domingo, 21 de janeiro de 2018

A APOSTASIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A APOSTASIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS.


Na Bíblia Apostasia significa:  Abandono da verdade de Deus.


Portanto Apostasia é negar verdades fundamentais da Bíblia. O apóstata passa a acreditar em uma mentira sobre a Bíblia ou então rejeita a Bíblia por completo. Ainda existem aqueles que criam heresias com suas práticas anti bíblicas. 

 Essas pessoas rejeitam a verdade que aprendeu e seguem ensinos errados, que vêm do diabo para desviar-se do bom caminho. (Gálatas 1:6-8). 

A apostasia surge quando a pessoa não tem seu coração voltado para Deus. Apesar de conhecer a verdade, o apóstata rejeita-a e prefere acreditar em uma mentira. Seu coração fica cego e passa a acreditar em mentiras.
(Romanos 1:21-22).

As mentiras do diabo muitas vezes são misturadas com um pouco de verdade. Isso torna a mentira mais convincente. Se uma pessoa fala bem, com confiança e parece estar contando, falando a verdade, pode convencer muitas pessoas a acreditar em uma mentira, promovendo apostasia. 

Pessoas assim se infiltram até nas igrejas e são um perigo para a comunidade, especialmente os neófitos que são os mais novos na fé. (2 Pedro 2:1-3).

A apostasia normalmente leva a muitos outros pecados. A vida do apóstata se degenera e ele não se arrepende. Isso acontece porque ele rejeita a Deus, rejeita a palavra de Deus. A Bíblia avisa que a apostasia traz a condenação de Deus. (Hebreus 6:4-6).
A enciclopédia “International Standard Bible” e a “Pequena Enciclopédia Bíblica” de Orlando Boyer corroboram no seguinte sobre a temática:

Apostasia: (η αποστασια, he apostasía, “um desvio de e ou da”): ou seja, uma queda, uma retirada, uma deserção. Não encontrado nas versões da Bíblia em Inglês, mas utilizado duas vezes no Novo Testamento, no grego original, para exprimir o abandono da fé. Paulo foi falsamente acusado de ensinar os judeus uma apostasia contra Moisés (Atos 21:21), ele previu a grande apostasia do cristianismo, anunciada por Jesus (Mateus 24:10-12), o que precederia o “dia do Senhor”. (2 Tessalonicenses 2:2) . 

Apostasia, não no nome, mas na verdade, possui uma reprovarão mordaz na epístola de Judas, por exemplo, a apostasia dos anjos maus. (Judas 1:6).
Anunciada, com advertências, como certeza de que abundariam nos últimos dias. (1 Timóteo 4:1-3; 2 Tessalonicenses 2: 3; 2 Pedro 3:17).

Principais causas da apostasia:

Perseguição (Mateus 24:9, 10); 

Falsos professores (Mateus 24:11);

tentação (Lucas 8:13); 

Secularismo mundano (2Timóteo 4:4);

Defeituoso conhecimento de Cristo (1 João 2:19);

Colapso moral (Hebreus 6:4-6); 

Abandono da adoração e  da vida espiritual (Hebreus 10:25-31);

Incredulidade (Hebreus 3:12).

Exemplos Bíblicos: 

Saul (1 Samuel 15:11); Amazias (2Crônicas 25:14, 27); muitos discípulos (João 6:66); Himeneus e Alexandre (1 Timóteo 1:19, 1Timóteo 1:20); Demas (2 Timóteo 4:10). 

Para mais ilustrações desses tipos de  casos de apostasia vejam: 

Deuteronômio 13: 13; Zacarias 1 :4-6; Gálatas 5: 4; 2 Pedro 2: 20, 21.
“Abandono de Yahweh” era a característica do retorno ao pecado do povo eleito, sobretudo no seu contato com as idolatrias das nações. 
Era constituído como o principal perigo da nação (Israel). A tendência para a apostasia apareceu em seus primeiros dias na história, como visto em abundância nos avisos e proibições das leis de Moisés. (Êxodo 20:3, 4, 23; 6:14; Deuteronômio 11:16). 
As consequências da temerosa apostasia religiosa e moral apareceram e aparecem nas maldições pronunciadas contra este pecado mortal no monte Ebal, pelos representantes de seis das tribos de Israel, eleitos por Moisés. (Deuteronômio 27:13-26; 28:15-68).
Então exausto estava o coração de Israel, mesmo nos anos imediatamente seguintes à emancipação nacional, no deserto, que Josué achou necessário voltar a promessa de toda a nação para um novo voto de fidelidade a Deus e à sua aliança original antes de serem autorizados a entrar na Terra Prometida (Josué 24:1-28).
A infidelidade a este pacto eliminaria as perspectivas da nação do crescimento durante a época dos juízes (Juízes 2:11-15; 10:6, 10:10, 10:13; 1 Samuel 12:10). 
Foi também a causa prolífica e cada vez mais má, cívica e moralmente desde os dias de Salomão até o cativeiro Assírio e Babilônico. 
Muitos dos reis do reino apóstata dividido, levando as pessoas, como no caso de Roboão, para as formas asquerosas de idolatria e imoralidade (1 Reis 14 :22-24; 2 Crônicas 12:1).
Vários  exemplos de tais apostasias de monarcas (Reis) de Israel tais como: de Jeroboão (1 Reis 12:28-32); Acabe (1 Reis 16:30-33); Acazias (1 Reis 22:51-53); Jeorão (2 Crônicas 21:6, 10, 21:12-15); Acaz (2 Crônicas 28:1-4); Manassés (2 Crônicas 33:1-9); Amom (2 Crônicas 33:22). 
A profecia surgiu como um imperativo Divino para protestar contra esta tendência histórica de deserção da presença e do culto a Deus.
No grego clássico, apostasia significava também a revolta de um comandante militar. Na Igreja Católica Romana denota abandono das ordens religiosas e a renúncia da autoridade eclesiástica por mais expressiva que ela seja; a apostasia se torna neste caso uma defecção da fé. Um apóstata da fé pode ser intelectual, como no caso de Ernst Haeckel, que, devido à sua filosofia materialista, publicou e formalmente renunciou o Cristianismo e a Igreja; ou ele pode ser moral e espiritual, como aconteceu com Judas, que, pela imunda ganância traiu seu Senhor.

A apostasia moderna é ainda mais patente. 

Parte da igreja evangélica brasileira encontra-se mergulhada nas mais incongruentes distorções teológicas. Basta olharmos para os nossos arraiais que percebemos a complicada situação vivenciada por aqueles que se dizem cristãos. Acredito  que isso se deva ao fato de termos abandonado as Escrituras, o primeiro amor. 
É claro que a relativização da Bíblia não se deu de uma hora para outra. 
Na verdade, ouso afirmar que o abandono das Escrituras Sagradas se deu paulatinamente, proporcionando a longo prazo a miscigenação do evangelho.
Vejamos algumas razões porque os chamados “crentes evangélicos” abandonaram as Escrituras.

1 - Os Pastores e seus deleites são uma das causas.  

Lamentavelmente existem inúmeros pastores que não se esmeram na preparação de suas mensagens, preferem fazer do púlpito um teatro circense. Na verdade, poucos são aqueles que dedicam horas a fio preparando sermões relevantes e desafiadores. 
A falta de pregações com unção do Espírito Santo têm  contribuído para o surgimento de uma igreja “de fachada”.

2 – O pragmatismo religioso. 
Muitos pastores trocaram a exposição das Escrituras pela psicologia e  auto ajuda. Para estes, o que importa é objetividade, além é claro, de respostas rápidas e satisfatórias ao cliente, mas principalmente massageando o ego e a auto estima dos que lhes procuram para esses e outros fins.

3 – O abandono da Escola Bíblica Dominical. 
Não precisa ser profeta para afirmar que do jeito que as coisas andam em curto espaço de tempo, a Escola Bíblica Dominical deixará de existir em boa parte das Igrejas. Na verdade, ouso afirmar, que a EBD encontra-se em estado de metástase, e que o desprezo por parte da Igreja tem contribuído com o aumento da ignorância bíblica e o fracasso espiritual de muitos crentes hoje. 

4 – A “Sacralização” da música que não tem nada de sacra.

Infelizmente boa parte dos cristãos consideram a música mais importante que a pregação da Palavra.  Os louvores ministrados em nossas assembleias estão repletos de erros grotescos e desvios teológicos, onde através de estapafúrdias canções, brincam de adoração e de adoradores. Pois é,  tenho a impressão que o chamado movimento gospel criou através de sua liturgia um novo sacramento, denominado louvor, mas que na verdade enaltece a criatura e não a Deus que tudo criou e deveria ser louvado e adorado. Para estes, ainda que inconscientemente a adoração com música transformou-se num meio de graça comercial e fruto da ganância financeira, onde mediante canções distorcidas teologicamente, os crentes são levados a um estado de catarse.
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5 – Difamação e distorções da verdadeira teologia. 

Sempre ouvimos alguém dizendo que é bobagem estudar sistematicamente as Escrituras. Para estes a letra mata e a teologia enterra.
Nesta perspectiva, recriminam todos aqueles que desejam aprofundar-se no estudo teológico de verdade.  

6 – A mistificação da fé.
  
Cada vez mais temos percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um evangelho ao gosto individualizado. 

O sensacionalismo bem como o emocionalismo catársico, fruto do chamado retété de Jeová tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente desconexos e contrários aos ensinos bíblicos. 

Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais estapafúrdias tem se multiplicado em nossos arraiais: “Sapatinho de fogo, “unção do cajado”, “do galo que profetiza”, entre tantas outras obtiveram primazia entre os evangélicos infelizmente. 

É preciso urgentemente que a igreja apóstata volte ao primeiro amor.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




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