segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

OS FILHOS DE DEUS E AS FILHAS DOS HOMENS

OS FILHOS DE DEUS E AS FILHAS DOS HOMENS

 

A interpretação errada de Gênesis capítulo 6 causa muitas heresias e informações duvidosas para o público em geral e em especial aos estudantes de Teologia.

 

Algumas religiões e suas heresias teem uma interpretação totalmente errada deste texto bíblico.

Vamos aplicar aqui uma máxima da Teologia Sistemática que é: “Um texto sem o contexto vira um pretexto”.

Muitas pessoas pegam um único versículo isolado para criar uma situação daquilo que defende como ato de fé, mas será que está certo quando é confrontado com o contexto daquele texto bíblico?

 

Então temos que nos aprofundar sistematicamente na Bíblia que é  a nossa fonte principal de informação, verificar todo o contexto teológico, verificar até informações históricas de fontes seculares confiáveis sobre o assunto que pesquisamos e tirar nossas conclusões, não deixando margem para se criar um pretexto (heresias, por exemplo).

 

Diz a tradição judaica secular que Adão e Eva tiveram 33 filhos e 23 filhas sendo Abel o primeiro filho do casal, Caim o segundo e Sete o terceiro.

Daí em diante não se tem menção do nome de mais nenhum deles, nem dos demais filhos e nem das filhas e isso era o costume da época. Também daí em diante os filhos de Sete aumentaram grandissimamente e é claro que a descendência de Caim que estava em outro lugar incerto e não sabido, fizeram que a população da terra aumentasse significativamente, principalmente porque todos os descendentes de Adão e Eva viveram acima ou próximos de 750anos cada um.  

 

Os filhos de Deus e as filhas dos homens segundo o que “teólogos” do pensamento errado afirmam em suas heresias, insistem em querer inculcar na mente do povo que os anjos desceram até a terra, se transformaram em seres humanos, coabitaram-se com essas filhas dos homens e tiveram filhos e filhas com elas, o que é humanamente impossível, anjos são seres espirituais e não de carne e de ossos como os seres humanos. Vamos discorrer sobre isso nesta postagem.


Quero lembrar aqui que neste tempo do início  das coisas e das gerações, ainda não existiam leis sobre qualquer assunto ou sobre as atitudes e decisões das pessoas. Só foram elaboradas leis sobre qualquer assunto e sobre qualquer comportamento na época de Moisés e Arão. Através dos livros de Levíticos, Números e Deuteronômio, Deus deu para Moisés e ao povo Hebreus todas as leis para que o povo tivesse respeito e direcionamento de uns para com os outros, mas principalmente para com as coisas de Deus. 

 

E, aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama. Gn 6.1-4.

 

Segundo a interpretação deste texto pelos hereges, dizem que a frase “filhos de Deus” está se referindo aos anjos, que assumiram corpos físicos e vieram à terra para ter relações sexuais com belas mulheres, união da qual teriam nascido gigantes iníquos.

 

Resposta apologética confiável.  

 

Ainda que tal interpretação seja defendida frequentemente por “movimentos religiosos hereges” com características duvidosas e sem a devida credibilidade,   acreditamos e defendemos que os “filhos de Deus” sejam os descendentes piedosos de Sete e seus familiares de Gênesis 5. Temos pelo menos duas razões: 1. Caim e sua descendência foram amaldiçoados por Deus. 2. Sete e sua descendência foram abençoados por Deus assim como o seria a descendência de Abel.

 

Apresentamos, para isso, os seguintes argumentos:

Em primeiro lugar ao analisarmos o texto de Mateus 22.29,30, que diz: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem se casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu”, entendemos que as paixões e os apetites sexuais são especificamente manifestações do corpo físico dos seres humanos normais como Deus os fez, assim como Adão e Eva providos de sexo para a procriação e não como dos anjos celestiais que foram criados como seres espirituais assexuados e sem esses desejos sexuais dos seres humanos.

 

Em segundo lugar, não foi da união entre os “filhos de Deus” e as “filhas dos homens” que nasceram os gigantes. Pelo contrário, eles já existiam antes desse acontecimento.

Vejamos Gênesis 6.4: “Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama”. (6.4). Observe que o versículo começa dizendo que “... havia, naqueles dias, gigantes na terra ...”. Então deduzimos que quando os filhos de Deus (os abençoados por Deus, que eram da descendência de Sete), entraram às filhas dos homens, (que eram filhas e da descendência de Caim, podendo ser também filhas geradas por Adão e Eva porque eles tiveram muitas filhas), e delas geraram filhos (e filhas). As mulheres não eram contadas nas gerações de suas famílias desde Adão e Eva.

 

Em terceiro lugar, caso esses “filhos de Deus” fossem anjos caídos, seriam demônios e não mais “filhos de Deus”; Seriam tratados como “criaturas” de Deus e não “filhos”. Logo, também não poderiam ser considerados como tais porque foram lançados no abismo.

 

Em quarto lugar, os descendentes de Sete “invocavam o nome do Senhor”, tal como o próprio Sete (4.26). Ou seja, possuíam comunhão com Deus. Andavam com Deus, como Enoque. (5.22-24). “Acharam graça diante do Senhor”, como Noé (5.29; 6.8). E obtiveram “testemunho de que agradaram a Deus e se tornaram herdeiros da justiça que é segundo a fé”. (Hb 11.5,7).

 

Em quinto lugar, era costume dos povos antigos desprezar as mulheres que não geravam filhos homens e dificilmente elas eram contadas para qualquer outra informação. É o caso de Ana, mãe do profeta Samuel, que era desprezada por Elcana, seu esposo e até pelo sacerdote do templo, o sacerdote Eli. 1 Samuel 1.

 

Quem são os gigantes de Gênesis 6:4? Seriam eles os “filhos de Deus?”

 

De maneira nenhuma eles poderiam serem chamados de filhos de Deus como se fossem anjos transformados em seres humanos e também não era uma Teofania.

 

Naqueles dias os seres humanos, homens, eram de grande estatura. Por regra geral, os antediluvianos estavam dotados de grande vigor físico e mental e os homens desenvolviam atividades no campo que lhes proporcionava ter um porte físico bem maior do que o das mulheres.

 

“Ora, naquele tempo havia gigantes na terra e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos, estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade”. (Gênesis 6:4). Alguns comentaristas ensinam que os “gigantes” de Gênesis 6:4 são o resultado da união de mulheres com anjos, o que não é verdade. Baseiam-se no verso 2, onde existe a expressão “filhos de Deus”, que eles atribuem referir-se aos anjos e também citam o verso 1 do capitulo dois de Jó para tentar provar seu ensino. Não podemos esquecer da proporcionalidade do tamanho dos homens e do tamanho das mulheres que deveriam ser compatíveis para geração de seus filhos, muito embora os homens tinham um porte físico, na maioria das vezes, maior do que o das mulheres, como são até nos dias de hoje. Senão as mulheres e seus filhos de tamanho exagerado não suportariam e morreriam ambos no dia do nascimento desses filhos.  

 

Vejamos o que a Bíblia diz sobre isto.

Gigantes (do hebraico nefilim). Estes gigantes não foram o produto de uniões matrimoniais mistas de anjos decaídos com as mulheres, como é sugerido por alguns. A versão LXX (Septuaginta) traduz “nefilim” por “gigantes”, palavra cuja grafia é exatamente igual em Português.

 

Em Números 13:33, os Israelitas informaram que se sentiam como meros gafanhotos em comparação com os “nefilim” que a Versão Bíblica Revista e Atualizada (RA) traduz por “gigantes”. Há razões para crer que esta palavra hebraica pode provir da raiz “nafal”, e que os “nefilim” (gigantes) eram “violentos” e terríveis contra seus inimigos devido ao seu porte físico.

 

Naqueles dias os seres humanos eram de grande estatura. Por regra geral, os antediluvianos estavam dotados de grande vigor físico e mental. Esses indivíduos, renomados por sua sabedoria e habilidade, persistentemente consagravam suas faculdades intelectuais e físicas para complacência de seu próprio orgulho e prazeres e na opressão de seus próximos.

 

Sobre os filhos de Deus deduzimos que esta frase tem sido interpretada de diversas maneiras às vezes até forçando a barra para alcançar um objetivo de suas conjecturas.

Alguns antigos comentaristas judeus, os primeiros pais da Igreja e muitos expositores modernos têm pensado que estes “filhos” foram anjos, e os compararam com os “filhos de Deus” de Jó 1:6; 2:1; 38:7. Deve-se repelir este ponto de vista, porque o castigo que de pronto sobreviria se deve aos pecados de seres humanos (ver verso 3) e não de anjos. Ademais, os anjos não se casam e nem se dão em casamento. (Mateus 22:30).

Os “filhos de Deus” não foram outros senão os descendentes de Sete, e as “filhas dos homens” as descendentes de Caim, (Cainitas ímpios) e também as próprias irmãs de Caim e de Sete que eram muitas. Posteriormente Deus falou de Israel como sendo seu “primogênito” (Êxodo 4:22), e Moisés disse aos Israelitas: “Filhos sois do Senhor, vosso Deus”. (Deuteronômio 14:1).

Pela graça divina a adoção no reino de Deus não se restringe à uma etnia, povo ou nação, mas está amplamente disponível para todas as pessoas, aos que creem em Jesus, a partir de uma entrega total da vida e reconhecimento da soberania divina. (João 1:12).

Em Cristo somos dignos de sermos chamados “filhos e filhas de Deus”. Portanto, tal ensinamento (anjos unindo-se com mulheres) é espúrio e condenável na Bíblia e toda essa falsa doutrina que não está em conformidade com a palavra de Deus é igualmente falsa e não merece crédito.

O termo “Filhos de Deus” na Bíblia refere-se aos anjos e também aos homens; vai depender do contexto do verso. No caso de Gênesis 6:4, refere-se aos descendentes de Sete, um homem justo e já no livro de Jó, refere-se aos anjos mesmo. Deus não deu aos anjos a capacidade de reprodução, portanto, em hipótese alguma poderiam ser eles os “filhos de Deus” que possuíram as “filhas dos homens”.

 

Quem foi Sete? Conheça a Biografia de Sete na Bíblia.

 

Sete foi filho de Adão e Eva e pai de Enos (Gênesis 4:25,26; 5:3-8; 1 Crônicas 1:1). A Bíblia diz que após o assassinato de Abel por Caim, Adão e Eva tiveram outro filho e o chamaram de Sete. Mas da mesma forma como ocorre com os outros filhos de Adão, a Bíblia não traz muitas informações sobre quem foi Sete.

 

O que significa o nome Sete?

Qualquer nome dos primórdios da humanidade é de difícil compreensão em relação ao seu significado original. Porém, o nome Sete, escrito no hebraico, shet, significa “designado”. Esse significado faz referência ao que Eva diz quando deu à luz.

 

Gênesis 4.25

 

25. E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.

 

Em outras palavras, Adão e Eva enxergaram em Sete o desígnio de Deus. Seria através de sua descendência que a promessa de redenção feita em Gênesis 3:15 seria cumprida. No Novo Testamento encontramos a confirmação deste fato. O capítulo 3 do Evangelho de Lucas afirma claramente que foi da descendência de Sete que Jesus Cristo veio ao mundo.

A Bíblia registra o nascimento de Sete após a morte de Abel. No entanto, não é possível dizer que Sete foi o terceiro filho de Adão especificamente. É mais provável que tenha sido o terceiro filho homem, pois a possibilidade é muito grande de que Adão e Eva tiveram filhas, muitas filhas, entre os nascimentos de Abel e Sete.

O escritor e historiador Flávio Josefo afirma que antes de Sete, Adão e Eva tiveram cinco filhos, dois homens e três mulheres. Os nomes dos dois filhos homens nós sabemos: Caim e Abel. Já os nomes das filhas a Bíblia não menciona. Esse fato responde definitivamente qualquer dúvida sobre quem foi a esposa de Caim.

A Bíblia diz que Adão teve muitos filhos, porém suas histórias não foram contadas. Na verdade é nítido que os escritores bíblicos priorizaram no registro das genealogias dos personagens bíblicos apenas os nomes que tiveram alguma importância para a história que estava sendo registrada. A Bíblia também informa que Sete viveu por 912 anos (Gênesis 5:8).

 

Existiu outro Sete na Bíblia?

Na Bíblia encontramos uma citação do nome “Sete” (que certamente era outra pessoa e não o filho de Adão e Eva), em uma profecia de Balaão (Números 24:17). O significado de “Sete” nesse texto é traduzido como “confusão”, portanto, totalmente diferente do Sete filho de Adão e Eva. Alguns estudiosos acreditam que esse nome se refira a um homem misterioso que foi antepassado de um povo que era inimigo de Israel.

Outros estudiosos acreditam que apenas foi um termo aplicado aos moabitas que eram promotores de guerras e tumultos. Por último, há também aqueles que acreditam que tal nome se refira a uma antiga tribo nômade conhecida como Sutu. O que podemos afirmar com certeza é que essa referência do livro de Números em nada tem haver com o Sete filho de Adão e Eva.

 

Outras fontes secundárias e seculares que nos mostram que a quantidade de pessoas, homens e mulheres, já naquela época era enorme, aos milhares, portanto derrubando a tese de que os anjos vieram à terra e se casaram com as mulheres para procriar uma raça diferente das outras porque não haviam homem o suficiente para isso.

 

 Informações mais precisas de quem foi Sete, segundo a tradição judaica.

 

Sete é, segundo a Bíblia, o terceiro filho de Adão e Eva e irmão de Caim e Abel, sendo o único, entre os demais filhos, a ser citado pelo nome. Pela tradição, Adão teve 33 filhos e 23 filhas. De acordo com Gênesis 4:25, Sete nasceu após a morte de Abel e Eva acreditava que ele fora designado por Deus para estabelecer uma nova descendência, em substituição a Abel, morto por Caim.

 

Depois da morte de Abel, Sete é indicado como justo pela teologia judaico-cristã, em contraponto com Caim. Num livro apócrifo, Sete é chamado de ancestral de todas as gerações dos justos. De acordo com o Livro dos Jubileus, também apócrifo, Sete casou-se com sua irmã mais jovem Azura e teve vários filhos, entre os quais Enos e a filha Hôh. No islão, Sete é considerado um dos profetas islâmicos.

Embora em Gênesis não seja mencionada quem teria sido a esposa de Sete e nem de Caim, é confirmado que o patriarca teve como filho Enos, aos 105 anos, e morreu aos 912 anos, gerando filhos e filhas. Pelos cálculos a respeito da vida dos patriarcas, significa que Sete teria alcançado o arrebatamento de Enoque.

Segundo Gênesis 4:26, com o nascimento de Enos, os homens passaram a invocar a Deus, o que teria sido o nascimento da religião e indica que Sete poderia ter sido um dos primeiros sacerdotes da humanidade.

Um movimento dos hereges diz que Sete foi ordenado com a idade de 69 anos por Adão, e três anos antes de sua morte, Adão teria abençoado Sete e sua descendência até o fim dos dias. É importante esclarecer que Sete é também o nome de um personagem em outro livro apócrifo e portanto temos que confiar cem por cento naquilo que nos informam as Escrituras Sagradas, o resto são apenas ilações e conjecturas.

 

A Bíblia é a inerrante e infalível palavra de Deus.

A Bíblia é a revelação da verdade à humanidade. Ela mostra a realidade do pecado, o plano de Deus para salvar o homem e a sua plena vontade para a nossa vida. A Bíblia não pretende de forma alguma provar a existência de Deus porque Ele é o grande “Eu sou". Em Salmos 97.6 lemos assim: “Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória”. (Salmos 97.6).

Crer é o meio que Deus estabeleceu para sermos salvos. Jesus se expressou assim: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. (Marcos 16.15,16).

 

Podemos confiar na Bíblia como fonte de informações sobre o assunto referenciado e tantos outros que são conhecidos como dificuldade bíblica?    


Quem é o autor da Bíblia?

 

Deus é o autor da Bíblia; sobre Ele está escrito: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é”. (Deuteronômio 32.4).

 

Partindo desta fiel declaração, podemos afirmar que:

 

A Bíblia é a verdade e Deus revela toda a verdade desde Gênesis até o Apocalipse.

 

Já que Deus é a verdade, não há erros nem contradições em sua Palavra, a Bíblia se interpreta por si mesma. Ela é, portanto, digna de toda aceitação e confiança.

 

Assim está escrito sobre a Bíblia:


“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples”. (Salmos 19.7)

“O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente”. (Salmos 19.9)

“O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam”. (Salmos 18.30)

 

A Bíblia é inspirada por Deus.

 

Os escritores da Bíblia embora em culturas e idiomas diferentes; lugares e épocas também diferentes, todos escreveram sem nenhuma contradição. Deus supervisionou os escritores da Bíblia de modo que eles escreveram o que Ele tinha em mente. A bíblia declara:

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. (2 Pedro 1.21).

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Timóteo 3.16).

 

O tema central da Bíblia é Cristo.

 

Ao longo da Bíblia Deus revela seu plano para salvar a humanidade. Um resumo básico da Bíblia seria: A criação do mundo, a corrupção do mundo e a redenção do mundo. Cristo como Salvador da humanidade ocupa o centro das Escrituras. Ele disse:

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. (João 5.39).

“Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. (Lucas 24.26,27).

 

O apóstolo Paulo também escreveu sobre  o tema central da Bíblia, Cristo:

“O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai”.(Gálatas 1.4).

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. (Coríntios 15.3).

 

A Bíblia revela o que é certo e o que é errado.

 

No Antigo Testamento os sacerdotes tinham a responsabilidade de ensinar a verdade ao povo de Israel. Em Ezequiel 44.23 lemos assim: “E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro”. Então a Bíblia fala sobre o caminho da vida e os caminhos da morte, o estilo de vida do homem justo e o estilo de vida mundano, daquele que serve a Deus e daquele que não o serve. Um verdadeiro filho de Deus leva em conta os princípios da Palavra de Deus em sua vida.

 

Vejamos o que nos diz os textos abaixo sobre a segurança que temos em confiar na palavra de Deus. 

“Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”. (1 Pe 1.14-16).

“Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”.  (Salmo 119.9).

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”. (Salmo 119.11)

 

Devemos ler a Bíblia porque ela é a Palavra viva de Deus.

Deus usa a Sua Palavra para falar conosco quando a lemos com reverência e humildade.

“Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo”. (Provérbios 6.22).

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hebreus 4.12).

 

Ela é o alimento para nossa alma.

“E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”. (Lucas 4.4).

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”. (João 6.63).

“Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido”. (1 Timóteo 4. 6).

 

Ela nos proporciona conforto e paz.

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.” (Romanos 15.4,5)

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16).

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos”. (Salmos 19.8).

 

Ela dirige nossos passos.

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. (Sl 119.105).

“Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”. (Provérbios 6.23).

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (Mateus 22.29).

 

Ela é a nossa arma de ataque e de defesa contra Satanás.

“Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. (Efésios 6.17).

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele”. (Provérbios 30.5).

 

Ela é quem proporciona nosso crescimento na graça e no conhecimento de Cristo.

“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. (2 Pedro 3.18).

“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo. Se é que já provastes que o Senhor é bom”. (1 Pedro 2. 2,3).

 

Ela é quem nos capacita a falar e crer na verdade.

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém”. (1 Pedro 4.11).

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.15).

 

Creia na verdade. Jesus disse “Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida...”. Jo.14.6.

“E conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. Jo.8.32.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

A SUPREMA EXCELÊNCIA DO GRANDE AMOR DE DEUS

A SUPREMA EXCELÊNCIA DO GRANDE AMOR DE DEUS

 

A suprema excelência do amor de Deus para com a humanidade é demonstrada por sua natureza, seu caráter e por seu infinito amor. Tudo isso nos é demonstrado porque Deus é amor.


1 Coríntios 13.1-13.

1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

3. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,

5. não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6. não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7. tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8. O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

9. porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.

10. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.

11. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.

13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

 

O que a Bíblia diz nos diz sobre o verdadeiro amor?

“Deus é amor”.  essa pequena frase resume toda a Bíblia e a mensagem do cristianismo. Passaremos a eternidade tentando descobrir o que essas três palavras juntas representam.

“Deus é amor”. Essa pequena frase resume tudo o que Deus foi no passado, é no presente e será no futuro para a humanidade. Ele, Deus, é o criador de toda a humanidade e opera com amor incondicional para todos e em todos, basta somente crer.

“Deus é  amor". Passaremos a eternidade tentando descobrir o que essas três palavras juntas representam. O amor faz parte da própria natureza e essência de Deus. Ele é a fonte do amor. Se Deus não existisse, não saberíamos o que é amar. Agora, isso não significa dizer que o amor é Deus. Alguém disse bem que “o amor não define Deus, mas Deus define o amor”. O fato de duas pessoas se amarem não significa, por exemplo, que seu amor seja santo, puro, assim como o amor divino. Precisamos entender que existem tipos e manifestações diferentes de amor (entre pais e filhos, entre irmãos, entre marido e mulher, etc.) e estes são lampejos do que de fato é o amor divino. Como um dos Seus atributos comunicáveis, o amor é um presente que Deus nos dá e Ele mesmo nos capacita a compartilhá-lo com outras pessoas.

 

Como podemos receber este Santo amor?

O apóstolo Paulo afirma que “o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo”. (Romanos 5:5). O verso confirma que o amor é um dom de Deus, uma dádiva que Ele nos concede através da atuação do Espírito Santo em nosso coração. O texto de Gálatas 5:22, 23 confirma isso, ao dizer que o amor (aqui o termo grego é ágape, que significa “amor de Deus”) é fruto do Espírito Santo, ou seja, é resultado natural da atuação da maravilhosa Pessoa do Espírito Santo em nossa vida. Portanto, se quisermos amar ao nosso cônjuge, nossos amigos e até aos nossos inimigos (Mateus 5:44), precisamos de Deus em nosso coração, em nosso lar. Permita-nos apresentar outros versos e aplicações do amor na Bíblia.

1) Nada nos pode separar do amor de Deus. A Bíblia diz em Romanos 8:38-39: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.

2) O amor de Deus é um amor de sacrifício. A Bíblia diz em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

3) O amor de Deus dura para sempre. A Bíblia diz em Salmos 136:1: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre”.

4) Como a Bíblia descreve o amor? A Bíblia diz em 1 Coríntios 13:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

5) A Bíblia diz que devemos amar-nos uns aos outros. A Bíblia diz em 1 João 2:7-8:  “Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes.” “Ameis uns aos outros” (João 13:34, 15:12, 17) “E um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz”. (1 João 2:7, 8).

6) O amor não é só para amigos. A Bíblia diz em Mateus 5:43, 44: “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”.

7) O amor é o resumo da lei de Deus. A Bíblia diz em Mateus 22:37-40: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. O resumo da lei, amor para com Deus e amor para com o próximo, abrange cada detalhe e aspecto de toda a lei divina.

8) Podemos mostrar o nosso amor a Deus guardando os Seus mandamentos. A Bíblia diz em 1 João 5:3: “Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos”.

9) Não deixe que o seu amor por Deus se enfraqueça. A Bíblia diz em Apocalipse 2:4-5: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres”.

10) O significado de amor incondicional que somente Deus tem.

 

O que é amor incondicional?

Amor incondicional significa amor pleno, completo, absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar. Quem ama de forma incondicional não espera nada em troca. O amor está em primeiro lugar.

O amor incondicional é generoso, altruísta e infinito. É o típico “amor de mãe”, que é dado livremente, independente do que recebe de volta.

No relacionamento entre um casal, quem tem amor incondicional ama sem ter razões ou pré-requisitos. Dedica-se totalmente à relação, transformando o amor em uma ação praticada a todo instante, de variadas formas. O conceito é semelhante a amor verdadeiro.

Você sabe o que a filosofia fala sobre o amor?

Sobre este tema muitos filósofos arriscam a definir o amor como uma forma épica que se manifesta como uma forma literária apenas, mas na verdade o verdadeiro amor é infinito sobrepondo todos os adjetivos que o ser humano possa imaginar.

Um amor épico é um amor condicional requer algum tipo de troca, é finito. É um tipo de amor que é dado apenas com base em determinadas condições, conscientes ou não, satisfeitas pelas partes como desejarem que seja correspondido.  

Para os cristãos, Deus teve um amor incondicional pela humanidade quando entregou Jesus Cristo, o seu único filho, para ser sacrificado em nosso lugar. Deus ama a todos de forma incondicional porque o Seu amor foi demonstrado de forma bem clara para salvar a todos os que nEle crer. De acordo com a passagem da Bíblia em 1 Coríntios 13:4-7, "o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Na perspectiva religiosa também há um apelo para o amor incondicional entre os homens. Para a prática da generosidade e do amor não só ao próximo, mas a todos os seres humanos, seus semelhantes.

 

Um dos hinos mais bonitos da harpa cristã é o de número 512 exatamente porque ele fala do santo e inesgotável amor de Deus.

 

O Amor Inesgostável

Harpa Cristã

 

O santo amor de Cristo, que não terá igual
A Sua vera graça, sublime e eternal
E a misericórdia imensa como o mar
A qual ao céu atinge, com gozo, hei de cantar

 

Como é inesgotável


O amor de meu Jesus!


Rico e inefável; nada é comparável


Ao amor de meu Jesus!

 

Jesus andou no mundo, e o povo O procurou
E todas as angústias, sim, aos Seus pés deixou
E Seu amor brotava, qual rio divinal
Pujante, forte, imenso, sanando todo o mal

 

Também, nos olhos cegos pôs uma nova luz
A luz que nos dá vida, qual já brilhou na cruz
E deu também às almas, a glória de Seu ser
Ao implantar Sua graça, e Seu real poder

 

O amor de Jesus Cristo, no mundo é um fanal
Que marca vitorioso a senda do ideal
Embora passem os anos, é sempre eficaz
Precioso é dar à alma incomparável paz

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

DAVI NUMERA O POVO NUM CENSO QUE DESAGRADOU A DEUS

DAVI NUMERA O POVO NUM CENSO QUE DESAGRADOU A DEUS

 

Davi numera o povo, e Deus castiga-o. (1 Crônicas 21:1). Motivo: Não foi Deus que mandou.

 

Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel. 
1 Crônicas 21:1.



Passagens das Escrituras Sagradas que nos ensinam grandes lições.



Precisamos estar atentos, pois o nosso adversário (o diabo), anda ao nosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. 1 Pedro 4:8.



Precisamos ser obedientes. Quando servimos ao Senhor Jesus Cristo, temos um adversário em comum, que usa as brechas que damos, os pecados que cometemos, para nos derrubar.



O nosso adversário tem uma função, que de acordo com João 10:10 é matar, roubar e destruir.

Mas o Senhor Jesus veio para nos dar vida e vida com abundância.



O segredo de uma vida vitoriosa esta na obediência.  E foi exatamente isto que faltou neste episódio na vida do Rei Davi.



Para entendermos com mais clareza precisamos meditar no versículo abaixo.



E a ira do Senhor se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá. 2 Samuel 24:1.


Em 1 Crônicas 21:1, nos diz que satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a contar o povo.



Em 2 Samuel 24:1, nos diz que o Senhor nosso Deus estava irado contra Israel, e incitou a Davi a numerar o povo.



Para fazermos uma exegese, interpretação mais profunda destes textos Bíblicos, precisamos juntar os dois versículos, porque falam da mesma história, porém escrito por autores diferentes.



O primeiro diz a Palavra que Deus estava irado com Israel, a Bíblia não nos diz claramente o motivo, mas servimos a um Deus Santo, e o pecado não confessado e abandonado, afasta as bençãos, que são frutos da obediência.



Então juntando os dois textos, aprendemos que o Senhor estava irado com Israel e permitiu que satanás incitasse, desafiasse e provocasse a Davi a numerar Israel.



E este censo realizado por Davi, infelizmente foi considerado como pecado diante de Deus.



E pesou o coração de Davi, depois de haver numerado o povo; e disse Davi ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora ó Senhor, peço-te que perdoes a iniquidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente. 2 Samuel 24:10.



Mas porque, qual o motivo de Davi fazer algo tão grave assim, pecando contra Deus?



Para entendermos com maior clareza, tenhamos sempre em mente que Deus não vê como o homem vê, mas Ele sonda os corações.

A contagem do povo em si não era pecado, mas sim o motivo que levou o Rei a contar o povo.

Exemplo: Quando lemos o livro de Números, lemos que Deus mandou Moisés contar o povo por duas vezes ( Nm capítulo 1; Nm capítulo 26 ). O Rei Josafá também contou o povo (2 Cr 17:14-19). E estas contagens não foram consideradas pecados.



O motivo era o orgulho e a soberba. Deus permitiu que satanás o influenciasse, para provar o coração do Rei, assim como Ele permitiu que satanás tocasse na vida de Jó, só que ao contrario de Jó, o Rei Davi falhou.



O inimigo até para tocar em nossas vidas precisa da permissão de Deus, se não fosse esta permissão, e o limite imposto por Ele, com certeza satanás teria matado Jó.
(Jó 2:6 ).



Mas o Rei Davi foi achado em falta porque?



Se lermos com calma 1 Crônicas 18, veremos que Davi e o povo de Israel ganharam várias batalhas, derrotou diversas nações, expandiu seu território grandemente, recebia tributos e impostos de vários reinos, e era o reino mais poderoso daquela região, ninguém conseguia derrotar o exercito de Israel.

E isto nos serve de alerta, pois precisamos ficar atentos depois das vitórias, não podemos permitir que a soberba entre no nosso coração, por maior que seja a vitória, toda honra, toda glória é para o Senhor Jesus.

E depois de grandes vitórias o Rei Davi baixou a guarda, não vigiou. E contou o povo para mostrar toda a sua força, e veja que não foi por falta de conselho, porque o próprio Joabe, que era o seu general, e não tinha um bom testemunho, percebeu que aquilo não estava correto. (1 Cr 21: 3).



E Davi recebeu o número do povo conforme havia solicitado a Joabe, comandante do seu exército.



E Joabe deu a Davi a soma do número do povo; e era todo o Israel um milhão e cem mil homens, dos que arrancavam da espada; e de Judá quatrocentos e setenta mil homens, dos que arrancavam da espada. 
1 Crônicas 21:5



Veja que ao final da contagem, os número dos que arrancavam as espadas eram de Um milhão e quinhentos e setenta mil soldados e só foram contados os soldados valentes de guerra, e era um grande exército, forte o bastante para enfrentar qualquer exercito, de qualquer nação.



Mas aprendemos na Palavra de Deus e Israel conhecia muito bem:

Quando saíres à peleja contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor; pois o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo.


E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo,
E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles,
Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos. Deuteronômio 20:1-4.

 

Em primeiro lugar não era o número de soldados que iria garantir a vitória, pois mesmo que o exército inimigo fosse maior que Israel, e tivessem cavalos, carros e um povo mais numeroso, Deus garantiria a vitória.

Deus pelejaria pelo seu povo, e o segredo estava na obediência, Israel não precisava confiar na sua força, mas sim no poder que vinha do alto, o socorro vinha de Deus.

Quando Deus estava irado com Israel, Davi foi influenciado pelo inimigo porque era o líder da nação, e tinha que ser o exemplo.

E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá. Lucas 12:48.

 

Se o Senhor te levantou como líder, dê valor a obra que Deus colocou em suas mãos. Faça com diligência e com muito amor, pois Deus lhe pedirá contas de tudo que Ele colocou em suas mãos.

E fique atento, sempre vigilantes, saiba que maior é o Senhor que esta ao nosso lado.

Mas cuidado principalmente com o seu “EU”, guarda o teu coração, cuidado com sua vontades, suas vaidades, lembre-se sempre de onde o Senhor te tirou, não para querer voltar para lá, mas para glorificar a Deus por ter tirado de lá.

Nunca se sinta superior aos outros, nunca deixe o orgulho entrar no seu coração, tire toda soberba, nunca se sinta o melhor, o mais importante, lembre-se de uma coisa: Se não fora a misericórdia do Senhor, aonde estaríamos?

 

Depois da contagem, veio o castigo:

 

E Gade (o profeta de Deus) veio a Davi, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Escolhe para ti,


Ou três anos de fome, ou que três meses sejas consumido diante dos teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor  destrua todos os termos de Israel; vê, pois, agora, que resposta hei de levar a quem me enviou.  1 Crônicas 21:11-12.

 

Que situação difícil, que preço alto Davi e toda a nação teve que pagar, cuidado com suas escolhas, elas podem te levar ao fracasso. Cuidado com suas atitudes, você pode até pensar, Deus é Deus de misericórdia. Sim Ele é Deus de misericórdia, mas Deus é Deus  de justiça e também que zela por sua palavra.

Não erreis: De Deus não se zomba. Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 
Gálatas 6:7.

 

Davi pagou um preço alto, 70 mil pessoas morreram por causa das suas escolhas erradas, mas Davi se arrependeu. E isto fez de Davi um grande homem de Deus, pois ele sabia reconhecer o seus erros e se arrependia verdadeiramente.

 

E encurtando a história veja o que Davi fez:

 

Então Davi edificou ali um altar ao Senhor, e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos; e invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 1 Crônicas 21:26.

 

Terminando esta postagem, aprendemos com Davi algumas lições valiosas:

 

Ele edificou um altar ao Senhor. Temos que ter este mesmo comprometimento, quando erramos, precisamos nos consertar. Quando nos humilhamos diante de Deus, Ele nos levanta. Nós somos templo do Espírito Santo, e aprendemos na Palavra de Deus que o Espírito Santo se entristece (Efésios 4:30), e precisamos estar em comunhão com o Senhor sempre.

 

Ele invocou ao Senhor. Temos que buscar ao Senhor de todo o nosso coração, temos que estar sempre em oração, depois de grandes vitórias, não podemos baixar a guarda e deixar de orar, de se consagrar, temos que adorar ao Senhor de todo coração, porque Ele é Digno.

 

Deus responde com fogo do céu sobre o altar. Deus é maravilhoso e responde as nossas orações, Davi orou e de Deus recebeu a resposta. Tudo começou no Altar para oferecer sacrifícios ao Senhor. Depois ao invocar a presença de Deus e de louvar a Deus de coração, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto. Sinal de que Deus aceitou o sacrifício de Davi. Que lição valiosa aprendemos na Palavra de Deus. 

 

Não sei como esta a sua vida diante de Deus, mas sei o que Deus pode fazer quando as nossas vidas estão diante dEle em obediência. Ele é tão maravilhoso que responde com fogo do céu e nos dá uma nova chance.

 

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.


Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.


Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 
1 João 1:8-10.

 

Deus conhece a nossa natureza pecaminosa, por isso nos dá uma nova chance quando nos humilhamos diante Dele, Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nos dar a vitória, para nos salvar. 

 

Por isso temos que reparar o nosso altar, há áreas em nossas vidas que as vezes precisam de consertos: pode ser na área familiar, financeira, profissional, vícios que precisam de libertação.

 

Mas Glória a Deus, sempre que pedimos socorro ao Senhor, por causa de nossas falhas, Ele nos restaura. O Senhor nos cura, para que sejamos um testemunho vivo do Poder Deus.

O Senhor manda fogo do céu, a unção do Espirito Santo vem sobre nós, por isso precisamos ser cheios do Espirito Santo (Efésios 5:18), e precisamos estar sempre aos pés do Senhor Jesus buscando a sua direção.

 

Não podemos apagar ou extinguir o Espírito Santo (1 Tessalonicenses 5:19), o nosso altar tem que estar sempre aceso, o Senhor é aquele que renova as nossas forças.

 

Não é pela nossa capacidade que conseguimos a vitória, mas sim pelo Poder de Deus.

 

Em relação aos números, aprenda algo, Deus não esta interessado pela quantidade de membros que tem a sua igreja, é bom ter uma igreja grande e sempre lotada, porém o mais importante é quantidade de almas que você tem ganho para o Reino de Deus, e os discípulos que tem sido formados, comprometidos com a Palavra, nascidos de novo e com testemunho de vida.

 

Precisamos fazer discípulos para o Reino de Deus, Jesus esta voltando, e muitos estão se perdendo, porque não temos falado do amor de Deus, e muitas vezes o testemunho não condiz com a Palavra da verdade.

 

Portanto, repare o seu altar, busque ao Senhor Jesus, fuja da aparência do mal, e seja cheio do Espirito Santo. Deus tem uma obra linda para realizar na sua vida, então abra o seu coração e viva a Palavra de Deus.

 

O que aconteceu com o Rei Davi quando realizou o censo de Israel e Judá.

 

Alguns dos episódios nas histórias bíblicas são muito esclarecedores e nos trazem diversos exemplos a respeito da soberania de Deus e de seus preceitos para os homens.

Vemos neste caso um primeiro exemplo da soberania de Deus na ação de Satanás contra o rei Davi e o povo de Israel.

Neste verso abaixo, no segundo livro de Samuel, Deus incita Davi contra Israel (reino do Norte, cuja capital viria a ser Samaria) fazendo com que ele levantasse o censo de Israel e Judá, este censo consistia em conhecer quantos homens aptos para a guerra havia no país. Esta era uma grave ofensa a Deus, pois mostrava que Davi estava confiando mais na força de seu exército do que no poder de Deus. Neste tempo o exército era um só. Todos os soldados eram contados como exército do rei Davi.

 

2 Samuel 24,1: “Tornou a ira do Senhor a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá”.

 

A ira de Deus se manifesta dos céus contra toda a impiedade, os hebreus insistiam em cultuar deuses de outras nações, casavam seus filhos e suas filhas com os povos que haviam sido proibidos por Deus e adotavam deuses e costumes de seus vizinhos pagãos.

 

Deus permitiu que Satanás incitasse as más ações dos homens conforme suas determinações.

 

1 Livro de Crônicas 21,1: “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel”.

 

Vemos esta mesma situação no livro de Jó, onde Deus usa Satanás para conduzir Jó à salvação por intermédio de grandes sofrimentos e também no caso de Acabe onde Deus usa um espírito maligno para enganá-lo na guerra em Ramote-Gileade.

 

1 Reis 22,23: “Eis que o Senhor pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas e o Senhor falou o que é mau contra ti”.

Vimos assim, que as ações de Satanás estão completamente limitadas e determinadas pela vontade soberana de Deus.

 

Na sequência desta história, vemos que este pedido de Davi é realmente fora de propósito, pois o comandante Joabe, encarregado de levantar o censo, adverte o rei Davi pela temeridade de sua ação, considerada pelo comandante como abominável ao Senhor.

1 Crônicas 21,3-4: “…Por que requer isso o meu senhor? Por que trazer, assim, culpa sobre Israel? Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe…”.

 

A bíblia aponta o resultado deste censo, havia em Israel e Judá aproximadamente um milhão e quinhentos e setenta mil homens de guerra, sem contar duas tribos, o que representaria uma população entre cinco e seis milhões de pessoas em todo o país incluindo o restante da população.

 

1 Crônicas 21,5-6: “Deu Joabe a Davi o recenseamento do povo; havia em Israel um milhão e cem mil homens que puxavam da espada; e em Judá eram quatrocentos e setenta mil”.

 

Este é um exemplo claro de que Deus determina o bem e o mal conforme a sua vontade, e nada pode sobrepor a esta vontade de Deus. O levantamento do censo desagradou a Deus e ele decidiu castigar o povo por isto, o que era o seu propósito desde o começo.

 

1 Crônicas 21,7: “Tudo isto desagradou a Deus, pelo que feriu a Israel”.

 

Davi, então, caindo em si, se arrependeu de ter ordenado o censo e pede perdão a Deus pela sua loucura, mas Deus já havia decidido castigar o povo desde o princípio desta história.

 

Davi ficou muito angustiado com isto tudo, mas entre todas as opções dadas por Deus ele escolhe cair nas mãos de Deus e não dos homens e escolhe a peste por três dias, ele conhece seu pecado, sabe da ira de Deus, mas conta com a misericórdia divina.

 

1 Crônicas 21,13: “Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor , porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu”.

 

O Senhor enviou a peste a Israel e caíram no primeiro dia setenta mil homens, enviou também o Anjo do Senhor para destruir Jerusalém. O Anjo do Senhor no Velho Testamento às vezes é confundido com Cristo que mantém as obras da providência determinadas por Deus.

 

Davi vê o Anjo do Senhor entre o céu e a terra com a espada desembainhada na mão, apontada para Jerusalém, Davi e os anciãos de Jerusalém se prostram com o rosto em terra e adoram o Anjo do Senhor e ele se retira.

 

1 Crônicas 21,17: “Disse Davi a Deus: Não sou eu o que disse que se contasse o povo? Eu é que pequei, eu é que fiz muito mal; porém estas ovelhas que fizeram? Ah! Senhor, meu Deus, seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo do teu povo”.

 

Analisemos esta confissão de Davi: ele se reconhece pecador, ele chama a si toda a responsabilidade pelo censo, ele pede que o castigo de Deus seja aplicado a ele e a toda a sua família, mas que poupe o povo que era inocente desta sua loucura.

 

Davi não era santo, nenhum de nós somos, mas a bíblia diz que ele era um homem segundo o coração de Deus, um pecador que fazia tudo para agradar o coração de Deus.

 

Vemos nesta sua confissão que não é sem razão que Deus ama seus filhos, pois ele coloca em seu caminho todos os meios que conduzem à salvação. O conhecimento de Deus, a fé, o arrependimento e o amor ao próximo que vemos expresso em sua confissão, são atitudes que agradaram a Deus.

Este é um exemplo a ser seguido. O reconhecimento da corrupção humana, a responsabilidade pelos nossos atos e o amor ao próximo precisam ser do conhecimento de Deus.

Que fique bem gravado em nossas mentes este exemplo de Davi, para que, tenhamos a coragem de assumir com responsabilidade os pecados que cometemos, somente assim seremos pecadores, como na verdade somos, mas poderemos ser chamados de servo segundo o coração de Deus.

 

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.