quarta-feira, 21 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 3

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 3


Os Capítulos 2 e 3 de Apocalipse são especificamente dirigidos às sete igrejas da Ásia. Destacaremos as informações mais importantes de cada capítulo. Neste caso veremos as do capítulo três que trata das três últimas cartas, muito embora, de uma maneira ou de outra daremos ênfase a todas as sete cartas.

Particularidades das cartas às sete igrejas da Ásia.

Jesus incumbiu João de enviar o livro de Apocalipse a sete igrejas. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor deu mensagens especiais a cada uma dessas igrejas. Cada carta segue quase o mesmo modelo: tem uma comunicação ao anjo que representava a igreja; tem uma frase descrevendo Jesus; tem um comentário das boas coisas feitas pela igreja (em um caso nada de bom é mencionado: 3:14-22); tem uma repreensão pelas más coisas que Jesus observava (em duas cartas nada de mau é mencionado: 2:8-11 e 3:7-13); tem encorajamento para corrigir o erro (exceto para as igrejas em que nada de mau tinha sido notado): tem uma exortação a ouvir; tem uma promessa àquelas que triunfassem (em alguns casos a ordem destas últimas duas é invertida).

Éfeso; uma igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor tivesse ficado frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele.

Esmirna: esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, mas Deus estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz prosperidade e termina o sofrimento é falso.

Pérgamo: esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam idolatria e imoralidade dentro da igreja. O Senhor ameaçou fazer guerra contra o anjo da igreja por estar apoiando e permitindo isso dentro da igreja. 

Tiatira:  Essa congregação estava procedendo em todos os sentidos. (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).

Sardes: essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não podemos descansar sobre nosso passado. As igrejas vivem por causa de seu atual serviço a Deus.

Filadélfia: As duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia) eram as igrejas que sofriam maior perseguição. O Senhor reassegurou-as de que era ele quem tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para elas, ninguém seria capaz de fechá-la.

Laodicéia: Se autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente.

Sua autoconfiança era imensa, mas sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja. Arrogância e prosperidade material frequentemente produzem cristãos complacentes.

Vejamos o que está escrito em Apocalipse Capítulo 3.

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3: 1-22.

Considerações especiais para com as cartas às igrejas de Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Ap 3).

Como vimos anteriormente, essas sete igrejas (as quatro do estudo anterior do capítulo 2 e mais as três de hoje, do capítulo 3) são representativas das demais igrejas da Ásia e, de todo o império romano, assim também como das demais igrejas e épocas até o fim dos tempos. 

Procurando aplicar as grandes verdades espirituais do Apocalipse aos nossos dias, não será demais considerar que essas sete igrejas são também representativas das igrejas de hoje e as do futuro além do nosso tempo.

5ª Carta. À Igreja de Sardes. Igreja Morta ou Viva? 

Essa igreja representa a Igreja morta dos anos 1.517 a 1.750 d. C.

(AP 3:1-6). Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. (2) Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. (3) Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (4) Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (5) O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. (6) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

O nome da cidade de Sardes vem da palavra hebraica “sarid” que significa “o que escapou” ou “o remanescente”.

Historicamente, Sardes era a capital da Lídia e tinha um passado cheio de glórias.

Entretanto, no tempo dos romanos, isto é, na época de João, Sardes havia declinado muito, tornando-se uma cidade provinciana e sem brilho.

O remetente da carta à igreja de Sardes, Cristo, se identifica como "o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas" (v.1). 

Os sete Espíritos de Deus significam a plenitude do Espírito Santo. Agora, reparem, o Senhor revelou pela boca do profeta Isaias essa plenitude do seu espírito.

Em Is.11:2 está escrito que  “Repousará sobre Ele: 1. O Espírito do SENHOR. 2. O Espírito de sabedoria. 3. O Espírito de entendimento. 4. O Espírito de conselho. 5. O Espírito de fortaleza. 6. O Espírito de conhecimento e 7. O Espírito de temor do SENHOR.

Reparem que Cristo tem, portanto, todos esses poderes, pois os sete Espíritos de Deus estão sobre Ele, tudo está em suas mãos, inclusive os destinos das igrejas. 

Muitas pessoas dizem que o crente precisa ter ou viver na plenitude do Espírito Santo. Mas, reparem, isso é impossível ao ser humano. Nenhuma pessoa pode suportar a plenitude do Espírito Santo, pode, sim, ser cheio do Espírito Santo. 

Aliás, cabe observar que essa expressão não aparece em nenhum lugar da Bíblia. Agora, o que o Senhor quer de nós é que fiquemos “cheios” do Espírito Santo, o que é muito diferente.

Nas cartas anteriores, sempre havia primeiro um elogio e só depois o remetente fazia a crítica ao ponto negativo da igreja.

Aqui, porém, Jesus inverte a ordem. Há mais pontos negativos do que positivos. Em essência, a crítica refere-se ao fato de que a igreja de Sardes demonstrava, externamente, uma grande atividade, mas, internamente, não tinha nenhuma vida espiritual condizente com sua aparência.

Por fora, parecia viva, mas, por dentro, estava morta.

Ou seja, após um início cheio de vida, a igreja de Sardes endureceu o seu coração. Reparem que essa igreja, em contraste com as outras que já vimos, ela é deixada em paz. Satanás não a perturba, Satanás não é nem citado aqui. Será Por quê?

Porque em Sardes não há falsas doutrinas, não há falsos profetas, também não há sofrimento, nem tribulações, justamente porque aquela igreja está morta. “tens nome de que vives e estás morta”.

É claro que Sardes está morta aos olhos do Senhor, porque, aos olhos do mundo, ela tem nome e parece, somente parece, estar viva. 

Ou seja, tudo parece estar em ordem, mas falta algo, e ela pretende ter algo que não existe nela que e a vida espiritual. 

É exatamente isso que acontece com muitas pessoas e igrejas que se dizem cristãs mas na verdade não o são. Teem nome de cristão, mas não vivem como cristão, são pessoas que estão mortas espiritualmente.

E aqui, o Senhor Jesus dá um aviso à Igreja. Ele aconselha a igreja de Sardes a ser vigilante e a "confirmar as coisas que restam, que estavam para morrer" (v.2). 

Naquela igreja, existia ainda alguma coisa que estava viva e que, por isso mesmo poderia reverter o estado moribundo em que viviam caso eles ouvissem as palavras de Jesus, o remetente da carta. 

O aviso à vigilância tinha um especial significado para os habitantes de Sardes, pois a cidade estava edificada em uma elevação. Era uma cidade fortificada e três dos seus lados terminavam numa espécie de precipício. 

Reparem que, no NT, o termo "vigiar" refere mais a manter-se ocupado plenamente no serviço do que simplesmente manter os olhos abertos. 
Na igreja de Sardes poucas pessoas mereciam algum elogio. Esses "não contaminaram seus vestidos" (v.4), significa que alguns não participavam dos cultos pagãos, do mundanismo reinante e da corrupção da cidade. 

Esses poucos haviam permanecido fiéis ao Senhor. Para este grupo fiel é, então, prometido que ele andará com o Senhor, "vestido de vestes brancas" (sem manchas) (v.5).

Esta figura tem um especial significado para Sardes, pois a cidade se orgulhava de seu comércio de tecidos coloridos, usados especialmente pelas pessoas mundanas.

6ª Carta. À Igreja de Filadélfia: Aquela com uma Porta Aberta. 

Essa igreja representa a Igreja missionária dos anos 1.750 até o século XXI.

(AP 3:7-13). Ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: (8) Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar - que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. (9) Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. (10) Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. (11) Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. (12) Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. (13) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

É interessante notar que existem muitas referências positivas à igreja de Filadélfia. Ela não recebe críticas do Senhor. Ao contrário, Jesus coloca diante dela "uma porta aberta que ninguém pode fechar".(v.8). 

Cristo sabe que a igreja por si só é fraca, "tens pouca força" (v.8b), diz o Senhor Jesus. A igreja, porém, estava sendo fiel, guardando o nome de Jesus, e a porta aberta daria a ela a oportunidade de ser uma igreja estratégica.

A igreja de Filadélfia é a única que recebe somente elogios. Filadélfia significa amor fraternal.

O texto nos diz que a igreja de Filadélfia podia progredir, apesar de sua pouca força. Filadélfia era conhecida como "a cidade missionária", pois havia sido fundada para fomentar a civilização greco-asiática e o idioma e os costumes gregos nas regiões orientais da Lídia e da Frigia.

A "porta aberta", portanto, era uma referência à possibilidade da igreja de Filadélfia compartilhar da vocação cultural da cidade e desenvolver uma estratégia missionária própria, de proclamação do Evangelho de Jesus.

Aliás, é interessante observar uma certa correlação entre igrejas vitoriosas com aquelas que têm "missões" e evangelismo como uma de suas motivações e prioridades principais.
Assim, por terem agido com fidelidade, Cristo promete aos crentes de Filadélfia, sua graça sustentadora nas tribulações que se abateriam sobre todo o mundo. 

As tribulações não os venceriam (v.10). A Igreja de Filadélfia é encorajada pela vinda do Senhor (v.11).

Várias outras promessas são ainda feitas (v.12). Aos que forem fieis: "Ao vencedor, farei dele coluna no templo do meu Deus", numa alusão a sobrevivência da igreja fiel.

Além disso, como a cidade de Filadélfia ficava em uma região sujeita a terremotos, os crentes daquela cidade entendiam muito bem o significado, ou valor, de uma coluna.

Cristo estava dizendo que, apesar dos terremotos das perseguições, os fiéis seriam como colunas inabaláveis de um templo indestrutível.

Reparem que, no Apocalipse, não há promessa de que os crentes escapem fo sofrimento e da morte. Há promessa, entretanto, de que mal algum aconteceria às suas almas.

Cristo promete, ainda, à igreja de Filadélfia, que viria "sem demora", embora não fique claro se esta expressão se refere à segunda vinda do Senhor, o que podemos deduzir pelo passar dos tempos que a vinda do Senhor Jesus está próxima, conformando aquelas palavras. 

Convém também observar que essa promessa não estabelece um prazo, uma vez que “sem demora” pode significar, igualmente duas situações singulares:"repentinamente" e ou "inesperadamente".

Por outro lado, que sentido haveria em abrir uma porta missionária para Filadélfia, se Jesus estivesse voltando logo a seguir?

7ª Carta. À Igreja de Laodicéia. A Igreja com uma Porta Fechada. ("Misericórdia", o grifo é meu.). 

Essa igreja representa a Igreja a Igreja morna nos tempos do fim, ou seja nos nossos tempos .

(AP 3:14-22): Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: (15) Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (16) Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; (17) pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (18) Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. (19) Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (20) Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (21) Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. (22) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

A cidade de Laodicéia era uma cidade próspera. Por ela passavam três estradas romanas. Era, assim, o principal centro de comércio e de finanças da região, sendo reconhecida também como centro terapêutico para os olhos, por conta de um unguento que era lá fabricado. 

Seu progresso pretendia levar seus moradores a serem arrogantes, orgulhosos e independentes, o que de certa forma, refletia na igreja.

Reparem que, das sete igrejas, Laodicéia é a única sobre a qual nada é dito de positivo. Cristo acusa a igreja de Laodicéia de ser uma igreja indiferente: "Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca." (v16).

Reparem ainda que Jesus se utiliza das características da cidade para exortar os crentes de Laodicéia. Ele os chama de pobres, apesar de serem abastados, de cegos, apesar do unguento, ou colírio, para os olhos, que ali se fabricava. E Ele os chama de nus, apesar das boas roupas que usavam. 

Cristo, utilizando a linguagem simbólica e contextualizada do comércio de Laodicéia, aconselha no verso 18, que a igreja compre dele "ouro refinado", "vestiduras brancas" e "colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas". Havia uma grande inversão de valores naquela igreja assim como agora em nossos tempos nas igrejas de hoje.

No verso 19, Cristo avisa que a igreja será repreendida e disciplinada porque Ele a ama. Aquela igreja tinha tudo, menos Cristo. (v.20) Eis que estou à porta e bato.

O Senhor permanecia do lado de fora batendo à porta. Se alguém a abrisse, Ele entraria e poderia começar a mudar a igreja, mesmo com uns poucos que lhe fossem fiéis.

Ao que vencer o espírito de indiferença e letargia e "abrir a porta", Cristo promete entrar por ela e cear com ele.

O Senhor Jesus promete também que o crente fiel sentará no seu trono, junto com Ele. O brado de alerta contra a indiferença e a apatia espiritual, ainda, está vivo no Apocalipse, dirigido não só a Laodicéia, mas a todas as igrejas na face da terra que estão vivendo aquela realidade de mornidão e frieza espiritual.

Esse brado de alerta está também dirigido a mim e a você. 

É nosso desejo sincero que, ao lermos a mensagem do Apocalipse, destinada primariamente àquelas sete igrejas da Ásia Menor, nós possamos ver a nós mesmos em algumas dessas igrejas e sermos a diferença que vai impactar a vida espiritual do restante dos membros para melhor com muito louvor, adoração e temor a Deus. Nós precisamos ser uma igreja vibrante, forte e cheia do poder e da graça de Deus.

Nós precisamos receber, com sabedoria, as palavras do Senhor Jesus Cristo a nós mesmos endereçadas, seja de críticas, de avisos de advertências e ou de promessas.

Deus tem um plano para cada um de nós e por isso temos que florescer onde estamos plantados.  

"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". (Ap 3:22).

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



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