quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A QUEDA DO REI JOÁS


A QUEDA DO REI JOÁS

2 CRONICAS 24

O Espírito de Deus se apoderou de Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé diante do povo e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do SENHOR, de modo que não prosperais? Porque deixastes o SENHOR, também ele vos deixará. Conspiraram contra ele e o apedrejaram, por mandado do rei, no pátio da Casa do SENHOR. Assim, o rei Joás não se lembrou da beneficência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera, porém matou-lhe o filho; este, ao expirar, disse: O SENHOR o verá e o retribuirá. Antes de se findar o ano, subiu contra Joás o exército dos siros; e, vindo a Judá e a Jerusalém, destruíram, dentre o povo, a todos os seus príncipes, cujo despojo remeteram ao rei de Damasco.

II Crônicas 24: 20-23

O orgulho e a vaidade de ser rei fez com que o rei Joás tomasse decisões que não agradaram a Deus, porque deliberadamente ele se desviou e passou a fazer coisas erradas.

Uma frase que e muito popular é que “as pessoas não mudam”. A ideia por trás dessa frase aparece em muitas formas. É usada para negar a responsabilidade por atos violentos e indecentes e para eliminar do nosso vocabulário a noção do errado e do pecado. Conforme essa filosofia, pessoas agem de certas maneiras porque nasceram assim, são assim, serão assim e nunca mudarão.

Levado ao extremo, tal pensamento serve como fundamento de diversas ideias destrutivas. Teorias de superioridade racial ganharam apoio filosófico e supostamente científico (como extensão da teoria da evolução defendida por Charles Darwin) no século XIX, contribuindo à genocida nazista e outras atrocidades do século XX. Em correntes atuais, pessoas em posições de poder e influência defendem a impossibilidade de mudar pensamentos sexuais, até ao ponto de dizer que pedófilos nascem assim e não podem mudar (argumento apresentado pelo psicólogo Van Gjseghem ao Parlamento Canadense em fevereiro de 2011 e defendido por outras pessoas influentes em vários países).

Num nível mais prático, a noção da impossibilidade de pessoas mudarem leva ao desespero e desistência ou ao excesso de confiança e orgulho. Se a pessoa não consegue mudar para abandonar características indesejáveis, a vida se torna uma prisão sem esperança de uma boa saída. Se não há possibilidade de mudar para o pior, uma pessoa considerada boa facilmente se entrega à arrogância e sentimentos de superioridade aos outros.

Mas, as pessoas mudam, sim. Além de numerosos exemplos de mudanças reais na nossa experiência de vida, encontramos diversos casos bíblicos de mudanças radicais nas pessoas. Considere dois reis de Judá que mudaram dramaticamente.

Um bebê chamado Joás foi o único descendente da linhagem real a escapar quando sua avó matou seus próprios netos para tomar ilegalmente o trono de Judá. Ele foi protegido por uma tia e seu marido, o sacerdote Joiada. Quando o menino chegou a sete anos de idade, foi coroado rei de Judá. Guiado por Joiada, Joás se tornou um reformador zeloso, responsável pela restauração do templo em Jerusalém. Joiada viveu 130 anos, mais tempo do que qualquer pessoa nos registros bíblicos desde o pai de Moisés, uns 700 anos antes. Mas, quando o sacerdote morreu, Joás mudou radicalmente e abandonou o Senhor. O filho de Joiada tentou corrigir o rei rebelde, e este mandou matá-lo, esquecendo-se de toda a bondade de Joiada. Joás começou bem, mas mudou para pior. A consequência? Deus mandou um pequeno exército da Síria que venceu o exército muito maior de Joás. Logo em seguida, esse rei foi assassinado e sepultado sem as honras normalmente dadas aos reis. Joás mudou, e o resultado foi desastroso para ele e para a nação que ele governava. Leia o relato da vida de Joás em 2 Crônicas 22:10 – 24:27.

Quando se trata dos reis de Judá (e houve vários ruins), Manassés foi um dos piores reis da história de Israel.  A lista dos pecados que esse rei cometeu contra Deus inclui a astrologia, a feitiçaria, a adivinhação, a necromancia, diversas formas de idolatria, a profanação do templo e sacrifícios humanos aos falsos deuses. Sua influência negativa em Judá afetou a nação por décadas depois, contribuindo à queda do reino.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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