sábado, 12 de maio de 2018

VIDA CRISTÃ ABENÇOADA

VIDA CRISTÃ ABENÇOADA 


Para termos uma vida Cristã abençoada precisamos mergulhar no capítulo 13 de 1Coríntios, o capítulo do amor. Sem amor não conquistaremos as vitórias de e para uma vida Cristã abençoada. 

Os segredos dos pilares do sucesso e de muita comunhão com Deus estão descritos nesta mensagem; porém não é tudo o que devemos ser e fazer para que as bênçãos de Deus venham abundantemente sobre nós porque também não podemos nos esquecer da gratidão, da liberalidade, da união entre os domésticos da fé e familiares, entre outros temas.  

Em 1Coríntios 9.1-27 encontramos as receitas do apóstolo Paulo para termos uma vida Cristã equilibrada e abençoada; diz o próprio apóstolo Paulo:

Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor? Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. A minha defesa perante os que me interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? 

Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? 

Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? 

Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? 

Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho; eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! 

Se o faço de livre vontade, tenho galardão;

Mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. 

Nesse caso, qual é o meu galardão?

É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 

Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. 

Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. 

Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. 

Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 

Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. I Coríntios 9: 1-27.

Primeiramente vamos quebrar esse paradigma de que santidade é sinônimo de perfeição. O significado fundamental de santidade é: “separateness” ou seja, trata-se de algo separado do comum, da rotina, da mesmice.

Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O SENHOR, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal. “O Seu particular tesouro”. Deuteronômio 7.6.


Infelizmente muitos têm adotado e associado o termo santidade com perfeição, e isso tem gerado uma confusão enorme no meio cristão.

Quando pensamos em perfeição logo nos vem à mente que somente Jesus foi Santo, e nenhum outro homem será capaz desse nível de santidade (e aqui sim associamos com a perfeição).

Eu vou além ao afirmar que o termo santidade hoje está ligado a expressão religiosa por excelência, onde muitos fazem uma estreita ligação que se pode encontrar em qualquer lugar entre a religião e o sagrado. 

Alguns fazem a dicotomia entre o sagrado e o profano, e para ser santo não se pode dar lugar ao “profano”. Porém, santidade em uma grade variedade de expressão (e no meu ver), é o núcleo íntimo de fé e da prática religiosa do Cristianismo. 

“Santidade refere-se  à  sua natureza essencial, não é tanto um atributo de Deus, pois é o próprio fundamento do seu ser”.

É por isso que nós declaramos ao Senhor: “Santo, Santo, Santo”. (Isaías 6.3).

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Hebreus 12.14.

O que o autor de hebreus quer nos ensinar aqui, é que santificação é pureza de vida. Ela vem de Deus (Hb 13.21) e é orientada através da correção do Pai. (Hb12.10). 

Ninguém verá o Senhor, isto é; estar com Deus que é o alvo da salvação. Agora aqueles que pela graça e por intermédio da fé seguem e recebem a santificação de Cristo, certamente verão a Deus e se tornarão semelhantes a Ele.

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. 1Tessalonicenses 4.3.

Essa é uma grande questão que poucos têm se policiado, muitos tem vivido como cães que não ligam para o que é sagrado.

Ser santo não significa ser perfeito, mas ser íntegro de coração e reconhecer que é falho e pecador, que necessita da graça de Deus todos os dias.

A santificação é um processo que nos faz amar mais as coisas de Deus, do que as do mundo. É através da santificação que Deus passa a agir em nós de maneira que nos assemelhamos mais a Ele. 

Precisamos observar a Palavra de Deus, porque esta é a principal forma de nos santificarmos realmente no Senhor e sermos ricamente abençoados.  (Salmos 119.9).

Santidade é uma escolha, um estilo de vida. Mas para isso é preciso abrir mão de muitas coisas, e principalmente renunciar a sua própria vida para ser “santo”. 

Mas lembre-se, é mais importante obedecer a Deus do que a homens; é melhor obedecer a Deus do que sacrificar. Se o seu prazer está em Deus e em seu Reino, viver uma vida de santidade pode se tornar “fácil”.

Vejamos os três pilares principais de uma vida Cristã abençoada: 

1º O primeiro segredo é o pilar da Santificação:

“Mas como é santo aquele vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; Pois está escrito: ‘Sede santos, porque eu sou santo’.” (1 Pedro 1.15-16).

A palavra “santificação” significa: “tornar-se santo”, “consagrar-se”, “separar-se do mundo e do pecado”. Santo, Santo (do grego “Hágios”, no Hebraico Kadosh).

Jesus disse: “Fazei a árvore boa e o seu fruto bom.” (Mateus 12.33) Ora, a macieira é macieira sempre e jamais dará outra qualidade de frutos a não ser maçãs. 

Assim, a santificação é a perfeita renovação de nossa natureza, que nos faz essencialmente bons, de modo tal que nos capacita a dar continuamente frutos bons para Deus.

A santificação é uma grande bênção para nossa vida, pois é a renovação total do homem à imagem de Jesus. É a destruição completa de todo o ódio, inveja, malícia, impaciência, cobiça, orgulho, amor ao luxo, vergonha da cruz, vontade própria.

Existem empecilhos práticos à santificação que são:

1. Consagração imperfeita ou a falta dela. 
2. Fé imperfeita ou a falta dela.

Essa consagração consiste no abandono total de nossa própria vontade, desejos, gostos e desgosto e no revestimento total da vontade de Cristo. A perfeita consagração consiste em despojar-se do “eu” e revestir-se de Cristo.

Josué foi um homem usado por Deus para levar o povo a ter santidade, a ter uma perfeita comunhão com o Pai. “Disse Josué ao povo: ‘Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”.” (Josué 3.5).

A santificação é, portanto, um processo no qual o crente torna-se santo e puro, esta é a nossa posição em Cristo, santos ou santificados.

A vontade de Deus o Pai é que sejamos uma geração santa, um povo separado, evidenciando por meio da nossa vida, compromisso com o seu filho amado, o Senhor Jesus.

2º  O segundo segredo é o pilar da Obediência.

“Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: ‘Mais importa antes obedecer a Deus do que aos homens’.”. (At 5.28-29).

Como deve ser a nossa obediência a Deus ?

De coração: Rm 6.17-18.

Voluntariamente: Rm 1.19.

Constante:  Fp 2.12.

O ponto inicial para entendermos como é a obediência, seria estudarmos a vida e a experiência de um homem de Deus chamado, Abraão.

Abraão foi um homem obediente a Deus em toda a sua vida. Fé e obediência andam juntas. Abraão cria em Deus e, portanto, obedeceu-o. Ele se pôs a obedecer a vontade de Deus quando seu povo passava fome em sua caminhada em direção a Canaã, a terra prometida. 

Liderando o seu povo, enfrentou as contendas do povo contra Deus, mesmo diante de todos os sinais e maravilhas que Deus operava naquele lugar, enfrentou todas as dificuldades e diversidades em nome do amor que sentia por Deus.

A maior demonstração que deu foi quando se dispôs a sacrificar seu próprio filho, Isaque, por determinação de Deus (Gênesis 22.1-14). 

Se aprendemos desde cedo na vida a obedecer a Deus incondicionalmente, quando atingirmos a velhice teremos uma consciência tranquila de que Deus, a quem procuramos servir durante nossa vida, jamais nos desamparará.

Abraão sabia o que era a verdadeira adoração, entrega em obediência, obedecer para ele tinha um significado de adoração ao Pai.

O princípio da obediência está intimamente ligado ao fato de em primeiro obedecer ao nosso Deus e, consequentemente, aos nossos líderes verdadeiramente espirituais, ou seja, aqueles que Deus colocou em nossa vida, em nosso ministério para nos orientar na jornada da vida Cristã abençoada.

Há  consequências pela desobediência:

A desobediência da mulher de Ló está relatada em Gn 19.26; a ordem de Deus era para que Ló e sua família ao saírem da cidade, não olhassem para trás no momento da destruição de Sodoma e Gomorra, mas ela não obedeceu e sua consequência foi a morte. 

A desobediência traz tristeza, mágoas, sofrimento, mas Deus deseja que sejamos filhos obedientes, que deixemos o pecado, não olhemos para trás, ao contrário, sigamos para o alvo por meio de uma vida santificada.

3º O terceiro segredo é o pilar do temor a Deus. 

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. (Provérbios 1.7.)

A Bíblia nos alerta para a necessidade de temer a Deus. Ele deve ser temido. Ele deve ser reverenciado.

Ser cristão e filho de Deus não é só crer, mas é crer e viver de acordo com sua palavra. 

Este temer ou temor não é tanto no sentido de ter medo de Deus, mas respeitar e amar ao Senhor, com fé, obediência e santificação; fazendo assim, a pessoa tem uma vida Cristã abençoada. 

O salmista diz: “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, e se compraz nos seus mandamentos”. (Salmos 112.1).

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor, e anda nos seus caminhos”. (Salmo 128.1).

O dever de todo homem aqui na terra é obedecer a Deus, guardando seus mandamentos e viver a palavra. (Ec. 12:13).

Muitos dizem crer no Senhor, mas as suas vidas diária não condizem com o que seus lábios professam. Não é possível servir a dois senhores.
Mas esse Deus temível, tremendo, Justo Juiz, também é um Deus de aliança, um Deus de misericórdia, um Deus que nos ama com amor eterno, porque Ele diz: Com amor eterno te amei e com benignidade te atraí. (Jr.31:3).

Esse Deus que entregou seu único filho para que morresse em nosso lugar nos ama com amor incondicional.

Deus nos pede santificação, obediência e temor. Ele deseja homens e mulheres santificados, naturalmente obedientes, isto é, entregues totalmente a Sua vontade.

Fazendo assim teremos um vida totalmente abençoada por Deus. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


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