sexta-feira, 10 de novembro de 2017

UM PROFETA DE DEUS NO PALÁCIO

UM PROFETA DE DEUS NO PALÁCIO

2 Crônicas 14.11
A história mais completa está em 2Crônicas capítulos 14, 15 e 16. Na verdade vamos ver o testemunho fiel de dois profetas,  Azarias e Hanani, que foram usados por Deus para falar e instruir da parte de Deus o rei Asa,  que, em parte, também foi temente a Deus.

Na Bíblia temos poucos reis e outros governantes que foram tementes a Deus, como Melquisedeque, José, Josué, Neemias, Davi, Ezequias, Samuel, Ester, Josafá, etc. É uma bênção em todos os sentidos um governante ou executivo que antes de tudo é servo de Deus. Quando teremos isso, de verdade, em nossa pátria? Continuemos todos a clamar a Deus para que um avivamento mesmo, venha urgente sobre a igreja para tirá-la dos entraves em que se encontra, retardando a sua marcha. Um avivamento que alcance também os governantes, dirigentes e líderes de todos os escalões.

1. O mensageiro de Deus e sua imagem (v.1).
Trata-se do profeta Azarias, filho de Obede. Sabia-se assim quem era ele e de onde procedia. Muitos hoje enganam com facilidade as ovelhas porque a direção do trabalho nada verifica sobre eles; quem são, donde vieram, o que fazem, o que pregam, como procedem, inclusive entre os seus, entre sua igreja, e nos púlpitos. Uma pessoa dessas, obreiro ou leigo, sozinho ou em grupo, estorva o avivamento, além de outros estragos já conhecidos, como o das finanças, e a venda de textos e gravações sem conteúdo, sem forma e vazia (como a terra caótica, em Gn 1.2).
a) O profeta Azarias. Seu nome era muito conhecido naquela época, significa 'Deus ajuda' (v.1), e sua mensagem foi de grande efeito espiritual e continua a ser através dos séculos. Há homens e mulheres de Deus quase esquecidos (como Azarias), na Bíblia e na história da igreja. Outros são até anônimos, mas Deus conhece bem a todos. Isto é o que mais importa. Não é a propaganda em si que realiza a obra de Deus, mas a sua unção, seu poder e sua presença nas pessoas. Azarias era conhecido pelo nome (por ser íntegro), e pela sua mensagem (por seu efeito espiritual).
“Então veio o Espírito de Deus sobre...” Isto dá a impressão que Azarias estava em expectativa na presença do Senhor, talvez no templo ou em casa, quando o Espírito veio sobre ele, isto é, revestiu-o para aquela missão específica. O “então” também pode referir-se ao conteúdo do capítulo precedente (o capítulo 14), isto é, a vitória que Deus acabara de dar a Asa, sobre o etíope Zerá.

2. A mensagem do profeta de Deus (vv.2-7). O rei Asa estava nesse momento retornando vitorioso da guerra. O general etíope Zerá atacou de surpresa o reino de Judá com um gigantesco exército de cerca de 1 milhão de soldados. Asa confiou em Deus e invocou o seu nome como o Deus da vitória. Deus interveio na hora, feriu o inimigo e deu vitória a Israel.
Asa, desde o início de seu governo começou a purificar a nação da idolatria, da imoralidade e a conclamar o povo a arrepender-se dos seus pecados e voltar-se para Deus (14.3-5). Era o preparo dos corações para o avivamento espiritual. Estamos hoje num tempo em que ninguém se dói, nem se aflige pela honra de Deus, sua obra, sua Palavra, seu louvor, sua casa. Só se ouve falar em “mover do Espírito”, quando não é verdade e sim encenações orquestradas, insinuadas, salvo as exceções que sempre houve e haverá.
Asa interrompera as reuniões e providências pró-avivamento para defender-se do ataque esmagador dos etíopes.
a) O profeta saiu ao encontro do rei (v.2). Ele foi ao encontro do rei não para aplaudi-lo, elogiá-lo, mas para dizer-lhe que sua vitória viera de Deus (“O Senhor está convosco”, v.2); mas muito mais para apressar-se para completar o que começara: o preparo do caminho do Senhor para um avivamento sobre aquele povo: “Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa”(v.8).
b) A mensagem é a mesma. “Ouvi-me, Asa”(v.2). Foi algo muito solene e santo. Aquele profeta quase anônimo dirigir-se com autoridade divina ao rei e a todo o exército com confiança que só Deus dá e entregar a mensagem do Senhor, no momento certo, para a pessoa certa, no lugar certo e para a finalidade certa. Precisamos mais e mais desse mensageiro de Deus hoje, sem presunção, sem idéia de grandeza, ocupado tão somente em transmitir a mensagem do Senhor.
Na expressão inicial “Ouvi-me, Asa”, infere-se Deus dizer-lhe: “Não pense que só porque você ganhou a guerra, tudo está bem espiritualmente”. Asa sabia que o povo tinha traído o Senhor, adorando outros deuses. A presença e a bênção de Deus depende de O buscarmos e de não O deixarmos (v.2). Os inovadores e truncadores da sã teologia andam acima e abaixo ordenando “pela fé” o que Deus deve fazer, como se Deus fosse um homem mortal. Evitemos esses tais. Achamos a Deus se O buscarmos (vv.2,4,15), e, se O obedecermos seremos por Ele abençoados em Cristo, nosso Salvador e Senhor (v.2).

3. A necessidade de retorno a Deus (vv.3-6).
A primeira parte da mensagem profética de Azarias aponta para o presente (v.2); a segunda parte ao passado espiritual do povo; o que ocorrera entre eles (vv.3-6). Tudo aí alude ao passado, cuja trajetória e experiências fornecem lições para o presente. É o “lembra-te”, da Bíblia, como em Lc 17.32; Dt 24.9; Ec 12.1; Ap 3.3.
a) O povo sem Deus. “Sem o verdadeiro Deus” (v.3). Isto é, o povo não tinha o verdadeiro Deus, mas pensava que tinha. Como na época dos Juízes, quando o povo não tinha rei, e daí cada um fazia como queria e ficava por isso mesmo. Esse tipo de igreja cresce rápido e com facilidade; é óbvio; sem doutrina regedora; sem compromisso (Jz 21.25).
b) O povo sem sacerdote. Para cuidar do povo e conduzi-lo a Deus (Lv 10.10,11). É hoje os encargos principais do santo ministério (Ef 4.11-16). Assim já estivera Israel e agora eles estavam à beira disso outra vez.

4. Quanto ao rei Asa, infelizmente não seguiu os conselhos dos profetas e desprezou o que Deus fez por ele. Incluo aqui outro profeta chamado Hanani que ministrou ao rei as palavras proféticas de Deus quando este sofreu uma terrível enfermidade.
a) O rei Asa se engrandeceu,  se ensoberbeceu, tomando várias atitudes que não agradaram a Deus. Deus o advertiu que ele deveria ter buscado a Ele e não os médicos quanto a sua enfermidade da qual não conseguiu livrar-se dela.

5. Quanto aos profetas Azarias e Hanani,  no palácio ou fora dele,  continuaram sendo fiéis a Deus; no caso de Hanani, por exemplo, o rei Asa mandou até espanca-lo. Porem exerceram um ministério autêntico da parte do Senhor, não se corromperam por causa das riquezas terrenas e nem por intimidações. Falaram as verdades que Deus mandou falar ao rei.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.


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