segunda-feira, 2 de março de 2020

A INTERVENÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DE DEBORA E A MALDIÇÃO DE MEROZ

A INTERVENÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DE DEBORA E A MALDIÇÃO DE MEROZ

Significado do nome Meroz: 

Nome derivado do Hebraico e significa cidade de refúgio.

Muito embora esse nome signifique cidade de refúgio, lá não era uma cidade considera de refúgio assim como a cidade de Jericó, por ser uma cidade fortificada como era o costume das cidades de refúgio, também não era uma cidade de refúgio. Vou fazer outra postagem sobre quais eram as cidades de refúgio desde os tempos de Moisés e Josué e o porque essas cidades eram tão importantes e tão bem protegidas.

Localização de Meroz: 

Desconhece-se a localização exata de Meroz, embora alguns provisoriamente a situem em Khirbet Marus, a uns 8 km ao Sul de Quedes, em Naftali.

Comecemos a entender a história de o “porquê” da maldição de Meroz. De Juízes 4 em diante vemos o empenho de Débora a Profetisa de Israel para ajudar o povo de Deus que sofria naquele momento uma perseguição e muita aflição. 

Em Juízes 4 vemos que os israelitas estavam sob a opressão dos canaanitas, e na sua aflição os filhos de Israel clamaram ao Senhor. É triste ver nos israelitas um relacionamento baseado no sofrimento.

Pessoas que são incapazes de buscar a Deus apenas quando as coisas estão dando errado, mas que são endurecidas e más quando vai tudo bem.
Os israelitas revelam um personalidade egoísta e má, para com o Senhor, que desde os tempos antigos tem sido bondoso com Seu povo.
Aqui ele levanta Débora, uma mulher de Deus que era profetiza e juíza de Israel nestes dias. Através dela, Baraque e Jael o Senhor derrotou Sísera e Jabim, rei de Canaã.
Fica evidente que há livramento em Deus para aqueles que clamam a Ele, mesmo quando os motivos não são sinceros e a situação foi criada por seus próprios erros.
O que mais se destaca aqui, na minha opinião, é sobretudo o amor de Deus que é grande, por todos nós.

Esboço de Juízes 4:
4.1 – 3: Israel se afasta de Deus
4.4 – 9: Débora a Profetisa
4.10 – 16: A vitória de Baraque
4.17 – 24: A morte de Sísera

Juízes 4.1 – 3: Israel se afasta de Deus.

1 Depois da morte de Eúde, (O segundo Juiz de Israel,vindo depois de Otniel, o primeiro Juiz, que era casado com a filha de Calebe) mais uma vez os israelitas fizeram o que o Senhor reprova.
2 Assim o Senhor os entregou nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. O comandante do seu exército era Sísera, que habitava em Harosete-Hagoim.
3 Os israelitas clamaram ao Senhor, porque Jabim, que tinha novecentos carros de ferro, os havia oprimido cruelmente durante vinte anos.

Juízes 4.4–9: Débora a Profetisa

Quem era Débora?

“Débora, profetisa..., julgava a Israel debaixo da palmeira de Débora...”. Jz 4: 4,5.

Débora foi a quinta juíza de Israel, e a única mulher a alcançar esse elevado cargo político por seu próprio povo. Era uma mulher sensível aos problemas da sociedade. Por isso ela foi descrita como a “mãe de Israel” uma mulher atenta às necessidades e clamores do povo sob sua responsabilidade.

A vida de Débora é um exemplo de coragem. Quando nos dedicamos ao Senhor podemos ousar diante dos desafios, pois é Deus quem nos prepara para cumprir sua vontade em nossas vidas. Débora foi, um exemplo de mulher disposta a ser usada por Deus mesmo diante de grandes desafios e obstáculos. 


A fé de Débora no Senhor é um exemplo de vida piedosa que deve ser seguido por todos os cristãos.


4 Débora, uma profetisa, mulher de Lapidote, liderava Israel naquela época.
5 Ela se sentava debaixo da tamareira de Débora, entre Ramá e Betel, nos montes de Efraim, e os israelitas a procuravam, para que ela decidisse as suas questões.
6 Débora mandou chamar Baraque, filho de Abinoão, de Quedes, em Naftali, e lhe disse: O Senhor, o Deus de Israel, lhe ordena que reúna dez mil homens de Naftali e Zebulom e vá ao monte Tabor.
7 Ele fará que Sísera, o comandante do exército de Jabim, vá atacá-lo, com seus carros de guerra e tropas, junto ao rio Quisom, e os entregará em suas mãos.
8 Baraque disse a ela: “Se você for comigo, irei; mas, se não for, não irei”.
9 Respondeu Débora: “Está bem, irei com você. Mas saiba que, por causa do seu modo de agir, a honra não será sua; porque o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mu-lher”. Então Débora foi a Quedes com Baraque,

Juízes 4.10 – 16: A vitória de Baraque.

10 onde ele convocou Zebulom e Naftali. Dez mil homens o seguiram, e Débora também foi com ele.
11 Ora, o queneu Héber se havia separado dos outros queneus, descendentes de Hobabe, sogro de Moisés, e tinha armado sua tenda junto ao carvalho de Zaanim, perto de Quedes.
12 Quando disseram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido o monte Tabor,
13 Sísera reuniu seus novecentos carros de ferro e todos os seus soldados, de Harosete-Hagoim ao rio Quisom.
14 E Débora disse também a Baraque: “Vá! Este é o dia em que o Senhor entregou Sísera em suas mãos. O Senhor está indo à sua frente!” Então Baraque desceu o monte Tabor, seguido por dez mil homens.
15 Diante do avanço de Baraque, o Senhor derrotou Sísera e todos os seus carros de guerra e o seu exército ao fio da espada, e Sísera desceu do seu carro e fugiu a pé.
16 Baraque perseguiu os carros de guerra e o exército até Harosete-Hagoim. Todo o exército de Sísera caiu ao fio da espada; não sobrou um só homem.

Juízes 4.17 – 24: A morte de Sísera.

17 Sísera, porém, fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher do queneu Héber, pois havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e o clã do queneu Héber.
18 Jael saiu ao encontro de Sísera e o convidou: “Venha, entre na minha tenda, meu senhor. Não tenha medo!” Ele entrou, e ela o cobriu com um pano.
19 “Estou com sede”, disse ele. “Por favor, dê-me um pouco de água.” Ela abriu uma vasilha de leite feita de couro, deu-lhe de beber, e tornou a cobri-lo.
20 E Sísera disse à mulher: “Fique à entrada da tenda. Se alguém passar e perguntar se há alguém aqui, responda que não”.
21 Entretanto, Jael, mulher de Héber, apanhou uma estaca da tenda e um martelo e aproximou-se silenciosamente enquanto ele, exausto, dormia um sono profundo. E cravou-lhe a estaca na têmpora até penetrar o chão, e ele morreu.
22 Baraque passou à procura de Sísera, e Jael saiu ao seu encontro. “Venha”, disse ela, “eu lhe mostrarei o homem que você está procurando.” E entrando ele na tenda, viu ali caído Sísera, morto, com a estaca atravessada nas têmporas.
23 Naquele dia Deus subjugou Jabim, o rei cananeu, perante os israelitas.
24 E os israelitas atacaram cada vez mais a Jabim, o rei cananeu, até que eles o destruíram.

Logo a seguir da história do capítulo 4 de Juízes temos a história da maldição de Meroz e os motivos pelos quais Meroz foi amaldiçoado. Para entendermos sobre este assunto foi que coloquei aqui a análise dos dois capítulos do livro dos Juízes, os capítulos 4 e 5.

Meroz foi um lugar amaldiçoado por um anjo por não ter vindo “em auxílio de Jeová”. (Jz 5:23) Talvez os habitantes de Meroz não tivessem ajudado Baraque, o comandante designado por Jeová, na própria luta contra os cananeus sob Sísera. (Jz 5:5-16) Ou, se Meroz estava na rota de fuga do derrotado Sísera, talvez seus habitantes tivessem deixado de detê-lo. (Jz 4:17) Relatar a Bíblia a seguir o ato corajoso de Jael em matar Sísera dá algum apoio a este último conceito. (Jz 5:24-27) O anjo que proferiu a maldição foi possivelmente aquele que lutou por Israel.
Desconhece-se a localização exata de Meroz, embora alguns provisoriamente a situem em Khirbet Marus, a uns 8 km ao Sul de Quedes, em Naftali.

Juízes 5 

5:1. Cantaram Débora, e Baraque. A narrativa da derrota de Sísera foi apresentada em duas revisões, uma em prosa (Jz. 4) e outra em versos (Jz. 5). A maior parte das autoridades em critica atribuem grande antiguidade ao Cântico de Débora, datando-o perto dos acontecimentos que descreve.
2. Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, o povo se ofereceu voluntariamente dizendo: bendizei ao Senhor. A exortação começa com uma grande necessidade do povo começar novamente  a louvar ao Senhor. As outras palavras têm sido interpretadas de diversas maneiras. Uma das traduções preserva o paralelismo do original: Pela orientação dos líderes de Israel, pela voluntariedade do povo. Completamente diferente é esta outra: Porque eles deixaram os longos cabelos soltos em Israel. Esta última dá a ideia de que Israel se tornou praticamente uma nação de nazireus, ou que eles desfrutaram da liberdade e poder com o qual o longo cabelo dos nazireus estava associado.
3. Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes. Os governantes das nações são convidados insistentemente a que considerem os grandiosos atos do Deus de Israel.
4. Saindo tu, ó Senhor, de Seir, marchando desde o campo de Edom. Contrastando com os deuses da fertilidade de Canaã, o Deus de Israel estava associado com as regiões áridas do sul, particularmente Sinai e Horebe. Tal como entrara em aliança com o Seu povo no Sinai, e tal como cuidara dele na peregrinação pelo deserto, agora Ele está sendo descrito saindo de Seir e Edom para libertar o Seu povo dos seus opressores.
5. Os montes vacilaram diante do Senhor. Uma possível tradução é a seguinte: As montanhas tremeram diante do Senhor. Moore prefere As montanhas desmancharam-se, que se compara à uma outra tradução. O quadro é de Deus partindo de Sua habitação para ajudar o Seu povo no conflito com Sísera. Toda a natureza se convulsionou quando Deus agiu no Seu poder. A imagem é poética e tem a intenção de fixar na mente do leitor a impressionabilidade da atividade divina. Lá no Sinai. Sem dúvida os israelitas associavam o Sinai com a teofania que apareceu a Moisés e a doação da Lei. Ali Israel entrou em aliança com Deus. Aqui Deus é descrito vindo do sul, lá do Sinai, pala libertar o Seu povo.
6. Os viajantes tomavam desvios tortuosos. Os cananeus obtiveram o controle das estradas principais de toda a terra, de modo que os israelitas que tinham de viajar usavam os desvios tortuosos, os desvios indiretos não frequentados pelo inimigo.
7. Ficaram desertas as aldeias. Os camponeses abandonaram as aldeias buscando a proteção das cidades muradas. Outros (Jew. Pub. Soc. versão, por exemplo) sugerem esta tradução: Os líderes de Israel desapareceram. Até que eu, Débora, me levantei. O verbo no feminino com uma terminação arcaica, tanto pode se referir à primeira como à segunda pessoa. Traduções mais recentes são: Até que tu te levantaste, Débora (JPS; igualmente a RSV). Por mãe em Israel. A frase ocorre em II Sm. 20:19 onde indica uma cidade.
8. Escolheram-se deuses novos. Estas palavras têm deixado perplexos os estudantes da Bíblia. Seu significado mais óbvio é que Israel, destituído da ajuda de Deus, voltou-se para a idolatria. Alguns comentadores fazem de Deus o sujeito, traduzindo Deus (Elohim) escolheu algo novo (a Pechita e a Vulgata). Outros traduzem Elohim para juízes, embora tal uso seja estranho ao Livro de Juízes. Parece mentor traduzir as palavras segundo a E.R.A., vendo nelas uma descrição da apostasia do povo de Israel na sua desesperada tentativa de obter ajuda dos ídolos. Então a guerra estava às portas. Incursões do inimigo alcançaram até as portas das cidades dos israelitas. Não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel. Ou os israelitas não possuíam armas, ou eles temiam mostrar suas armas ao inimigo.
9. Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que voluntariamente se ofereceram entre o povo. O poeta expressa gratidão pelos líderes de Israel que se comprovaram fiéis no momento da crise.
10. Vós os que cavalgou jumentas brancas. Todas as classes sociais tiveram motivos para agradecer. Os ricos mercadores e os nobres cavalgavam em jumentas brancas. E que andais pelo caminho. As classes mais pobres que andavam a pé quando tratavam dos seus negócios.
11. Falai dos atos de justiça do Senhor. Algumas expressões deste versículo são obscuras para o leitor moderno. Albright sugere que ao sinal de címbalos entre o bater dos tambores, o povo devia repetir as palavras de louvor. Na A.V., palavras interpretativas foram acrescidas em itálico: Eles que foram libertados, isto é, do ruído dos arqueiros, dando a entender que a referência é aos arqueiros inimigos. Keil e Delitzsch traduzem: Com a voz dos arqueiros entre os puxadores de água, ali louvar os atos de justiça do Senhor. Isto dá a entender uma cena de vitória na qual os guerreiros, tendo retornado do campo da batalha, misturam-se com as mulheres junto às tinas de água, contando-lhes as vitórias realizadas por Deus.
12. Desperta, Débora, desperta. Estas palavras formam uma introdução à segunda parte do cântico, que descreve o conflito e a vitória.
13. Então desceu o restante dos nobres. O povo do Senhor, considerado como um remanescente, governaria sobre os poderosos. A RSV traduz assim: Então desceu marchando o remanescente dos nobres.
14. De Efraim, cujas raízes estão na antiga região de Amaleque, desceram guerreiros. A RV traduz assim: De Efraim desceram aqueles cujas raízes estão em Amaleque, isto é, os amalequitas nômades tinham invadido a região central de Canaã. De Maquir desceram comandantes. Maquir era um ramo da tribo de Manassés. A parte de Manassés que se estabeleceu a oeste do Jordão tomou parte no conflito.
16. Por que ficaste entre os currais. . .? Alguns não tomaram parte na batalha contra os cananeus. Foram alvo de uma série de zombarias,
17. Gileade ficou dalém do Jordão. Não veio ajuda das duas tribos e meia estabelecidas a leste do Jordão. Do mesmo modo, Dã, Aser, Zebulom e Naftali foram censurados por sua indolência.
19. Vieram reis e pelejaram. Depois da narrativa das atitudes tomadas pelas tribos, o poeta descreve a batalha propriamente dita. Sísera organizou uma confederação de reis contra Israel. Em Taanaque, junto às águas de Megido. Taanaque, localizada 8kms a sudeste de Megido, domina uma das passagens pala a Planície de Esdrelom. As águas de Megido são o Quisom e seus tributários. Porém não levaram nenhum despojo de prata. Isto pode ser interpretado como zombaria, caso em que estaria se declarando que a campanha foi infrutífera. Pode também se referir aos reis que, em sua ansiedade de lutar contra Israel, não aceitaram pagamento mercenário.
20. Desde os céus pelejaram as estrelas contra Sísera. O Deus de Israel interveio em beneficio do Seu povo. As próprias forças da natureza foram dispostas contra os cananeus.
21. O ribeiro Quisom os arrastou. Nesta região o Quisom não é normalmente uma corrente perigosa. No momento critico da batalha ele transbordou e se transformou em uma torrente que tornou inúteis os carros dos cananeus.
22. Então as unhas dos cavalos sacavam. A JPS traduz assim: Então os cascos dos cavalos batiam pesadamente; isto é, faziam esforços para correr.
23. Amaldiçoai a Meroz. A cidade de Meroz não se juntou aos israelitas em seu ataque contra os cananeus. Sua localização é desconhecida. Alguns pensam que estava localizada ao longo da rota da fuga de Sísera, e que seus habitantes fracassaram em capturá-lo. A maldição de Meroz pode fazer contraste coma bênção de Jael.
24. Bendita seja sobre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu. Em contraste com a covardia dos homens de Meroz, a dedicação de Jael se destaca nitidamente. Bendita seja sobre as mulheres é um superlativo hebraico que significa “a mais bem-aventurada entre as mulheres”.
25. Água pediu ele, leite lhe deu ela. Os pronomes claramente identificam os personagens da história, Sísera e Jael. Em taça de príncipes lhe ofereceu nata. A palavra hem’a, traduzido para nata, era leite coalhado artificialmente. Sacudia-se o leite no odre, fermentando-o com o leite azedo que aderia ao couro, devido a uso anterior da vasilha. Essa bebida continua sendo preparada pelos beduínos árabes (cons. C.M. Doughty, Arabia Deserta, 1, 325). A taça de príncipes talvez fosse um recipiente grande, ou de uso adequado para uma pessoa importante.
26. À estaca estendeu a mão. A narrativa em prosa contida em 4:11 ajuda a explicar a ação. Jael pegou a estaca em sua mão esquerda e o martelo na mão direita, e assim feriu o adormecido Sísera. O ato foi de bravura, pois ela arriscou sua própria vida matando o inimigo de Israel. Se Sísera tivesse acordado, Jael estaria em suas mãos.
27. Aos pés dela ... caiu morto. O cair não implica que Sísera estivesse em posição vertical quando foi ferido. O poeta está descrevendo o resultado do golpe de Jael. O fato do inimigo de Israel ter sido morto foi motivo de regozijo e o poeta chega até a se alegrar com a tragédia. O fato do poderoso Sísera ter sido morto por uma mulher foi motivo de regozijo especial.
28. A mãe de Sísera olhava pela janela. A cena – muitíssimo humana – prossegue agora na casa de Sísera. A mãe de Sísera preocupada com o seu filho fica imaginando por que ele se demora tanto em regressar da batalha.
29. As mais sábias das suas damas respondem. As mulheres de posição que estavam com ela tentavam encorajá-la. Elas eram “sábias” mas neste caso não conheciam a verdade.
30. Porventura não achariam e repartiriam despojos? Leva algum tempo a divisão dos despojos de guerra. O exército vitorioso devia fazer a devida distribuição. Matavam os homens, dividiam as mulheres entre os guerreiros (uma ou duas moças a cada homem), e distribuíam os despojos sob as ordens do vencedor. Era prática normal nas guerras da antiguidade. A grande ironia do exemplo em exame é que Sísera não estava participando de tais frutos da vitória, mas era um cadáver aos pés de uma mulher, a sua assassina.
31. Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos. O poeta subitamente interrompe sua descrição pitoresca do destino de Sísera com uma oração a Deus. Que todos os inimigos de Deus pereçam como Sísera pereceu. Inversamente, porém os que te amam, brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor. O sol, aniquilando as trevas da noite com o seu invencível poder, é aqui um símbolo do poder daqueles que são abençoados por Deus. E a teria ficou em paz quarenta anos. A destruição de Sísera trouxe alívio aos atormentados israelitas. Durante uma geração Israel ficou livre de interferência externa.

Na atualidade há pessoas que nunca se livraram das maldições hereditárias, padecem e sofrem todas as consequências de não querer ficar livre através do Senhor Jesus. 

De uma hora para outra, começou-se a ensinar em muitos segmentos evangélicos que a causa provável do sofrimento de alguém poderia ser uma maldição hereditária. 

Logo surgiram os quebradores de maldição, que não fazem outra coisa senão ficar rompendo repentinamente as tais maldições que nunca se acabam enquanto tiver dando lucro financeiro. 

A quebra de maldições é um assunto que precisa ser muito bem esclarecido, sob o risco de cairmos no erro de desprezar o que o Senhor Jesus fez por nós no Calvário, enquanto ficamos tentando lidar com aquilo que já foi colocado sobre o nosso Salvador. Isaias 53.

Que as maldições existem é fato inegável. As assim chamadas “hereditárias” não são a cruz que determinadas famílias ou pessoas têm de carregar, mas são mostra de que os demônios, por terem encontrado a porta sempre aberta em tais família, em tais pessoas, insistem em fazer com que todos os descendentes daquele tronco familiar sofram. Há ainda as maldições que os pais lançam sobre os filhos, e estes, sem conhecer o que a Escritura diz sobre todos os seres humanos, amedrontam-se permitindo que o mal os alcance. Existem também aquelas que são lançadas por líderes religiosos, os quais, diabolicamente, obrigam suas ovelhas a fazerem o voto de nunca abandoná-los. É oportuno falar também das maldições que surgem por causa de certas lendas populares que enredam, nas teias do príncipe das trevas, os que a elas dão ouvidos.

Um assunto sério é a maldição e a sua consequente quebra ou recusa e por isso a coisa fica mais sério ainda. Milhões de vidas estão sofrendo, perdendo bens, saúde e paz achando que não há saída e nem solução. 

Casamentos são desfeitos, vidas arruinadas por causa de alguma maldição real ou imaginária que domina as pessoas. A verdade é que sem a revelação das Escrituras, da palavra de Deus sobre o assunto, não iremos obter libertação alguma. 

Também pouco adiantará ter somente o conhecimento intelectual do que foi feito por nós.

O que de fato nos livrará de toda e qualquer opressão do inimigo é o entendimento que vem ao nosso coração por intermédio da Palavra de Deus, dando-nos a certeza do que já nos pertence em Cristo, e a nossa firme disposição de fazer valer o nosso direito nEle. Por outro lado, mesmo sabendo que Ele nos substituiu, se não recusarmos qualquer tipo de sofrimento, pois todo sofrimento que teríamos de experimentar, o Senhor Jesus já padeceu em nosso lugar, o inimigo continuará a nos oprimir, fazendo-nos padecer inutilmente aquilo que já foi sofrido pelo nosso Mestre. O profeta Isaías escreveu que “...pelas Suas pisaduras nós fomos sarados...(libertos)...”.

Quase todos os cristãos garantem saber que o Senhor Jesus sofreu em lugar deles. Mas, o que a maioria não sabe é que isso não é apenas uma doutrina, ou uma declaração bonita; é a mais pura verdade. Via de regra, o cristão não admite que desconhece o real significado do que, na verdade, representa para todos os seres humanos o sacrifício do Senhor Jesus no Calvário. Ele é capaz de recitar de cor toda a doutrina da justificação, mas tudo da boca para fora, pois ele não consegue crer em seu coração.
 Um sábio conselho do apóstolo Paulo nos ensina que “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem que se corrompe pelas concupiscências do engano”. (Ef 4.22). 

Apesar do Senhor Jesus ter levado todo o nosso sofrimento, precisamos despojar-nos do velho homem, que é escravo do diabo. É preciso pedir perdão ao Senhor Deus por todo lixo espiritual que temos aceitado em nossa vida. Temos de despir-nos do velho homem, e de todos os seus enganos.

Muitas pessoas, quando solteiras, ao saberem de alguém infiel no casamento diziam para si mesmas; comigo vai ser diferente. Se acontecer comigo, eu peço imediatamente o divórcio”. E, mais tarde, aconteceu de fato. O que diziam era como semente para que o diabo agisse na vida delas. Temos que vigiar para não dar legalidade ao diabo. 

É preciso entender que a nossa redenção é um fato inegável e inegociável. Hoje, não há a menor possibilidade de qualquer pessoa que queira livrar-se completamente de algum sofrimento não conseguir a libertação. 

O diabo, que oprime tantos indivíduos, já foi vencido por nós, por intermédio do Senhor Jesus. Quando Satanás tentar levantar-se na sua vida, repreenda-o para que ele “bata em retirada”. A Palavra diz que isso é privilégio de todo filho de Deus:

Sabemos que o que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. (1 Jo 5.18). 

Atualmente, fez-se necessário, tão-somente, vigiar nossa posição em Cristo e nunca descer dela. Não há quem possa tirar-nos da liberdade para qual o Senhor Jesus nos libertou: Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. (Gl 5.1).

Se lhe ocorre agora que seu problema é alguma maldição que lançaram sobre a sua vida, e você aceitou, vá imediatamente em oração ao trono da graça de Deus, peça-Lhe o perdão e agradeça por Ele ter colocado tal maldição sobre o Senhor Jesus. Em seguida, diga ao diabo que é em o Nome do Senhor Jesus, que você está livre; ordene-lhe que saia da sua vida, levando com ele todo o sofrimento. Quebrar ou recusar maldição é irrelevante. O que importa é livrar-se dela.

Na carta aos gálatas, o apóstolo Paulo diz que “Cristo nos redimiu da maldição da lei” (Gálatas 3:13). Mas o que isso significa? Será que Paulo disse que a Lei é maldita?

Quando observamos o contexto dessa passagem, vemos que Paulo estava contrastando as Duas Alianças: A Aliança feita no Sinai por intermédio de Moisés e a Aliança de Cristo. Os gálatas não queriam se submeter à Lei de Cristo, eles queriam seguir a Velha Aliança: Eles estavam observando as prescrições de Deus dadas exclusivamente ao povo israelita (Gálatas 3:1-5). 

Eles pregavam que os cristãos deveriam ser circuncidados. (Gálatas 5:2-4). Desse modo, estavam desprezando o sacrifício de Cristo, que havia Se entregado para libertá-los (e a nós também) das exigências da Lei. (Gálatas 3:13; 5:1).

No capítulo 3 da carta de Paulo aos Gálatas Paulo diz que o patriarca Abraão foi considerado justo pela fé, não por meio da observância da Lei, haja vista que ele foi considerado justo antes de receber a circuncisão. (vv. 6-8). Portanto, só são seus filhos aqueles que têm a mesma fé dele, e não aqueles que observam a lei. (v. 9). Mas, aqueles que insistem em cumprir a Lei, estão obrigados a cumpri-la inteiramente, pois a Lei diz:  “Maldito quem não puser em prática as palavras desta lei”. (Deuteronômio 27:26; Gálatas 3:10). 

Como é impossível cumprir tudo, sem derrapar em um único mandamento, em um único til da lei (cf. Tiago 2:8-13), aquele que se propõe a cumprir toda a Lei será amaldiçoado se não o fizer. 

A boa notícia é que Cristo Se fez maldição por nós ao morrer na cruz no nosso lugar, pois a Lei dizia: “Qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus” ou seja da lei. (Deuteronômio 21:23). Desse modo, Cristo nos libertou das exigências da Lei. 

Vejamos em Gálatas 3.10-23 alguns dos ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre este assunto. 


10. Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. 

11. E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.

12. Ora, a lei não é da fé, mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá. 

13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;

14. para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito.

15. Irmãos, como homem falo. Se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa. 

16. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo. 

17. Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa. 

18. Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão.

19. Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. 

20. Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um.

21. Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.

22. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.

23. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.


Paulo não está dizendo que a Lei é maldita, mas que a Lei trazia uma maldição (para aqueles que não a cumpriam por completo, ou seja, para todos, porque ninguém era capaz de cumpri-la plenamente) da qual Cristo nos libertou ao se tornar Ele mesmo maldição por nós.

Em sua carta aos romanos, Paulo disse que, uma vez que Cristo morreu e ressuscitou por nós, nós agora pertencemos a Ele e estamos sujeitos às leis Dele, e não às leis da Antiga Aliança: “Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus”. (Romanos 7:4).

Por isso, devemos levar a sério as repreensões que Paulo deu aos gálatas para que não cometamos os mesmos erros deles. 

Nós não estamos debaixo da Lei mosaica, estamos debaixo da Lei de Cristo. Portanto, devemos viver como pessoas libertas da Antiga Lei; caso contrário, nos separaremos de Cristo e cairemos da graça: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão… Vocês, que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça”. (Gálatas 5:1,4).

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou...”, por isso somos abençoados, graças a Deus. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário