sábado, 27 de janeiro de 2018

COMO SERÃO AS BODAS DO CORDEIRO

COMO SERÃO AS BODAS DO CORDEIRO 


Como serão as bodas do Cordeiro?


Analisando Apocalipse 19.7-10 vamos descobrir como serão as bodas do Cordeiro, ou o casamento, encontro do noivo Jesus, com a noiva a Igreja, que são os crentes fiéis de todos os tempos que serviram ao Deus altíssimo, muitos até dando a sua própria vida em fidelidade a Deus e à sua palavra. 

Apocalipse 19.7-10
7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.
9 E disse-me: Escreve: Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
10 E eu, lancei-me a seus pés para adorá-lo; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.

Na língua portuguesa, a palavra bodas significa “celebração de casamento”, muito embora seja mais empregada popularmente para referir-se ao aniversário da união conjugal, tal como nas expressões “bodas de prata” ou “bodas de ouro”, que são, respectivamente, a comemoração de 25 e 50 anos de aniversário de casamento. 

A primeira vez que a palavra “bodas” aparece na Bíblia é para relatar o casamento de Sansão, o jovem juiz de Israel; ele se embrenhou nas delícias da sensualidade, sem perceber que estava fora dos planos de Deus  ao casar-se com uma mulher de outros povos, sempre ele buscava as formosas jovens filistéias, quando o normal de Deus para ele era casar-se com uma hebreia. Jz 14.12.

A Bíblia utiliza muitas vezes a figura da noiva e do noivo para referir-se ao relacionamento da igreja com Cristo, Mt 9.15; Jo 3.29; 2Co 11.2; Ef 5.22-33; Ap 19.7-9; 21.1-22.7 e as bodas do Cordeiro, o casamento de Cristo com a igreja, que é a expressão máxima desta relação. Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, a devoção e fidelidade e o caráter da igreja com relação a Cristo, e revela o quantitativo do amor de Cristo à sua igreja e à sua comunhão com ela. A fidelidade da noiva é testada na terra enquanto o noivo não vem. A noiva tem uma espera longa e não pode ficar com suas lâmpadas vazias, tem que ter suas lâmpadas cheias de azeite;

Veja na parábola das dez virgens de Mateus 25.1-13.

Em Israel, o noivado é tão sério quanto o casamento. Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada esposa e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à mesma fidelidade como se estivesse casada, Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19. A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele, aguardando com grande expectativa e vigilância a chegada do Noivo que não tardará, em breve virá. Ap 19.7; 21.9;22.17.

Os costumes relacionados ao casamento entre os judeus são assim descritos: o casamento judaico era marcado com antecedência de um mês a um ano por uma cerimônia de promessa de casamento ou noivado, denominada em hebraico “erusin”, mais popularmente conhecida por “tena’im” que significa literalmente “condições”, que eram pré- estabelecidas. Essas tais condições referiam-se aos arranjos pré-matrimoniais que os pais da noiva e do noivo haviam combinado entre si estabelecendo o nadan, que era o valor do dote, e também as penalidades para quaisquer quebras de condições do acordo. Os tena’im, acordos e condições, davam a ambas as partes tempo suficiente para uma calma reconsideração antes de dar o passo definitivo do casamento, e, é claro, a afirmação de que o sexo só era ou seria praticado depois de casados oficialmente diante do sacerdote, familiares, convidados e os oficiais da cerimônia. Toda moça deveria manter-se pura, virgem, para o seu noivo. 
Aos noivos homens, não era exigido com tanta ênfase; no entanto a maioria absoluta dos rapazes noivos, também mantinham sua virgindade em lealdade e fidelidade aos votos do matrimônio, conforme o que os seus pais tinham combinado anteriormente. Os noivos eram prometidos por seus pais um ao outro em casamento com idade de 12 anos. Não era regra geral, mas quando já tinham essa idade seus pais procuravam estabelecer aquelas regras e condições de casamento para seus filhos, até por interesse material porque o noivo ou seus pais deveriam dar, pagar, um dote à família da noiva e quanto maior e melhor esse dote maior era o interesse desse casamento. 

Em Israel era assim descrita e aceita a cerimônia de casamento e esse era o costume matrimonial dos hebreus. 

1) – O noivado. Era algo mais profundo do que um compromisso pudesse significar para nós nos dias de hoje. A obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a bênção de Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam legalmente casados. Mais formalidades seriam cumpridas nos dias das bodas, que era o casamento propriamente dito, 2Co 11:2. 

2) - O intervalo. Durante o intervalo o esposo paga ao pai da noiva um dote.

3) - A caminhada para a casa da noiva. Ao final do intervalo o noivo sai em caminhada com seus parentes e convidados para a casa da noiva. A noiva se prepara e se atavia. O noivo em seu melhor traje é acompanhado de seus amigos que cantam e levam tochas e seguem em direção à casa da noiva. O noivo recebe a noiva e a leva em procissão ao seu próprio lar. 

4) - Finalmente, as bodas. As bodas incluem as festas que duravam sete ou quatorze dias. Agora a igreja como figura já estará desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a sua esposa com seu sangue. O intervalo é o período que a noiva tem para se preparar. Ao final desse tempo, o noivo, Jesus, vem acompanhado dos anjos para receber a sua noiva, a igreja. Agora começa as bodas, cumprindo as últimas formalidades do casamento, para, enfim, a igreja, a noiva do Cordeiro, estar eternamente na glória com o Senhor. O texto a seguir registra esse glorioso encontro: "Alegremo-nos e exultemos e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" Ap 19:7. 

As bodas continuarão não por uma semana, mas por toda a eternidade. Oh! Como será glorioso aquele dia do encontro do noivo, Jesus, com a noiva, a Igreja. Cristo virá buscar sua noiva querida, a igreja.

Nos casamentos terrenos, quem recebe a maior atenção e honra é a noiva, mas nestas bodas, as bodas do Cordeiro, quem tem e recebe toda a honra e toda a glória é o noivo, Jesus Cristo o filho amado do Deus vivo. 

A noiva estará vestida com vestidos finos e resplandecentes, sem manchas, sem máculas, sem rugas, que ela ganhou no tribunal de Cristo, Ap 19.8 que são os atos de justiça e se apresentará gloriosa e pura, Ef 5.26, em contraste com a “grande meretriz”, de Ap.18 representando as religiões que não adoraram ao Deus único, e que será julgada, derrotada e destruída pelo Cavaleiro e seu cavalo branco de Ap. 19. Estes dois capítulos do livro de Apocalipse nos apresentam o desenrolar final desses momentos em que o noivo, Jesus, vem com sua noiva, a igreja, estabelecer o seu reino milenial na terra. Para a Igreja, a noiva, será momento de glória; para o noivo, Jesus, será o momento de defender seus fiéis e ainda buscar os restantes de Israel que não se venderam ao Anticristo, porque isto acontecerá no final da segunda fase da grande tribulação. A noiva já terá se assentado à mesa com o  seu Senhor para um momento de grande comunhão, uma grande Ceia, Mt 26.29 e Ele mesmo, o noivo, com todo amor e carinho servirá a sua noiva. Lucas 12.37.
     
Assim como faziam os judeus na Antiguidade, Jesus, o noivo pagou o seu dote. Não foi em valores de prata ou de ouro; foi muito mais caro. Como nos afirma o apóstolo Pedro, “não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,” I Pe 1:18,19, que é o bom preço, mencionado pelo apóstolo Paulo em sua carta destinada aos coríntios: 1Co 6.10, 7.23.

Quando então acontecerá o pagamento do dote?  Dote como já disse é o preço do resgate pago pelo resgatador principal na linha hereditária e ou familiar da noiva.

Quanto ao pagamento do dote ele já aconteceu; Cristo Jesus o messias enviado da parte do Pai, deu a sua vida e derramou todo o seu sangue; foi pregado na cruz do calvário para nos resgatar, comprar, pagando assim o preço do dote requerido para ter uma noiva fiel, a igreja, que o sirva em verdade e viva neste mundo aguardando a vinda do noivo para buscá-la no dia do arrebatamento que acontecerá em breve. Por isso, como igreja de Cristo, estamos vivendo na iminência de alcançarmos aquele dia tão esperado e tão aguardado, o dia glorioso do arrebatamento da igreja. É necessário que vivamos neste mundo como nos alertou o apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos 12.1,2;  devemos viver prestando um culto racional a Deus e não nos conformarmos com este mundo, se referindo ao sistema mundano que atrai o ser humano para o pecado, a imoralidade, a promiscuidade  e a perdição. 

Este momento tão aguardado está inserido no espaço de tempo conhecido como “Dia de Cristo” Fp 1.10; 2.16; 
2Ts 2.2. O início deste dia é referido na parábola das dez virgens: “Mas à meia-noite, ouviu-se um clamor” Mt 25.6. É o fim e o principio de um tempo, dia, dispensação, era. 

O Dia de Cristo abrange três fatos escatológicos especiais, os quais são: 

1) O encontro da Igreja com Cristo nas nuvens, que antecederá o inicio da grande tribulação 1Co 15.51,52; I Ts 4.14-17. 

2) O tribunal de Cristo que não será um tribunal para condenar, mas será para condecorar os seus servos que permaneceram fiéis 2Co 5.10; Fp 1.10; 2Co 1.14; Ef 5.27; 
     
3)  As bodas do Cordeiro que será a maior e melhor Santa Ceia, tão aguardada por gerações e gerações por aqueles que permaneceram em Cristo e subiram com Ele no dia do arrebatamento da igreja. Ap 19.7. 

O texto de Ap 19 nos apresenta Deus assentado no trono e relata a glória das bodas do Cordeiro; em seguida fala sobre a segunda vinda de Cristo montado num cavalo branco, se referindo à segunda fase da vinda de Cristo no final da grande tribulação, quando Ele, Jesus, virá com a igreja, para vencer o Anticristo e estabelecer o milênio, mil anos de paz, na terra. O texto de 1Ts 4.17 diz que seremos arrebatados para estar com o noivo; e na parábola das dez virgens, as que estavam preparadas foram com o noivo para as bodas, Mt 25.10, que é o casamento, o encontro do noivo com a noiva, que será o arrebatamento da igreja, dando início à primeira fase de três anos e meio da grande tribulação.

Entre os Judeus as bodas duravam sete dias, Jz 14.12,15,17,18 ; Gn 29.27,28. As bodas do Cordeiro se prolongarão por sete anos, enquanto isso aqui na terra acontecerá a grande tribulação. Cada dia corresponde a um ano Nm 14.34;Ez:4.6. Onde acontecerá esse evento tão glorioso, o evento das bodas do Cordeiro? Esse evento acontecerá no céu, Ap 19.1; 21.9. 
Não haveria lugar mais adequado para esse acontecimento extraordinário. Deus preparou coisas excelentes para nós no céu, 1Co 2.9 e certamente a festa de casamento, as bodas do Cordeiro, de Cristo com Sua igreja será um evento de inigualável esplendor e de glória. Se aqui na terra aqueles que têm riquezas fazem festas magníficas para o casamento de seus filhos, imagine então a que fará aquele que é o dono de tudo, Dt 10.14; 1Cr 29.11.

5) – Quem participará desse grandioso evento no céu?      

Este acontecimento como já disse será no céu e os que participarão das bodas são a Igreja, que é a noiva e o Cordeiro, que é o noivo Ap 19.7-9; terão como testemunhas os seres celestiais conforme o texto de Ap 19.4.

Dois eventos distintos acontecerão na comemoração da união definitiva entre Cristo e a sua Igreja. As bodas, que literalmente é o casamento. E as bodas que é a grande festa desse casamento. É preciso distinguir entre estes eventos:

a) A ceia de casamento acontecerá no céu, antes do retorno de Cristo em sua segunda vinda que é na segunda fase do período da grande tribulação, e dela participará apenas a igreja.

b) A festa de casamento se completará com os que se apresentarão vindos da grande tribulação, quando um dos moradores da eternidade perguntará: “... e estes vestidos de branco, donde veem e quem são? E, haverá uma resposta: ‘... estes são os que lavaram suas vestiduras no sangue do cordeiro... ’; ao se cumprir o tempo dos sete anos da grande tribulação aqui na terra Jesus retornará com a igreja para derrotar Satanás e salvar Israel da fúria do dragão, do Anticristo e de seus confederados. Após o retorno de Cristo Israel será liberto da opressão das nações, porque o próprio Cristo vencerá o Anticristo, a besta e o falso profeta, lançando-os no inferno e eles serão trancados, estarão presos lá por mil anos; as nações que escaparam da grande tribulação, os santos do Antigo Testamento e os salvos em geral estarão com Cristo na terra como convidados especiais para reinarem sobre a terra durante os mil anos de paz, tendo o próprio Cristo como o que governa sobre as nações. 
Mt 8.11; 22.1-14; 25.10; Lc 12.37; 14.16-24; Jo 3.29.

Havia duas fases no casamento judaico: 

Na primeira fase, o noivo ia à casa da noiva para buscá-la e cumprir certos requisitos matrimoniais. 

Na segunda fase ele a levava para sua casa a fim de continuar as festividades.
 Cristo levará a sua noiva, a igreja, para o céu, antes da Grande Tribulação, Jo 14.3. Depois voltará para que os festejos que começaram lá no Céu, que são as bodas do Cordeiro, continuem aqui na terra por mil anos, onde o Senhor a apresentará aos seus convidados especiais, o Israel de Deus, Ap 19.11-16.

Israel estará esperando a volta de Cristo quando o pacto com o Anticristo for rompido no meio da grande tribulação, ou seja, depois de três anos e meio de aparente paz, porque o Anticristo assentará no trono dentro do grande templo de Salomão que será reconstruído em Jerusalém e exigirá que todos os Judeus e as nações o adorem como Deus, então os Judeus romperão seu pacto com o Anticristo e passarão a serem perseguidos e esmagados até o final da grande tribulação na batalha final, a batalha do Armagedom, que será o ápice da crueldade contra os Judeus; então Jesus voltará com sua igreja visível aos olhos humanos e libertará os Judeus que o reconhecerão como Cristo, o Filho de Deus que foi rejeitado por seus antepassados. 

06) - Apocalipse 19.5-9 – Uma voz poderosa bradará em todo o céu e em toda a terra. Que voz será essa?      

Apocalipse 19.5-9
5 E saiu do trono uma voz, dizendo: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.
6 Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7 Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,
8 e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos.
9 E disse-me: Escreve: Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.

 Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 


Nenhum comentário:

Postar um comentário