não na visão de um homem que viveu pela fé como Elias.

Carmelo era o lugar ideal para confrontar os baalins e mostrar a superioridade de Yahweh, o Soberano de Israel sobre todos os ídolos humanos. Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. 

A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade. Muitas pessoas em nossos dias precisam responder à mesma pergunta que Elias fez no Monte Carmelo. 

Muitos estão coxeando entre o Deus verdadeiro e outros deuses, quer por falta de ensino bíblico consistente, quer por negligência, ou outro qualquer motivo.

Elias nos deixou o exemplo de como devemos lidar com o pecado.

Mostrou que essa mazela deve ser tratada como convém e que a decisão de extirpá-la deve ser tomada com firmeza. Não é demais dizer ainda, que essa luta continua hoje.

Muita coisa em nosso meio necessita ser levada ao vale de Querite para ser estirpada com firmeza! A falsa adoração, falsa piedade cristã e pseudos-profetas devem ser alvos de uma igreja triunfante que levanta a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça N’Ele, que nos garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus". (Ef 2.8).

Ainda no tempo de Acazias, filho de Acabe e Jezabel,  que reinou em Israel no Reino do Norte depois da morte de seu pai, Elias orou e Deus mandou fogo e consumiu instantaneamente, por duas vezes, os cinquenta soldados que Acazias mandou para prende-lo. Vejamos está história de fé do profeta Elias. 

Elias e o rei Acazias

2 Reis Capítulo 2.

1 Depois da morte do rei Acabe, de Israel, o país de Moabe se revoltou contra Israel.
2 O rei Acazias, que ficou no lugar de Acabe, caiu do terraço do alto do seu palácio em Samaria e ficou muito ferido. Então mandou que alguns mensageiros fossem consultar Baal-Zebube, o deus da cidade filisteia de Ecrom, a fim de saber se ia sarar. 
3 Mas um anjo do Senhor mandou que Elias, o profeta de Tisbe, fosse encontrar-se com os mensageiros do rei Acazias e lhes perguntasse assim: “Por que vocês estão indo consultar Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Por acaso, pensam que não há Deus em Israel? 
4 Digam ao rei que o Senhor Deus diz: ‘Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!’ ”
Elias fez o que Deus havia mandado, 
5 e os mensageiros voltaram para o lugar onde o rei estava. Ele perguntou:
Por que vocês voltaram?
6 Eles responderam:
Um homem se encontrou com a gente e disse que voltássemos e disséssemos que o Senhor manda perguntar o seguinte: “Por que é que você está mandando mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Será que você pensa que não há Deus em Israel? Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!”
7 Como era o homem que lhes disse isso? perguntou o rei.
8 E eles responderam:
Ele estava usando uma capa de pele de animais, amarrada com um cinto de couro.
É Elias, o profeta de Tisbe! disse o rei.
9 Então mandou que um oficial fosse com cinquenta soldados prender Elias. O oficial o encontrou sentado no alto de um morro e disse:
Homem de Deus, o rei mandou você descer daí.
10 Elias respondeu:
Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados!
No mesmo instante desceu fogo do céu e matou o oficial e os seus soldados.
11 O rei enviou outro oficial com cinquenta soldados. Ele subiu e disse a Elias:
Homem de Deus, o rei ordenou que você desça daí agora mesmo!
12 Elias respondeu:
Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados!
No mesmo instante o fogo de Deus desceu e matou o oficial e os seus soldados.
13 Mais uma vez o rei mandou um oficial com cinquenta soldados. Ele subiu o morro, ajoelhou-se em frente de Elias e pediu:
Homem de Deus, por favor, não acabe com a minha vida nem com a vida destes cinquenta homens! 
14 Os outros dois oficiais e os seus soldados foram mortos pelo fogo do céu; mas tenha dó de mim, por favor!
15 O anjo do Senhor disse a Elias:
Desça com ele e não tenha medo.
Então Elias foi junto com o oficial falar com o rei 
16 e disse: O Senhor Deus diz assim: “Ó rei, você agiu como se em Israel não houvesse Deus para consultar e mandou mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom. Por isso, você não vai ficar bom; você vai morrer!”
17 E Acazias morreu, como o Senhor tinha dito por meio de Elias. Acazias não tinha filhos, e por isso o seu irmão Jorão ficou no lugar dele como rei. Isso aconteceu no segundo ano do reinado de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
18 Todas as outras coisas que o rei Acazias fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.