segunda-feira, 11 de setembro de 2023

JESUS CRISTO QUER TE SALVAR

JESUS CRISTO QUER TE SALVAR.

 

Jesus Cristo te chama e quer te salvar.

Jesus disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei”. Mateus 11:28-30.

Jesus convida a todos os que estão cansados e sobrecarregados a encontrarem descanso nEle. Somente quando vamos para os pés do Senhor Jesus é que encontramos verdadeiro abrigo, descanso, paz e perdão. Jesus nos oferece a paz e nos dá a salvação. (Mateus 11:28-30).

Jesus chama a todos os oprimidos, sobrecarregados e que desejam ser libertos.  "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis (ou encontrareis) descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. Mateus 11:28-30

Jesus disse vinde a mim. Todos os que vêm aos pés de Jesus alcançam a vitória.

Podemos procurar paz e descanso em vários lugares: no dinheiro, na fama, nos amigos, no misticismo, na filosofia, na educação, nas igrejas, nas religiões, mas nada disso dá o descanso perfeito. Somente Jesus tem aquilo que precisamos.

Jesus nunca falha, todas as outras coisas passam, mas Jesus é eterno. Ele é o único que pode preencher o vazio em nossos corações. Jesus é o único caminho para a salvação. Deus nos abençoa ricamente quando nos convertemos de verdade. Conversão é mudança de vida, conversão é mudança de rumo na vida, conversão e viver pra Jesus e amar a Deus sobre todas as coisas. João 14:6.

Todos os que estais cansados e sobrecarregados devem vir à Jesus. O peso do pecado escraviza o ser humano.

Quem não se sente cansado, sobrecarregado, fraco demais para lutar contra todas as dificuldades da vida? A vida é cansativa, muito cansativa. O pecado, o sofrimento, a dor, as desilusões, as injustiças e muitas outras coisas, tudo é demais para carregarmos sozinhos.

Jesus veio para aliviar nossas dores e para nos ajudar a carregar nossos pesados fardos. Ele tem a força que nós não temos, Jesus nos livra do pesado fardo do pecado.

Não precisamos ser perfeitos para nos achegarmos a Jesus. Ele nos aceita com todas as nossas fraquezas. Podemos vir para Jesus e lhe entregar tudo, sem medo. (Atos dos Apóstolos 3:19-20). Venha hoje mesmo para Jesus, Ele diz: venha como estás.

Jesus disse: Eu vos darei descanso, Eu darei descanso para vossas almas.

Jesus nos dá o descanso que mais nada nesse mundo pode nos dar. A certeza da salvação e de ter Jesus sempre do nosso lado traz um alívio maravilhoso. Com Jesus não temos nada a temer.

O descanso de Jesus nos dá paz nos momentos mais difíceis, quando não vemos solução. Quando temos fé em Jesus, cremos que ele vai nos ajudar. Jesus nunca nos abandona. (Romanos 8:38-39).

Jesus disse: Tomai sobre vós o meu jugo.

Jesus também disse que devemos tomar o Seu jugo e aprender com Ele. (Mateus 11:29-30). Um jugo serve para unir dois bois para caminharem na mesma direção. Tomar o jugo de Jesus é estar sempre lado a lado com Ele, seguindo por onde ele decide. Jesus nos leva para o descanso e nos ensina a viver como ele, com mansidão e humildade.

O fardo de Jesus não é pesado. Ele não nos sobrecarrega como outras coisas no mundo. Não existe fardo melhor para carregar, que traz tantas bênçãos. O jugo também serve para partilhar o peso. Jesus partilha o peso conosco e nos dá a força que precisamos para superar as dificuldades. Jesus nos dá descanso mesmo em meio aos difíceis, pesados e trabalhosos fardos da vida. Em Romanos 10.8-13 está escrito:

8. Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,

9. a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.

10. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

11. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

12. Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

13. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Alguns historiadores juntam Jesus Cristo com Maomé, Buda, Confúcio, com os deuses do Hinduísmo e outras religiões e seus líderes espirituais. Mas Jesus Cristo não se mistura com nenhuma deles, o Cristianismo é vivo porque Jesus Cristo é um líder vivo e que vive e reina para sempre. Ele ressuscitou dentre os mortos e está vivo diante de Deus o Pai eterno. Prova disso é que o túmulo de Jesus está vazio em Jerusalém e com a inscrição em vários idiomas dizendo: “Jesus não está aqui, porque Ele ressuscitou”.

Em João 14:6 Jesus declara “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. Ele podia ter ganho mais credibilidade em ser politicamente correto se tivesse dito “Eu conheço o caminho,” ou “Eu indico o caminho”. No entanto, ele fala não daquilo que ele faz, mas daquilo que Ele é :“Eu sou o caminho”.

O discípulo dele, Pedro, anunciou “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12).

João 3:16 promete àqueles que acreditam nEle, que todo o que nEle crer não perece, mas tem a vida eterna. Creia nEle. Creia naquele que o Pai enviou.E a Bíblia continua asseverando que não há outro nome pelo qual devamos ser salvos. Salvação é só em Jesus.

A Bíblia continua a assegurar que Jesus Cristo é o Salvador, único e suficiente Salvador e afirma veementemente: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Mc. 16.16.

E, continua afirmando: “estes sinais acompanharão (seguirão) aos que creem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; Mc. 16.17. Pegarão em serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados”. Mc.16.18.

Em Mt. 11.30, Ele mesmo nos assegura: 'Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.

O apóstolo Paulo nos ensina que a salvação é individual.

O apóstolo Paulo disse que a salvação é individual e que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” pelos seus atos e suas obras aqui na terra. (2 Coríntios 5:10). Não seremos julgados coletivamente como igreja, mas individualmente como servos.

Igreja não salva ninguém. A igreja tem por obrigação nos ensinar sobre a palavra de Deus. É pelo sangue de Jesus que sentimos  “a remissão dos nossos pecados”, (Efésios 1:6-7). “Porque pela graça sois salvos mediante a fé e isso não vem de vós, é dom de Deus”. (Efésios 2:8). A igreja não morreu por nós e nem ninguém da igreja morreria por alguém e a igreja e sua tradição secular também não são capazes de salvar ninguém.

Algumas pessoas, querendo compreender estes fatos, chegam até a dizer equivocadamente que a vida cristã não tem nada a ver com a igreja, mas tem sim, a igreja tem por obrigação nos ensinar a obedecer a palavra de Deus e nos incentivar a adorar a Deus em espírito e em verdade. Podemos e devemos frequentar uma igreja, mas também podemos usar parte do nosso tempo cultivando igualmente boas amizades sejam na igreja ou em casa ou no trabalho, mas a igreja, que somos nós individualmente, nos transforma em igreja coletivamente quando nos reunimos no templo para adorarmos a Deus.

Antes de descartar ou desprezar a igreja na sua vida, não seria importante ver o que Deus diz a respeito dela já que muitos desprezaram as suas igrejas?

A igreja (do grego ekklesia) é um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado e pertencerem a Cristo. É Jesus que prometeu edificar a Sua igreja, a igreja dEle. (Mateus 16:18). Jesus comprou a igreja com seu próprio sangue, foi com o seu sangue que Jesus nos comprou e deu sentido às nossas vidas. Foi Ele quem comprou cada pessoa salva. (Atos 20:28; 1 Coríntios 6:20).

Paulo frisou a importância da aplicação  adequada do termo usado para definir o que é igreja, ele diz: “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15). Embora a igreja não salve, ela tem um papel fundamental na divulgação do evangelho. Devemos honrar a casa de Deus. Salmo 121.

Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas para quem participam de nossas reuniões da igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua. (Hebreus 10:23-27).

Outras instruções forçaram a nossa participação nas reuniões da igreja para cumprir o mandamento de Jesus de participar da Santa Ceia do Senhor. (1 Coríntios 11:17-34; Atos 20:7), para recolher os dízimos, as ofertas e todas as dádivas para a obra de Deus. (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36- 37; 5:1-2). Também a igreja se reúne em ministérios ou convenções para resolver questões administrativas, ou pecados de alguém na congregação, (1 Coríntios 5:4-5). 

Discípulos de Cristo se juntam, também, para cantar hinos de louvor e edificação (Efésios 5:19-21) e para ensinar a palavra do Senhor. (1 Coríntios 14:26). Pessoas que negligenciam estas responsabilidades, não participam dos cultos da congregação, desobedecem a Deus. Pecam contra os irmãos e contra o Senhor.

Seja fiel na sua participação em uma congregação local. E não deixe de examinar tudo para verificar se a igreja onde você congrega está realmente agradando a Deus na doutrina, na prática da palavra de Deus e na vivência da mesma. (1 Tessalonicenses 5:21-22).

“Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam iniquidade, pois eles dentro em breve definharão  como a relva, e murcharão como a erva verde”. (Salmo 37:1-2).

Só Jesus Cristo tem poder para nos salvar. Não existe mais ninguém que possa salvar qualquer um de nós.

Você já percebeu que em geral o homem gosta de acomodar tudo de acordo com a sua própria consciência? Você indagaria então como assim? Ora, em muitos aspectos e notadamente com relação às coisas espirituais.

A Bíblia Sagrada, livro fundamental do Cristianismo, ensina que “só  Jesus Cristo Salva”. Mas, os homens procuram em vão, ser salvos de muitas     outras maneiras, tentando encontrar caminhos ou meios próprios de salvação. Sempre se justificando ou “acomodados a sua própria consciência”. Várias afirmações no Livro Sagrado diz: “E não há salvação em nenhum outro nome; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. (Atos 4:12). Significa que o homem somente é salvo através do único nome, Jesus Cristo. E prossegue, dizendo: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Cristo Jesus e os  homens, (1Timóteo 2:5). Pense seriamente como meras tradições religiosas, superstições e outras crendices, e até mesmo crendo em Deus, e sabendo que Jesus morreu na Cruz do Calvário, mas não dão o devido valor da gratuidade da salvação por amor proporciona por Jesus.

Talvez você mesmo ainda não tenha experimentado a verdadeira salvação em Cristo Jesus por causa das frequentes indagações da sua mente. Então o que dizer? Lembre-se que você precisa ser salvo, mesmo sendo um bom cidadão, ou mesmo uma pessoa exemplar, reconheça que o único meio de salvação é Jesus Cristo; sem Jesus não há salvação. Agora mesmo pela fé, em um ato de confiança em Deus, convide a Jesus Cristo para entrar no seu coração e fazer nele morada, entregando a Ele sua própria vida e tudo aquilo que lhe tortura a alma, sua vida e todo o seu viver; e saiba que “O sangue de Jesus Cristo o purifica de todo pecado e proclame aos outros também, que “Só Jesus Cristo Salva”. Só em Jesus há salvação.

Em quem devemos ser salvos? Não há outro meio de salvação que se adapte ao grande objetivo a ser alcançado por Jesus para nos salvar e, portanto, ser salvo, deve ser também o nosso plano de vida e deve ser a nossa forma de viver.

Os sistemas humanos não são adequados para esta finalidade porque o mundo jaz no maligno  e, portanto, não pode salvar ninguém. A doutrina de que as pessoas só podem ser salvas por Jesus Cristo é abundantemente ensinada nas Escrituras.

Mostra o fracasso de todos os outros esquemas e sistemas religiosos, este foi o grande desígnio da primeira parte da Epístola aos Romanos. Por um argumento bem elaborado Paulo mostra em Romanos 1 que os gentios falharam em sua tentativa de se justificar; e em Romanos 2–3 que o mesmo acontecia com os judeus.

Se ambos os esquemas falharam, então havia necessidade de algum outro plano, e esse plano foi o de Jesus Cristo. Se for perguntado, então, se esta afirmação de Pedro deve ser entendida como tendo respeito aos bebês e aos pagãos, podemos observar que em nenhum outro nome há salvação, só em Jesus Cristo podemos ser salvos. Esta é uma explicação do que ele disse na parte anterior do versículo. A palavra “nome” aqui é usada para denotar “a própria pessoa” (isto é, não há outro ser ou pessoa). Como diríamos, não há ninguém que pode salvar, exceto Jesus Cristo. A palavra “nome” é frequentemente usada neste sentido. Que não há outro Salvador, ou mediador entre Deus e o homem, é abundantemente ensinado no Novo Testamento; e é, de fato, o principal propósito da revelação provar isso. 1Timóteo 2:​​5-6; Atos 10:43.

abaixo do céu não há outra pessoa digna que possa salvar o pecador. Esta expressão não difere materialmente daquela imediatamente seguinte, “entre os seres humanos”. Eles são designados para expressar com ênfase o sentimento de que a salvação deve ser obtida “somente em Jesus Cristo”, e não em qualquer patriarca, ou profeta, ou mestre, ou rei, ou em qualquer falso Messias que andam por aí se passando por salvadores em nome de Deus.

Nesta palavra está implícito que a “salvação” tem sua origem em Deus; que um Salvador para as pessoas deve ser dado por Ele; e que a salvação não pode ser originada por nenhum poder entre as pessoas.

O Senhor Jesus é assim uniformemente representado como dado ou designado por Deus para este grande propósito: o de salvar, por amor, as vidas que estão aprisionadas em seus delitos e pecados.

Jo.3:16; Jo.17:4; 1Co.3:5; Gl.1:4; Gl.2:20; Ef.1:2,Ef.5:25; 1Tm.2:​​6; Rm.5:15-18, Jesus Cristo é chamado de “dom indescritível” de Deus, 2Coríntios 9:15.

A palavra “salvação” significa propriamente qualquer “preservação”, ou manter qualquer coisa em um estado “seguro”; uma preservação de danos. Significa, também, libertação de qualquer mal do corpo ou da mente; de dor, doença, perigo, etc. (Atos 7:25). Mas é no Novo Testamento aplicada particularmente à obra que o Messias veio fazer, “buscar e salvar o que se havia perdido”, (Lucas 19:10). Esta obra se refere principalmente a uma libertação da alma do pecado, (Mateus 1:21; Atos 5:31; Lucas 4:18; Romanos 8:21; Gálatas 5:1). Em seguida o Apóstolo Paulo  denota, como consequência da libertação do pecado, a libertação de todos os males aos quais o pecado expõe o homem, e a obtenção daquela paz e alegria perfeitas que serão concedidas aos filhos de Deus nos céus.

Em Romanos 8.1-14 o apóstolo Paulo nos mostra claramente o que acontece com aqueles que aceitam a Jesus Cristo como seu Único e suficiente Salvador.

1. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
2. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

3. Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,

4. para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

5. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

6. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

7. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

8. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

9. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

10. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

11. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.

12. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne,

13. porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

14. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

O livro de Atos dos apóstolos 4:12, confirma que em nenhum outro nome há salvação.

“E em nenhum outro há salvação; porque nenhum outro nome há abaixo do céu, dado entre os seres humanos, em quem devemos ser salvos”.

Em nenhum outro há salvação. Salvação só em Jesus Cristo, o Filho de Deus. A palavra “salvação” significa propriamente qualquer “preservação, separação”, ou manter qualquer coisa em um estado “seguro”; uma preservação de danos. Significa, também, libertação de qualquer mal do corpo ou da mente; de dor, doença, perigo, etc. (Atos 7:25). Mas é no Novo Testamento aplicada particularmente à obra que o Messias veio fazer, “buscar e salvar o que se havia perdido”, (Lucas 19:10). Esta obra se refere principalmente a uma libertação da alma do pecado (Mateus 1:21; Atos 5:31; Lucas 4:18; Romanos 8:21; Gálatas 5:1). Em seguida, denota, como consequência da liberdade do pecado, a liberdade de todos os males aos quais o pecado expõe o homem, e a obtenção daquela paz e alegria perfeitas que serão concedidas aos filhos de Deus nos céus.

As razões pelas quais Pedro introduz este assunto aqui parecem ser estas:

(1) Ele estava discursando sobre a libertação do homem que foi curado – sua salvação de uma longa e dolorosa calamidade. Essa libertação foi realizada pelo poder de Jesus. A menção disso sugeria aquela salvação maior e mais importante do pecado e da morte que era o objetivo do Senhor Jesus efetuar. Como foi por seu poder que este homem foi curado, também foi por seu poder apenas que as pessoas poderiam ser salvas da morte e do inferno. A libertação de qualquer calamidade temporal deve conduzir os pensamentos àquela redenção mais elevada que o Senhor Jesus concede com relação à alma.

(2) Por um outro argumento elaborado Paulo ele nos mostra em Romanos 1 que os gentios falharam em sua tentativa de se justificar; e em Romanos 2–3 que o mesmo acontecia com os judeus. Se ambos os esquemas falharam, então havia necessidade de algum outro plano, e esse plano foi o de Jesus Cristo. Se for perguntado, então, se esta afirmação de Pedro deve ser entendida como tendo respeito aos bebês e aos pagãos, podemos observar o seguinte: Que seu desígnio era principalmente dirigir-se aos judeus, “em quem devemos ser salvos”. Mas,

(3) A mesma coisa é, sem dúvida, verdadeira para os outros. Se, como os cristãos geralmente acreditam, os bebês são salvos, não é absurdo supor que seja pelos méritos da expiação. Se não fosse por isso, não haveria promessa de salvação para ninguém da raça humana. Nenhuma oferta foi feita exceto pelo Mediador; e a ele, sem dúvida, deve ser atribuída toda a glória de ressuscitar até mesmo aqueles na infância para a vida eterna. Se algum dos pagãos deve ser salvo, como muitos cristãos supõem, e como parece de acordo com a misericórdia de Deus, não é menos certo que será em consequência da intervenção de Cristo. Aqueles que serão levados ao céu cantarão uma canção (Apocalipse 5:9), e serão preparados para a união eterna no serviço de Deus nos céus. Ainda assim, as Escrituras não declaram que um grande número de pagãos serão salvos sem o evangelho. O contrário está mais do que implícito no Novo Testamento. (Romanos 2:12).  

Em nenhum outro nome há salvação. Pedro, portanto, adverte que a cura do coxo é apenas um sinal do poder da salvação para a alma que estava em Jesus. O povo deveria tirar do efeito produzido por “Levanta-te e anda”, a conclusão de que o mesmo poder poderia certamente dar uma bênção maior, “perdoados estão os teus pecados” (Mateus 9:5).

Nenhum outro nome dado entre os seres humanos é suficientemente capaz de salvar alguém.

Este comunicado foi feito aos homens por Deus para que todos saibam que Jesus é o nosso único e suficiente Salvador de nossas almas.

Em quem devemos ser salvos? Por meio de quem devemos necessariamente buscar nossa salvação? se quisermos ser salvos temos que nos humilhar nos pés de Jesus, porque em nenhum outro nome há salvação.

Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4.11-12).

Jesus veio para dar a Sua vida por nós e, assim, estabelecer o Reino de Deus na terra, mas Ele foi e continua sendo rejeitado pelas pessoas. Muitos ignoram que somente dEle vem a salvação; Ele é a Pedra Angular da esquina que fundamenta e acolhe os que se encontram perdidos em seus pecados.

O resultado da salvação pela graça na vida do cristão.

Quando o homem, morto em seus delitos e pecados, é vivificado, ele passa a ser uma nova criatura. Esse processo é tão profundo e singular, que Jesus o chamou de novo nascimento no evangelho de João, capítulo três ao questionado por Nicodemos. Essa obra é operada pelo Espírito Santo de Deus.

Saibamos o que é nascer de novo para ser salvo.

Nascer de novo é ser regenerado. Ao nascer de novo o homem é capacitado pelo Espírito Santo a viver uma vida que agrada a Deus. Assim, o cristão tem prazer em cumprir a Lei de Deus, e ela lhe serve como orientação. Para o cristão, a Lei não é mais regra de condenação, mas regra de gratidão.

Claro que os aspectos cerimonial e civil da Lei não se aplicam mais a nós. Todos os rituais e símbolos exigidos na Lei apontavam para Cristo, e ele cumpriu todos eles. Hoje o Evangelho é anunciado a todos os povos, e não precisamos mais de sacrifícios, rituais e intermediários. O sacrifício de Cristo é suficiente, e através de sua obra, aplicada pelo Espírito Santo, temos acesso a Deus.

Porém, a Lei moral continua vigente. Deus é imutável, e o padrão de santidade exigido por Ele continua o mesmo. É por isto que aqueles que foram salvos pela graça descobrem que amam a Lei e desejam guardá-la.

O Espírito Santo conduz o redimido a uma obediência tão grande, que ele se deleita na Lei do Senhor. Sua declaração é a mesma do salmista: “Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro”  (Salmos 119:97).

O Apóstolo Paulo escreve que todos aqueles que são salvos pela graça também são educados por ela, (Tito 2:11,12). A graça salvadora nos ensina a renunciar a impiedade, nos ensina a renunciar o mundo e tudo o que ele oferece e viver uma vida que agrade a Deus, com muita intimidade com Deus através do Espírito Santo de Deus.

O mesmo apóstolo também ensina que o propósito da salvação pela graça não está no homem, mas em Deus. O alvo principal de Deus ao salvar seu povo, é sua própria glória por toda a eternidade. (Efésios 2:7).

Porque é preciso nascer de novo?

Isso significa que o novo nascimento é fruto da riquíssima misericórdia de Deus, e de seu incalculável amor, e toda essa obra da salvação é para o louvor da sua glória. (Efésios 1:6,12,14).

Após a Queda do homem através de Adão e Eva e a consequente origem do pecado na humanidade, o homem foi separado de Deus, tornando-se morto espiritualmente. Daí vem a importância fundamental da regeneração, pois no novo nascimento o homem é ressuscitado espiritualmente, torna-se morto para o pecado e passa a viver para Deus.

Jesus é bastante claro ao dizer que se o homem não nascer de novo ele não poderá entrar no reino de Deus, isso porque sem o novo nascimento o homem nem mesmo pode crer no Filho de Deus e ser justificado mediante sua obra redentora.

Algumas linhas teológicas afirmam que a fé precede a regeneração, mas essa afirmação contradiz o ensino bíblico. É verdade que a fé e a regeneração estão intimamente ligadas, de modo que uma não ocorre sem a outra (Efésios 2:8), todavia a fé não é causa da regeneração, mas sim seu fruto, pois a regeneração, como vimos, é uma obra soberana, imediata, exclusiva e sobrenatural do Espírito Santo, ressuscitando o homem de seu estado de morte espiritual para a plena vida em Cristo, mudando assim a disposição de sua alma em fazer o mal e inclinando o seu coração para Deus, o tornado nova criatura.

Numa ordem lógica e não temporal, o homem só poderá crer após ter sido ressuscitado, e é isso o que a Bíblia ensina. O apóstolo João escreve: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus” (João 5:1). Perceba que ele não diz que o individuo se torna filho de Deus porque crê que Jesus é o Cristo, mas diz que porque o individuo é nascido de Deus é que ele crê em seu Filho Unigênito.

Isso também implica na verdade de que qualquer suposta regeneração que não resulta na imediata e inseparável fé em Cristo como seu Salvador, de fato não é um novo nascimento genuíno (João 3:16,36; 5:24).

Efeitos do novo nascimento na vida do novo convertido.

1) Ao nascer de novo, o homem deixa de estar morto espiritualmente, preso em seus delitos e pecados e por natureza filho da ira. Tendo sido vivificado, ele passa a crer que Jesus Cristo é o seu Salvador, se arrepende de seus pecados, é declarado justo por Deus pelos méritos de Cristo e é adotado na família de Deus. Isso significa basicamente que ele sai da sepultura para se assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, (Efésios 2:6).

2) Ao nascer de novo, o homem é capacitado a se submeter à vontade de Deus e viver uma vida que o agrade. Ele passa a aceitar e compreender a mensagem do Evangelho, pois tem agora a mente de Cristo e consegue discernir o que antes era loucura para ele (1 Coríntios 2:14-16). Assim, ele não está mais entre aqueles que amam mais as trevas do que a luz, (João 3:19,20).

3) Ao nascer de novo, o homem fica livre da culpa e do domínio do pecado. Isso significa que ele não é mais escravo do pecado, mas escravo de Deus. O resultado disso, é que ao invés de ele receber o merecido salário do pecado que é a morte, ele recebe o imerecido presente da vida eterna, (Romanos 6:17-23).

4) Ao nascer de novo, o homem desfruta de uma viva esperança, tornando-se herdeiro em Cristo Jesus de uma herança incorruptível guardada nos céus, (1 Pedro 1:3,4). O regenerado possui o Espírito Santo como o selo, o penhor, a garantia da glorificação que ocorrerá no dia vindouro, onde estará por toda a eternidade junto de Deus.

5) Ao nascer de novo, o homem nunca mais será o mesmo. Aquele que foi verdadeiramente regenerado pelo Espírito Santo, feito ovelha do Bom Pastor, repousa no conforto das palavras do Mestre: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”, (João 10:28). Isso não implica jamais em comodismo, ao contrário, reflete a mais elevada devoção através da santificação, um processo que dura toda sua vida.

Dessa forma, ao invés das obras da carne ele demonstra em sua vida as evidências do fruto do Espírito. Ele agora é cidadão do céu, e tem uma vida condizente com a sua nova natureza. Aquele que é regenerado é descritos na Bíblia como sendo misericordioso, manso, pacificador, pobre de espírito, limpo de coração e que têm fome de justiça. Somente com o novo nascimento, somente sendo regenerado, o homem, que por natureza é filho da ira, pode ser transformado em cidadão dos céus, feito filho de Deus por meio de Jesus Cristo.

A declaração do profeta Isaías dizendo “buscai ao Senhor enquanto se pode achar” significa que o tempo da salvação é hoje, é agora. A graça de Deus está disponível e o chamado do Evangelho se estende a todos, mas isso não será sempre assim. Daí vem o convite: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. (Isaías 55:6).

Vem já, venha agora, venha como estás, venha atendendo ao convite do Senhor Jesus.

O convite “buscai ao Senhor enquanto se pode achar” foi feito através do ministério do profeta Isaías que é conhecido como “o profeta messiânico”. Esse convite faz parte de uma seção do livro de Isaías que fala do plano de Deus para restauração e salvação do seu povo. Além disso, é nessa seção que está registrada a referência mais clara do livro ao ministério do Messias. O capítulo 53, por exemplo, traz uma exposição profunda acerca da obra de Cristo como o Servo sofredor.

Por causa da misericórdia e da graça de Deus, através da obra redentora do Messias, todos são convidados a vir buscar a Deus. Esse convite é feito a todos que tem sede e fome das coisas espirituais (cf. Isaías 55:1).

Todas essas pessoas são convidadas a virem às águas e a comprarem alimento sem dinheiro. A frase “vinde e comprai sem dinheiro” é um paradoxo claro, (Isaías 55:1). Isso significa que a possibilidade dessa busca não está na capacidade humana em buscar e encontrar a Deus, mas na graça divina onde Deus se permite ser encontrado por aqueles que o buscam. A salvação é um dom gratuito que não se fundamenta nos méritos humanos, (Mateus 11:28; Romanos 10:13; Tito 3:5). Saiba o que é a salvação pela graça.

Enquanto se pode achar significa que o tempo é agora. Não deixe para depois porque o tempo da graça vai acabar.

O convite “buscai ao Senhor” está aberto, mas definitivamente demorar a buscá-lo não é uma opção prudente. Por isso há o consequente alerta: “enquanto se pode achar”. Isso significa que estamos diante de uma verdade que é ao mesmo tempo reconfortante, “buscai ao Senhor”, e também aterrorizante, “enquanto se pode achar”.

Sim, chegará o momento em que esse convite será retirado; que a porta será fechada; que o Senhor não mais poderá ser encontrado. Durante seu ministério Jesus falou claramente sobre isso. Na Parábola das Dez Virgens a porta foi fechada para as virgens que não estavam prontas para a chegada do noivo, (Mateus 25:1-13).

Na Parábola das Bodas o rei destruiu aqueles que rejeitaram o convite para sua festa, (Mateus 22:1-14).

Realmente não haverá uma segunda chance quando terminar o tempo do convite “buscai ao Senhor enquanto se pode achar”. Daí o conselho do apóstolo Paulo é tão apropriado: “Eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação”, (2 Coríntios 6:2).

O que implica este forte convite “buscai ao Senhor enquanto se pode achar”?

Esse convite certamente envolve a fé e o arrependimento verdadeiro. No processo da salvação, a fé e arrependimento andam juntos. É impossível haver genuína fé sem arrependimento, e esse arrependimento tem que ser sincero e a fé tem que ser verdadeira, (Hebreus 11.1).

Aquele que busca ao Senhor através da fé, necessariamente deverá reconhecer sua pecaminosidade diante do Deus que é santo. Isso porque não há como buscar o santíssimo e justo Deus sem um abandono dos pensamentos maus e dos caminhos pecaminosos.

É por isso que imediatamente após o convite “buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” segue a indispensável exortação: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”. (Isaías 55:7).

Aquele que escuta verdadeiramente o convite “buscai ao Senhor enquanto se pode achar”, ao crer em Deus tão logo ele reconhece suas falhas e iniquidades. Ele entende que é incapaz de agradar ao Senhor por suas próprias forças, e que não pode resolver o problema dos seus próprios pecados. Então, com fé e arrependimento, ele suplica pelo perdão de Deus e repousa na promessa de sua misericórdia que o perdoa abundantemente.

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar. Invoca-O enquanto está perto. Qual tem sido sua postura diante desse convite? Não demore em assimilar como é incalculavelmente preciosa a disponibilidade da graça de Deus oferecida a você no dia de hoje.

Busquemos a salvação enquanto há tempo. Ele está esperando o seu clamor sincero, seu arrependimento, sua conversão para poder te dar a salvação gratuitamente pela sua fidelidade a Deus.

 Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

DE SAULO DE TARSO A PAULO O APÓSTOLO DOS GENTIOS

DE SAULO DE TARSO A PAULO O APÓSTOLO DOS GENTIOS.

 

Mais conhecido em sua época como Saulo de Tarso, o apóstolo Paulo, sem dúvida é um dos personagens bíblicos mais conhecidos por todos os cristãos desde o nascimento da Igreja de Jesus. Ele é considerado como sendo o maior líder do cristianismo depois de Jesus Cristo e é também chamado de apóstolo dos gentios. Neste texto, nós conheceremos mais sobre a história de Paulo, autor de treze epístolas presentes na Bíblia.

Pequena biografia do apóstolo Paulo.

Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega. Tarso era uma cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus. (Romanos 11:1; Filipenses 3:5; Atos 23:6).

A cidade de Tarso onde Saulo nasceu, está localizada na Cilícia na Ásia Menor, banhada pelo rio Cidno e distante cerca de dezesseis quilômetros do Mar Mediterrâneo, em aproximadamente 26 metros acima do nível do mar. Essa região faz parte da atual região sul da Turquia.

Estima-se que nos tempos do Império Romano, Tarso abrigou uma população de pelo menos quinhentas mil pessoas. Ao norte da cidade, existia uma estrada principal que conduzia até os Portões da Cilícia, onde se encontrava a única boa rota de comércio que ligava a Síria e a Ásia Menor. A posição privilegiada de Tarso nessa rota favoreceu o desenvolvimento financeiro da cidade. Cerca de nove quilômetros ao sul de Tarso, foi construído um porto onde muitos navios ancoravam, embora algumas embarcações menores navegavam até a metade de Tarso subindo pelo curso do rio Cidno.

A infância e adolescência do apóstolo Paulo tem sido tema de grande debate entre os estudiosos. Alguns defendem que o apóstolo Paulo passou toda sua infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém. Outros defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno. Nesse caso, ele teria passado sua infância longe de Tarso. Na verdade, desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os relatos do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida do apóstolo Paulo.

Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso, sabe-se com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor da lei, Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a cultura grega. Ele também falava o aramaico, era herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador da Lei e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos. (Gálatas 1:14; Filipenses 3:5,6). Considerando todos estes aspectos, pode-se afirmar que sua família possuía alguns recursos e desfrutava de posição proeminentemente privilegiada no meio daquela sociedade.

O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio afirma ser cidadão romano de nascimento, (Atos 22:28). Provavelmente essa declaração indica que sua cidadania foi herdada de seu pai. Estima-se que naquele tempo pelo menos dois terços da população do Império Romano não possuía cidadania romana. Não se sabe ao certo como o pai do apóstolo conseguiu tal cidadania. Algumas pessoas importantes e abastadas conseguiam comprar a cidadania Romana. (Atos 22:28).

Como vimos acima, o Apóstolo Paulo, apesar de ser judeu, nasceu em Tarso, como relembramos abaixo:

Paulo, natural da cidade de Tarso de pais judeus, da tribo de Benjamim (At 23,6). Ele foi criado dentro das exigências da lei e das tradições paternas, (Gl 1,14). Era judeu praticante, preocupado com a observância da Lei. Desde o nascimento foi cidadão romano, a cidadania Romana era comprada por pessoas bem sucedidas da sociedade e muito abastadas, (At 22,25-29), mas Paulo sempre se orgulhou de ser judeu e fariseu.

A localização privilegiada da cidade de Tarso favorecia seu vertiginoso crescimento.

A cidade de Tarso está localizada hoje na Cilícia na Ásia Menor, banhada pelo rio Cidno e distante cerca de dezesseis quilômetros do Mar Mediterrâneo, em aproximadamente 26 metros acima do nível do mar. Essa região faz parte da atual região sul da Turquia.

Estima-se que nos tempos do Império Romano, Tarso abrigou uma população de pelo menos quinhentas mil pessoas. Ao norte da cidade, existia uma estrada principal que conduzia até os Portões da Cilícia, onde se encontrava a única boa rota de comércio que ligava a Síria e a Ásia Menor. A posição privilegiada de Tarso nessa rota favoreceu o desenvolvimento financeiro da cidade. Cerca de nove quilômetros ao sul de Tarso, foi construído um porto onde muitos navios ancoravam, embora algumas embarcações menores navegavam até a metade de Tarso subindo pelo curso do rio Cidno.

Paulo ao ser espancado e seria condenado à morte no dia seguinte, utilizou-se do seu trunfo ainda desconhecido pelos seus executores, disse que era cidadão Romano, e todos atemorizados lhe dispersaram, temerosos de que eles seriam castigados em lugar de Paulo. Paulo tendo cidadania romana não poderia ser preso e nem espancado e muito menos condenado. Sua primeira aparição na Bíblia foi relatada em Atos dos apóstolos, capítulo 7, durante o apedrejamento de Estêvão, no qual ele se fez presente apoiando tamanha façanha maligna contra um dos Cristãos.

Foi batizado a pedido de sua família como “Saulo”, possivelmente em homenagem ao rei Saul, que era da Tribo de Benjamim como ele.

Paulo e sua família não viviam como os gentios, pelo contrário ele se classificava como “hebreu de hebreus”, criado em Jerusalém e instruído “aos pés de Gamaliel”, o mais ilustre rabino de sua época. Na juventude, mudou-se para Jerusalém, muito provavelmente, com sua irmã.

Parentes próximos do Apóstolo Paulo que estão registrados na Bíblia.  

Dentre outros que Paulo menciona como seus parentes, mencionamos apenas alguns aqui. Paulo escreve exatamente o seguinte sobre eles: “Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo”. (Romanos 16:7).

Um sobrinho de Paulo é um dos sem nome na Bíblia, porém sua coragem salvou a vida do Apóstolo Paulo de uma emboscada.

Atos 23.16.

16. E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.

Ali, ligou-se às tradições judaicas, vendo no cristianismo uma grande ameaça. Por isso, tornou-se um dos maiores perseguidores da Igreja.

Seu processo de conversão começou, quando Cristo, através de uma luz, revelou-se a ele, durante sua viagem rumo a Damasco.

A experiência transformadora de Saulo de Tarso para Paulo de Tarso é relatada no texto bíblico abaixo:

Atos 9.3 a 20: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.

Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! (Obs. Não confundir este Ananias com o Ananias, casado com Safira de Atos capítulo 5. Eles mentiram para os Apóstolos e morreram imediatamente, um após o outro).

Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.

Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome. Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado. E, depois de ter-se alimentado, sentiu-se fortalecido. Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos. E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus”.

Após ser batizado, passou a trabalhar exaustivamente, evangelizando os gentios, fundando e fundamentando igrejas.

Foi o apóstolo que mais formou discípulos e cooperadores do evangelho, tais como: Timóteo, Tito, Onésimo, Lucas, Áquila e Priscila. Escreveu quase metade do Novo Testamento, incluindo 13 cartas.

Ao final de sua terceira viagem, foi preso em Jerusalém e deportado para Roma, onde ficou preso por dois anos.

Tudo indica que Paulo foi solto e empreendeu uma quarta viagem missionária, sendo preso pela segunda vez e levado a Roma para ser martirizado.

Embora os romanos se considerassem os melhores soldados, foi Paulo que, combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé, cumprindo fielmente seu ministério até o fim. 2 Timóteo 4.7,8.

A lição de amor de Paulo para seus companheiros na obra de Deus.

A missão dos apóstolos de Jesus foi a divulgação do evangelho, a boa-nova sobre a vida, morte e ressurreição do Filho de Deus e a graça presa ao mundo. Um dos mais influentes desses embaixadores de Cristo foi Paulo, autor de 13 dos 27 livros do Novo Testamento e apóstolo aos gentios, as nações que não receberam os privilégios especiais dados aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, no Antigo Testamento.

A segunda metade do livro de Atos registra quatro viagens realizadas por Paulo: três comumente conhecidas como suas viagens missionárias, e mais uma viagem, de Jerusalém a Roma via Cesareia, na qual Paulo foi levado como prisioneiro para uma série de julgamentos.

Na história da primeira viagem (Atos 13 e 14), encontramos João Marcos (ou apenas Marcos), um jovem, parente de Barnabé (Colossenses 4:10). Marcos acompanhou Paulo e Barnabé quando partiram de Antioquia da Síria e passaram pela ilha de Chipre, no Mediterrâneo. Ele continua com esses evangelistas experimentando na viagem de Chipre à Ásia Menor. Quando a viagem ficou mais difícil e perigosa, porém, Marcos abandonou os outros dois e voltou para Jerusalém.

Paulo e Barnabé perseveraram, apesar de várias perseguições que levaram ao apedrejamento do apóstolo em Listra. Completaram esta fase do seu trabalho, deixando na região vários novos convertidos organizados em igrejas locais. Voltaram para Antioquia da Síria e, depois, viajaram para Jerusalém para ajudarem a corrigir um mal-entendido doutrinário. (Atos 15).

Quando Paulo e Barnabé se preparavam para uma segunda viagem, Paulo estava levando Marcos. Ele não sentiu confiança no jovem, e escolheu um outro irmão, Silas, como ajudante. (Atos 15:36-41). Naquele momento, Marcos foi inútil para Paulo.

Barnabé deu uma segunda chance para João Marcos, levando-o na sua viagem para Chipre. Ele achou melhor trabalhar mais com esse jovem, esperando que fosse útil para o Senhor. Como o relato de Atos segue a viagem de Paulo, e não a de Barnabé, não temos detalhes do trabalho feito por Barnabé e Marcos. Temos apenas algumas saudades dos resultados da paciência de Barnabé no seu trabalho com esse jovem.

João Marcos escreveu um dos relatos da vida de Jesus, o evangelho segundo Marcos, aceito pela igreja primitiva como uma versão divinamente inspirada dessa mensagem fundamental das Escrituras.

Anos mais tarde, o próprio apóstolo Paulo escreveu: “Toma contigo (João) Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério”, (2 Timóteo 4:11). O mesmo apóstolo que não confiava no jovem (João) Marcos depois do problema do seu procedimento na primeira viagem chegou a pedir a sua ajuda no final da sua vida.

João Marcos amadureceu e cresceu espiritualmente. Aprendeu a ser responsável e ganhou a confiança do mesmo  que mostrou sua decepção em outra época.

Todos nós precisamos de exemplos como o de João Marcos. Falhamos, sim, mas devemos corrigir nossos próprios erros. 

Decepcionamos os outros? Sim. Nem sempre agimos como devemos e nem como as pessoas mais fortes espiritualmente esperam de nós. Mas João Marcos serve para nos lembrar da segunda chance que ele teve. Ele vislumbrou a possibilidade de superar as suas falhas e assim o fez. O servo inútil se tornou útil.

Prisões e morte do apóstolo Paulo.

Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o apóstolo Paulo sofreu. Essa discussão se dá, principalmente pelo fato de o livro de Atos que foi escrito por Lucas, não descrever toda a história do apóstolo Paulo. Além disso, provavelmente o apóstolo Paulo foi preso algumas vezes por um período muito curto de tempo, como por exemplo, em Filipos. (Atos 16:23).

Ao falar sobre suas próprias prisões, o apóstolo Paulo escreve o seguinte:

São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. (2 Coríntios 11:23).

Considerando apenas as principais prisões do apóstolo Paulo, sabe-se que ele foi preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele foi transferido para Cesaréia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o apóstolo Paulo na prisão por dois anos. (Atos 23-26). Festo, sucessor de Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos Judeus, para que por eles ele fosse julgado.

Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria totalmente desfavorável a sua pessoa, então na qualidade de cidadão romano, ele apelou para César em Roma. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o apóstolo Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade, o navio que ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno na ilha de Malta. Deus usou poderosamente o Apóstolo Paulo em Malta. O chefe maior da ilha estava muito enfermo e à beira da morte. Paulo ao chegar aquela ilha foi se aquecer perto de uma fogueira onde ribeirinhos do mar, pescadores, estavam se aquecendo porque o tempo estava muito frio, porém Paulo ao colocar suas para aquecer veio uma terrível cobra e picou sua mão, todos diziam que ele era amaldiçoado porque ao escapar do afogamento no mar quando o navio que ele viajava naufragou; esperavam que ele cairia morto, porém Deus o livrou da morte. Daí os bravos as ilha o consideravam como um Deus. Logo contaram para Paulo sobre a doença mortal que acontecia com o principal da ilha. Levaram o Apóstolo Paulo até aquele homem e Paulo orou e Jesus curou aquele homem e todos ficaram maravilhados.

Após passar um bom tempo ali na ilha de Malta, chegou um outro navio que os levaria para Roma.

Finalmente o apóstolo Paulo chegou a Roma na primavera. Na capital do Império ele passou dois anos em prisão domiciliar. Apesar disso ele tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho. (Atos 28:31). É exatamente nesse ponto que termina a história descrita no livro de Atos dos Apóstolos.

O restante da vida de Paulo precisa ser contado utilizando-se os registros de outras fontes.

Por isso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo Testamento sobre a biografia do apóstolo Paulo, parte das Epístolas Pastorais. Essas epístolas parecem sugerir que o apóstolo Paulo foi solto depois dessa primeira prisão em Roma relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2 Timóteo 4:16,17). Após ser solto, ele teria visitado a área do Mar Egeu e viajado até a Espanha.

O martírio de Paulo em Roma.

Depois, novamente Paulo foi aprisionado em Roma. Dessa última vez ele acabou sendo executado pelas mãos de Nero por volta de 67 e 68 d.C. (2 Timóteo 4:6-18). Tudo isso indica que as Epístolas Pastorais documentam situações não historiadas em Atos. A historicidade extra bíblica indicam situações vividas pelo Apóstolo Paulo, como a Epístola de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) que testificam sobre uma viagem do apóstolo Paulo a Espanha.

A tradição cristã conta que a morte do apóstolo Paulo ocorreu junto da estrada de Óstia, fora da cidade de Roma. Ele teria sido decapitado. Talvez o texto que mais defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente este: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” foram as palavras do apóstolo Paulo a Timóteo enquanto estava preso em Roma próximo ao seu martírio iminente. Este versículo está registrado em 2 Timóteo 4:7, e certamente transmite um ensino valiosíssimo para todo cristão verdadeiro. Ele insiste que os Apóstolos guardassem e vivessem os seus ensinamentos doutrinários em 2 Timóteo 4.16 dizendo “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, porque fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”.

O apóstolo Paulo escreveu as seguintes epístolas pastorais: Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filemom.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

 

E ela disse ao seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus”. (2 Rs 4.9).

 

Texto Bíblico de 2 Reis 4.8-37, nos traz um relato completo da história da mulher Sunamita.

8. Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão. 9. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.

10. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.

11. E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.

12. Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta Sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.

13. Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo.

14. Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.

15. Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.

16. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.

17. E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.

18. E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.

19. E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.

20. E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.

21. E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.

22. E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.

23. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.

24. Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.

25. Partiu ela, pois, e veio ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a Sunamita.

26. Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.

27. Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu e não mo manifestou.

28. E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?

29. E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.

30. Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então, ele se levantou e a seguiu.

31. E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.

32. E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.

33. Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.

34. E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.

35. Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.

36. Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa Sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.

37. E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.

Suném era uma cidade que ficava entre Samaria e Monte Carmelo, onde morava o profeta Eliseu. Ali vivia a personagem desta história, uma mulher sábia, generosa, inteligente, que amava a Deus e ao próximo, e que no decorrer dos séculos se transformou numa referência para milhares de mulheres no mundo inteiro: a Sunamita.

Quem era a mulher Sunamita.

A Bíblia não diz o seu nome. Fala simplesmente que era uma dona rica da cidade de Suném, isto é, uma Sunamita, como era também aquela jovem que tomou conta do rei Davi. (1Reis 1.3).

A Sunamita foi protagonista de uma série de milagres do profeta Eliseu, como contado em 2Reis 4.8: primeiro fez com que tivesse um filho, mesmo sendo, aparentemente, de idade avançada, e depois, o “homem de Deus” fez voltar à vida o filho que nascera milagrosamente.

O epílogo da história da Sunamita aparece em 2Reis 8,1-6, quando a ela é restituída a propriedade que perdera, tendo ido morar em território filisteu por 7 anos, conforme lhe pedira Eliseu, para evitar a carestia.

O exemplo da Sunamita está na confiança em Eliseu, o “homem de Deus”. Sabe que, através do profeta, pode pedir tudo, pois Deus é infinitamente bom.

A história da mulher Sunamita e o profeta Elizeu é relatada em 2Reis 4.8-37.

"Uma mulher que em meio a mais terrível dor (morte do filho) demonstra tranquilidade e fé". A Bíblia sequer menciona o seu nome, apenas chama-a de "Sunamita", uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: "lugar de repouso". Localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel é herança da tribo de Isaacar.
O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá quando foi notado pela Sunamita: "Eis que este é um santo homem de Deus". Uma mulher, de discernimento. Eliseu torna-se hóspede dela. Como forma de retribuição, o profeta quis falar com o rei, a fim de lhe conceder favores. A Sunamita, repondeu: "Eu habito no meio de meu povo", (2Reis 4:13), ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Deus, em resposta a oração de Eliseu, realiza o desejo do coração da bondosa mulher. Seu filho já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que foi acometido de insolação já que passara muito tempo no campo, segando com o seu pai. (2Rs 4: 18-20).

O que fez a mulher Sunamita?

Chorou desesperadamente?, lamentou?, se revoltou contra Deus?. Não. Ela deitou o menino no quarto do profeta Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou onde chegaria a fé da Sunamita.

Sua resposta beira os limites do incompreensível: "Tudo vai bem" Como? com o filho morto? "Tudo vai bem" Suas atitudes demonstram auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada.

Tribulações em Suném: Você, já passou por algo parecido? Recebeu uma promessa de Deus, e viu essa promessa morrer? A Sunamita, nos aponta um caminho: "Tudo vai bem", quando cremos em um Deus, que do pó, cria e recria a vida. Por mais difícil que pareça, é preciso repousarmos em "Suném".

Acreditarmos que Deus quer o melhor para aqueles que O obedecem e acreditam nEle. Nos momentos mais tenebrosos, de escuridão, que não conseguimos enxergar o futuro, Deus se faz presente para nos ajudar. Como se diante de nós houvesse um grande abismo sem ligação com a esperança e com a felicidade, daí é preciso repousar nos braços do Senhor com confiança sabendo que Deus agirá para nos atender e nos abençoar. Quando agimos com fé e de forma surpreendente sempre em obediência ao Senhor, então Deus entra com providências para não sermos derrotados. Mas não com a nossa frágil e pequena força e sim com a força vinda do alto, disponível, acessível somente para os que buscam a vitória no Senhor com todo o coração.

"Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, e firme-se sobre O seu Deus". Is.50:10.
"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais, então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração". Jr. 29:11-14.
Encontrar o Senhor é a maior dádiva de Deus para nós. Ouvir do céu uma resposta que nem sempre recebemos o que pedimos, porém, Deus é sábio, para nos conduzir ao melhor lugar e nos dar a vitória e a resposta das nossas orações no tempo certo. Aos que conhecem a Deus sabe que temos o conforto de saber que Ele sempre, sempre quer o melhor para seus filhos. O justo Jó, sofreu os mais terríveis males. Perdeu todos os filhos. No final, a restituição. Deus, zela, ama, e restitui. O diabo, rouba, mina e destrói. Deus vem e vivifica, faz transbordar, esta é a esperança e a herança preparada para os filhos do Reino. O diabo veio para roubar, matar e destruir.

Que possamos nos espelhar neste grande exemplo de fé da Sunamita. Deus nos abençoe em todos os momentos de nossas vidas e que todas as nossas decisões sejam do agrado de Deus.

A Sunamita era uma mulher de fé e mesmo vendo o seu filho morto, ela confiou em Deus e foi atrás do homem de Deus em busca da vitória. (2Reis 4:8-37).

Nesta história temos lições que podem sair dela e renderia vários estudos, porém me detenho ao fator fé da Sunamita. A fé da Sunamita era muitíssimo grande, quem sabe era do tamanho de um grão de mostarda como disse Jesus.

O que significa ter fé do tamanho de um grão de mostarda?

Ter fé do tamanho de um grão de mostarda significa confiar permanentemente no Senhor, estando em constante crescimento, independentemente das circunstâncias. Jesus afirmou que para aquele que tiver fé como um grão de mostarda, nada lhe será impossível; podendo fazer com que montanhas e árvores se transportem de lugar.

Quando Jesus falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda?

Em duas ocasiões de seu ministério Jesus Cristo falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda. Ao advertir seus discípulos sobre o perigo do escândalo e a necessidade em perdoar aquele que lhe ofende, os apóstolos disseram a Jesus: “Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17:5).

Diante deste pedido, o Senhor lhes deu a seguinte resposta: “Se tiverem fé como o tamanho de um grão de mostarda, dirão a esta amoreira: Seja arrancada daqui, e planta-te no mar; e ela lhes obedeceria”. (Lucas 17:6).

Qual era o nome da Sunamita que era uma mulher cheia de fé e confiança em Deus?

A Bíblia nem mesmo menciona o seu nome, apenas chama-a de Sunamita, uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: Lugar de repouso, é localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel, é herança da tribo de Isaacar.

O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá, quando foi notado pela Sunamita e disse: "Eis que este é um santo homem de Deus", seu relacionamento com Deus dera-lhe discernimento de quem era o profeta Elizeu. A partir dai, Eliseu tornara-se amigo daquela família e hóspede dela, nada lhe faltava.

Como forma de retribuição Eliseu pensou em falar com o rei para, quem sabe, lhe retribuir os favores, sua resposta foi: "Eu habito no meio de meu povo", ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Aquela mãe da cidade de Suném era um exemplo para todas as mulheres.

Disse um certo pregador que por todos os anos a nomearia a mulher do ano. Nunca, em nenhum outro lugar do mundo, se ouviu falar em um exemplo igual ou pelo menos parecido com esse.

Seu filho que nasceu por um milagre da oração de Elizeu e já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que ele foi acometido de uma insolação já que passara muito tempo no campo segando, colhendo a plantação com o seu pai.

O que fez a Sunamita? É costume universal chorar e enterrar o filho porém ela deitou o menino no quarto de Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou até onde chegara a fé da Sunamita. Sua resposta beira os limites do incompreensível: ela disse “tudo vai bem”, mas como poderia estar tudo bem numa situação daquelas. Ela estava com seu filho morto e ao ser perguntada responde que tudo vai bem.

Suas atitudes demonstraram um auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada. Ficou abalada, porém não ficou desesperada.

Ela foi em busca do homem de Deus e Eliseu orou a Deus; o resultado da oração foi a ressurreição do filho dessa grande mulher que creu no que parecia impossível. Nada é impossível para Deus e tudo é possível ao que crê que Deus realiza milagres.

Qualidades especiais da mulher Sunamita.

1Rs 4.8, a mulher Sunamita era uma mulher bondosa.

1Rs 4.10, a mulher Sunamita era uma mulher hospitaleira

1Rs 4.13, a mulher Sunamita era uma mulher grata a Deus pelo que possuía.  

1Rs 4.21, a mulher Sunamita era uma mulher de atitude nas horas difíceis. 

1Rs 4.26, a mulher Sunamita era uma mulher de fé.

1Rs 4.36,37, a mulher Sunamita foi recompensada por sua fé.  

A mulher Sunamita nos mostra que a bondade e a generosidade são importantes aos olhos de Deus, e que tais atos têm sua recompensa. 

Por isso devemos procurar conhecer a respeito da mulher que vivia em Suném; 

Devemos mostrar  os milagres e as adversidades enfrentados pela mulher Sunamita; 

Devemos refletir  a respeito da ação de Deus na vida da mulher Sunamita. 

As principais chaves da vitória na vida da mulher Sunamita são:

1 – Deus abençoou essa mulher fiel dando-lhe um filho  (2Rs 4.8-17). 

2 – Deus a submeteu a uma prova severa quando viu que esse filho lhe fora tirado. (2Rs 4.18-21. 

3 – Deus restaurou a vida do filho da mulher Sunamita quando ela se manteve firme na promessa que lhe fizera.  (2Rs 4.22-37)

A mulher Sunamita nos mostra que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Nos fala também que há momentos em que Deus nos permite passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução, e por fim, mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, de forma sincera, são aprovadas por Deus, e que Ele nos retribui no devido tempo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr  Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.