terça-feira, 31 de outubro de 2017

REBELIÃO I

REBELIÃO I

Por quê a rebelião é como o pecado de feitiçaria?

A rebelião é como o pecado de feitiçaria porque desvia as pessoas dos propósitos deDeus. O feiticeiro rejeita Deus, procurando a ajuda de outros espíritos. Da mesma forma, o rebelde rejeita Deus, desobedecendo a Seus mandamentos, rejeitando, e até perseguindo, as autoridades constituídas por Deus.

1. O que é rebelião?

Rebelião é se recusar a obedecer a uma autoridade, é difamar, é caluniar, é mentir e enganar pessoas com relação à liderança espiritual a qual a pessoa está sujeita. O rebelde tem o compromisso e o dever de obedecer à autoridade mas decide desobedecer. Rebeldia é rejeitar a autoridade de outra pessoa. O elemento principal dos rebeldes ou rebelados é a desobediência ao princípio de autoridade, revoltando-se contra quem Deus constituiu como autoridade espiritual.

2. Sinais de Rebelião

Precisamos analisar quando o pecado da rebelião acontece para definirmos a primeira fronteira desse dilema. A rebelião é o pecado mais antigo, segundo a Bíblia. Começou com Lúcifer (Is 14.11-15; Ez 28.13-15). Desses dois textos, Isaías foi o que mais retratou esse episódio sobre o Querubim caído. Ele afirmou que esse anjo de muito esplendor dizia que “exaltaria seu trono acima das estrelas de Deus, acima das mais altas nuvens e seria semelhante ao Altíssimo” (Is 14.13,14). O texto demonstra que esse querubim queria ser semelhante ao Altíssimo. Essa expressão por si mesmo é cheia de soberba e pecado, pois se Deus é Altíssimo, como alguém pode ser semelhante a ele? A expressão hebraica " le eleyon " é usada somente para Deus no Sl 50.14. Esse adjetivo hebraico com a preposição antecedendo significa “ao Altíssimo” e demonstra que Lúcifer queria ter a autoridade que somente Yahweh tem, sendo mais que Deus, pois o adjetivo é superlativo e não dá espaço para duas autoridades com as mesmas características.

3. Como a rebelião se manifesta?

A rebelião se manifesta juntamente com a soberba e o desejo de ser e estar no lugar do líder. Dificilmente alguém em rebelião confessaria seu pecado, pois a soberba cega tais pessoas que o pratica, tendo sempre um pretexto que justifique tal prática. Satanás queria ser Altíssimo e tentou fazer isso levando consigo um terço dos anjos (Ap 12.3,4). Geralmente, a rebelião contamina outros também. Para isso, o rebelde precisa vender uma imagem negativa do líder para que ele possa chegar a seus objetivos. Tudo indica, que foi isso que Lúcifer fez para convencer um terço dos anjos. É assim que Absalão fez para fazer a maior rebelião em Israel de todos os tempos (2Sm 15.6). Esse texto afirma que Absalão “furtava” o coração do povo. Isso quer dizer que ele forjava uma conspiração contra Davi, seu pai, convencendo as pessoas e vendendo uma má imagem de Davi. A mesma coisa fez Jeroboão na divisão do reino de Israel (1Rs 12.15-18).

4. Consequências para quem faz rebelião.

A rebelião é tão forte que Samuel tratou como o pecado da feitiçaria (1Sm 15.23). Isso se harmoniza quando lembramos que a rebelião é o pecado inicial vindo de Satanás e muitos se assemelham a ele, fazendo a sua vontade. A rebelião é agir diretamente contra Deus, pois, com esta prática os rebeldes ou rebelados afirmam que aquele que constituiu o líder falhou e automaticamente o rebelde quer se colocar no lugar de Deus ou no lugar daqueles que Deus constituiu para liderar sua obra.

Que Deus nos livre dos rebeldes e dos rebelados.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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