segunda-feira, 16 de agosto de 2021

AS CONSEQUÊNCIAS DAS ATITUDES DE ESAÚ E JACÓ

AS CONSEQUÊNCIAS DAS ATITUDES DE ESAÚ E JACÓ. 

 

A falta de vigilância de Jacó e a total desobediência de Esaú. Cada um sofreu as consequências devidas por não ter temor e dignidade diante de Deus. Jacó foi totalmente liberto para ter temor de Deus e servir ao Senhor depois de lutar com o anjo de Deus no vau de Jaboque. Gn.32.22-30.

 

Quanto a Esaú, continuou seu mau intento de desprezar a Deus e a família de seus pais até o fim de sua vida.

As referências bíblicas sobre Esaú e Jacó no livro de Gênesis nos revelam que o ser humano é tão fraco à ponto de querer fazer justiça com as próprias mãos até contra seus parentes mais próximos.

Esaú estava convicto de que a venda da sua primogenitura não seria levada em conta, não seria levada a sério por Jacó.

 

O que ele não contava era com a astúcia do irmão, que foi ajudado pela mãe, com a permissão de Deus para cumprir os desígnios do próprio Deus na vida e na posteridade de Jacó.

Esaú agradou ao seu pai até certo ponto, dali por diante ele passou a ser hostil aos seus pais e fazia tudo o que desagradava ao Senhor.

Não podemos viver confiados nas recompensas humanas que supostamente são garantidas por meio de agrados pessoais.

O que é perdido nem sempre será recuperado. O que é vendido, ou voluntariamente renunciado, dificilmente será retomado. Em alguns casos, será impossível, ainda que se peça restituição.

Não podemos trocar nossos valores espirituais pelas coisas do mundo, imaginando que um dia possamos recuperá-los. Esaú não conseguiu.

 

Creio que o grande problema daquele filho foi não ter procurado o pai para colocá-lo a par da situação e consertar tudo em tempo hábil.

Deixou o mal em segredo até o dia do pronunciamento da bênção. Era tarde demais para ele. Seja qual for a sua situação, fale hoje mesmo com o Pai celestial. Não deixe para o dia do juízo, pois será muito tarde.

 

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar. Invocai-o enquanto está perto”. (Is.55.6).

 

Esaú foi o filho primogênito de Isaque e Rebeca, e irmão gêmeo de Jacó. É importante entender quem foi Esaú para que possamos compreender uma parte fundamental da origem do povo de Israel.

Não é possível afirmar com exatidão o significado do nome Esaú. A Bíblia diz que na ocasião de seu nascimento foi lhe dado esse nome por conta de seu corpo peludo: “E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pelo; por isso chamaram o seu nome Esaú”. (Gn25:25).

Assim, é possível que esse nome esteja relacionado a essa sua característica, porém a conexão entre as palavras se’ar, “peludo”, e ‘esaw, “Esaú”, não é clara. Alguns eruditos estendem esse significado no sentido de expressar uma implicação relacionada à “natureza animalesca”. Ele aparece na Bíblia pela primeira vez no capítulo 25 do livro de Gênesis, onde é descrita a genealogia de Isaque.

 

O nascimento de Esaú.

Rebeca era estéril, mas num determinado momento Deus lhe abriu a madre e ela engravidou de gêmeos.

Os gêmeos Esaú e Jacó lutavam dentro de seu ventre. A expressão original no hebraico em Gênesis diz literalmente que eles esmagavam um ao outro.

Devido a isso, Rebeca orou a Deus perguntando o porquê de estar ocorrendo aquilo em seu ventre.

Deus então lhe respondeu que ela estava carregando duas nações, e lhe falou, inclusive, sobre as implicações históricas do nascimento de seus filhos, deixando claro que o mais velho serviria o mais jovem. (Gn 25:23-26).

Quando se deu a ocasião do nascimento dos meninos, o primeiro a nascer foi Esaú, porém Jacó estava agarrado em seu calcanhar. (Gn 25:24-26).

 

Esaú era o preferido de Isaque.

Esaú era o filho preferido de Isaque. Ele era um habilidoso caçador, que vivia percorrendo os campos. Sua personalidade contrasta drasticamente com seu irmão Jacó, já que esse é descrito como alguém calmo e que vivia entre as tendas.

A Bíblia diz que Isaque gostava muito de comer das caças que seu filho lhe trazia. Talvez pelo favoritismo do pai por um dos filhos, e a brecha que tal comportamento causava no convívio familiar, Rebeca, a mãe, amava mais a Jacó. (Gn 25:28-30).

 

Esaú vende o direito de primogenitura.

A Bíblia descreve que Esaú havia chegado do campo exausto e com muita fome, e Jacó tinha preparado um guisado, um ensopado vermelho. A expressão hebraica para descrever esse ensopado, ha’adom, é literalmente “matéria vermelha”. Nesse contexto, o nome Edom, que caracterizaria os descendentes de Esaú, derivou do hebraico ‘adom, “ser vermelho”.

Quando Esaú pediu para comer do guisado, seu irmão explorou sua miséria e lhe propôs a venda de sua primogenitura. 

 

O primogênito detinha a posição de honra dentro da unidade familiar, desfrutando de um status privilegiado e assumindo a responsabilidade de ser o protetor e líder da família. O primogênito tinha direito a receber uma porção dobrada da herança paterna.

Além de todos esses aspectos, por se tratar da família de Abraão, devemos nos lembrar de que ali também havia a questão da herança do pacto abraâmico. Ao desprezar sua primogenitura, Esaú também mostrou desprezo pelas bênçãos da Aliança e pelas promessas de Deus.

 

Esaú e a benção de Isaque. Esaú novamente não atenta para o que de melhor Deus tinha para ele que era a bênção patriarcal através de Isaque seu pai.

Na ocasião em que Isaque iria dar sua benção, Rebeca agiu com muita astucia e arquitetou um plano para que Jacó recebesse tal benção no lugar do seu irmão. (Gn 27:1-10). Quando Esaú voltou do campo e trouxe a seu pai um prato feito com sua caça que tanto lhe agradava, Isaque percebeu que havia sido enganado, e lhe contou que ele acabara de perder sua benção pois Jacó o enganou. Isaque estava cego e não viu que que Jacó se passava por Esaú.

Esaú ficou profundamente entristecido com o que houve, implorou ao pai que lhe desse uma benção e culpou Jacó por toda aquela situação. (Gn 27:34,36). Todavia já era tarde demais, a benção que foi dada a Jacó não poderia ser revertida.

 

O escritor do livro de Hebreus depois enfatizou que Esaú foi incapaz de se arrepender verdadeiramente por ter brincado com as coisas de Deus. O direito de primogenitura e o direito de receber as bênçãos de Deus, através de Isaque seu pai, foram ignorados por Esaú que não deu o devido valor para com os planos de Deus. (Hb 12:16,17). Esaú também prometeu matar seu irmão Jacó. (Gn 27:41).

Esaú se casou com duas esposas hetéias, e isso desagradou seus pais. Depois ainda casou com mais duas esposas fora da linhagem de sua família, conforme registo ele tentou amenizar essa situação casando-se com uma descendente de Ismael na terra de Seir. (Gn 28:6,9). Gn.36.5,14,18; 1 Cr.1.35.

 

Nessa mesma região Esaú fixou residência. (Gn 36:8).

 

Esaú reencontra Jacó

Anos mais tarde, quando Jacó retornou da Mesopotâmia, os irmãos se reencontraram numa cena comovente. Jacó temia pelo momento do reencontro, e por isso pediu a Deus que aplacasse a ira de Esaú.

No momento do encontro, Esaú estava liderando 400 homens armados, mas Deus agiu na vida dele mudando totalmente os seus planos e ele demonstrou afeto e misericórdia abraçando e perdoando seu irmão Jacó. (Gn 33:3-21). Apesar de Esaú ter sido cordial, Jacó ainda desconfiava da genuinidade de seu perdão, mas, de fato, Esaú não desejava mais se vingar. Os irmãos se encontraram mais uma vez por ocasião do sepultamento de Isaque. (Gn 35:29).

 

Os descendentes de Esaú.

Os descendentes de Esaú foram os Edomitas. Se os ânimos tinham se acalmado entre Esaú e Jacó, o mesmo não pode ser dito de seus descendentes. O povo de Israel e o povo de Edom sempre estiveram travando intensas disputas e batalhas. (Nm 20:18-21; 1Rs 11:14s; Sl 137:7).

Ambos os povos se odiaram e se desprezaram mutuamente, numa continua luta fratricida. O auge dessa tensão ocorreu entre o reinado de Davi e estendeu-se até o período posterior ao cativeiro babilônico.

Nada se sabe sobre o restante da vida de Esaú.

Posteriormente seu nome é mencionado em Deuteronômio (2:3-29), no livro de Josué. (Js 24:4), em uma lista genealógica (1 Cr 1:34,35).

Também aparece nos livros dos profetas Jeremias, Obadias e Malaquias. (Jr 49:7-10; Ob. 1:6-21; Ml 1:2,3).

 

No Novo Testamento, Esaú aparece na exposição sobre o profundo significado teológico de sua rejeição dos planos de Deus e da eleição de Jacó pela soberana escolha e vontade de Deus, justamente porque Jacó buscou ter intimidade com Deus.  (Rm 9; Hb 12:16s).

 

Quem Foi Jacó na Bíblia? A História de Jacó.

Jacó foi o filho gêmeo mais novo de Isaque e Rebeca. Ele é um dos três principais patriarcas do povo judeu, ao lado de seu pai, Isaque, e seu avô, Abraão. Certamente a história de Jacó é uma das mais conhecidas da Bíblia. A descendência de Jacó deu origem às doze tribos de Israel.

 

O significado do nome Jacó.

A Bíblia conta que Jacó nasceu agarrado ao calcanhar (hebraico ‘aqeb) de seu irmão gêmeo mais velho, Esaú. Daí, o nome “Jacó” vem do hebraico ya’aqob e significa “ele agarrava” ou “ele agarra”. Devido a esse episódio e uma variação do substantivo hebraico que significa calcanhar, o nome Jacó é geralmente traduzido por “apanhador de calcanhar” ou “suplantador”, que é derivado de “dominar” ou “segurar pelo calcanhar”.

Acredita-se que em hebraico o nome de Jacó tenha sido uma abreviação intencional do nome “ya’aqob-il” e significa “Deus proteja”.

 

Sobre Jacó. O nascimento de Jacó.

O nascimento de Jacó está registrado em Gênesis 25:21-28. Sua mãe, Rebeca, assim como sua avó, Sara, era estéril e esperou por filhos durante vinte anos. Seu esposo, Isaque, intercedeu ao Senhor em favor dela. Então Deus ouviu suas orações e abriu a madre de Rebeca, e ela gerou os gêmeos Esaú e Jacó.

Não se sabe ao certo a data exata em que Jacó viveu. Alguns estudos sobre essas datas estipulam que Abraão tenha vivido entre 2000 e 1900 a.C. Se isto estiver correto, então Jacó viveu em aproximadamente 1800 a.C.

 

Jacó, o herdeiro da promessa.

Deus havia prometido a Abraão que através de seu filho, Isaque, faria dele uma grande nação. Apesar das dificuldades que Isaque e Rebeca enfrentaram em relação à gravidez, a promessa de Deus não seria frustrada. No tempo certo o casal teve filhos.

Com o nascimento dos filhos de Isaque, a promessa de Deus estava sendo renovada. Esaú era o primogênito dos gêmeos, então naturalmente era de se esperar que ele fosse o herdeiro da promessa de Deus aos seus pais. Mas antes mesmo do nascimento de Esaú e Jacó, Deus, pela sua soberana e infalível vontade, já havia determinado que Jacó herdaria a promessa.

E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.
(Gênesis 25:23).

 

Jacó, a primogenitura, e a benção de Isaque.

No Oriente Antigo Próximo, o filho primogênito geralmente herdava no mínimo o dobro das posses do pai em relação aos outros irmãos. Além disso, ele também recebia uma série de privilégios, dentre os quais a posição de chefe social e religioso da família.

Aproveitando-se da fome de seu irmão Esaú que havia acabado de retornar do campo, Jacó comprou de Esaú o direito de primogenitura, e insistiu em um juramento considerado irrevogável. Descobertas arqueológicas confirmam que naquela época na Mesopotâmia o direito de primogenitura podia ser negociado.

Não se sabe se no caso de Esaú e Jacó houve algum tipo de burocracia para que tal negociação fosse registrada oficialmente. Porém a Bíblia cita que foi feito um juramento. Em muitos casos, juramentos como esse era válido perante um tribunal da lei.

Isaque, já idoso, comunicou que transmitiria sua benção patriarcal. Então ele pediu que Esaú preparasse para ele o seu prato favorito (Gênesis 27:1-46). Sabendo disso, Rebeca instruiu a Jacó sobre como ele deveria proceder para tomar aquela benção para si mesmo.

Se aproveitando da cegueira do pai, Jacó se passou por seu irmão Esaú e foi abençoado por Isaque. Quando Isaque e Esaú descobriram o que havia ocorrido, nada mais poderia ser feito. A benção sobre a vida de Jacó era irrevogável. (Gênesis 27:37,38).

 

O problema com Esaú e o casamento de Jacó.

Esaú ficou enfurecido quando descobriu que tinha sido superado por Jacó. Então para fugir da ira de seu irmão, Jacó partiu para casa de seus parentes em Harã. Em sua viajem Jacó teve uma visão noturna. Nessa visão Deus lhe confirmou a promessa feita a Abraão e lhe deu garantia de que o protegeria. (Gênesis 28).

Chegando a Harã, Jacó conheceu a sua prima Raquel, filha de seu tio Labão, que era irmão de Rebeca. Jacó desejou casar-se com Raquel e fez um acordo com Labão para que, ao fim de um período de sete anos de trabalho, pudesse tomar Raquel por esposa.

O casamento ocorreu, mas Labão enganou Jacó. Recorrendo a um possível costume da região, Labão concedeu a Jacó sua filha mais velha, Lia (ou Léia), como esposa. Jacó então fez outro acordo com Labão para que, finalmente, pudesse se casar com Raquel. Nesse novo acordo mais sete anos de trabalho foi exigido de Jacó.

 

Os filhos de Jacó

Enquanto ainda estava morando com seu sogro Labão, Jacó teve onze filhos e uma filha. Esses filhos foram gerados por suas duas esposas e as servas delas.

Lia era mãe de Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom e Diná. De Zilpa, criada de Lia, Jacó foi pai de Gade e Aser. Da criada de Raquel, Bila, nasceram Dã e Naftali. Após Deus abrir a madre de Raquel, Jacó foi pai de José e Benjamim. Esse último nasceu já em Canaã.

 

Jacó tem seu nome mudado para Israel.

Após longos anos trabalhando para seu sogro e fazendo seu rebanho prosperar, Jacó resolveu partir e retornar a Palestina. Labão não queria que Jacó partisse e lhe propôs um acordo para sua permanência. Na tentativa de obter vantagem sobre Jacó, Labão mudou o acordo várias vezes, até que Jacó conseguiu fugir.

Quando soube da fuga de Jacó, Labão ainda o perseguiu. Mas após uma longa conversa ao se encontrarem, ambos fizeram uma aliança e Jacó finalmente viajou em direção ao sul. No caminho, Jacó encontrou um grupo de anjos, o que lhe assegurava que Deus o estava protegendo. (Gênesis 32:1,2).

Quando estava indo em direção ao encontro de seu irmão Esaú, passando pelo riacho de Jaboque ou vau de Jaboque, Jacó encontrou-se com “um varão”, e lutou com ele durante toda noite. Ao romper do dia, o homem deslocou a coxa de Jacó, mas ainda assim Jacó conseguiu ser abençoado. Tal benção mudou seu nome de Jacó para Israel, que significa “o que luta com Deus”. Obviamente aquele foi um encontro Divino. (Gênesis 32:24-30). Mais tarde novamente Deus apareceu para Jacó e reafirmou a mudança de seu nome. (Gênesis 35:9-15).

 

A luta do patriarca Jacó com o Anjo do Senhor ocorreu na região do vau de Jaboque (local em um rio, cuja profundidade permite a passagem a pé).

A nascente do rio Jaboque está localizada ao sul de Gileade, região montanhosa que atualmente faz parte da Jordânia.

O Jaboque é um afluente do rio Jordão e desemboca neste, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Seu curso tem aproximadamente 130 quilômetros.

O texto do livro de Gênesis 32:22-30, relata a luta dramática de Jacó com o Anjo, que levaria ao surgimento do povo de Israel, bem como ao aparecimento do Messias e sua consequente obra salvadora que alcançou toda a humanidade.

Logo depois do ocorrido no riacho de Jaboque, Jacó conseguiu encontrar-se com Esaú. Apesar do clima tenso que antecedeu aquele momento, o encontro dos dois irmão foi de grande ternura e compaixão entre ambos.

 

O final da vida de Jacó.

Jacó passou a residir mais uma vez na Palestina. Já seu irmão Esaú foi a Seir, e lá formou uma nação. (Gênesis 33:16). Os anos seguintes não foram fáceis para Jacó. Seus filhos Simeão e Levi tiveram sério conflitos com os filhos de Hamor por conta do problema com Diná que havia sido estuprada por um dos filhos de Hamor. (Gênesis 34).

Também, a ama de Raquel, Débora, que era importante para a família, morreu. Depois, sua tão amada esposa Raquel morreu no parto de seu filho Benjamin. Seu outro filho Rúben, deitou-se com Bila, sua concubina. Por fim, José, seu filho predileto, foi afastado dele, sendo vendido para os mercadores egípcios ou Ismaelitas que passavam por lá em suas caravanas mercantis.

Quando já estava bem idoso, por conta da fome que assolava a região em que vivia, Jacó enviou seus filhos ao Egito atrás de alimentos e precisou se exilar no Egito quando José, seu filho havia se transformado em governador do Egito por providências de Deus e lá ele teve a grande alegria de reencontrar seu filho José. No Egito ele foi muito bem recebido.

Antes de morrer, já com a idade de 147 anos (Gênesis 47:28), Jacó abençoou os filhos de José: Efraim e Manassés (Gênesis 48:8-20).

O patriarca também abençoou seus próprios filhos, formando as doze tribos de Israel (Gênesis 49:1-33). Jacó faleceu e foi enterrado em Macpela, perto de Hebrom, no tumulo da família juntamente com Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia.

 

Jacó no Novo Testamento.

Jacó é citado nas genealogias presentes nos Evangelhos de Mateus e Lucas (Mateus 1:2; Lucas 3:34). Frequentemente ele é mencionado na conjunção “Abrão, Isaque e Jacó”, como parte do trio de patriarcas notáveis do povo de Israel. (Mateus 8:11; Lucas 13:28).

O próprio Jesus fez uma citação de Êxodo 3:6, onde é declarado: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”. (Mateus 22:32; Marcos 12:26; Lucas 20:37). Essa mesma expressão também aparece em Atos dos Apóstolos. (Atos 7:32). Estêvão também mencionou Jacó em seu sermão. (Atos 7:12-46).

O apóstolo Paulo refere-se a Jacó por duas vezes (Romanos 9:11-13; 11:26). Por fim, na Epístola aos Hebreus Jacó aparece na Galeria dos Heróis da Fé. (Hebreus 11:9,20).

 

A sequência da família de Abraão e Sara.

O que chama atenção de início na história de vida de Isaque, Jacó e Esaú (bem como em toda a bíblia) é a característica e a personalidade de cada um deles. Os judeus acreditavam (e acreditam) que cada nome tem um significado, e o significado dos nomes apontava para a personalidade e característica de quem o possuía. No caso de Jacó seu nome realmente expressava sua personalidade e o seu caráter.

Aqui, eu abro um parênteses devido a uma controvérsia em torno do significado do nome Jacó. Muitos significados tem sido sugerido para esse nome: Usurpador, Suplantador, Enganador, “Aquele que segura o calcanhar”, etc. O significado mais comum e conhecido é o de “Enganador”.

Sem entrar no mérito da questão do significado, a questão é que Jacó quando jovem tinha um caráter duvidoso; na verdade, creio eu, que todos estes significados acima cabe muito bem a Jacó; de fato ele era tudo isto, tinha um grande diferencial do seu irmão gêmeo Esaú que era o temor de Deus e a obediência e honra a seus pais.

1.  O primeiro incidente envolvendo o caráter de Jacó foi ainda dentro da barriga de sua mãe. Diz a bíblia que os meninos lutavam dentro do ventre, e que ao nascer Esaú, Jacó veio “grudado, agarrado” com a sua mão no calcanhar do irmão, como que querendo impedi-lo de nascer primeiro (Suplantador). O Senhor relata a Rebeca que proveniente de seu ventre nasceriam duas grandes nações (Gn 25.21-26).

É sabido que o filho mais velho (via de Regra) herdava o direito de primogenitura, que incluía: As responsabilidades pelo sustento e manutenção da casa e da família na ausência do Patriarca da família. O primogênito herdava não só as responsabilidades, mas as posses, os bens. E, por ser quem se tornaria o “chefe” da família, o filho mais velho tinha direito a porções dobradas de alimentos e cuidados, e ao final da vida do patriarca, ele receberia deste a invocação das bençãos de Deus. Em se tratando de descendentes de Abraão, os primogênitos, receberiam diretamente as bênçãos ministradas por Deus ao patriarca Abraão. (Gn 12.2,3 e 26.24).

2. O segundo episódio envolvendo a personalidade e o caráter de Jacó foi quando ele, se aproveitando de um momento de fraqueza do seu irmão, “comprou” dele o direito de primogenitura (Usurpador), tendo lhe “vendido” um guisado de lentilhas (Gn 25.29-34). (Apesar de Esaú ter desprezado o direito de primogenitura e, por conseguinte ao Senhor, os fins não justificavam os meios no caso de Jacó).

3. O terceiro episódio e que fora a gota d’água para Esaú, foi quando Jacó, em conluio com sua mãe Rebeca, arquitetaram um plano para enganar Isaque, seu pai, que a esta altura do campeonato estava velho e já não conseguia enxergar, estava totalmente cego. (Gn 27.1). Passando-se por Esaú, Jacó (Enganador), recebe sobre sua vida, todo o direito e todas as bênçãos que “eram” de Esaú. (Gn 27.2-29).

Como vimos anteriormente, os fins não justificam os meio; embora o Senhor já havia predito que o maior serviria o menor (Gn 25.23/ Rm 9.12), em nenhum momento Deus isentou Jacó das consequências de seus atos, pois “o que o homem plantar, isto também ceifará”. (Gl 6.7). Ainda que Deus para, no final, cumprir todos os seus objetivos de obediência à Ele permitiu estes lapsos na vida de Jacó. Lembrando que o temor à Deus é inegociável,(Jó 42.2), e Jacó, mesmo quando errou continuou sendo temente a Deus. 

A revolta e amargura de Esaú foram tão grandes que ele soltou um berro e começou a chorar com grande lamento. (Versículo 34,38). No calor e no furor de seus sentimentos decide e jura matar seu irmão (Versículo 41). Jacó, ajudado e incentivado por Rebeca sua mãe, por seus atos conseguiu desestabilizar e desestruturar toda a sua família e a casa de seu pai.

Tal era o caráter de Jacó. Tal foi a consequência de seus atos inconsequentes.

Aconselhado por seu pai e sua mãe, Jacó foge para longe, para a terra dos parentes de sua mãe. Uma vez estabelecido na casa de seu tio Labão, Jacó começa enfim a sofrer as consequências de suas atitudes. (Gálatas 6.7). É enganado, ludibriado e explorado pelo próprio tio; até que Deus começa aos poucos a se revelar e a tratar Jacó.

Mesmo sendo explorado, Deus começa a abençoar Jacó que vai juntando alguns bens. Passado 20 anos servindo seu tio, Deus manda Jacó voltar à casa de seus pais. E ele sabia muito bem o que significava voltar para casa, o que o aguardava era a promessa e o juramento de Esaú: Morte.

Ao passar o vau de Jaboque, o “suplantador/trapaceiro/enganador seria confrontado literalmente, quando lutou com um anjo prevaleceu, porém não voltaria para casa da mesma maneira. Era necessário ser transformado; era necessário deixar o velho caráter para trás. Além disto, temia, e muito, encontrar Esaú. (Gn 32.7). Por isso, Jacó envia presentes para seu irmão antes de encontrá-lo. Quem poderia aplacar a ira de Esaú, senão o Senhor? Jacó bem sabia disto. (Gênesis 32.9-12).

Naquela madrugada (Gênesis 32.22) Jacó não dorme de tanta ansiedade e aflição. E ao se encontrar com aquele homem, Anjo, no vau de Jaboque, reconhecendo set Ele o próprio Deus  não perde a oportunidade e diz que não o deixaria ir embora, ao amanhecer, até que o abençoasse.

A Bíblia não relata explicitamente, mas, podemos compreender que Deus deixa-se vencer. Ta aí algo, “disse” Deus, pelo qual valeria à pena deixar-se ser vencido. Pela transformação do caráter, pelo perdão, pela mudança de vida.  E isto é um “segredo” divino. Se a causa for tão nobre como a transformação de uma vida ou como o perdão, vale a pena deixar-se ser vencido pela causa, o efeito é vida eterna.

Ao ter certeza da resposta positiva de sua petição, a reconciliação e o perdão de Esaú, Jacó sai transformado e declara com seus próprios lábios: “Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva”. (verso 30).

Jacó já  não seria conhecido mais como enganador e trapaceiro, mas Israel, que significa Príncipe de Deus. Ao encontrar-se com o irmão, temos um grande exemplo, uma grande lição: O perdão.

Esaú não só perdoou em seu coração, mas, ajoelhou, abraçou, beijou e chorou ao encontrar o irmão, agora Israel, o príncipe de Deus .

Devemos todos nós, tomar o exemplo de Jacó, em deixar-se ser tratado por Deus. E Esaú, em deixar-se, também, ser tratado por Deus e perdoar.

Diz o apóstolo Paulo: “Tais fomos alguns de nós” sugerindo que fomos ou que somos iguais a Jacó em nossas atitudes e ações aqui na terra. (1 Co 6.11).  Um dia, todos nós à semelhança de Israel (até então Jacó) mais cedo ou mais tarde, precisamos passar pelo mesmo vau de Jaboque onde Jacó ficou, e de onde emergiu Israel, o Príncipe de Deus. Se assim o fizermos, Deus dará um novo caráter, uma nova vida e um novo nome. Um nome que expresse sua nova personalidade, seu novo caráter sua nova vida  Ele já até tem esse nome. Há só uma coisa para ser digno de usar esse nome,  a sua nova personalidade, caráter e atitude têm que expressar necessariamente o que o significado deste nome representa, agora, convertidos e nascidos de novo, sendo uma nova criatura em Cristo.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

DEUS NOS DÁ LIVRAMENTO TODOS OS DIAS

DEUS NOS DÁ LIVRAMENTO TODOS OS DIAS

 

A experiência nos mostra que depois do silêncio de Deus vem o livramento.

 

 

Sempre depois do silêncio vem o livramento.

 

Bom é ter a esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. (Lm 3:26).

Creiamos que uma das coisas mais difíceis para os cristãos de hoje é esperar no Senhor. Não é fácil “esperar no Senhor” em tempos como os atuais, onde tudo corre a mil por hora com o evento das redes sociais e tudo digitalizado.


Creiamos também que mais difícil ainda é esperar em silêncio o livramento de Deus e as bênçãos de Deus. Mas, muitas vezes o silêncio em Deus significa confiança e calma.

 

O salmista Davi nos diz o seguinte:

“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação”.(Sl 62:1).

“Esperei com paciência, (com confiança) no Senhor e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor". Salmo 40.1.

 

Existem momentos da nossa vida que a melhor coisa é o silêncio. Embora não seja fácil manter-se em silêncio, principalmente diante de tantas perseguições, afrontas, injúrias, calúnias e difamações. Mas a palavra de Deus nos mostra que muitas vitórias do povo de Deus , aconteceu quando o povo se calou.


Diz a palavra de Deus no livro de Isaías que nos anos de Ezequias rei de Judá, subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra as cidades fortificadas de Judá e as tomou. Muitas tentativas tentou Senaqueribe para conquistar Judá. Primeiro fracassou na tentativa de desmoralizar o Senhor Deus de Israel, (Is 36:10), depois tentou fazer as pazes com Judá, subornando-os com comidas e terra abundante, já que estavam famintos. Diz a palavra de Deus que após mais uma afronta, o povo se calou e não lhe responderam nenhuma palavra, pois assim havia ordenado o rei dizendo: Não lhes responderei.

Após esta última afronta o Rei Ezequias se pôs a orar a Deus e qual foi a palavra do profeta e a resposta do Senhor: Não temas, por causa da palavra que ouviste, com os quais os servos do rei da Assíria blasfemaram contra mim. Eis que meterei nele um espírito, e ele, ao ouvir certo rumor, voltará para a sua terra; e nela Eu o farei cair morto à espada. (Is 36:7).

O foi o que aconteceu, houve destruição do exército Assírio, pois um anjo do Senhor feriu no arraial a 185 mil e os restantes que se levantaram pela manhã, todos eram cadáveres. Senaqueribe se retirou a Nínive, sucedeu que estando ele para adorar na casa de Nisrode, seu deus, seus filhos Adrameleque e Sarezer o feriram a espada, matando-o. (2 Cr 32:21;Is 37:36-38). Isso foi para mostrar que de Deus ninguém zomba e que não devemos discutir quando afrontados.

De acordo com um ditado popular, muitos acham que aquele se cala consente. Mas não é bem assim.

Vemos que Israel se calou diante do inimigo, mas não diante do Senhor. A palavra de Deus diz que: “a nossa luta não é contra carne, nem contra o sangue, mas contra os principados e potestades nos ares celestiais”, (Ef 6:12) e que devemos colocar diante de Deus nossos problemas e nossas petições. Foi isso que fez Ezequias, se calou diante da afronta, mas clamou ao Deus verdadeiro que tudo pode. (Is 37:14-20).

Diz o profeta Daniel que ao Senhor pertence a justiça, mas a nós o corar de vergonha, (Dn 9:7). O Senhor dará o pago aos soberbos e ímpios.

Quando não nos calamos, diante das acusações, a nossa tendência é murmurar, ou seja, reclamar em voz baixa. Muitas vezes reclamamos a outros e nem ao menos oramos ao nosso Deus. Confiamos muito mais em pessoas do que no Senhor. O Senhor diz: “Maldito é o homem que confia no homem”. Jeremias 17.5.


Nossa confiança deve estar unicamente no Senhor.

Diz a palavra de Deus que após Moisés libertar o povo, estava o povo de Israel sendo perseguido por Faraó. Chegou a certa altura que havendo visto os egípcios o povo temeu dizendo: Nos tiraram de lá para que morramos neste deserto? Porque nos trataste assim, nos fazendo sair do Egito? Melhor seria servir os egípcios do que morrer no deserto.

Moisés, porém respondeu ao povo: Não temais, aquietai-vos e vede o livramento do Senhor, os Egípcios que hoje vedes, nunca mais tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós
E vós os calareis. Após essas palavras veio o livramento, o povo marchou, Moisés estendeu sua vara e dividiu o mar vermelho, o povo passou em terra seca e os egípcios foram submergidos pelas águas e pereceram no mar.

 

Foi o próprio Deus que nos ordenou marchar no livro de Êxodo 14:15, onde ele diz a Moisés.

“Diga os filhos de Israel que marchem”. A situação era difícil, o momento era de desespero, um autêntico “beco sem saída”. Israel partiu do Egito rumo à tão sonhada liberdade, porém não acreditavam no estava acontecendo e nem no que Deus disse que iria fazer. No entanto, em meio àquela caminhada, surge o inesperado: à sua frente o mar vermelho, e atrás o Faraó com seus exércitos pronto para matá-los.

O que fazer? E nós o que faríamos no lugar deles? O que temos feito com relação à nossa plena confiança em Deus?


A resposta veio de Deus a Moisés: Diga ao povo de Israel que marchem! A princípio o povo reagiu de forma totalmente incorreta:

Eles demonstraram muito medo, muito medo mesmo, Êxodo 14:9-12, às vezes isso acontece conosco no dia a dia. Dai vem a hora da nossa decisão e melhor do que uma decisão mal tomada é uma indecisão, então temos que decidir com coragem e com fé em Deus como fez Moisés que seguiu as orientações de Deus e não  dos blasfemadores que estavam ao seu lado.

Eles, os blasfemadores, usaram linguagem inadequada, com ataques a Deus e à Moisés e com muitas murmurações. Êxodo 14:11.


Nossas palavras têm poder, e o que proferimos são sementes, tanto para o bem, como para o mal.


Eles culparam as outras pessoas, culparam seu líder Moisés e por fim culparam a Deus por seus problemas. É um hábito humano transferir a culpa aos outros.

Foi quando Moisés orou a Deus, e a ordem foi marchar, disse o Senhor Deus: “diga ao povo que marche”! E ao tempo que determinaram a marchar, não só o mar se abriu como o exército de Faraó foi atingido e morto pelas águas do mar vermelho.

 

Diz a palavra do Senhor: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. (Sl 46:10).

Jesus, mesmo silenciou diante de acusadores: Quando interrogado por Pilatos ouve a pergunta: Não ouve quantas acusações te fazem? Diz as escrituras que Jesus não respondeu nenhuma palavra, vindo o governador a admirar-se disso por Jesus ficar calado diante dos seus algozes e seus acusadores. (Mt27:14).

Mesmo diante de falsas acusações, Jesus não se justificou, pois sabia que a justificação da humanidade estava na sua morte. Mesmo sabendo que Pilatos o poderia soltar, Jesus preferiu o silêncio. (Jo 19:9-10). Pois sabia que o Senhor Deus era autoridade sobre ele e estava no comando de tudo. (Jo 19:11).

Jesus cumpriu o que a seu respeito foi dito pelo profeta Isaías: Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca, como cordeiro foi levado ao matadouro e, como ovelha muda perante seus tosquiadores, ele não abriu a boca. (Is 53:7).

Jesus ficou calado, pois tudo que Ele precisava dizer, já foi dito pela Sua Palavra.

 

Uma acusação hipócrita se responde com o “silêncio”. Um certo pregador diz que foi afrontado e completa: Foi uma palavra forte que me acertou em cheio, porém preferiu ficar em silêncio. E aquilo que era suspeita acabou sendo fato, “aquele comentário poderia ter manchado meu ministério, disse ele; e em parte não trouxe nenhum benefício para mim”, porém ficou em silêncio até que Deus lhe desse a vitória.

A palavra de Deus diz que no muito falar não faltará iniquidade mas no silêncio se espera o dia da vitória chegar com a graça de Deus.

Muitas vezes falamos demais, nos justificamos demais, agimos com justiça própria, em causa própria e esquecemos que existe um Deus que já nos justificou. Por isso é melhor aguardar a intervenção Divina em silêncio e a vitória chegará.


Injúrias, críticas e difamações, sempre haverão e o inimigo se utilizará disso, através de alguma pessoa, quer parente, amigo ou até “irmãos em Cristo” para destruir o chamado , a vida e as promessas de alguém. Mas o Senhor nos manda a esperar e nos aquietar nEle. Um dos trunfos da vida de Davi era que ele esperava silenciosamente em Deus, porque, dizia ele, do Senhor vem a sua esperança. (Sl 62:7).
Devemos entender que diante de perseguições, afrontas e acusações, é o Senhor quem peleja por nós.

Se você está sendo afrontado por alguém injustamente ou sendo injuriado pelo que não fez, lembre-se que é o Senhor que luta por você e nenhuma palavra maldita contra você prosperará. Aquieta-se em Deus e espera o livramento.

 

Abaixo vai uma palavra profética para você que está em 2 Cr 20:15;17.

Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Neste encontro, não tereis de pelejar, tomai posição, ficai parados (aquietai-vos) e vede o salvamento, o livramento,  que o Senhor vós dará a vós, ó Judá e Jerusalém.


Não temais nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor é convosco por onde quer que andares.

Hoje é dia de livramento e de reestruturação da sua vida espiritual, material e em sua família.


Deus está encorajando você a se levantar, a se reerguer e, com ânimo e esperança, vencer seus medos, ansiedades, pensamentos negativos, complexos de inferioridade, desesperança, acomodação e abatimento.

Aproprie-se da força que vem do Deus altíssimo, pois: “O nosso socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”. (Salmos 121);


“Ele é o nosso refúgio em tempo de aflição e  da adversidade”. (Vide Salmos 46).


Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. (Vide Salmo 46).


O poder de Deus é inigualável, o poder de Deus é insondável, o poder de Deus é imensurável:    “Porque o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. (2 Coríntios 12.9-10).

“Diga o fraco, eu sou forte”. (Joel 3.10).

Afirme para você mesmo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4.13).


1 - Sendo humilde se consegue ser fortalecido: (2 Samuel 3.39).



Davi foi humilde e se humilhou mais ainda quando foi perseguido. Reconheceu sua fraqueza. Por isso Deus lhe exaltou, “pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado”. (Lucas 14.11).



Seja humilde e reconheça suas fraquezas.

2 - Através da oração podemos superar as fraquezas espirituais e do corpo: (Salmos 142.6).



A oração é uma força imbatível. Através da oração somos fortalecidos. Quando oramos também devemos confessar nossas fraquezas, nossos pecados a Deus e pedir que nos fortaleça.


A oração nos fortalece em momentos de fraquezas.


3 - Pelo poder de Deus somos recuperados do fracasso e da lisonja do maligno: (2 Coríntios 12.9).


A fraqueza humana é superada pelo poder de Deus, por isso Deus se agrada dos pequeninos, (Mateus 11.25) para usar o seu poder. Com o poder de Deus um menino ( Davi) venceu um gigante como Golias.  (1 Samuel 17.45).


Quando se sentir fraco clame pelo poder de Deus.



4 – Ao buscar união para ser fortalecido você encontrará um amigo fiel que é o Espírito Santo para te ajudar: 2 Coríntios 13.9.


O apóstolo Paulo declara que o povo de Deus é forte, mas se reconhece como uma pessoa fraca. (1 Coríntios 4.10). E quando estamos em união uns com os outros somos fortalecidos no Senhor. (Salmos 133). Se uma pessoa ficar sozinha, logo vai se enfraquecendo.


Não fique sozinho, busque ajuda do Senhor Jesus. Busque ajuda do Espírito Santo.



Deus quer fortalecer a sua vida, por isso você também deve reconhecer que é fraco, mas declarar: eu sou forte em nome de Jesus. Eu sou forte em nome do Senhor dos exércitos, "Porque o Senhor dos exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio ". Salmo 46.11.



Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza


Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.




 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O TRIBUNAL DE CRISTO E AS CINCO COROAS

O TRIBUNAL DE CRISTO E AS CINCO COROAS

 

O tribunal de Cristo não é o tribunal do juízo final ou o tribunal do grande trono branco.

O tribunal de Cristo é um lugar especial de comunhão e de celebração nos ares celestiais onde o próprio Senhor Jesus estará distribuindo galardões e corôas aos santos que, em todos os tempos, aguardavam a Sua vinda para serem arrebatados como a noiva do Cordeiro.

Conforme 2 Coríntios 5:10 e 1 Coríntios 1:8, todos os crentes, arrebatados e transformados, vão comparecer perante o Tribunal de Cristo. Nesse evento não haverá julgamento pelos pecados, as obras que foram praticadas pelos salvos na terra é que serão julgadas, a fim de que recebam, ou não, os galardões.

A Santa Ceia do Senhor ministrada normalmente nas igrejas evangélicas no mundo inteiro nos dão uma pequena amostra do que será a grande ceia nos ares celestiais, celebrada pelo próprio Senhor Jesus na qual galardoará os remidos do Senhor que subiram no arrebatamento da igreja.

A Ceia do Senhor foi instituída para que a igreja pudesse recordar continuamente, o sacrifício vicário de Cristo na Cruz do calvário em nosso favor e por isso Jesus nos alertou para participarmos continuamente da Santa Ceia do Senhor até que Ele volte para buscar a igreja.

Josué cap. 24:15 nos serve de base para sermos servos do Senhor Jesus e permanecermos firmes no Senhor até a volta de Jesus.

“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa servirmos ao Senhor”.

Nós sabemos, pela Palavra de Deus, que depois que o cristão for arrebatado, ele será levado à presença de Cristo, o qual estará assentado no Seu Tribunal, conhecido como “Berna” ( no grego), para ser examinado e recompensado, de acordo com suas obras, os quais serão galardoados.

Os galardões que serão dados no Tribunal de Cristo são chamados de “coroas”. A significância do termo reside no fato de que coroas são símbolos de realeza, e os santos vão reinar com Cristo. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (1 Co 6:2). “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. (Ap 20:6). As posições de honra para os crentes no reino vindouro serão determinadas pela fidelidade, consagração e comunhão com Ele e devoção a Seu serviço, que demonstram na sua vida aqui na terra.

Em Romanos 8:17, uma distinção é feita entre a nossa herança como filhos de Deus e a nossa posição de co-herdeiros com Cristo. “E se nós somos filhos, somos logo também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados”.

Ser um herdeiro de Deus é herdar as coisas que Ele preparou para nós, tais como nosso lar celestial e Sua glória. Nós seremos co-herdeiros com Cristo, se sofremos com Ele. Ele recebeu uma recompensa especial por Seu sofrimento e estará assentado no Seu trono reinando por mil anos aqui na terra. Nós teremos o privilégio de compartilhar este trono e de reinar com Ele se sofrermos com Ele.

Este sofrimento nem sempre significa sofrimento físico. Pode ser “opróbrio” por causa de Cristo, como o escritor de Hebreus expressa. (Hb 13:12- 14). Certo dia, os doze discípulos vieram a Jesus e perguntaram qual seria a sua recompensa por terem deixado tudo e O seguido. Ele lhes disse que se sentariam em doze tronos e julgariam as doze tribos de Israel. Mais tarde, dois dos discípulos vieram a Jesus e pediram se um podia sentar-se à Sua direita e o outro à Sua esquerda. A este pedido o nosso Senhor respondeu que não lhes poderia dar tais posições pois estas seriam concedidas por Deus o Pai.

É isto o que ensina a passagem de Mateus 10:32-33: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus”.

Quando chegarmos diante do Tribunal de Cristo, seremos declarados dignos ou indignos. Se O tivermos negado diante dos homens Ele terá que nos negar diante do Pai Celestial dizendo: “Este homem não é digno de sentar-se Comigo no trono.” Se O tivermos confessado diante dos homens, Ele recomendará ao Pai que nos assentemos com Ele no Seu trono. Paulo entendeu tudo isto claramente, pois muitas vezes falou da glória vindoura. Em certa passagem ele disse que o sofrimento deste tempo presente não se compara à glória que está porvir. Ele até esqueceu de tudo que tinha ficado para trás a fim de prosseguir em direção ao alvo pelo prêmio da sublime vocação de Deus em Cristo Jesus. Ele entendeu claramente que uma recompensa o esperava.

1) A Coroa da vida

Esta coroa é mencionada duas vezes nas Escrituras. É chamada frequentemente a “coroa de mártir”, a coroa que será dada pela fidelidade até a morte. “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam”. (Tg 1:12).

“Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sé fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida”. (Ap 2:10).

As pessoas frequentemente se referem erroneamente à coroa da vida como “vida eterna.” Devemos nos lembrar que a vida eterna não é uma coroa. É o próprio Cristo vivendo em nós. A coroa da vida, por outro lado, é uma recompensa especial, possivelmente uma posição de honra no governo de Cristo durante o milênio.

2) A Coroa incorruptível.

Esta coroa é mencionada em 1 Coríntios 9:25-27. O contexto mostra que Paulo está falando de serviço e recompensas. Ele está nos contando o que fez por amor ao evangelho, para ganhar pessoas para Cristo. “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível”. (1 Co 9:24-25).

Participar de uma corrida e esforçar-se muito para vencer não são figuras da salvação. A salvação é o maior dom de Deus e não pode ser ganha nem comprada. Nos dias de Paulo, os cidadãos gregos nascidos livres eram os únicos que tinham permissão para competir nos jogos. Pelas coroas celestias somente os nascidos de novo podem concorrer. A salvação é o ponto de partida, não o objetivo. Nós não fazemos esforço para ganhar a salvação. Nós ganhamos a salvação pela fé e depois trabalhamos para ganhar as coroas. A salvação é a entrada para a arena e não o prêmio no fim da corrida.

Nos jogos da Grécia antiga, aquele que alcançava o objetivo primeiro era o único que ganhava a coroa, mas na corrida celestial não há competição. Ninguém concorre com o companheiro, a única condição é observar as regras do jogo: “Pois eu assim corro, não como sem meta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. (1 Co 9:26-27).

Paulo conhecia as regras da corrida. A coroa incorruptível, portanto, é vista como uma recompensa para uma vida vitoriosa. É para o cristão que carrega no seu corpo as marcas do Senhor Jesus, para que a vida de Jesus possa se manifestar. É para aquele que triunfa sobre a carne pelo poder da nova vida que recebeu quando nasceu pela segunda vez.

Era pensando no Tribunal de Cristo e nas coroas a serem conquistadas que Paulo dizia manter seu corpo sob disciplina e sem dar lugar para a carne e suas concupiscências. Ele viu a possibilidade de que, depois de ter pregado aos outros e de dizer-lhes como se tornarem filhos de Deus e como viver a vida cristã, ele mesmo viesse a ser reprovado (isto é, que as recompensas designadas a ele lhe fossem negadas).

Vale a pena lutar por esta coroa Não é de se maravilhar que ele tenha escrito: “Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, e justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes”. (1 Ts 2:10).

3) A Coroa de gozo ou de alegria, ou de felicidade.

Esta é a recompensa para o ganhador de almas. As pessoas que levamos ao Senhor Jesus Cristo serão nossa coroa de alegria na Sua vinda. Qualquer pessoa que tenha conhecido a alegria de levar uma outra pessoa a Cristo pode bem entender o nome desta recompensa, pois sabe que não há alegria comparável àquela que surge ao saber que foi usada pelo Senhor para levar uma alma a Ele.

“Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda”? (1 Ts 2:19). “Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Que incentivo este para um ganhador de almas! Que alegria será ver uma grande multidão de almas andando nas ruas da glória, conduzidas ao conhecimento da salvação como resultado de nossos esforços por Ele! Porém, receio que muitos cristãos irão perder esta recompensa, pois muito poucos estão ocupados em ganhar almas.

4) A Coroa de Glória.

“Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”. (1 Pe 5:1-4).

Esta é a recompensa de Cristo para quem alimenta o rebanho: a recompensa do Sumo Pastor para todos os fiéis pastores subordinados. Esta coroa de glória também é subentendida em Lucas 10:35: “E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse- lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastardes eu to pagarei quando voltar”.

As almas estão confiadas ao nosso cuidado. Espera-se que cuidemos e alimentemos estas almas, não com a filosofia do homem mas com alimento celestial, a Palavra de Deus. Que oportunidade para os pastores ganharem um ótima recompensa; porém este privilégio é frequentemente substituído por uma recompensa que pode ser vista nesta vida presente. Muitos pastores selam suas bocas por causa de uma recompensa terrena de um grande salário. Que recompensa celestial poderia ter sido deles.

5) A Coroa da justiça.

“Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4:6-8).

Isto não deve ser confundido com o dom da justiça pela salvação mencionado em Romanos 3:21-23. Esta coroa é para quem mostrar uma verdadeira alegria diante da volta do Senhor Jesus Cristo através de viver uma vida justa. “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”. (1 Jo 3:3). Não é normal que um cristão que conheça o significado da “bendita esperança” ame a vinda de Cristo?

A noiva não espera com terno anseio a vinda do noivo, guardando-se somente para ele? Ela não se ocupa, preparando-se para o dia do casamento? A coroa de justiça será dada àqueles que, em esperança, alegria e antecipação à segunda vinda de Cristo, purificarem a si mesmos e estiverem prontos para a Sua vinda.

Uma das maneiras em que o crente se prepara é ser ativo em ganhar almas. Além disso, purifica a sua própria vida e vive retamente diante do Senhor.

Ai de nós, pois há muitos que não amam a Sua volta! Alguns até zombam disso, como as Escrituras dizem em 2 Pe 3:3-4. Ao contrário destes, vamos amar a Sua vinda e demonstrar em nossa experiência diária o poder dessa esperança gloriosa. 

Sua promessa é: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”. (Ap 22:12).

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.