segunda-feira, 7 de março de 2022

A IGREJA NÃO É MAIS A MESMA, O QUÊ ACONTECEU

A IGREJA NÃO É MAIS A MESMA, O QUÊ ACONTECEU?

 

2 Timóteo 3

1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;

7 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

10 Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,

11 Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.

13 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

 

Depois do ocorrido em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos o mundo mudou.

Houve grandes transformações sociais, políticas, religiosas e bélicas no mundo inteiro, com todos os países dizendo que trabalha pela paz, mas armando até os dentes para viver em paz com seus vizinhos. É o mundo dos poderosos. Quem manda mais é quem se arma mais. Cada dia uns entram em conflitos diplomáticos e ou bélicos com os outros “que aparentemente são amigos”, que é o caso da Rússia com a Ucrânia, mas o valor das bombas atômicas e da energia nuclear vale mais do que qualquer coisa pra eles. O ser humano tornou-se simplesmente massa de manobras e buchas de canhão.

 

O quê realmente aconteceu no dia 11 de Setembro de 2001?

Os ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos.

Foram coordenados pela organização extremista e fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de 2001.

Na manhã daquele dia 11 de Setembro, dezenove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros.

Os sequestradores, suicidas, colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios.

Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos.

O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C.

O quarto avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.

Depois de muitos questionamentos sobre o assunto e depois de muitos debates e interpretações através da imprensa, das mídias sociais e dos grandes grupos de reportagens e de informações no mundo inteiro, finalmente a verdade foi dita na TV Americana.

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: "Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?" Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia: "Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?" À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas e outras coisas. Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas. A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém. Logo depois outros interessados no assunto disseram que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos com ele. Depois alguém disse que os Professores e Diretores das Escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum Professor poderia disciplinar os alunos. (há diferença entre disciplinar e tocar). Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!" Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. E nós dissemos: "Esta bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso". Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet, (ficando expostas aos estupradores, etc).

 

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o que é certo e o   que é errado; por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios.

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos, só aquilo que plantamos.

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?" A resposta dEle: "querida criança, não Me deixam entrar nas Escolas!" É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, do que O Deus que nós falamos que seguimos, ensina.

É triste como alguém diz: "eu creio em Deus". Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal, também "crê" em Deus. É impressionante como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados! Como podemos enviar centenas de piadas pelo whatsApp, pelo facebook, pelo e-mail, por todas as redes sociais, elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar uma mensagem falando de Deus, por algum desses veículos, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!

É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na Escola e no trabalho.


Vejamos os pormenores da hipocrisia e da apostasia dos líderes políticos e religiosos dos nossos tempos. 

Faremos aqui apenas um pequeno resumo sobre o tema, lembrando que a educação das crianças é dada em casa pelos pais ou responsáveis e o ensino das matérias seculares, incluindo a alfabetização das crianças é na escola com um acompanhamento severo dos pais.  

Passamos a mostrar a relação entre as transformações das organizações religiosas e a vivência de prazer e “sofrimento” de seus líderes. Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e ainda pelas diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas estratégias de crescimento, estudaram-se duas organizações religiosas protestantes: uma neopentecostal e outra tradicional.

Devemos lembrar que nossa intenção não é generalizar ninguém e nem as igrejas, seus líderes e suas religiões.

Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas individuais com 10 líderes de cada uma das organizações religiosas citadas. Os resultados apontam em ambas organizações que o prazer está associado a sentimentos de identificação, orgulho, realização e reconhecimento pelo trabalho realizado. Já que tudo tem um preço, o sagrado, segundo eles, também tem um preço. O “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico no exercício ministerial, emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com os problemas psicossociais da comunidade. De maneira geral, observa-se uma vivência de prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as formas de enfrentar o sofrimento, com exceção da espiritualização dos problemas.

Será que há prazer (e sofrimento, segundo eles) no trabalho dos líderes religiosos numa organização protestante neopentecostal e noutra tradicional? É claro que tudo isso recheado com muitos políticos e muita política ao seu redor, com muita corrupção, muita enganação e muitas falsas  promessas de não faltar dinheiro e riquezas à quem lhes apoiar em seus projetos políticos.  

Fica bem claro o que está acontecendo no mundo religioso. Muitos líderes vendem até a alma pro diabo em nome de ter muitas riquezas, muitas propriedades, muitas mulheres, muita fama, etc, e vendem os votos dos fiéis como um curral fechado que obedecem suas ordens sem questionamentos. Objetiva-se aqui mostrar a relação entre as transformações das organizações religiosas e a vivência de prazer e sofrimento(?) de seus líderes. Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e ainda pelas diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas estratégias de crescimento.

 

Os interessados no assunto  estudaram duas organizações religiosas protestantes:

Uma neopentecostal e outra tradicional. Será que, sem considerar a liturgia habitual de cada segmento religioso, encontraram diferenças relevantes em seus comportamentos diante da sociedade em virtude da grande avareza que ronda os seus púlpitos?

Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas individuais com 10 líderes de cada uma das organizações.

Os resultados apontam em ambas organizações que o prazer está associado a sentimentos de identificação, orgulho, realização e reconhecimento no trabalho. O aparente sofrimento está vinculado ao desgaste físico, emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com os problemas psicossociais da comunidade.

De maneira geral, observa-se uma vivência de prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as formas de enfrentar o aparente sofrimento, com exceção da espiritualização dos problemas.

 

Existem claro evidências de mudanças de paradigmas. 

As igrejas evangélicas e as religiões pioraram a sua comunhão com Deus depois do 11 de setembro.

As organizações religiosas protestantes têm passado por diversas transformações ao longo dos anos, trazendo como consequências, mudanças de paradigmas históricos, influências na sua estrutura e definição dos modos de atuação profissional dos seus líderes, dos quais se exige atualmente uma formação acadêmica para o exercício da profissão (de fé). Tudo o que se fazia anteriormente, era feito por um chamado de Deus para as pessoas exercerem um ministério por vocação e não como por profissão como nos dias atuais. Muitos pastores e líderes evangélicos exigem um tratamento especial já que eles mesmos são os gestores dos recursos dignos e indignos que entram no setor financeiro de tais empresas de exploração da fé.

As consequências são alarmantes, todos os que estão escandalizados com o comportamento de suas lideranças, se desviam da fé e abandonam suas igrejas às quais passam a criticar.  

Tais consequências são o foco de análise desse artigo, particularmente, as relações entre o modo como o trabalho se insere nessas organizações, empresas, protestantes e as vivências de prazer e de aparente sofrimento de seus lideres.

As transformações por que passam as organizações religiosas hodiernas podem ser comparadas àquelas observadas no cotidiano secular, cujos objetivos poderiam residir na igual busca do tripé: qualidade, produtividade e eficiência.

 

A busca desse tripé pode ser atribuída a duas grandes razões.

A primeira delas é as transformações do mundo do trabalho, resultantes de uma política de mercado que igualmente atingem as organizações religiosas e que exigem do trabalhador dedicação, competência e eficiência em todas as suas atividades.

A segunda razão é a perda de sua importância perante a sociedade, implicando ações mais agressivas das organizações religiosas na busca por um número maior de fiéis.

Na situação pluralista de opções religiosas, essas instituições se tornam agências de mercado da fé e as tradições religiosas tornam-se comodities de consumo. Resulta daí uma individualização da atividade religiosa, regulada por uma economia de mercado em que as instituições se assemelhariam àquelas não-religiosas em que se estabelece uma relação de troca.

 

Cada pessoa escolhe a igreja e a religião que mais lhes convém e não mais aquelas mais espirituais, que mais oram e mais buscam a Deus, com exposição simples e direta da graça salvadora de Jesus Cristo pelo Espírito Santo, e sem segundas intenções. 

Essa situação de competição entre as organizações religiosas, própria de uma economia de mercado, inflaciona a importância dos resultados a obter. Num cenário em que há uma diversidade de instituições que também dão sentido à vida, as organizações religiosas competem entre si para conquistar uma maior população de fiéis consumidores do milagre financeiro e patrimonial imediato. 

Além disso, mais clara está a aproximação a outras organizações não-religiosas quando se percebe que há também nessas organizações uma produção de bens e serviços de consumo para a sociedade. Uma variedade de crenças, programas e itens de serviços são combinados com as necessidades dos "clientes-membros", buscando-se vender produtos que igualmente tenham qualidade, eficiência e produtividade, como em outras organizações não-religiosas. A fé por si só não basta. É preciso satisfazer o cliente e ainda estar antenado às demandas e transformações do mercado (religioso). Além disso há uma grande quantidade de áreas de diversão e entretenimento, inclusive jogos, para adultos e crianças. Sempre é considerada nestas áreas de consumo a venda até de bebidas alcoólicas.

Tal qual no mundo do mercado de trabalho atual, como indica uma pesquisa, tem-se exigido do líder uma maior flexibilidade na produção do seu trabalho com metas a serem alcançadas. Se não atingirem essa meta os lideres os destituem de suas funções e colocam outros que possam alcançar aquelas metas, geralmente financeira.

Há uma grande viabilidade de competências e atividades, jornadas de trabalho cada vez maiores, decisões cada vez mais dinâmicas e rápidas para enfrentar a demanda dos clientes e, por fim, uma maior produtividade. Não basta ser apenas líder da igreja, tem que ser ambicioso, tem que ser ganancioso, é preciso ser também advogado, psicólogo, político, assistente social e ou Psiquiatra.

 Não basta ter apenas um culto no domingo, é preciso ter um culto para os jovens, outro para os empresários, outro para os solteiros, outro para crianças com determinadas faixas etárias e é claro tem cultos de hora em hora ou de duas em duas horas principalmente nos finais de semana.

Nesse contexto do mercado religioso de cobranças de produtividade, há uma busca cada vez maior por qualidade e eficiência que se ancora e se ampara o presente estudo.

Partindo-se da concepção de que tal contexto também influenciaria a vivência de prazer-sofrimento do líder religioso é que a psicodinâmica do trabalho se mostra um aporte teórico pertinente. Afinal, sob esse contexto haveria mais prazer ou mais sofrimento? E além disso, como esses líderes lidam com o aparente sofrimento que  porventura possa ter lhe acometido e vivido?

Para a consecução desta análise, foram selecionadas duas organizações religiosas: neopentecostais e tradicionais. A viabilidade de estudá-las como organizações firma-se na definição apontada desde 2002 em que a organização se caracterizaria com base em uma comunidade de sentido e de objetivos a serem atingidos por um determinado grupo e ainda que há aqui uma produção de bens e serviços, que neste caso assume um caráter simbólico.

As transformações organizacionais e dogmáticas da igreja, inseridas numa guerra da fé e dos milagres ($$$) (não declarada) do mercado religioso em que as instituições religiosas se tornam agências de mercado e das tradições, discursos e práticas religiosas com bens para o consumo do agrado dos incautos consumidores, com a observância daquilo que as necessidades da demanda dos frequentadores que exigem cada vez mais do líder, seja para se manter no mercado, seja para obter melhores resultados, que eu chamo de lucro. Dessa forma, ser apenas um pregador dominical não basta, tem que ser empresário da fé, aliás, as tradicionais EBD, Escolas Bíblicas Dominicais, caíram no descrédito dos Líderes, com raras exceções, em virtude de exigir um grande investimento e geralmente não dá lucro financeira. 

Teem que ser também um bom vendedor de sua marca, seu QRCode, seu número do pix, seus bens simbólicos ou reais, como venda de qualquer objetos ou amuletos, que a Bíblia os chama de baalins. 

As transformações não atingem apenas os aspectos observáveis das organizações, mas outros tantos invisíveis à própria sociedade gerando esforço concentrado no trabalho, principalmente nas redes sociais 24 horas por dia. São as chamadas igrejas virtuais.  

Pertencer a uma organização religiosa e ainda viver praticamente 24 horas diárias um preceito religioso, que, em princípio, serviria como fonte de prazer e de renda, não exime esses líderes de vivenciarem igualmente o investimento físico necessário para manter tudo funcionando. Segundo eles, o que geraria prazer, também tem gerado sofrimento, e que sofrimento (é difícil gerar lucros?) hein gente. 

A igreja do Senhor Jesus não prevê lucros financeiros, mas sim salvação dos perdidos pecadores.  

Os resultados apontaram que, de maneira geral, o prazer no trabalho desses líderes está vinculado a sentimentos de identificação, realização e reconhecimento da sociedade pelo seu incansável trabalho. 

Já que este “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico, desgaste emocional, sentimento de desvalorização/valorização, angústia e culpas, cujas razões poderiam ser: a diversidade de atividades, excessiva carga de trabalho, exigência de uma moral ilibada, grandes expectativas da comunidade e lida constante da problemática psíquica e social da comunidade, tudo isso foi declarado com enfase de sofrimento pelos consultados nesta pesquisa. 

E para lidar com esse aparente sofrimento, são utilizadas estratégias diferentes entre os grupos, mas todas de cunho individualizado, diminuindo a possibilidade da socialização, repito, desse “aparente sofrimento” de modo a auxiliar na sua mediação e na sua transformação do contexto que os faz sofrer.

Quem, na verdade, passa sofrimentos, mas não reclama de nada porque têm prazer no seu chamado ministerial, são os que anunciam o evangelho do Senhor Jesus à toda criatura, em qualquer lugar, em qualquer país e em tempo e fora de tempo, são os vivem verdadeiramente pela fé, tendo apenas o cuidado de manter o suficiente para sua manutenção e de sua família, enfim, são os verdadeiros adoradores que adoram a Deus em espírito e em verdade.

 

As principais limitações do presente estudo apontam para duas direções.

A primeira delas é o pequeno número de participantes e tipo de organizações, que ora pode ser minimizado pela característica que o estudo assume: um estudo exploratório. Numa indicação de continuidade do estudo, outras organizações religiosas poderiam ser comparadas, enriquecendo a análise do trabalho de seus líderes.

A segunda limitação é a fluidez entre religião e o trabalho dos líderes religiosos. Religião e trabalho se mostraram como conceitos muito fluidos em que não se sabia o que era realmente trabalho e o que era parte da religião. Contudo, pautou-se por uma análise que se referia à religião como parte do trabalho e a sua influência sobre o contexto de produção.

Pretendeu-se, mesmo que minimamente, colaborar com uma discussão sobre o impacto das transformações do mundo do trabalho na atividade dos líderes das atuais organizações religiosas. A busca (frenética) de crescimento organizacional, ora com um  caráter mais qualitativo, ora mais quantitativo, distancia os grupos analisados quanto a sua estrutura e até mesmo da forma como enfrentar as influências e pressões do mercado religioso, mas ao mesmo tempo as aproxima de outras várias organizações não-religiosas, principalmente no que tange à busca do tripé: qualidade, produtividade e eficiência. Isso pode ser verificado pela análise do prazer e sofrimento que apontou grandes semelhanças de suas percepções a outros estudos de líderes não religiosos, como feirantes, gerentes, bancários, engenheiros que ora também sofrem pressões por resultados, desgaste e para isso utilizam-se das mesmas formas de lidar com o sofrimento. Afinal, a religião parece não sustentar por completo o sofrimento advindo do trabalho. É preciso mais que isso.

A solução da problemática deste assunto causa vergonha a qualquer um que pretende ser um servo de Deus.

 

Temos que voltar para à simplicidade da fé e do evangelho de Amor, porque Deus é amor.

Vivemos a realidade de uma cidade, um Estado, um país doente, e a igreja, muitas vezes, também está doente, com deformidades, heresias que tentam penetrar o evangelho, distorcendo o verdadeiro sentido da Palavra.

Certas pregações que vemos pela TV ou por outros meios de comunicação não têm nada a ver com a Palavra de Deus, com a simplicidade da fé. A maior ameaça da igreja não vem de fora, mas de dentro, ou seja, não são os idólatras, não são os que acreditam em magia, não são os gnósticos, mas são os chamados dissimuladores. O verso 4 de Judas diz: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação na igreja, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para essa condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.


A Palavra de Deus diz que esses dissimuladores são capazes de transformar a graça em libertinagem. A graça é um favor imerecido, mas a distorcem em libertinagem. Para eles, o senhorio de Cristo é apenas da “boca para fora”. O senhorio de Cristo significa que Ele é soberano, autoridade máxima, que a Ele tudo pertence. Nós pertencemos a Jesus.

Quando Jesus e seus discípulos caminhavam, as multidões os seguiam, e muitos diziam: “Senhor, Senhor, Senhor”, e houve um momento que Jesus disse: “Por que vocês me chamam Senhor, Senhor, mas não fazem o que Eu vos mando”. É muito fácil falar “Ele é o Senhor” e não fazer a vontade dEle; a nossa fé não é uma religião, é um relacionamento com o Senhor, é a nossa intimidade com Deus. Quando dizemos que Jesus é nosso Senhor, até a salvação vem por meio dessa declaração. Se confessarmos a Jesus como Senhor e em nosso coração confessarmos que Ele é o nosso Salvador, seremos salvos (1Jo 1.9). Mas a confissão com a boca não pode apenas ser um som, precisa partir de dentro para fora. Esses dissimuladores surgem por acaso, e é um processo. As pessoas se transformam em dissimuladores quando lhes falta fé, e, além disso, há o abandono da santidade (Judas 5-7), eles são comparados à Sodoma e Gomorra, cidades que abandonaram totalmente a santidade, foram conduzidas à imoralidade e, por isso, tiveram que ser destruídas. Os anjos não respeitaram os limites em obedecer às fronteiras da própria vida, para viverem a impureza de forma tão intensa.

A carta de Judas vem exatamente como um alerta, para termos restituição e enxergamos a realidade de Deus para nós. Precisamos da restituição da Bíblia, da Palavra em nossa vida. Que você e eu possamos pautar a nossa fé pela Palavra e sempre dizermos: “Está escrito”. Não é o que sentimos, o que pensamos, mas aquilo que está escrito. Os dissimuladores têm uma insatisfação destrutiva. Não entendem e difamam.

Não podemos nos conformar com o estado em que estamos. Podemos e devemos avançar, melhorar a cada dia, podemos ser mais. Mas a insatisfação dos dissimuladores é algo que contamina, como se fosse um veneno terrível. Nada agrada, tudo está errado, defeituoso. São murmuradores. A murmuração infecta, é um pecado que leva à destruição. A Palavra diz: “Em tudo, dai graças”, (1Ts 5.18). Temos tudo para agradecer a Deus. Os murmuradores estão sempre descontentes. Às vezes, o dissimulador se aproxima de você com interesse em alguma coisa, está sempre buscando alguma vantagem, conseguir alguma coisa usando você.


Precisamos olhar para as pessoas de baixo para cima, isso significa que os outros serão sempre maiores que nós. Jesus nos ensinou humildade e não arrogância. Ele lavou os pés dos discípulos. Isso é a simplicidade da fé.

Que possamos, a exemplo de Jesus, vivermos como cristãos santificados na fé, que oram em espírito, guardam-se no amor de Deus e esperam a vida eterna em Jesus Cristo. Cooperadores da obra de Jesus, ajudando sempre os mais novos e vacilantes. Maranata, ora vem Senhor Jesus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

EFEITOS DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE QUE ORA

EFEITOS DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE QUE ORA

 

Primeiro vamos meditar nos efeitos negativos da falta de oração na vida do crente que não ora e não gosta de quem ora. 

Só quero lembrar uma coisa muito importante: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder".

A oração é a força vital da caminhada de um cristão com Deus. A oração nos coloca em ligação direta com Deus, é uma maneira ativa de amar e conectar-nos com os outros, e a oração faz espaço no coração do orador para a voz corretiva de Deus. A Bíblia diz para "orar sem cessar". (1 Tessalonicenses 5:17), então qualquer coisa além de uma atitude contínua de oração e comunhão com Deus é pecado. Qualquer coisa que interrompa nossa conexão com Deus ou leve à autossuficiência é errada.

Poderíamos observar as ações de Adão e Eva em Gênesis 3 como um tipo de falta de oração. Eles comem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e estão muito envergonhados para falar com o Senhor quando Ele vem buscá-los no jardim. Estão desligados de Deus porque cometeram pecados ao desobedecerem a ordem de Deus de não comer daquele fruto proibido; a sua comunicação com Ele é interrompida. A "falta de vigilância e de oração" de Adão e Eva lhes tornou um casal em pecado e foi causada pelo pecado que cometeram ao fazer aquilo que Deus lhes disse que nunca fizessem, que se comessem do fruto daquela árvore, seus olhos seriam abertos e eles seriam expulsos do paraíso.

 

A falta de oração é prejudicial no relacionamento com Deus.


Você pode imaginar alguém afirmando ser seu melhor amigo, mas nunca falar com você? Qualquer que fosse a amizade, certamente haveria tensão. Da mesma forma, um relacionamento com Deus é empobrecido e esgotado sem comunicação sem a oração, que é a melhor maneira que o crente tem para se relacionar com Deus.

A falta de oração é antiética a um bom relacionamento com Deus. O povo de Deus terá um desejo natural de se comunicar com o seu Senhor. "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando". (Salmo 5:3). Os mandamentos bíblicos para orar são acompanhados de promessas maravilhosas: "Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em espírito e em verdade". (Salmo 145:18).


Jesus Cristo é o nosso melhor exemplo de oração. Ele mesmo era um homem de oração. Lucas 3:21; 5:16; 9:18, 28; 11:1, e ensinou os seus seguidores a orar, (Lucas 11:2-4). Se o Filho do Homem tinha uma necessidade pessoal de orar, quanto mais devemos ver a mesma necessidade em nós mesmos?

A falta de oração ignora o dom da intercessão que Deus nos deu. Somos chamados a orar por nossos irmãos e irmãs em Cristo. Tiago 5:16. Paulo frequentemente solicitava as orações do povo de Deus em seu favor, Efésios 6:19; Colossenses 4:3; 1 Tessalonicenses 5:25, e foi fiel em orar por eles. Efésios 1:16; Colossenses 1:9.

O profeta Samuel via orações em favor do povo de Israel como uma parte necessária do seu ministério: "Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós". 1 Samuel 12:23. De acordo com Samuel, a falta de oração é um pecado.

A falta de oração é um desafio à ordem de Deus para amar os outros. E não devemos apenas orar por pessoas que são fáceis de orar. "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens". 1 Timóteo 2:1. Jesus nos diz que também devemos orar até por aqueles que nos perseguem. Mateus 5:44. Esta é a mensagem de Cristo: amar e apoiar todos com oração, mesmo aqueles que são difíceis de amar.


A oração abre espaço para a voz corretiva de Deus. A falta de oração enfraquece nossa capacidade de ouvir Cristo quando Ele sussurra palavras de correção ou convicção aos nossos espíritos. Hebreus 12:2 nos lembra que Cristo é o "Autor e Consumador da fé". Sem o Espírito Santo vivendo em nossos corações, estaríamos em uma estrada difícil seguindo nossos próprios julgamentos e no final pode acontecer de não chegarmos a lugar nenhum. Ao orar para que vontade de Deus seja feita "assim na terra como no céu" Mateus 6:10, aceitamos a contradição de nossas próprias vontades passamos a viver a vontade revelada pelo próprio Deus em nossas vidas.

Mateus 26:41 oferece outra admoestação: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". A falta de oração é a principal causa que leva nossos corações às tentações que nos cercam e conduz o crente a um pecado maior. Apenas nos tornamos sábios nos caminhos de nossos corações através da iluminação e da direção do Espírito Santo. E é somente no poder do Espírito Santo que nossas orações são efetivas e reconhecidas por Deus. Romanos 8:26-27.


A oração é nossa linha de vida e conexão direta com Deus. Jesus Cristo mostrou o que acontece pela falta de oração. E em Sua caminhada na terra, modelou uma vida cheia de oração como exemplo a ser seguido pelos Cristãos.

 

O apóstolo Paulo nos conclama a “orar sem cessar”. O que significa “orar sem cessar”?

“Orar sem cessar” significa orar com persistência e constância. Quando a Bíblia diz que devemos estar orando sem cessar, isso não significa que devemos estar sempre sussurrando orações ou palavras de ordem repetidamente, não, não é isso, mas estarmos orando em espírito vinte e quatro horas por dia para não cedermos às tentações. Mateus 6:7.

Na verdade a expressão “orai sem cessar” simplesmente nos ensina que devemos manter a regularidade em nossa vida de oração, Lucas 18:1-8. Não devemos permitir que nossa atitude e disposição para a oração sejam vacilantes e ou nos façam parar de orar.

Foi o apóstolo Paulo quem escreveu aos crentes de Tessalônica a exortação “orai sem cessar”. 1 Tessalonicenses 5:17. Ele fez isto na parte final de sua carta onde ele fala da volta do Senhor Jesus, da necessidade da vigilância, sobriedade e da vida de comunhão com Deus e com os crentes, nossos irmãos em Cristo. 1 Tessalonicenses 5:1-22.

Especificamente sobre a comunhão entre os irmãos em Cristo o apóstolo Paulo não apenas mostra qual deve ser a atitude dos cristãos uns para com os outros, mas também qual deve ser as nossas atitudes interior e exterior de cada um de nós e como ela deve expressar o nosso relacionamento com Deus e com a igreja do Senhor Jesus aqui na terra. Por isso ele escreve: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. 1 Tessalonicenses 5:16-18.

 

Regozijar-se sempre, orar sem cessar e dar graças em tudo é a fonte das nossas bênçãos diariamente.

É interessante a forma como Paulo constrói sua exortação para beneficiar a todos os que gostam de orar.

Primeiramente ele diz que o crente deve ser sempre alegre. A verdadeira alegria é uma virtude que faz parte do fruto do Espírito. Gálatas 5:22. Então a alegria genuína ela só é desenvolvida em nós quando o Espírito Santo é quem controla nossas vidas.

Por isso esse tipo de alegria no Senhor é capaz de não esmorecer mesmo nas circunstâncias mais adversas da vida. Filipenses 2:17,18; 3:1; 4:4,10. Isso explica também por que logo após a frase “regozijai-vos sempre” vem imediatamente a ordem “orai sem cessar”.

Somente aqueles que se achegam a Deus através da oração incessante realmente podem estar sempre alegres. O apóstolo Paulo explica a conexão entre se alegrar sempre e orar sem cessar dizendo que não deve haver declínio na regularidade do hábito de agarrar-se a Deus em meio a todas as circunstâncias da vida.

Então aquele que está sempre alegre e orando sem cessar, naturalmente irá dar graças em tudo. Tudo é tudo; nada menos que isto. Esse “tudo” inclui não apenas o conforto, o prazer, o bem-estar e a abundância; mas também inclui a aflição, a tribulação, a perseguição, a angústia, e por aí vai. Isso indica que quando estamos sempre alegres no Senhor e voltados a Ele orando sem cessar, não temos dificuldade em reconhecer sua providência em cada parte de nossa vida, em cada segundo de nossa existência.

O crente que vive sempre alegre e ora sem cessar dá graças ao Senhor por tudo, pois sabe que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. “Segundo o Seu beneplácito, que é o Seu amor perdoador para conosco”. Romanos 8:28.

 

Porquê e pra quê orar sem cessar?

Há realmente muitas razões que explicam por que o crente deve obedecer à diretiva desta frase: “orai sem cessar”. Aqui iremos citar apenas alguns motivos básicos que justificam a necessidade de uma vida de oração incessante de acordo com os princípios bíblicos.

 

Orai sem cessar porque esta é uma ordem imperativa de Deus.

Em primeiro lugar, devemos orar sem cessar porque esta é uma exortação muita clara em toda a Bíblia, desde o Antigo ao Novo Testamento. Em outras palavras, é o próprio Deus quem ordena que seu povo esteja orando sem cessar. Seja no Pentateuco, seja nos livros históricos, nos livros poéticos e nos livros proféticos, sempre há frequentes convites à prática da oração sem cessar.

Nós podemos encontrar exemplos de pessoas que tiveram uma vida de oração regular desde o tempo dos patriarcas; depois dos libertadores da nação de Israel; dos profetas, e até que chegamos ao Novo Testamento com Jesus, nosso exemplo maior de uma vida de oração incessante.

Durante seu ministério terreno Jesus orava regularmente; Ele estava sempre em contato com o Pai. Diversas vezes ele também falou sobre a necessidade de o crente orar sem cessar. Algumas das parábolas de Jesus falam muito claramente sobre isto. Na Parábola do Juiz Iníquo, por exemplo, Jesus ensinou sobre a eficácia da oração perseverante e incessante, Lucas 18:1-8. O mesmo princípio também é ensinado na Parábola do Amigo Importuno. Lucas 11:5-8.

Na sequência, os apóstolos e líderes da Igreja também entenderam essa ordem e ensinaram a comunidade cristã sobre sua importância. Quando lemos o livro de Atos, por exemplo, vemos uma Igreja Primitiva que orava sem cessar. O apóstolo Paulo não apenas escreveu “orai sem cessar” como uma ordem para seus ouvintes; mas ele próprio seguia essa prática. Efésios 1:16.

 

Orar sem cessar é ter consciência de nossa dependência de Deus.

Em segundo lugar, devemos estar sempre orando sem cessar porque é através da oração que falamos com Deus. Orar sem cessar é manter conexão permanentemente ativa com Deus, de modo que nossa oração faça parte de uma longa conversa sem interrupções. Isso significa que orar sem cessar é uma atitude que reflete a consciência do crente acerca de sua total dependência de Deus.

 

Orar sem cessar é viver a plenitude do Espírito Santo de Deus em nossos corações.

Em terceiro lugar, quando damos ouvido à exortação “orai sem cessar” vivemos com mais intensidade o controle do Espírito Santo; temos mais qualidade de vida. O próprio Senhor Jesus ensina que o crente recebe a plenitude do Espírito Santo através da oração. Ele diz que o Pai Celestial dá o Espírito Santo àqueles que lhe pedem em oração perseverante. Lucas 11:9-13.

Apesar de todos os crentes verdadeiros terem o Espírito Santo, é através de uma vida de oração incessante que cada um pode experimentar de forma mais poderosa a presença do Espírito Santo em sua vida. É orando sem cessar que o crente é cada vez mais revestido e capacitado pelo Espírito Santo.

O apóstolo Paulo também ensina esta verdade ao escrever aos crentes efésios. Ele exorta os crentes a se encher do Espírito Santo, e destaca que isto é possível através de uma conduta orientada às coisas espirituais e caracterizada pela comunhão com Deus que também reflete na comunhão com os demais irmãos. Efésios 5:17-21.

 

Orar sem cessar é indispensável na realidade que vivemos.

Em quarto lugar, devemos orar sem cessar porque só assim podemos lutar a batalha que nos está proposta. Quando o apóstolo Paulo fala sobre a realidade da batalha espiritual, ele destaca a oração incessante como sendo o meio pelo qual podemos vestir a armadura de Deus e ter êxito contra as investidas malignas de Satanás e seus agentes.

Por isto ele escreve que os crentes devem estar “orando em todo o tempo com toda oração e suplica no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e suplica por todos os santos”. Efésios 6:18.

Constantemente somos afrontados por algum tipo de tentação, seja ela lançada pelo diabo ou seja ela fruto da inclinação pecaminosa das debilidades de nossa carne. Então é absolutamente indispensável que estejamos sempre orando sem cessar. Aqui podemos citar o importante conselho do Senhor Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mateus 26:37.

 

Orar sem cessar traz conforto e tranquilidade pela confiança em Deus.

Em quinto lugar, orar sem cessar traz conforto ao crente. O apóstolo Pedro diz que devemos lançar sobre o Senhor toda nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós  1 Pedro 5:7. É tão bom quando sabemos que o Rei do universo está disponível para ouvir sobre cada uma das coisas que nos deixam ansiosos. Mas Ele não apenas nos escuta, mas ele toma sobre si os nossos sofrimentos e cuida de nós.

Paulo também escreve que não devemos andar ansiosos com coisa alguma, mas que devemos fazer conhecidas diante de Deus nossas petições pela oração e pela súplica, com ações de graças. Filipenses 4:6. Isso explica por que orar sem cessar traz tanto conforto. Viver cada segundo de nossas vidas em contato com Deus, conscientes e confiantes de que seu cuidado é maravilhoso.

 

Portanto a palavra de ordem de Jesus através do Apóstolo Paulo é: “orai sem cessar”.

Certa vez perguntaram a uma mulher de oração: O que você "ganha" orando a Deus regularmente e sem cessar?  

Ela  respondeu: Geralmente "não ganho nada", mas sim, "perco muitas coisas”.

E citou tudo o que perdeu orando a Deus regularmente: Perdi o orgulho. Perdi a arrogância. Perdi a ganância. Perdi a inveja. Perdi a "minha" raiva. Perdi a luxúria. Perdi o peso de consciência. Perdi o prazer de mentir. Perdi o peso e o gosto pelo pecado.  Perdi a impaciência. Perdi o desespero. Perdi o desânimo.

Às vezes oramos, não para ganharmos algo, mas sim, para perder coisas que não nos permitem crescer espiritualmente. A oração nos educa, nos fortalece e nos cura.

A oração é o canal que nos faz ter uma ligação  direta com Deus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

HOJE ENTROU SALVAÇÃO NESTA CASA

HOJE ENTROU SALVAÇÃO NESTA CASA

 

Zaqueu foi um chefe dos publicanos em Jericó que se tornou seguidor de Jesus. A história de Zaqueu na Bíblia está registrada em Lucas 19:1-10 e destaca seu arrependimento genuíno. Além disso, esse relato bíblico mostra como o Senhor Jesus se misturava com as pessoas desprezadas pela sociedade religiosa da época.

Nada se sabe sobre quem foi Zaqueu além do que é dito sobre ele no Evangelho de Lucas. Alguns estudiosos dizem que seu nome parece ser uma forma contraída de Zacarias, que significa algo como “aquele de quem Yahweh se lembra”. Outros, no entanto, sugerem que o nome Zaqueu significa “aquele que é justo”.

 

Quem foi Zaqueu, o publicano?

Zaqueu morava e trabalhava no distrito de Jericó. Importantes rotas comerciais passavam naquela região, que também contava com um palácio herodiano. Aliás, Herodes o Grande e seu filho Arquelau, realizaram obras significativas naquela região.

Segundo o historiador Flávio Josefo, Jericó também possuía um importante polo de produção de palmeiras e bosques de bálsamo. O unguento derivado do bálsamo de Jericó era muito desejado na época. Tudo isso significa que aquela área era uma fonte de impostos muito significativa. Jericó era uma das três principais coletorias de impostos da Palestina, e Zaqueu era um dos principais responsáveis por essa arrecadação.

Como foi dito, a Bíblia diz que ele era um “chefe dos publicanos”. Essa designação traduzida do grego indica que ele era um subcontratante de outros coletores.

Portanto, Zaqueu tinha sob sua supervisão alguns coletores responsáveis por arrecadar os impostos indiretos para o governo romano. Isso significa que Zaqueu era um homem importante, uma pessoa proeminente em sua região. Por isso o texto bíblico completa a informação dizendo que ele era um homem rico.


Jesus foi em busca de um inveterado pecador.

O encontro de Jesus com Zaqueu aconteceu da seguinte forma. Zaqueu aparece na narrativa bíblica como alguém que estava muito desejoso de se encontrar com o Senhor Jesus. Quando ele ficou sabendo que Jesus estava passando por sua cidade, ele procurou vê-lo a qualquer custo.

Mas o problema é que Zaqueu era de baixa estatura, e por causa da multidão ele não conseguia ver o Mestre. Então, sem se importar com sua posição social, ele subiu em uma figueira brava, um sicômoro, para ver Jesus passar.

Quando Jesus se aproximou de onde Zaqueu estava, logo lhe disse: “Zaqueu, desça depressa, porque hoje eu vou ficar, vou pousar, em sua casa”. Lucas 19:5. A Bíblia diz que Zaqueu desceu depressa e recebeu Jesus gostoso, prazerosamente.

É interessante notar que apesar da ansiedade de Zaqueu em querer ver Jesus, ele parece ter ficado surpreendido pelo fato de a iniciativa do contato entre eles ter partido do próprio Senhor, e não dele. Isso significa que Zaqueu desejava vê-lo, mas era Jesus quem estava buscando por ele. Além disso, Jesus não pediu permissão a Zaqueu para pousar em sua casa. Ele também não propôs uma possibilidade de encontro. Literalmente o Senhor Jesus simplesmente disse: “hoje eu vou ficar em sua casa”.

Diante da atitude de Jesus, todo o povo começou a reclamar. Eles ficaram indignados porque Jesus havia dito que visitaria a casa de Zaqueu. Os judeus odiavam os publicanos. Eles consideravam os coletores de impostos como ladrões, extorquidores e traidores. Mas Jesus havia prometido pousar justamente na casa do principal desses coletores. Jesus estava buscando um dos homens mais detestados daquela cidade.

 

Jesus na casa de Zaqueu, o publicano.

No encontro com Jesus, Zaqueu demonstrou realmente a natureza de seu arrependimento genuíno. Esse arrependimento não ficou apenas na teoria, ou se limitou a palavras vazias. Ele revelou esse arrependimento na prática ao declarar estar doando, naquela mesma hora, metade de suas possessões aos pobres. Ele não estava tentando obter a salvação através de boas obras, mas estava entregando diante de Jesus simplesmente sua oferta de ação de graças.

Mas Zaqueu não parou nesse ponto. Ele se comprometeu diante de Jesus e dos presentes a devolver quadruplicadamente qualquer quantia que tivesse defraudado de alguém. Normalmente a Lei Mosaica exigia que numa restituição fosse acrescentado um quinto do valor a ser restituído como um tipo de juros e ele se comprometeu a devolver até mais. Levítico 6:1-5; Números 5:7.

Zaqueu, no entanto, decidiu fazer ainda mais do que isso. Ele não ofereceu um quinto de acréscimo em sua restituição, mas quatro vezes mais.

Considerando o fato de ele ter doado metade de suas posses aos pobres, e declarado na presença de todos uma restituição tão generosa, parece claro que Zaqueu tinha sido desonesto ao longo de sua vida. Direta ou indiretamente, o chefe dos cobradores de impostos havia permitido uma cobrança excessiva.

Muitas pessoas se esforçam para tentar provar que Zaqueu não teria sido um extorquidor, como se Cristo não pudesse, jamais, ter olhado para um corrupto. Todavia, todo o contexto da história de Zaqueu aponta para outra direção. Naquele dia Jesus mostrou compaixão para com alguém que certamente não merecia. Sim, Jesus entrou numa casa que ninguém mais dentre o povo gostaria de entrar.

 

A conversão e a transformação de Zaqueu.

Zaqueu pôde ouvir de Jesus as doces palavras: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque até este homem é um filho de Abraão”. Lucas 19:9. Jesus não disse que um mero conforto, uma alegria superficial ou uma prosperidade terrena e passageira havia entrado na casa de Zaqueu. Ele foi claro ao dizer que a salvação, não menos que isto, havia entrado em sua casa. Zaqueu e as demais pessoas daquele lar estavam diante da maior bênção que poderiam receber.

Consequentemente Jesus declarou que Zaqueu era filho de Abraão. Obviamente o objetivo de Jesus não era dizer que o publicano Zaqueu era um descendente físico do grande patriarca Abraão. Mas ao dizer que ele também era um filho de Abraão, Jesus estava se referindo ao sentido espiritual. Naquele dia Zaqueu estava se juntando pela fé no Filho de Deus à verdadeira descendência de Abraão. Gálatas 3:9,29.

A história de Zaqueu termina com a confirmação por parte de Jesus que de fato havia sido Ele quem encontrou o chefe dos publicanos, e não o contrário. Ele disse: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. Lucas 19:10. Jesus buscou, encontrou e salvou Zaqueu. O Bom Pastor havia encontrado uma de suas ovelhas perdidas. Lucas 15:1-7.

Poucos dias depois, Aquele a quem Zaqueu recebeu em sua casa, derramaria seu sangue e entregaria sua vida também em seu favor.

Depois que Jesus entrou na vida de Zaqueu, ele decidiu dar aos pobres metade dos seus bens e restituir quatro vezes mais aquilo que roubara dos contribuintes. Daí a exclamação de Jesus. “Hoje, entrou salvação nesta casa”. Lucas 19:9.


A maneira como Jesus definiu salvação, neste contexto, não é muito popular, nos dias de hoje. A idéia corrente, na atualidade é: “ o que é que a salvação pode me dar?”.

De preferência muitos acreditam que salvação dá saúde, garantia contra assaltos e, acima de tudo, muita prosperidade.

Igrejas que anunciam este tipo não bíblico de salvação estão se enchendo de membros.


Pegando o testemunho de Zaqueu e a declaração de Jesus, fica claro que salvação tem tudo a ver com ética, com honestidade e não com prosperidade. A prosperidade vem também mas segundo o trabalho de cada um e segundo a fidelidade individual de cada um concernente às dádivas para a obra de Deus. Eclesiastes: 9.2.

 

A história de Zaqueu nos revela que ele teve um encontro de fé e salvação com o Senhor Jesus.  

Dos encontros de Jesus com outras pessoas, este daqui de Zaqueu tem semelhança com alguns no aspecto de que Jesus foi ao seu encontro.

Dentre os encontros que pessoas tiveram com Jesus Cristo em seu ministério terreno, talvez o de Zaqueu seja um dos mais conhecidos em nossos dias. Recentemente, uma música sobre ele fez tanto sucesso que até os descrentes costumava-se parar para cantar “Como Zaqueu, quero subir, o mais alto que eu puder…”.

O publicano Zaqueu, possivelmente, era bem conhecido na cidade de Jericó, mas, nem por isso, benquisto. Seu ganha-pão, cobrar impostos, causava repulsa, ojeriza em seus conterrâneos, o que provavelmente o relegava a um ambiente de isolamento social, ainda que tivesse feito uma boa fortuna. Tanto que, quando Jesus resolveu se hospedar em sua casa, a murmuração tomou conta das ruas, diziam: “como um rabino do porte de Jesus poderia se engajar em comunhão com um maldito cobrador de impostos”?

O resultado de tamanha ousadia não poderia ser outro: transformação de vida e salvação de Zaqueu; e aqui eu gostaria de ressaltar algumas lições que podemos aprender a partir deste texto:

Não interessa o tamanho da multidão, Jesus nos vê e nos conhece. A multidão que acompanhava Jesus já era grande, e ainda aumentou após Ele ter curado o cego Bartimeu, mais conhecido como o cego de Jericó. (veja o final de Lucas 18).

Entretanto, Jesus “acha” Zaqueu em cima da árvore e o chama pelo nome, evidenciando saber sobre a vida daquele homem ao se convidar para ficar hospedado em sua casa. O mesmo acontece conosco, Jesus sabe quem somos, o que fizemos e o que fazemos. Ele sabe os detalhes mais íntimos do nosso coração e, mesmo assim, nos busca em meio à multidão de pecadores.

Não interessa o que os outros achem de você, para Jesus, você é alvo de seu amor. A profissão de Zaqueu fazia dele uma pessoa desprezada, evitada por todos, mas não para Jesus. Pelo contrário, o Senhor vai em sua direção, não com palavras de desprezo, mas de vida eterna. Da mesma forma, quem você acha que é ou a maneira como as pessoas costumam lhe tratar não tem relação com a maneira como Jesus Cristo olha para sua vida.

 

Os caminhos dEle são incomparavelmente superiores.

Quando conhecemos a Cristo, até as trevas se tornam algo para abençoar. Talvez Zaqueu tenha aceitado ser um cobrador de impostos por ganância, mas, depois da ilustre visita, o seu dinheiro passou de motivo de ódio para um instrumento de bênção, especialmente aos mais pobres. Deus não joga nada de sua vida na lata do lixo, a não ser os seus pecados que aliás, Ele os apaga com o sangue purificador de Jesus. Até as experiências negativas com o pecado podem ser usadas pelo Pai para fortalecer outros em luta.

Não é à toa que Zaqueu é um personagem tão cantado em músicas. Sua experiência com Jesus é também nossa experiência, pois Jesus continua nos buscando “pelo nome”, nos transformando de dentro para fora e nos usando para abençoar o próximo.

Quando achamos que estamos buscando a Cristo, na verdade, é Ele quem nos busca e nos encontra para nos abençoar com toda sorte de bênçãos.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.