segunda-feira, 8 de maio de 2023

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

Quem é o Rei da glória, quem é digno de entrar no Seu santuário?

O Salmo 24 nos mostra claramente quem é o Rei da Glória e quem é digno de entrar no seu santuário.

Salmo 24.1-10.

1.   Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.

2. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.

3. Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo?

4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

5. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.

6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá).

7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.

9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da Glória. (Selá).

Como é o céu?

A Bíblia nos ensina em Gênesis a partir do  capítulo 1 (um) versículo 1 (um), que Deus criou todas as coisas e que o Céu é o lugar onde Deus habita com os anjos. Lá é o destino final de todos que amam a Deus. É impossível imaginar como é o Céu, porque é tão maravilhoso que é inalcançável e inenarrável ao conhecimento do ser humano.

O Céu é um lugar além do nosso mundo, além do nosso conhecimento, onde Deus vive e reina para sempre e eternamente. Não é o céu azul acima de nossas cabeças, nem o espaço onde ficam as estrelas. É uma dimensão espiritual, onde a Trindade de Deus vive e reina para sempre. Lá teremos corpos espirituais, perfeitos e incorruptíveis,  (1 Coríntios 15:42-44), assim como o corpo ressuscitado de Jesus, que se tornou a primícia dos que dormem.

1Coríntios 15:20 “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem”.

A lei determinava que as primícias da colheita fossem levadas ao templo para serem oferecidas ao Senhor (Lv:23.10,11). Esse primeiro feixe colhido era muito importante para Israel: (1) ele apontava que Deus havia abençoado a lavoura e (2) dava ao israelita a esperança de que haveria colheita naquele ano; (3) Nenhum israelita poderia comer de fruto algum da terra sem primeiro trazer essa primeira oferta ao Senhor. Jesus Cristo é chamado por Paulo de "a primícia dos que dormem". Isso nos aponta para preciosas aplicações.

Primeiro, a ressurreição de Cristo é a benção de Deus para a humanidade perdida. Quando o homem Jesus ressuscita, Ele garante a todos os fiéis a sua futura ressurreição, sendo Ele próprio o primeiro, porque é necessário que Jesus sempre tenha a primazia.

Segundo, se o primeiro homem ressuscitou, os demais que andam em suas pisadas também ressuscitarão.

Terceiro, por fim, pelo fato de Cristo ser oferecido como sacrifício por todos na cruz, e também como a primícia da futura ressurreição, agora todos nós podemos nos fartar das dádivas do reino de Deus e das bençãos da vida eterna.

Quem entrará no céu? Quem entrará nas moradas eternas?

Pergunte a uma pessoa comum no meio da rua o que ele pensa sobre o “céu”. Ele provavelmente descreverá um lugar onde não haverá nada do que gostamos aqui nessa vida.

Na cabeça de muitos, coisas como lindas cores, boa comida, música alta, amigos próximos e atividade física estarão ausentes no céu. Eles imaginam um lugar em que tudo é branco, esterilizado e, geralmente, quieto demais como um hospital cósmico ou uma grande biblioteca nas nuvens. Os habitantes são espíritos desencarnados flutuando por aí, vestidos de linho branco, sentados em bolas de nuvem de algodão e tocando pequenas harpas por toda a eternidade. Acham que no céu é como o oposto de algo animado, apaixonante e eternamente agradável.

A triste realidade é que, normalmente, nós cristãos deixamos que o nosso entendimento sobre o céu seja contaminado com a cultura em que vivemos. Nós não devemos definir o que é o céu para nós, o céu só Deus sabe como é pois foi Ele que o criou. Os artistas, os produtores cinematográficos, dentre outros, não devem definir o que é o céu para nós, ninguém neste mundo tem como definir como é o céu. Ninguém deve definir o que é o céu para nós, só o Espírito Santo de Deus é que nos revela a glória que existe lá.

Somente a Palavra de Deus pode informar corretamente como devemos entender o céu. E, quando consultamos às Escrituras Sagradas, nós descobrimos que o nosso futuro lar não é qualquer coisa e muito menos um lugar chato, parado e entediante.

Particularmente, o céu profetizado em Apocalipse 21 e 22 é descrito como novo céu e nova terra, será o lugar das moradas eternas dos santos e fiéis que chegarem lá, (Apocalipse 21.19-21; 4.3), com boa comida, (22.2; 19.7-9), com hinos celestiais, (5.8-13), de amizade íntima com o próprio Deus, (22.2; 19.7-9) e agradáveis atividades, (21.24-26; 1Coríntios 15.35-49).

O melhor dessa vida não pode ser comparado com o céu. As melhores emoções, as melhores alegrias, as melhores memórias que temos nessa vida são apenas sombras. O mais maravilhoso, profundo, afetivo, emocionante e gratificante momento neste mundo não se compara nem com uma vela perto do sol brilhante que é a experiência no céu.

Ironicamente, muito do que as pessoas gostam nessa vida e assumem que não estará no céu estará lá, porém será infinitamente melhor e perfeito.

O que não haverá no céu?

Porque, de fato, há alguns significantes aspectos de nossa atual experiência que estarão ausentes no céu. Para entendermos certo o quão maravilhoso o céu será, precisamos saber não só o que haverá no céu, mas, também, o que não estará lá.

É por isso que em Apocalipse 21-22, o apóstolo João gasta um bom tempo descrevendo a nova terra, contando o que não haverá no céu, assim como ele o faz dizendo o que haverá lá.

O que não haverá no céu? Segue uma lista de 17 itens que João afirma que não estarão na nova terra. Cada um deles representa algum aspecto da queda, rebelião ou julgamento divino relacionado a este mundo presente. E não haverá sinal de corrupção ou julgamento no mundo que virá.

Não haverá mar. (Apocalipse 21.1). Na Bíblia, o mar é normalmente uma representação do mal, desordem e caos. Além disso, os oceanos, como hoje conhecemos, é resultado do julgamento dado por Deus no Dilúvio. (Gênesis 6-8).

Gênesis 6.2-3. Não haverá separação entre Deus e o homem. (2-3).

Gênesis 6.4. Não haverá lágrima, luto e pranto. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá tristeza e nem dor. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá morte.  (vl4).

Gênesis 6.5. Não haverá nada que não será feito novo. (5).

Gênesis 6.6. Não haverá sede espiritual. (6).

Gênesis 21.8,27. Não haverá pecador não redimido tais como os que João lista como covardes, descrentes, abomináveis, assassinos, imorais, feiticeiros, idólatras e mentirosos (v.8); ninguém que pratique abominação e mentira.

Gênesis 22.22. Não haverá templo porque Deus é o templo.

Gênesis 22.5,23  Não haverá necessidade de sol e lua. (22.5,23) porque Deus é a luz.

Não haverá necessidade de lâmpada.

Não haverá noite e presumivelmente não haverá necessidade de que os santos ressuscitados durmam. Não haverá fechamento dos portões da Nova Jerusalém.

Não haverá sujeira.

Não haverá ninguém cujo nome não esteja escrito no livro da vida do Cordeiro.

Não haverá maldição.

O eterno reino de Cristo e seus redimidos não terá fim.

Segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?

A Bíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos sejam salvos mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu.

Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão no Reino do Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados. Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador.

Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas mas à luz.

Há listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente aos desviados e aos descrentes mas também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais como quem está longe de Deus.

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. Gálatas 5:22-23.

A turma do pode tudo e do “uma vez salvo, salvo para sempre”, continua a dizer que tudo pode, mas se esquecem que podem usar o livre arbítrio para tudo e para fazer o que quiser aqui na terra, só não pode é entrar no reino de Deus se não mudar de vida e ser uma nova criatura em Cristo. Para entrar no Céu há a necessidade de conversão, da pessoa se tornar uma nova criatura em Cristo Jesus.

O livre arbítrio permite tudo, porém para entrar no Céu temos que renunciar o “tudo” e fazer somente aquilo que agrade a Deus.

Pode tomar santa ceia e depois ingerir bebidas alcoólicas em geral? Pode?

Pode viver uma vida relaxada sem compromisso com Deus e depois ir morar no Céu? Pode?

Pode fornicar e depois cantar hinos na igreja? Pode?

Pode sair aos sábado, domingos ou em qualquer outro dia pra balada, beber, se divertir e chapar, “encher a cara”, beber até cair nas noitadas e nos carnavais, beber  até ficar inconsciente, cair, desmaiar nos “luaus" e depois ir para o culto na igreja louvar a Deus? Pode?

Pode fornicar, adulterar, prostituir e depois ir pregar a palavra de Deus? Pode?

Pode ser estelionatário, caloteiro, mal pagador, mentiroso, fingir que é santo? Pode?

Pode ser fofoqueiro, caluniador e depois assumir o púlpito como se Deus não se importasse com seu péssimo testemunho? Pode?

Só que tem uma coisa, Deus é Santo e procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

O que não pode é entrar no reino dos céus de qualquer jeito.

"Todas as coisas me são lícitas mas nem tudo me convém”. Ou somos luz; ou somos trevas.

De uma mesma fonte não pode jorrar dois tipos de água; Pra Deus não existe meio termo". E Deus não se deixa escarnecer.

O apóstolo Paulo nos ensina da seguinte maneira: “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6.7.

O Apóstolo João usou contrastes para descrever as glórias do céu em Apocalipse 21-22. No final dos dois capítulos da Bíblia ele explica a grandeza da nova terra e do novo céu mostrando o quão diferente será do mundo manchado pelo pecado, quebrado, amaldiçoado e corrupto.

Vamos dar aqui um conceito bíblico do que é pecado de acordo com a Bíblia.

A) No Velho Testamento.

1. Hata. Significa “errar o alvo”. Seu equivalente grego é “hamartano”. A ideia é que o homem, ao errar o alvo, atinge outro lugar, o lugar errado. Essa palavra designa pecados morais, idolatria e pecados cerimoniais. (Ex 20.20; Jz 20.16; Pv 8.36; 19.2);

2. Ra. Muitas vezes indica calamidade e frequentemente é traduzindo como “mal” ou “perverso”. Pode indicar algo moralmente errado. (Gn 3.5; 38.7; Jz 11.27). O texto de Isaías 45.7 é controverso quanto ao sentido entre calamidade e mal, cuja interpretação mais aceita é calamidade ou “mal punitivo”;

3. Pecha. “Rebelar”, “transgredir” ou “revoltar”. (1Rs 12.19; 2Rs 3.5; Sl 51.13; Is 1.2);

4. Aon. “Iniquidade” ou “culpa”. (1Sm 3.13; Is 53.6; Nm 15.30-31);

5. Shagah. “Errar” ou “extraviar-se” como uma ovelha ou um bêbado. (Is 28.7; Nm 15.22);

6. Asham. Significa “culpado”, tem a ideia de “culpa perante Deus” e aparece muito em rituais no tabernáculo e no templo. (Lv 4.13; 5.2-3);

7. Rasha. “Perverso” ou “impiedade”, o contrário de justiça. (Ex 2.13; Sl 9.16; Pv 15.9; Ez 18.23);

8. Taah. “Vaguear” ou “extraviar-se”. Indica pecado deliberado, não incidental. (Nm 15.22; Sl 58.3; 119.21; Is 53.6).

Com o estudo destas palavras hebraicas podemos chegar a estas conclusões sobre o pecado:

a) O pecado pode assumir muitas formas e cada homem podia e pode estar ciente da forma particular do seu pecado;

b)    O pecado é aquilo que contraria uma norma de Deus e, por fim, acaba sendo desobediência a Deus;

c)  A desobediência envolve tanto a omissão como o erro deliberado. O pecado também não é apenas errar o alvo, mas acertar o lugar errado. Pecado é viver conscientemente e deliberadamente fazendo aquilo que desagrada a Deus.

B) No Novo Testamento.

1. Kakós. Significa “algo ruim”. Pode referir-se a um mal físico, mas normalmente indica um mal moral. (Mt 21.41; Mc 7.21; At 9.13; Rm 12.17);

2. Ponerós. Termo básico para mal e quase sempre indica mal moral. (Mt 7.11; Rm 12.9). Também é usado para referir-se a Satanás e suas maldades. (Mt 13.19,38; 1Jo 2.13-14). Demônios também são chamados de “espíritos malignos”. (Lc 11.26; At 19.12);

3. Asebês. Significa “ímpio” e designa aqueles que não foram salvos. Aqueles que sabem que estão pecando e vivem conscientemente na prática do pecado.   (Rm 4.5; 5.6; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18);

4. Énochos. “Réu” ou “culpado” e geralmente denota alguém que pratica um crime passível de morte. (Mt 5.21-22; Mc 14.64; 1Co 11.27; Tg 2.10);

5. Hamartia. Palavra mais usada para falar de pecado. Significa “errar o alvo”. No NT quase sempre ocorre no contexto que fala de perdão ou de salvação. (Mt 1.21; Jo 1.29). Outras referências úteis são: Rm 5.12; 1Co 15.3;e Tg 1.15;

6. Adikía. Em sentido amplo se refere a qualquer conduta errada. É usado para falar de pessoas não salvas, (Rm 1.18), de dinheiro, (Lc 16.9) e de ações. (2Ts 2.10);

7. Anomos. Significa “sem lei” e é frequentemente traduzido como “transgressão” ou “iniquidade”. (Mt 13.41; 24.12; 1Tm 1.9);

8. Parabátes. “Transgressor” e é usada quando há violações específicas das leis de Deus e de Sua Palavra. (Rm 2.23; Gl 3.19; Hb 9.15);

9. Agnoema. Se refere ao adorador que pratica uma adoração falsa, o que o torna culpado e necessitado de oferecer a Deus um sacrifício que seja aceito por Deus.  (At 17.23; Rm 2.4; Hb 9.7);

10. Planáo. “Desgarrar” (1Pe 2.25), levar alguém para um caminho mau, (Mt 24.5-6) e enganar-se a si mesmo. (1Jo 1.8).

11. Paraptôma. A idéia dessa palavra é de “cair ao lado de”, na maioria das vezes de modo deliberado. Com frequência é traduzida como “ofensa”. (Mt 6.14; Rm 5.15-20; Gl 6.1);

12. Hypókrisis. Incorpora três ideias: “Interpretar falsamente”, como faria um oráculo; “fingir”, como faria um ator; e “seguir uma interpretação” falsa e ou falsificada. (1Tm 4.2).

O estudo dessas palavras gregas nos leva a algumas conclusões sobre o pecado:

a) Sempre existe um padrão claro contra Deus, pelo qual o pecado é cometido;

b) No final de tudo, o pecado é uma rebelião contra Deus e uma transgressão de seus padrões;

c)  O mal pode assumir muitas formas;

d) A responsabilidade do homem é entendida de forma clara e definitiva.

A Bíblia nos diz claramente que o salário do pecado é a morte.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus”. Rm.6.23.

A conclusão do apóstolo sobre este ensino é brilhante. Ele ofereceu um contraste chocante entre “o salário do pecado” e “dom gratuito de Deus”. Já vimos que quando ele fala sobre a retribuição paga pelo pecado, o termo grego traduzido como salário significa basicamente o pagamento merecido pelo trabalho feito. Porém, quando ele fala sobre a retribuição dada por Deus, ele usa o termo grego “charisma”. Esse termo significa uma dádiva, isto é, um favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio e  imerecidamente.

O apóstolo apresentou os dois lados de uma forma muito clara. Quando o pecado é o senhor, o homem recebe um salário; aquilo que ele merece, isto é, a morte. Quando Deus é o Senhor, o homem recebe uma dádiva, aquilo que ele não merece, isto é, a vida eterna em Cristo Jesus.

Este ensino esmaga qualquer tipo de senso de autogratificação que possamos ter. Se acharmos que merecemos algo e que devemos ser recompensados por isso, saibamos então que tal recompensa é a morte, pois ela é tudo o que merecemos. Mas se olharmos para nossa própria vida e percebermos o quão miseráveis somos, entenderemos então que tudo é pelos méritos de Cristo. É por sua morte expiatória no Calvário que não recebemos nosso salário, mas o dom gratuito de Deus.

A liberdade que o homem encontra no pecado é a escravidão, mas a escravidão que o homem encontra em Deus é a verdadeira liberdade (Romanos 6:20-22). Servindo ao pecado, o homem recebe o que é justo, e seu salário é a morte. Servindo a Deus, se refugiando n’Ele através de Cristo, o homem não recebe o que lhe é justo, mas recebe aquilo que de nenhuma outra forma teria direito: a vida eterna.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Diante disso, realmente a pergunta inevitável é: Quem é o seu Senhor?

Senhor quem entrará no Teu santuário?
Todos os descendentes de Adão são concebidos em pecado, Sl 51:5; não há ninguém que faça o bem, Sl 14:1; desviaram-se todos, e juntamente se tornaram imundos, Sl 14:3; não há quem entenda, não há quem busque a Deus, Rm 3: 11.

Todos estes versículos demonstram que dentre os homens não há um sequer que se encaixe na descrição feita por Deus, pois todos nasceram de Adão, e por isso são escusáveis e condenáveis perante Deus. (v. 2).

Somente Cristo, o segundo Adão, gerado por obra e graça do Espírito Santo, e que viveu entre os homens é o único homem que jamais se achou engano em sua boca "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano". 1 Pd. 2:22.

O Salmo 15.1-4 contém uma descrição completa de Jesus que homem algum conseguiu ou conseguirá se encaixar "Aquele que não difama com a língua, nem faz mal ao seu próximo, nem contra ele aceita alguma afronta ou suborno". (v. 3). Compare: "Quando Jesus foi injuriado, não injuriava, e quando padecia e sofria perseguições, não ameaçava ninguém. Antes, entregava-se àquele que julga justamente. 1 Pd 2:23.

O versículo quatro apresenta os réprobos e os que temem a Deus. Estes estão em posição oposta àqueles. Se este salmo fizesse referência aos homens, este versículo viria redigido demonstrando que os que temem é que habitarão com o Senhor.

Porém, o Salmista diz que aquele que habitará no trono, honrará os que temem ao Senhor. Um só, Jesus, aquele que habita nos céus, honrará a muitos, principalmente os que temem ao Senhor.

Somente Jesus honrará aqueles que temem a Deus "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará". (João 12:26).

Somente Jesus, homem, teve condição de jurar aos seus semelhantes, visto que Ele é o grande Rei a quem pertence a cidade Santa. Cristo pode jurar por ele possuir as coisas imutáveis e por ser imutável "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e o será eternamente". (Hebreus 13 :8).

Somente Jesus concede os recursos necessários a quem precisa. Aos homens é impossível se salvarem, porém Cristo lhes concede de graça vinho e leite "Ó, vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite". (Isaías 55:1).

Todos quantos beberem da água que Ele concede não terão mais sede, antes haverá uma fonte de águas vivas que faz saltar para a vida eterna. João capítulo 4. Estes são criados perante Deus em verdadeira justiça e santidade, e contra aqueles que foram lavados no sangue do cordeiro não pesa acusação alguma.

Somente aqueles que aceitam a Cristo por meio da fé são inocentes perante Deus, e contra eles não pesa acusação alguma.

Dentre os homens Jesus é o único que não foi abalado, pois se entregou na morte, para na ressurreição conduzir muitos filhos a Deus e receber a glória que Ele tinha antes de haver mundo Sl 16: 8.

Todos quantos crerem em Cristo hão de habitar com Deus para sempre e eternamente, uma vez que Deus habita neles. Todos que crêem hão de reinar com Cristo e fixarão residência na cidade do grande Rei, na nova Jerusalém. Apocalípse 21.1-8.

1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

5. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

6. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.

7. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

Finalmente é declarado ao cristão obediente a Deus o lugar das moradas eternas. Apocalipse, 22.1-5.

1.  E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4. E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.

5. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.

E ainda: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará". Sl 91:1.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 1 de maio de 2023

O GRANDE AMOR DE DEUS É IMENSURÁVEL

O GRANDE AMOR DE DEUS É IMENSURÁVEL

 

O insondável, imensurável e implacável amor de Deus para nos salvar.

João 3.16 “ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna”.

O que significa implacável?. Significa que não foi e nunca será diminuído o amor de Deus. Nem em intensidade, nem no empenho nem em concessões, indefectível, imperecível, incapaz de ser mudado ou persuadido por quaisquer argumentos por mais privilegiados que sejam. Ser implacável é estar fixado em um determinado curso de vida e de atividades que não tem retorno. Assim Deus age conosco, somos pobres e miseráveis pecadores, porém, Deus não olha para nossos defeitos mas sim para os corações quebrantados que o adoram em espírito e em verdade.

Que maravilhosa descrição do amor de Deus. O amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é absolutamente implacável, é incomparável. Nada pode impedir ou diminuir sua amorosa perseguição em busca de tantos pobres e miseráveis pecadores para torná-los filhos de Deus e participantes da família dos salvos.

O salmista Davi expressa dessa maneira sobre implacável e insondável amor de Deus. "Tu me cercas por trás e por diante. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também". (Salmo 139: 5,7-8).

Davi está falando dos grandes altos e baixos que enfrentamos na vida. Está dizendo: "Há épocas em que sou tão abençoado, que me sinto nas alturas com tanta alegria. Outras vezes, parece que estou dentro do inferno, condenado e indigno. Mas não importa onde eu esteja, ó Senhor, não importa o quão abençoado me sinta, ou qual seja a minha situação, Tu lá estás. Eu não consigo fugir do Teu implacável amor. Não consigo afastá-lo de mim e nem me afastar do meu Deus. Tu nunca aceitas os meus argumentos relacionados à minha indignidade. Até mesmo quando desobedeço pecando contra a tua verdade, assumindo que a tua graça já me é garantida, Tu nunca cessas de me amar. Teu amor por mim não tem preço. O Teu amor por mim é inexplicável, é inigualável".

Num momento em que sentia-se derrubado, Davi ora assim: "Senhor, Tu assentastes minha alma em lugares celestiais. Me destes luz para compreender a Tua palavra. Tu a tornastes lâmpada para os meus pés. Mas caí tanto, que não vejo como me recuperar. Fiz minha cama no inferno. E mereço a ira do Senhor, mereço a punição do Senhor. És demasiadamente alto e santo para me amar na situação em que eu estou".

Davi havia pecado seriamente. Este é o mesmo homem que desfrutava da retaguarda espiritual dada por conselheiros piedosos; era monitorado por homens justos da parte de Deus; era ministrado pelo Espírito Santo. Ele recebia revelações da palavra de Deus. Mesmo assim, a despeito de tantas bênçãos e de sua vida consagrada, Davi desobedeceu completamente a lei de Deus.
Tenho certeza que você conhece a história do pecado de Davi. Ele cobiçou a esposa de um homem, e a engravidou. A seguir tentou cobrir seu pecado embriagando o esposo, na esperança de que este iria dormir com a esposa grávida. Quando isso não deu certo, Davi assassinou o marido dela. Combinou enviar este homem à uma batalha perdida, sabendo que este morreria no fronte da guerra, lá foi o lugar onde Davi mandou colocá-lo e deixar que ele lutasse quase sozinho sem os seus companheiros de luta na guerra. E assim Urias morreu. Davi tinha outras esposas, mas foi cometer este terrível pecado de tomar Bate-Seba de Urias, engravidá-la e depois matar o seu marido para ficar com ela.

As escrituras dizem: "isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor". (2 Samuel 11:27). Deus chamou os atos de Davi de "grande mal". E enviou o profeta Natã para lhe dizer: "deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor". (12:14).

O Senhor então disciplinou Davi, dizendo que ele sofreria graves consequências. Natã profetiza: "também o filho que te nasceu morrerá". (12:14). Davi orou dia e noite pela saúde de seu bebê. Mas a criança morreu, e Davi sofreu profundamente pelas terríveis coisas que havia causado.

No entanto, a despeito do pecado de Davi, Deus manteve-se perseguindo-o em amor. Enquanto o mundo zombava da fé deste homem caído, Deus deu a Davi um sinal de Seu implacável amor. Bate-Seba agora era esposa de Davi, e ela deu à luz outra criança. Davi "deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou". (12:24). O nascimento e a vida de Salomão foram uma bênção para Davi, algo totalmente imerecido. Mas o amor de Deus por Davi jamais se reduziu, até mesmo na hora de sua maior vergonha. Ele buscou Davi implacavelmente.

Consideremos também o testemunho do apóstolo Paulo sobre o grande amor de Deus.

Quando lemos a vida de Paulo, vemos um homem disposto a destruir a igreja de Deus. Paulo era como um louco em seu ódio pelos cristãos. Ele respirava ameaças de morte contra todos os que seguissem Jesus. Ele buscou autorização do sumo sacerdote para caçar os crentes, poder atacar suas casas, e arrastá-los à prisão.

Após se converter, Paulo testifica que mesmo durante aqueles anos cheios de ódio enquanto estava cheio de preconceitos, matando cegamente os discípulos de Cristo, Deus o amava. O apóstolo registra: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". (Romanos 5:8). Ele diz basicamente: "Mesmo eu não tendo consciência disso, Deus estava me buscando, me dando oportunidades para me salvar. Ele continuou me perseguindo em amor, até o dia em que literalmente me fez cair do cavalo. Esse é o implacável amor de Deus".

Ao longo dos anos, Paulo foi se tornando cada vez mais convencido de que Deus o amaria fervorosamente até o fim, em meio a todos seus altos e baixos. Ele declara: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor". (8:38-39). Ele estava declarando: "Agora que estou em Deus, nada pode me separar do Seu amor. Nenhum diabo, nenhum demônio, nenhum principado, nenhum homem, nenhum anjo - nada pode fazer Deus parar de me amar".

A maioria dos crentes lê esta passagem vez após outra. Ouviram-na sendo pregada há anos. Contudo acredito que a maioria dos cristãos acha que as palavras de Paulo são impossíveis de serem cridas. Toda vez que a maioria de nós peca e falha com Deus, perdemos todo o senso da verdade do Seu amor por nós. Então, quando algo de mal nos acontece, pensamos: "Deus está me chicoteando". Acabamos pondo a culpa em Deus por qualquer problema, luta, doença e dificuldade.
Na realidade, estamos dizendo que "Deus parou de me amar, porque falhei com Ele. Eu O desagradei, e Ele está zangado comigo". De repente nós paramos de compreender o implacável amor de Deus por nós. Esquecemos que Ele está continuamente indo em busca de nós o tempo todo, não importando qual seja a nossa condição. Contudo, a verdade é que não podemos enfrentar a vida com todos os seus terrores e sofrimentos, sem nos agarramos à essa verdade. Temos de estar convencidos do amor de Deus por nós.

Conheço muitos ministros que falam muito do amor de Deus, e livremente o oferecem aos outros. Mas quando o inimigo chega bramindo como um leão contra esses líderes evangélicos, é como uma inundação ou uma avalanche de pedras ou um terremoto para dentro de suas próprias vidas e eles são levados pela correnteza do desespero até caírem na desgraça, ficam sem saída, ficam no fim do túnel. Caem numa poça de lama do desespero, são incapazes de confiar plenamente na palavra de Deus. Eles não conseguem acreditar que Deus ainda os aceite por estarem convencidos de que Ele desistiu deles, mas os que confiam no Senhor são  como os montes de Sião, não se abalam, mas permanecem firmes com Jesus para sempre.

O apóstolo Paulo chega com este assunto crucial a todos nós através de um único versículo. Ele havia escrito duas cartas aos Coríntios. E escolheu terminar a última com essa prece: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". (2 Coríntios 13:14). Talvez você reconheça esse versículo. Ele é muitas vezes usado nos cultos da igreja como a bênção apostólica. Geralmente é dito como hábito pelo pastor, e poucos ouvintes alcançam o seu enorme significado. No entanto esse verso não é só uma bênção. É o resumo de tudo que Paulo ensina aos Coríntios quanto ao amor de Deus.

Este versículo trata com três questões divinas: a graça de Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo. Paulo estava orando para que os coríntios se apossassem destas verdades. Creio que se nós também compreendermos estas três questões, nunca mais duvidaremos do implacável amor de Deus por nós.

1.  Em primeiro lugar o Apóstolo Paulo Considera a Graça de Jesus Cristo.

O quê exatamente é graça? Graça é favor imerecido. Quanto a isso sabemos o seguinte: seja a graça o quê for, Paulo diz que ela nos educa para que, "renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente". (Tito 2:12).

Como chegar a esse ponto, onde, como e quando poderemos ser ensinados pela graça? E qual o ensino que a graça nos oferece? De acordo com Paulo, a graça nos educa a renegar da impiedade e das paixões mundanas, e a ter vidas puras e santas diante de Deus. Se é assim, então necessitamos que o Espírito Santo faça brilhar em nossas almas a verdade fundamental desta doutrina da graça de Deus que nos foi dada gratuitamente.

Encontramos o segredo da declaração de Paulo quanto à graça em 2 Coríntios 8:9. Ele afirma: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos". Paulo não está falando de riqueza material aqui, mas de riquezas espirituais. Inúmeras passagens provam isso. Em todas as suas cartas, Paulo fala das riquezas da glória de Cristo, riquezas de sabedoria, riquezas de graça, de ser rico em misericórdia, fé e boas obras. Igualmente, o Novo Testamento se refere às riquezas espirituais como opostas à enganosa riqueza do mundo.

Paulo está nos dizendo: "Aqui está tudo o que você precisa saber quanto ao significado da graça. Chega a nós através do exemplo do Senhor. Em termos simples, Jesus veio abençoar e edificar os outros às Suas próprias custas. Essa é a graça de Cristo. Apesar de ser rico, em nosso favor se tornou pobre, para que através de Sua pobreza nós pudéssemos tornar a ser ricos".

Jesus não veio para se mostrar grande ou para trazer glória para Si mesmo. Ele abriu mão de todos os direitos em relação à palavra "eu", objetivando toda ênfase sobre "os meus". Cristo deixou passar todas as oportunidades para ser o maior dentre os homens do Seu tempo. Pense nisso: Ele nunca orou pedindo bênçãos para Si próprio, para que fosse conhecido ou aceito pelos outros. Ele não ficou mostrando o Seu peso divino para ganhar poder ou reconhecimento. Ele não se exaltou às custas dos pobres, ou dos menos capazes. E não se glorificou em Seu próprio poder, habilidade ou resultados. Não, Jesus veio para edificar o corpo. E provou isso glorificando-se nas bênçãos de Deus para com os outros.

Quando Jesus Cristo andou pela terra, Ele não competia com ninguém. Certamente ouvia Seus discípulos glorificando os Seus poderosos feitos. No entanto, em toda humildade, Jesus respondia: "Vocês farão mais do que Eu. Acreditem: vocês realizarão obras maiores do que as Minhas". Posteriormente, quando Lhe chegaram notícias de que os discípulos estavam operando exatamente estas obras, expulsando demônios e curando pessoas, Ele jubilou de alegria.

Quantos de nós podemos declarar que recebemos tal tipo de graça imerecidamente? Segundo percebemos, muitos até cantam que querem voltar ao primeiro amor, mas estão com falta total de amor pelas almas e pela obra de Deus. Poucos cristãos verdadeiramente se rejubilam quando vêem seus irmãos ou irmãs sendo abençoados por Deus. Isso é especialmente verdadeiro quanto aos pastores e líderes evangélicos que quando vêem um outro ministro ou ministério colhendo as bênçãos de Deus, eles pensam unicamente na situação deles mesmos  ficam com inveja, desejando aquelas mesmas bênçãos sobre eles, mas não querem pagar o preço da humildade, da fidelidade e da obediência a Deus. Eles dizem: "Há anos que luto em oração mas agora esse pastor jovem chega na cidade, e Deus começa a derramar muito mais bênçãos sobre ele do que em mim e no meu ministério ou na minha igreja que estou trabalhando há muito mais tempo".

Devemos estar felizes com o amor incondicional  de Deus. A alegria do Senhor a nossa força é. Devemos nos alegrar ao ver outros abençoados mais do que nós mesmos também. Paulo escreve: "O amor seja sem hipocrisia, sem dissimulação, sem falsidade, e sem qualquer tipo de traição. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". (Rm. 12: 9-10). A graça de Deus é infinitamente maior do que imaginamos e Deus deseja que nos conservemos em humildade até mesmo com as bênçãos dos outros.

Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, Ele descreve ter visto muito pouco da Graça de Deus no meio dos crentes de Corinto.

Paulo encontrou os cristãos coríntios em competição entre si. A igreja estava cheia de auto-exaltação, autopromoção. Homens e mulheres se glorificavam em seus dons espirituais, se chocando em busca de status e posições. Eles competiam ate à mesa de comunhão. Crentes importantes desfilavam seus alimentos exóticos, enquanto os pobres não tinham o que trazer nem o que comer. Outros eram tão orgulhosos, que não achavam nada de mais processar judicialmente o seu irmão em Cristo para resolver as disputas entre eles.

Tudo isso era contrário à graça que Paulo pregava. Esses coríntios tinham um imenso "Eu" carimbado sobre si. Com eles a coisa era ganhar e pegar, em vez de dar. Ainda hoje a palavra "coríntio" traz a conotação da carnal idade e do mundanismo deles.

Paulo diz a estes crentes: "Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais e sim como a carnais, como a crianças em Cristo, mas não é assim, porque sois carnais e andais segundo o homem?" (1 Coríntios 3:1,3).

Pense no que Paulo está dizendo. Crianças buscam satisfazer unicamente as suas necessidades. Eles choram para se trocar as fraldas. E os coríntios eram infantis exatamente assim. Eram pessoas tolerantes com o pecado, alguns se entregando a fornicação e até ao incesto.

Ao pensarmos nestes crentes, a palavra "santamente" não nos vem a mente. Contudo, apesar de toda carnal idade, Deus direcionou Paulo a escrever à essas pessoas como "igreja de Deus, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, graças a vos outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". (1:2.3).

Isso foi um erro? Será que Deus estava fazendo vistas grossas diante da permissividade da igreja? Não. Deus sabia de tudo que se referia à situação dos coríntios, e Ele nunca fingiu não ver esses pecados. Não, esse endereçamento cheio de graça que Paulo traz à essas pessoas é um retrato do implacável amor de Deus. Tente imaginar o quanto os coríntios ficaram atônitos ao ouvirem a carta de Paulo sendo lida na igreja. Lá estavam os crentes cheios de si, tentando ser o número um do grupo. Ainda assim, escrevendo sob inspiração divina, Paulo se dirige a eles como "santos" e "santificados em Cristo". Por que? Porque Deus estava protegendo essas pessoas.

Se Deus nos julgasse segundo a nossa condição, seríamos salvos num minuto e condenados no outro. Seríamos convertidos dez vezes no dia, e nos desviaríamos dez vezes diariamente. Todo cristão honesto tem de admitir que a sua condição, na melhor das hipóteses, é de luta. Todos nós ainda estamos lutando, ainda tendo que depender da fé nas promessas de misericórdia de Deus. Isso porque ainda temos fraquezas e fragilidades em nossa carne.

Graças a Deus, Ele não nos julga segundo a nossa situação. Em vez disso, Ele nos julga segundo a nossa posição espiritual diante dEle. Veja, mesmo sendo fracos e pecaminosos, demos os nossos corações a Jesus, e pela fé o Pai nos permitiu estar com Cristo no celestial. Esta é a nossa posição. Portanto, quando Deus olha para nós, Ele nos vê não segundo a nossa condição pecaminosa, mas segundo nossa vida espiritual diante dEle em Cristo Jesus.

Por favor não entenda mal. Quando digo que Deus dá segurança ou protege o Seu povo pela Sua graça e pelo Seu grande amor, não estou falando de uma doutrina que permite que os crentes continuem na promiscuidade pecaminosa. A Bíblia deixa claro que é possível a qualquer crente se afastar de Deus e rejeitar o Seu amor. Tal pessoa pode endurecer o coração tão repetidamente, e com tanta rigidez, que o amor de Deus não penetrará mais nas muralhas que ela erigiu.

Neste instante você pode estar numa condição como a dos Coríntios. Mas Deus vê a sua posição como estando unicamente em Cristo. Foi assim que Ele tratou com os coríntios. Quando Deus olhou para eles, Ele sabia que não tinham recursos para mudar. Eles não tinham nenhum poder em si próprios para subitamente se tornarem piedosos, amorosos uns com os outros. É por isso que Ele inspirou a se dirigir a eles dizendo que eles são como santos e santificados. O Senhor desejava que eles conhecessem a segurança da sua posição em Cristo.

Você luta contra uma fraqueza espiritual ? Se é assim, saiba que Deus nunca será impedido em Seu amor por você, porque Deus é amor. Ouça-O lhe chamando de "santo", de "santificado" e dizendo que você e "aceito" como está e Ele te estende a mão para te levantar.

O apóstolo Paulo descreve toda a verdade sobre  "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção". (1 Coríntios 1:30).

2. Paulo a seguir continua falando do grande  Amor de Deus.

Na primeira epístola de Paulo ao coríntios, ele dirige-se à necessidade da graça de Deus, isso devido às quedas constantes desse povo. Mas em sua segunda carta, Paulo se concentra no amor de Deus. Ele sabia que o implacável amor de Deus era o único poder capaz de transformar o coração de alguém. E a segunda carta de Paulo prova que Deus escolhe usar o Seu grande amor como maneira de mostrar o Seu poder para os Coríntios.

1Coríntios 13:4-8 nos dá uma poderosa verdade quanto ao implacável amor de Deus. Sem dúvida, você ouviu essa passagem muitas vezes, tanto em sermões como em casamentos: "A caridade (amor) é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade (o amor de Deus) nunca falha".

A maioria de nós pensa: "Esse é o tipo de amor que Deus espera também de nós". É verdade, de certa maneira. Mas o fato é que ninguém pode corresponder a essa definição de amor, senão somente Deus. Esta passagem é toda relacionada ao grande e sublime amor de Deus. O verso 8 prova isso: "A caridade, amor, nunca falha". O amor humano falha. Mas aqui está um amor que é incondicional, que nunca desiste, nunca falha. Ele opõe-se e resiste à qualquer falta, a qualquer desapontamento. Ele não exulta com os pecados dos filhos de Deus; pelo contrário, sofre com estes pecados. E Ele resiste a todos os argumentos de que somos mui pecadores e indignos para sermos amados. Em resumo, esse tipo de amor é implacável, e nunca para em sua bondade em direção ao amado. Isso só pode descrever o amor do Deus Todo-Poderoso.

Veja como esse poderoso amor de Deus afetou a vida de Paulo. Em sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo tinha todas as razões para desistir da igreja. Ele tinha vários motivos para estar zangado com eles. E ele poderia facilmente tê-los excluído, no desespero devido à infantilidade e à pecaminosidade deles. Ele poderia ter iniciado a carta desta maneira: "Lavo as mãos com vocês. Vocês são totalmente incorrigíveis. Esse tempo todo eu me desmanchei em favor de vocês; porém, quanto mais os amo, menos vocês me amam. Então é isso: eu os deixo a vontade. Vão em frente e briguem entre si. O meu trabalho com vocês está acabado".

Paulo nunca poderia ter escrito isso. Por que? Porque ele havia sido cooptado pelo amor de Deus. Em 1Coríntios, lemos de ele entregar um homem a Satanás, para a destruição da carne desse homem. Isso soa áspero. Mas qual era o propósito de Paulo? Era que a alma desse homem pudesse ser salva (1 Coríntios 5:5). Também vemos Paulo reprovando, corrigindo e admoestando duramente. Mas ele fez tudo isso em meio às lagrimas, com a ternura de uma ama de leite.

Como os coríntios carnais reagiram à mensagem de Paulo que falava do amor triunfante de Deus? Eles se derreteram diante de suas palavras.

Paulo posteriormente lhes disse: "vós segundo Deus, fostes contristados!  agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação". (2 Coríntios 7:11,9-10). Paulo estava dizendo: "Vocês se purificaram, ficaram indignados com seus pecados, e agora estão plenos do zelo e temor de Deus. Vocês se mostraram puros e limpos".

Digo-lhes o seguinte: esses coríntios foram transformados pelo poder do implacável amor de Deus. O mérito não foi deles e nem do Apóstolo Paulo, mas o Apóstolo Paulo foi um agente de Deus para que aquelas pessoas fossem transformadas.  Ao lermos a segunda carta de Paulo para eles, descobrimos que o grande "Eu" nessa igreja havia desaparecido. O poder do pecado havia sido rompido, e o egoísmo tinha sido digerido pelo pesar piedoso. As pessoas não estavam mais amarradas em dons, sinais e maravilhas. A ênfase delas agora era dar em vez de receber. Elas juntaram ofertas para serem enviadas a crentes que haviam sido atacados por uma grande fome. E a mudança veio pela pregação do amor de Deus através do Apóstolo Paulo. Vejamos o que diz o livro de Romanos capítulo 6 versículo 8 sobre o grande amor de Deus. Rm 6:8: “Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.

Há muito mais nesta palavra do que nós podemos perceber quando lemos; já sabemos de cor mas não entendemos perfeitamente e nem claramente. Mas, em outras palavras Deus me diz que apesar dos meus defeitos Ele me ama, me aceita, me considera como seu filho. Jo 15:13. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. Jesus deu a vida por mim, antes mesmo de eu haver nascido; se fez culpado por mim, morreu no meu lugar para que eu recebesse a verdadeira vida.

Assim como amo meus filhos independentemente do comportamento deles, Deus me amou a ponto de dar o seu Único filho para morrer em meu e em seu lugar.

O amor de Deus é algo impossível de ser compreendido em toda sua plenitude. A Bíblia diz que o próprio Deus é amor. Na verdade, por mais que apresentemos possíveis definições sobre o que é o amor de Deus, apenas aqueles que o experimentam é qu exclusivos e entendem, mesmo que de forma limitada, o que realmente ele é.

O que mais a Bíblia diz sobre o amor de Deus?

A Bíblia diz que o amor é um dos atributos de Deus. Aqui é importante entender que quando falamos em “atributos” não estamos nos referindo a algum tipo de qualidade que possa ser acrescentada ao ser de Deus. Ao contrário disto, os atributos de Deus são àquelas características que descrevem a própria pessoa de Deus. Portanto, é impossível separar o ser de Deus de seus atributos porque Deus é amor.

É justamente por isso que o apóstolo João escreve dizendo que “Deus é amor” (1 João 4:8). Logo, o amor de Deus é parte integral de seu caráter, e por isso ele é insondável, incomparável, eterno, infinito, imutável, soberano e nos ama com amor incondicional, (Isaías 55:6,7; 62:10-12; 63:9; Jeremias 31;3,31-34; Oseias 11:8; Miqueias 7:18-20; João 3:16; 1 João 4:8,16,19).

Para se referir ao amor de Deus, os escritores do Novo Testamento geralmente utilizam o termo grego ágape, como em 1Corintios 13. Esse termo indica um tipo de amor tão profundo que cuida, zela, corrige e não se baseia em pré-condições. Isso significa que não há nada que possamos fazer para aumentar ou diminuir o amor de Deus para conosco, porque a fonte desse amor está no próprio Deus e não em nós.

A manifestação do amor de Deus é perfeita para aqueles que nEle crê.

A Bíblia fala do amor de Deus para com todos os homens, indicando sua preocupação com as suas criaturas. Isso indica a bondade que o Criador sente para com suas criaturas. Sob esse aspecto, Ele ama os povos, guarda os peregrinos e ampara os órfãos e as viúvas (Deuteronômio 10:18; 33:3 Salmos 68:5; 146:9).

Esse cuidado de Deus é comum a todas as pessoas. Isso significa que Ele é bom para todos, por isso Ele faz com que o sol se levante sobre maus e bons, e a chuva caia sobre justos e injustos. (Mateus 5:45; Salmos 145:9,15,16).

No entanto, a Bíblia também enfatiza que Cristo é a manifestação especial e particular do amor de Deus (João 3:16; Romanos 5:8; 8:31-39). O apóstolo Paulo escreve que “Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”. (Efésios 2:4-6).

Portanto, ao mesmo tempo em que Deus ama todas as suas criaturas, Ele também ama de forma especial aqueles que são justificados pelos méritos de Cristo, e adotados em sua família como seus filhos. A estes, Ele se comunica de forma mais rica e completa, revelando sua graça e misericórdia. (João 16:27; Romanos 5:8; 1 João 3:1).

Todavia, é preciso entender ainda que o sacrifício de Cristo no Calvário não é a causa do amor de Deus para conosco. Na verdade a cruz de Cristo é o efeito desse amor. Lembre-se que a maior prova do amor de Deus para conosco é o fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda estávamos sepultados em nossos pecados. (Romanos 5:8).

Deus não passou a amar os redimidos no momento em que Cristo foi crucificado, ao contrário, Ele amou e ama o seu povo desde a eternidade. Dessa forma a obra redentora de Cristo revela esse profundo e eterno amor. (Efésios 1). Também é importante entender que o amor de Deus, como parte essencial do seu ser, não deve ser visto como sendo superior aos seus outros atributos. Ele não é mais amor do que justiça, por exemplo.

Algumas pessoas enfatizam apenas o amor de Deus e acabam diminuindo sua santidade, sua justiça, sua santa ira, sua soberania etc. O resultado disso é uma visão distorcida que de forma alguma representa o verdadeiro Deus conforme revelado nas Escrituras.

O amor de Deus em nós, nos faz mais que vencedores em nome de Jesus. 

A Bíblia diz que o amor de Deus está derramado amplamente em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5:5). Esse amor é tão forte, que o apóstolo Paulo diz que nada poderá separar os redimidos do amor de Deus que está em Cristo Jesus. (Romanos 8:39).

Este profundo e intenso amor de Deus que nos é comunicado por sermos seu povo, nos capacita a amá-lo. Por nossa própria natureza contaminada pelo pecado, somos incapazes de amar a Deus e desejar aquilo que lhe agrada, mas o amor incondicional de Deus em nós, nos faz pessoas amorosas também.

Além disso, esse amor também nos leva a demonstrá-lo de forma prática em nossas vidas. Desse modo somos instrumentos pelos quais o amor de Deus brilha para o mundo, somos luz e sal da terra em nome de Jesus. Por esse motivo o apóstolo João escreve que “aquele que não ama não conhece a Deus”. (1 João 4:8).

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

A DOUTRINA DESTRUIDORA DOS NICOLAÍTAS

A DOUTRINA DESTRUIDORA DOS NICOLAÍTAS

 

1Timóteo 4.1-3

“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,

 2. pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,
3. proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças”.


O pai da mentira e as doutrinas de demônios.

Defender a sã doutrina é um privilégio de todo verdadeiro cristão. Satanás trabalha desde o Éden para proferir mentiras e doutrinas de demônios enganando e destruindo vidas, quando lançou sobre Eva a primeira mentira.

Se há doutrinas falsas e falsos doutrinadores, então obrigatoriamente precisa haver uma doutrina conhecida e reconhecidamente correta, uma doutrina verdadeira vinda as parte de Deus para combater todo o mal. Na verdade, há uma doutrina sem par e totalmente verdadeira que está na Bíblia e há outras doutrinas. Quando existe uma sã doutrina, é notório que existam doutrinas insanas ou que causam insanidade.

A sã doutrina fortalece, enquanto as outras, as más doutrinas enfraquecem as pessoas e causam enfermidades físicas e principalmente espirituais. As falsas doutrinas causam confusão, a sã doutrina, por outro lado, proporciona a certeza de vida e libertação em Cristo Jesus que é  o autor e consumador da nossa fé. De um modo geral, as falsas doutrinas se ocupam principalmente de coisas secundárias que parecem verdade porém são mentirosas e enganosas, até os milagres e prodígios da mentira são realizados em nome de Jesus, mas de Jesus não têm nada, 2Tessalonicenses 2.1-10. O maior trunfo das falsas doutrinas é a demanda de consumo das vaidades terrenas e a luxúria provenientes da libertinagem total que dizem os falsos mestres e líderes evangélicos, que Deus é amor e não vai deixar de salvar os que estão na prática contumaz do pecado e acham que Deus não vai condena-los como fez com Davi. Ledo engano, Davi e seus descendentes sofreram as consequências desastrosas do seu pecado por muitas gerações.

Os falsos mestres, os falsos líderes evangélicos procuram vincular as pessoas à um personagem ou à uma organização religiosa com tendências para o mal. O apóstolo Paulo disse: "E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos, (os fiéis), atrás deles". (Atos 20.30).

Satanás tem desejos e um dos seus desejos é ensinar coisas aparentemente certas mas que no fundo são erradas, para que as pessoas creiam em mentiras. Que esta palavra venha iluminar a sua mente e o seu coração e acima de tudo, trazer certeza e confissão de fé ao povo de Deus para crer na verdade e não na mentira. Jesus fala aos filhos do diabo que eles não têm outros desejos a não ser satisfazer ao diabo. Lembremos que o diabo é o pai da mentira. E tudo o que ele disser é mentira. (João 8.44).

“João 8.44. Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

Então, quando uma pessoa vai procurar uma pessoa para ler a sua sorte nas cartas para ver como está a sua sorte naquele dia ou naquela situação consultada, ela vai consultar é o diabo que é o pai da mentira.

Quando uma pessoa pega um horóscopo, lá está também uma mentira para cada pessoa naquele dia. Quando a pessoa pede para ler as mãos, ainda que pareça verdade, é uma mentira. Quando alguém diz que falou com um morto, e que o morto falou com ele e tinha a voz igualzinha à do morto, na realidade, é  também uma mentira; quando alguém diz que um morto mandou uma carta para os seu parentes, também é uma mentira, tudo o que o pai da mentira diz é mentira. Todos nós, cristãos, sabemos que Satanás é mentiroso, ele mente sem parar para nos enganar. A Bíblia deixa claro isso. A Bíblia diz que existem pessoas que querem satisfazer os desejos do mentiroso  ou seja, do pai da mentira que até promulga situações, cria idéias, joga dardos e há pessoas que têm, dentro do seu DNA, o desejo de dizerem que seu maior desejo é satisfazer ao diabo e atender a tudo o o diabo mandar fazer. Estas pessoas que sabem lidar com a mentira, convivem com a mentira e vão em frente com a mentira. Elas são a semente da perdição.

As doutrinas de demônios e os filhos da perdição: “Filho da perdição” é uma expressão que aparece explicitamente duas vezes na Bíblia para designar dois personagens: Judas Iscariotes e o Anticristo. As duas passagens em questão estão localizadas no Novo Testamento, em João 17:12 e 2 Tessalonicenses 2:3.

O significado da expressão “filho da perdição”. A sentença “filho da perdição” e uma expressão comum entre os judeus que transmite o sentido de expressar o destino, a característica ou qualidade de alguém. Na Bíblia encontramos outras expressões semelhantes a essa, como por exemplo, “filhos da desobediência”, “filhos do inferno”, “filhos de Belial“, e, em contraste encontramos também “filhos da luz”. ( 1 Samuel 2:12; Mateus 9:15; 23:15; Lucas 10:6; 1 Tessalonicenses 5:5).

Como foi dito, duas pessoas diferentes aparecem na narrativa bíblica sendo designado com essa expressão de “filho do diabo” designando que todos os que praticam tais obras e tais atos, são considerados filhos do diabo e ou filhos da perdição. O primeiro é Judas Iscariotes, o discípulo que traiu o Senhor Jesus. Ele recebe esse título na oração em que Jesus faz ao Pai, onde Ele se refere ao fato de que havia guardado aqueles que eram seus, de modo que nenhum havia se perdido, com exceção do “filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”  (João 17:12).

É importante entender que nesta frase Jesus não estava dizendo que todos foram guardados exceto Judas, como se nesse caso Ele próprio houvesse falhado na missão que o Pai havia lhe conferido. Ao contrário disso, Jesus está dizendo que todos foram guardados, mas o filho da perdição de fato se perdeu por vontade própria, por livre e espontânea vontade, conforme havia sido profetizado nas Escrituras, isto é, conforme o decreto eterno de Deus.

Entendemos melhor essa questão na oração dos apóstolos registrada no livro de Atos, quando o lugar deixado por Judas foi ocupado pelo apóstolo Matias, onde lemos: “Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar”. (Atos 1:25).

Esta mesma expressão também é utilizada pelo apóstolo Paulo para se referir ao Anticristo em 2 Tessalonicenses 2:3. Além disso, o apóstolo ainda acrescenta que esse homem é “o homem da iniquidade” e “aquele que se opõe”. Todas essas expressões indicam que ele será uma personificação do mal, uma personificação da rebelião contra o próprio Deus, vindo da parte de satanás e “segundo a eficácia de Satanás”. (2 Tessalonicenses 2:9).

Portanto vamos expor as mentiras doutrinárias que Satanás quer que você acredite. Se todo mundo sabe que Satanás é o pai da mentira, e que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a vida, então devemos refletir o porquê as pessoas mentem e acreditam tanto em doutrinas de demônios.

Quem eram os nicolaítas citados no livro de Apocalipse?

Os nicolaítas eram agentes propagadores da imoralidade, da idolatria e da mentira entre os primeiros cristãos, nas primeiras igrejas fundadas pelos apóstolos.

Esse povo, os propagadores das doutrinas dos Nicolaítas, é mencionado na primeira carta direcionada à igreja de Éfeso, que era a primeira das sete igrejas mencionadas no Apocalipse 2 e 3, para a qual o Senhor Jesus declara: "Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio". (Ap 2.6). Como podemos entender, diante da contundência destas palavras, é importante saber quem eram os nicolaítas e quais eram as suas obras.

Alguns estudiosos entendem que se tratavam dos discípulos de Nicolau de Antioquia, mas não era. Este Nicolau do Apocalipse pregava a libertinagem cristã e ignorava o corpo físico como o templo do Espírito Santo, promovendo, assim, a prática da imoralidade sexual entre os cristãos como sendo culto a Deus, assim como faziam as prostitutas cultuais de outros deuses. Ainda podemos acrescentar que tal ensino está correlacionado com a mesma imoralidade sexual pregada por Balaão, que encorajou as mulheres moabitas a seduzir os homens de Israel, conforme verificamos em Apocalipse 2.14,15, na terceira carta direcionada à igreja de Pérgamo que diz: "Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem com as mulheres prostitutas cultuais dos altares dos moabitas. “Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio". Desta forma, vemos claramente a associação dos nicolaítas com a devassidão sexual, o que é confirmado em consenso pelos estudiosos que acreditam que os nicolaítas eram, muito provavelmente, agentes propagadores da imoralidade e da idolatria entre os primeiros cristãos, práticas expressamente reprovadas pela Bíblia: "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus". (1Co 6.9,10).

Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço”. (Ap 2.6). Ou seja: Deus está confirmando claramente que é contra a doutrinação e as mentiras doutrinárias dos “dos Nicolaítas”. 

Não podemos determinar com certeza serem estes “nicolaítas” discípulos de “Nicolau”, o sétimo diácono declarado no livro de Atos dos apóstolos. (At 6.5).

No texto escrito por Lucas em Atos, o escritor doutor Lucas afirma ser aquele Nicolau um homem de “boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria”, (At 6.3). O Apóstolo João, escritor do livro de Apocalipse, conhecia bem pessoalmente a Nicolau, e sem dúvida, no dia de sua separação para o diaconato (o texto em si não diz que aqueles sete foram separados para diáconos; mas o grego ali existente favorece o significado do pensamento: diáconos: três vezes, ministros: sete vezes e servos: vinte vezes), pôs suas mãos sobre ele (At 6.2, 6), é esta a razão, além de muitas outras, motivo para não infligirmos na conduta deste servo de Deus, aquilo que ele não foi, então claramente se vê que o Nicolau mencionado no Apocalipse não é o Nicolau diácono de Atos 6. Se assim o tivesse sido, João teria citado seu nome como fez com os outros inimigos da igreja.

Um pastor famoso e estudioso do assunto diz que o termo “Nicolau” quer dizer “Vencedor do Povo”, e o termo “nicolaítas” que vem no superlativo tem quase o mesmo sentido: “Nico” é um termo grego que significa conquistar ou subjugar e “Laitanes” é a palavra grega de onde se deriva nosso vocábulo “leigo”. Nas sete cartas do Apocalipse, quando é mencionada uma doutrina ou ato de uma pessoa, comumente se usa mencionar seu nome, por exemplo: “doutrina de Balaão” (2.14); “os tronos de Satanás” (2.13); “sinagoga de Satanás” (2.9 e 3.9); “as profundezas de Satanás” (2.24); “toleras Jezabel”, (2.20).

Quanto aos “nicolaítas”, o estilo muda completamente como pode muito bem ser observado: a frase “as obras dos nicolaítas” (2.6), e “doutrina dos nicolaítas” (2.15). O presente texto, não arvora: “As obras de Nicolau” (a pessoa); nem a “doutrina de Nicolau” (um dos sete dos primeiros diáconos da Igreja primitiva). O leitor deve observar a frase pluralizada: “As obras dos nicolaítas” e as “doutrinas dos nicolaítas”. Estas expressões referem-se a um grupo de crentes naquelas igreja e não apenas uma pessoa. Outro ponto de vista sobre o assunto que deve ser observado é que o Nicolau diácono “era prosélito de Antioquia” (At 6.5); separado para o diaconato e servia na igreja de Jerusalém. O livro de Atos dos Apóstolos não fala de Nicolau como tendo se destacado como missionário itinerante, a exemplo de Estevão e Filipe. (At 6.8 e 21.8). É evidente que sua esfera de trabalho foi local; ele não alcançou lugares distantes como Éfeso e Pérgamo. Pelo que sabemos, não é mencionado mesmo antes ou depois de Cristo, um homem chamado Nicolau que tenha fundado uma seita, a não ser aquilo depreendido e focalizado do texto bíblico em apreço. Se essa palavra é simbólica, como vemos neste vocábulo, chamando um grupo de pessoas dentro da Igreja de “nicolaítas”, sugere que  ali  foi o começo do controle sacerdotal ou eclesiástico sobre as congregações e  igrejas cristãs individuais, dali em diante.  

Estudiosos do assunto declaram o que segue: “Os movimentos das igrejas, visando poder político e prestígio social mediante uniões, federações e alianças mundanas, são ‘doutrinas e obras” dos nicolaítas. Trata-se do esforço de restaurar, por métodos humanos, aquilo que se perdeu, que  foi o primeiro amor”.

Observemos dois pontos focalizando ainda sobre o presente assunto:

(a).  Tudo indica que “nicolaítas”, refere-se ao começo da noção de uma ordem sacerdotal na igreja: “clero” e “leigos”. Tudo nos faz crer, que esta seita denominada de “nicolaítas” faz parte de um “sistema” gnóstico existente naqueles dias; pode ser isso o sentido real do que temos aqui.

O gnosticismo já atuava no início da história cristã, o cristianismo não era apenas uma religião, mas várias. Na verdade existiam diversas crenças baseadas em Cristo e a maioria tinha grandes diferenças entre si com relação a alguns pontos.

O Gnosticismo, da palavra grega gnose significa conhecimento. Pregava que o mundo havia sido criado por uma divindade imperfeita e que, por isso, a vida na terra era apenas uma forma maléfica usada para aprisionar o espírito humano e que o bem só seria alcançável em um nível espiritual. Também por isso, eles acreditavam que não havia porque nos culparmos pelos males existentes na terra, uma vez que tudo isso era propiciado pela prisão material da qual deveríamos nos libertar e que fora criada pelo deus mal que criara a terra.

Para os gnósticos, o Deus bom, um ser espiritual e supremo, havia apenas interferido no processo de criação ao inserir em cada ser humano uma centelha divina que nos tornava capazes de despertar e conhecer a verdade. Então, Cristo, para os gnósticos era um mensageiro desse Deus que veio com o objetivo de nos ensinar e despertar as pessoas. Vejam bem que os gnosticismo não crêem que Deus é o criador de tudo e de todos.

(b) Como já ficou estabelecido e esclarecido acima: “…Em época posterior a Cristo, houve uma seita gnóstica conhecida por “os nicolaítas”, a qual é mencionada por Tertuliano de Cartago. Que também era de índole gnóstica”.

Os Nicolaítas modernos estão infiltrados em todos os tipos de igrejas, doutrinas e religiões cristãs nestes tempos do fim. Sejam elas conservadoras, tradicionais, pentecostais e ou neopentecostais.

Na mensagem do Senhor Jesus dirigida à Igreja de Éfeso, lemos em Ap 2:6 “Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. E na mensagem dirigida à Igreja de Pérgamo: Apo 2:15-16 também diz: “Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca”. Éfeso rejeitava os nicolaítas, mas um segmento de Pérgamo lhes dava acolhida. Então Jesus elogiou a primeira e repreendeu a segunda. A palavra grega nicolaíta é uma palavra composta de: “nikh” = vitória (no sentido de exercer domínio) e laos = um povo peculiar (no caso os cristãos).

Portanto, o nome composto por estas duas palavras tem o sentido de “vitória sobre o povo” ou “os que exercem domínio sobre o povo”.

Os nicolaítas então contrariam a ordem expressa de Cristo, especialmente aos pastores de sua Igreja para não exercerem domínio sobre os crentes à maneira dos governantes do mundo, (Marcos 10.42-45), ordem esta reafirmada por Pedro em sua primeira epistola, capítulo 5 versículos 1 a 3.

Jesus instituiu ministérios de liderança para a condução da Igreja (apóstolos, pastores, profetas, mestres, evangelistas), mas também prescreveu o modo como esta condução deveria ser realizada. Isto tem uma razão principal muito importante, quando Ele declara que odeia as obras dos nicolaítas, ou seja, estes que exercem domínio sobre os crentes de uma maneira maléfica, uma vez que os impede de funcionarem como Igreja, em harmonia com os seus líderes, pois na multidão de conselheiros é que reside a sabedoria, e isto seria também uma forma de prevenir o desvio doutrinário pela apostasia de um único dirigente, ou grupo que se nomeasse como tal. Hoje já vemos grupos de cristãos que são dominados por pessoas da política ou mesmo anticristãos que financiam aqueles grupos com segundos interesses.

Nós vemos a Igreja dos apóstolos sempre sendo ouvida e os obreiros participando de todas as decisões importantes na Igreja Primitiva como em Atos capítulos 6 e 15.

Diótrefes, citado pelo apóstolo João em sua terceira epístola é um triste exemplo de um nicolaíta infiltrado nas igrejas para distorcer a doutrina dos apóstolos, e no texto de 3João, 1.9-11 se destaca um dos grandes motivos para eles agirem de tal forma: “gostam de exercer a primazia entre os irmãos”.

Na sua terceira epístola João 1:9-11 diz: “Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja. Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus”.

Satanás tem usado e muito este espírito desejoso de primazia, para desviar os cristãos da sã doutrina, dando-lhes mestres autoritários e que não amam a humildade, a mansidão e a exata Palavra da verdade, pela qual somos salvos e santificados.

Ele, satanás, tem chegado ao extremo de dar doutrinas erradas e da mentira à Igreja nestes dias de modernidade teológica que estamos vendo até mesmo pastores envolvidos com feitiçaria, com maçonaria, com idolatria e que não amavam e nem amam a Palavra da verdade, pois estão interessados em muitas outras coisas, menos em firmar e confirmar os crentes na verdade do genuíno evangelho de Jesus. O que tem facilitado este trabalho de infiltração é o modelo de governo das Igrejas no qual os crentes devem apenas seguir ao seu líder supremo daquela “seita" e não o que determina a Bíblia Sagrada sobre a liderança da Igreja, e aceitarem todas as palavras, determinações  e decisões de seus líderes como verdadeiras e bíblicas.

Os líderes nicolaítas modernos têm sido tão bem sucedidos em sua obra, que lograram neste tempo do fim, conduzir a Igreja à apostasia como na igreja de Laodicéia de Apocalipse capítulo 3, na qual aqueles que professam ser cristãos têm por sua vez, escolhido os seus mestres segundo o comichão que sentem em seus ouvidos, conforme profetizado por Paulo em 2 Tim 4.3, porque o padrão que vigora presentemente é o de não se dar ouvido à sã doutrina, senão à falsidade das falsas mentiras que os nicolaítas vêm semeando por décadas, e que trouxe a Igreja do presente século à sua maléfica contribuição de destruir a igreja do Senhor Jesus de dentro para fora. Jesus disse que quanto Ele vier porventura achará fé na terra? Mas Ele também disse que aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.

O esforço dos Reformadores em libertar a igreja do jugo dos opressores, para que pudesse viver na liberdade para a qual fora libertada por Cristo, a saber, a de viver o puro evangelho, estão tendo o seu trabalho perdido nestes dias, especialmente quando muitos segmentos entre os evangélicos, sobretudo os totalmente liberais, tem se sujeitado a mais uma nova liderança, a saber, a dos prelados  tradição da Igreja Romana, e do Papa, pelo ecumenismo que está em pleno curso, e ao qual têm aderido muitos líderes evangélicos, sobretudo renomados pastores e cantores, que estão contribuindo com isto para a formação da grande igreja mundial que dará acolhida ao Anticristo e já aceitam abertamente a adoração da cruz, que é uma idolatria abominável diante do Senhor Jesus. Já não adoram somente à Trindade de Deus, mas introduziram em seu meio a adoração da cruz, colocando-a em seus púlpitos, em seus prédios, em seus templos evangélicos, enfim, já usam crucifixos e fazem o sinal da cruz que é uma tradição da igreja católica.

A doutrina dos Nicolaítas modernos se transformou em “doutrinação ecumênica” e o ecumenismo tem feito todos os estragos possíveis no meio evangélico.

O ecumenismo  é a busca da união, da comunhão e da harmonia das religiões, permitindo todo tipo de licenciosidade e aceitando todos os tipos de religiões e religiosos que apesar das diferenças, já são aceitos como iguais. O principal objetivo do ecumenismo é o processo ou a tendência à universalidade da união para um fim único,  o de criar uma religião universal, mundial.

Os meios de comunicação através das redes sociais e outros mais avançados fazem com que uma pessoa que está aqui agora possa saber o que está acontecendo no outro lado do planeta e nos ares e nas estações espaciais e vice-versa.

Existe a tendência entre si do reconhecimento amplo, sendo que nesse sentido não há mais restrições e divergências em quaisquer sentidos. O Ecumenismo mundial procura reconhecer e respeitar a diversidade de cada igreja. Mas a tendência é a de unificação das ideologias de gênero, de raça, de côr, de comportamento unificado, dentre tantos outros objetivos a serem alcançados.

Por este motivo, uma igreja ou uma capela ecumênica é um local destinado a todas pessoas, de todas as religiões em qualquer parte do planeta. Um ponto de encontro, de diálogo e união entre fiéis de todas as orientações religiosas e sociais.

Antigamente, em teologia, definia-se ecumenismo como o movimento que tem como destino a unificação das igrejas cristãs como católica, luterana, ortodoxa e protestante. No entanto, a definição atual é mais abrangente. O ecumenismo atualmente é considerado a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas e credos religiosos.

Os principais objetivos do ecumenismo moderno liderado pelo papa e o Conselho Mundial de Igrejas têm de tudo da doutrina dos antigos Nicolaítas e vêm recheados de licenciosidade e libertinagem sem precedentes, tudo e todos são aceitos como fiéis da maneira que quiserem ser, permite-se de tudo e não exige nenhum compromisso com a palavra de Deus, vivem agindo como se aquilo ali fosse um clube social ou uma casa de tolerância onde se aceita de tudo, onde o pecador chega e sai pior do que quando chegou.

Os objetivos principais do Ecumenismo dos Nicolaítas são:

1.Criar laços fraternais entre os indivíduos e as igrejas;

2.Auxiliar as pessoas necessitadas através de trabalhos coletivos, com foco na luta pela justiça social, pela igualdade racial, pela igualdade profissional, pela igualdade de gênero, mas só na aparência, geralmente falam muito em ajudar os pobres, os menos favorecidos, mas deixam tudo a desejar. É só para escravizar o pobre coitado do pobre.

3.Praticar orações e outras celebrações com propósito da unidade e harmonia das religiões; fazer orações decoradas e bonitas para impressionar os ouvintes.

4.Participar do Conselho Mundial de Igrejas que já se reúne há um bom tempo e vem aumentando sua participação e congressos em todos os países do mundo.

5.Estudar as doutrinas das variadas igrejas para que haja a resolução e a solução das divergências e eliminação dos conflitos doutrinários e administrativos ou de qualquer outra ordem, já que tudo tem que ser igual para todos. Criando-se assim um perfeito estado de igualdade que é o foco e o plano da futura igreja do anticristo a ser implantada no período da grande tribulação, logo após o arrebatamento da igreja. Apocalipse 21.8. 2 Tessalonicenses 2.1-10.

O Salmo 101 é um salmo real que trata da perseverança de Davi diante de Deus. Todas as outras nações tinham seus deuses para adoração. O rei Davi declara seus objetivos e pede a ajuda de Deus para continuar sendo justo, perseverante e fiel. Este pequeno salmo tem um forte tom de julgamento, indicando o desejo não apenas de preservar os inocentes e proteger os necessitados, mas também de manter a reputação de Deus contra os ataques de Seus inimigos.

A estrutura do Salmo 101 é a seguinte:

(1) Determinação de louvar ao Senhor (v.1). (2) Determinação de se comportar sabiamente diante de Deus e dos homens. (v.2).

(3) Determinação de se abster da maldade. (v. 3-5);

(4) Determinação de fazer separação entre os justos e os ímpios. (v. 6-8).

101:1, 2 diz: A misericórdia e o juízo poderia ser reformulado para justiça misericordiosa. Há certo tom de dureza no salmo que poderia ressaltar o elemento de justiça desta expressão; mas inerente à justiça divina está a misericórdia ou benignidade de Deus. Portar-me-ei com inteligência significa agirei com habilidade. A forma forte da palavra indica determinação intensa, não apenas um desejo passageiro.

101:3,4 diz: A expressão hebraica traduzida por “coisa má” deixa implícita absoluta falta de valor. A palavra aborreço indica total rejeição (Sl 5.5). Davi detestava o que Deus abominava e amava o que a Deus agradava. Quando ele diz não conhecerei o mal era uma palavra daquilo que ele sempre fazia. O verbo hebraico traduzido por “conhecerei” contém a ideia de experiência ou relação íntima com algo ou alguém, Davi queria e valorizava as boas experiências que agradavam a Deus.

Salmos 101:1-4 diz: Que Davi cultivava a integridade do se coração como rei de Israel diante de Deus.

Este salmo descreve também os princípios de bondade e justiça segundo os quais o Rei governava sua casa e sua terra. Nela não há espaço para o mal.

Davi nos ensina a cultivar a importância da perseverança na vida cristã.

A fé e a perseverança andam de mãos dadas. A fé verdadeira, que salva, nos dá perseverança para continuarmos a crer em Jesus sem desistir. A vida cristã tem dificuldades e nossa fé muitas vezes é desafiada. Por isso, precisamos de perseverança para não cair na fragilidade das falsas doutrinas.

Na parábola do semeador, a semente que cai no solo pedregoso representa a pessoa sem perseverança. De início, recebe o evangelho com alegria, mas não tem raízes. Logo, quando sua fé lhe causa alguma dificuldade, essa pessoa desiste do evangelho e volta à velha vida. (Mateus 13:20-21).

A Bíblia diz que a perseverança melhora nosso caráter, fortalece nossa fé e nos traz recompensas. (Tiago 1:2-4). Somente quem não desiste da fé em Jesus recebe a recompensa que Deus tem preparado para nós. É também a perseverança que nos impede de sermos destruídos pelas dificuldades.

Quem persevera na fé não se desvia nem para a direita e nem para a esquerda,  mas continua firme olhando para Jesus Cristo, o autor da nossa fé.

A perseverança significa ter força e paciência para não desistir. A pessoa que persevera enfrenta dificuldades, desafios e tempos de espera sem desanimar para alcançar seu objetivo. A perseverança é uma parte muito importante da vida cristã, porque nos ajuda a manter os olhos no nosso alvo, que é Jesus.

Diante das dificuldades podemos fazer duas coisas: desistir ou continuar a perseguir nosso objetivo. Quem continua tem perseverança. A perseverança é uma combinação de firmeza, paciência e esperança. A pessoa que persevera se mantém firme no seu propósito, tem paciência para esperar o tempo que for preciso para alcançar o objetivo e tem esperança que vai chegar lá, mesmo diante de obstáculos.

A doutrina dos Nicolaítas continua mais firme do que nunca nestes tempos de modernidade teológica.

Considerando que os nicolaítas eram pessoas que seguiam os falsos apóstolos e profetas, podemos ter alguma ideia do tipo de coisa que eles ensinavam. Devemos notar que o Senhor Jesus parece estabelecer um tipo de paralelismo entre os nicolaítas e Balaão (Apocalipse 2:14).

Balaão também aparece no Antigo Testamento como alguém que tentou conquistar pessoas através da fraude e do engano. Assim, da mesma forma com que Balaão tentou prejudicar o povo de Israel com profecia enganadora, os nicolaítas tentavam destruir a Igreja de Cristo através de doutrinas falsas.

Além disso, o nome grego Nikolaos significa “ele conquista pessoas”. Esse nome pode ter sido aplicado no Apocalipse como um tipo de alegoria helenizada para se referir exatamente a pratica de Balaão como corruptor de Israel. Assim, os nicolaítas, do grego nikolaites, pode significar algo como “conquista do povo”, no sentido de destruição.

De qualquer forma, Jesus repreendeu a Igreja de Pérgamo por aceitar pessoas que seguiam a doutrina de Balaão. Da mesma forma com que Balaão ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, tais pessoas também buscavam lançar tropeços entre os cristãos. Eles procuravam induzir os crentes a comerem de banquetes pagãos e a se prostituírem. Práticas semelhantes também tinham ocorrido entre os israelitas nos dias de Balaão (Números 25:1,2; 31:16).

É por isto que os nicolaítas aparecem na literatura cristã da época dos pais da Igreja como sendo pessoas amantes do prazer, caluniadoras, corruptoras de sua própria carne e que viviam uma vida devassa. Assim, certamente os nicolaítas eram pessoas comprometidas com o mundo pecaminoso. Eles participavam e incentivavam outras pessoas a se entregarem às festas, rituais, práticas e banquetes imorais e idolatras dos pagãos.

Aqui vale considerar um detalhe importante relacionado ao contexto histórico. Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, deixar de comer alimentos sacrificados a ídolos e recusar-se a frequentar as festas do paganismo, implicava praticamente no isolamento social e econômico. A vida daquela sociedade girava em torno dessas festas, e o comércio tinha como patronos as deidades cultuadas nelas.

Tudo isso significava que um cristão verdadeiro que se abstivesse desse comportamento pecaminoso, provavelmente perderia seu emprego, sua influência social e seria considerado excluído da sociedade. Os nicolaítas, por sua vez, procuravam contornar essa situação. Eles tentavam misturar elementos do paganismo dentro da Igreja de Cristo, e ainda acreditavam poder justificar suas práticas pecaminosas.

Vale aqui nós aplicarmos o que o Apóstolo Paulo escreveu a Timóteo. 2 Timóteo 3.1-9.

1.      Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;

2. porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3. sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4. traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5. tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,

7. que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.