segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PORQUE O MEU POVO NÃO FOI CURADO

PORQUE O MEU POVO NÃO FOI CURADO

Sempre houve e sempre haverá pessoas doentes na face da terra.

Sempre houve e sempre haverá pessoas perguntando: porque eu não fui curado? Porque os outros são curados e eu não? Porque Deus ainda não respondeu minha oração?

A pergunta que não quer calar foi feita pelo próprio Senhor Deus:

“Por que o meu povo não foi curado? 

Será que não há mais remédio em Gileade?”
(Jeremias 8.22).
       
Quando o povo desespera e desce às ruas clamando por socorro, alguma coisa está errada. 

Revoltas genuínas nascidas no coração das multidões, levantam grandes perguntas que ultrapassam as barreiras da sensatez, desafiando até a repressão violenta.

O clamor de um povo e a humildade dos que buscam socorro afetam o coração de Deus e a sensibilidade de seus profetas. Assim já dizia o profeta Jeremias: 

Estou ouvindo o meu povo gritar no país inteiro: Minha tristeza já não pode ser curada. Meu coração está doente. Minha dor é tão grande! (Jeremias 8.18).

Será que o Deus Eterno não esta mais em Sião? O Rei de Sião não está mais lá? Jeremias 8.19ª.

Parece que o Deus Eterno está escondido no fundo dos grandes templos ou encaixotado em qualquer baú empoeirado nos  pequenos “salões de pontas-de-rua”. Ou, quem sabe, bloqueado em algum aplicativo inacessível da Internet ou no trânsito caótico das grandes cidades?

A palavra de Deus para estas e outras situações sempre foi a mesma: 

Chora, Israel, Babilônia não é teu lugar!

Deus nos alerta que muita coisa tem que mudar em nossas vidas. O choro é característica de duas situações: ou de tristeza e ou de alegria. 

O Salmista nos ensina no Salmo 30.5 que:

“5 Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.

Babilônia, dentre outras coisas, representa o lugar da escravidão, da servidão, da lamentação,  da frustração, da prisão, da solidão, da enfermidade e da perdição. 

Quando Deus enviou Jonas a Nínive Ele o fez com propósito e mensagem definidos. Vai à grande cidade de Nínive e prega contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. (Jonas 1.2). 

Mas ele achou um navio para Társis, pagou a sua passagem e desceu para dentro dele, saindo totalmente do propósito de Deus.  

Aliou-se aos infelizes tripulantes ninivitas, tão necessitados das compaixões de Deus!

Na verdade, Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor (1.3)  e maculou sua missão. Muitos lideres evangélicos maculam suas vidas e lideranças aliando-se a pessoas corruptas, recebendo propinas tendo um enriquecimento ilícito e caindo da graça por causa da ganância; vão descendo até o fundo do poço ou porão do navio como o profeta Jonas. Ele só foi descendo para o poço do abismo e da escuridão das incertezas. No fundo do oceano e no ventre de um grande peixe Jonas viu o seu erro; percebeu que não poderia fugir da missão que Deus lhe deu e humilhou-se pedindo perdão. 

Deus providenciou um plano para que Jonas fosse até à cidade de Nínive cumprir sua missão. Através de um grande peixe Deus salvou a vida do profeta, colocando ele no caminho mais próximo até à cidade de Nínive. 

O rei ao ouvir a mensagem de Deus através de Jonas se arrependeu,  o povo também deu ouvidos à voz de Deus pelo profeta e houve grande salvação naquela cidade. Sobre o mal que foi proferido pelo profeta, Deus retardou aquelas maldições que viriam sobre Nínive. 

O mar encapelou-se, enfureceu-se de repente. As ondas e os ventos subiram  sem mandar aviso. 

Os “sofisticados sistemas” de informação daquela época bisbilhotando toda a terra não detectaram nada sobre o fato de estar ocorrendo algo estranho no mar e no tempo; a intimidade dos seus pobres habitantes com seus deuses falharam. Nada se detectou. Tudo estava, como na realidade sempre está no controle total de Deus. 

Um Tsunami se abateu sobre o “navio” que transportava um profeta que fugia da presença de Deus. Toda a carga do navio foi lançada ao mar, inclusive os alimentos. 

Homens, coisas, estruturas, instituições, ensinos e práticas pós-modernas demonstram não satisfazer o que o povo precisa ouvir dos profetas de nossos dias. 

A frustração continua. Muitos profetas teem se acovardo. Estão fugindo dos propósitos de Deus para realizar os seus projetos materiais e pessoais. Só cantam e só pregam a palavra de Deus por um bom cachê. Só cantam e só pregam em lugares escolhidos a dedo. Deixam de fazer campanhas evangelísticas, de salvação, de curas divinas, de derramamento dos dons espirituais, de batismo com o Espírito Santo, de vigílias de libertação, para só, e somente só fazer campanhas de prosperidade, de aumento de patrimônio, de bons negócios financeiros, de muito dinheiro no bolso,  e etc. Não se deve fazer campanhas somente nesses sentidos e omitir o melhor da vida Cristã que a palavra de Deus nos oferece. 

Os jovens deixaram ou deixam por algum tempo ou por muito tempo ou o tempo todo o vazio irreal do mundo virtual dominar suas vidas. Não teem mais diálogos com seus pais e amigos, só lhes interessa o que vem das redes sociais e não das redes presenciais  

Descobriram (?) que eles  só servem mesmo como instrumentos de manipulação e sem valor nenhum na sociedade moderna, e jamais como preenchedor de anseios existenciais e espirituais profundos que Deus os quer transformar.   

Jonas foi salvo pela força da mensagem que se recusava a pregar.

Assim nos adverte o profeta Zacarias:

Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; Também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro. (Zacarias 9.12).

Também o profeta Jeremias lamenta:

As ruas continuam agitadas, e a “Filha” do meu povo ainda chora...

Haverá ainda bálsamo em Gileade?  Ou não há lá médico?  
                                    
Por que não teve lugar a cura da filha do meu povo? (Jeremias 8.22).

Porque não havia cura para o povo de Deus?

Quando o jovem Salomão foi coroado Rei de Israel, uma oração Ele fez  suplicando sabedoria e temor a Deus. E o Senhor lhe fez a maior de todas as promessas, que é o remédio para os nossos dias também:

E se o meu povo, que se chama pelo meu Nome, se humilhar e orar e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Crônicas 7.14).

Há bálsamo em Gileade sim, há remédio disponível e transbordante em Gileade sim. E o Médico Bendito, Jesus Cristo aqui está para curar e sarar as feridas do corpo e da alma. 

Somos nós, Igreja do Senhor Jesus os responsáveis pela proclamação da salvação, da consolação, da esperança e da paz para todos os que estão caídos pelos caminhos, esquecidos nas sarjetas da vida e quase despencando nos desfiladeiros malignos que os levam à perdição eterna. O mundo que nos cerca está faminto e sedento da palavra de Deus. Não podemos ser omissos e fugir para outros lugares e outras missões que Deus não nos abençoou e nem mandou ir ou fazer. 

Nossa missão principal é pregar o que o Senhor Jesus mandou pregar e não fugir num navio para Társis, ou seja não adianta fugir da presença de Deus. Não adianta fugir da responsabilidade que Deus nos deu.

 Profetize: Senhor Jesus sara esta nação.

Deus abençoe você. Deus abençoe sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



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